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31 de janeiro de 2009

Novo salário terá impacto de R$ 7,9 bi nas contas da Previdência

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Da Agência Brasil

O reajuste do salário mínimo, de R$ 415 para R$ 465, deve provocar um impacto negativo de R$ 7,9 bilhões nas contas da Previdência Social em 2009. Segundo o Ministério da Previdência Social, as despesas terão uma elevação de R$ 8,7 bilhões por conta dos R$ 50 a mais nos benefícios. Mas, em direção contrária, a arrecadação previdenciária também deve ter aumento: R$ 856 milhões no ano.

Atualmente, um total de 13,9 milhões de aposentados e pensionistas recebe um salário mínimo de benefício. Existem ainda outros 3,3 milhões de beneficiados nos programas assistenciais (LOAS, aposentadoria rural). O novo valor do mínimo entra em vigor neste domingo.

Sem contar os benefícios assistenciais, a Previdência Social registrou um déficit de R$ 36,2 bilhões no ano passado. Houve uma queda no saldo negativo em relação a 2007, quando o déficit foi de R$ 44,9 bilhões. O Ministério da Previdência Social, no entanto, já espera uma piora nos números em vista da crise financeira mundial que está reduzindo o número de empregos e aumentando as demissões.

Um impacto positivo do salário mínimo é a distribuição de renda na economia. O Ministério do Trabalho divulgou ontem que um total de R$ 23,1 bilhões deve se injetado na economia brasileira neste ano.

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30 de janeiro de 2009

Japão tem forte recessão e mais 27 mil demissões

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Redação com agências internacionais

Tóquio - Com o afundamento da produção industrial em nível recorde, a deflação como um risco real e o maior aumento do desemprego em 42 anos, o Japão segue para uma profunda recessão, talvez a pior desde o final da 2ª Guerra Mundial. Completando o quadro, os grupos NEC e Hitachi anunciaram nesta sexta-feira a supressão de 27 mil postos de trabalho.

O governo japonês divulgou nesta sexta-feira dados muito desalentadores de produção industrial, desemprego, Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e despesa das famílias, piores que o previsto para uma economia que já está oficialmente em recessão e para a qual se preveem tempos ainda mais difíceis.
Especialmente o resultado da produção industrial, uma queda de 9,6% - a maior desde 1953 -, indica tempo ruim, pois significa que as fábricas japonesas cortarão ainda mais sua produção, atingindo também o crescimento econômico e o emprego.
Para janeiro, o governo prevê uma queda de 9,1% da produção industrial e um pouco menos, 4,7%, para fevereiro.

Empregos

O grupo de eletrônica e telecomunicações japonês NEC anunciou nesta sexta-feira a supressão de 20 mil postos de trabalho no mundo, depois de assinalado previsões de perdas em massa por causa da crise econômica mundial.

A NEC revisou radicalmente suas estimativas financeiras para o exercício 2008-2009. Agora prevê um grande déficit anual de 290 bilhões de ienes (2,4 bilhões de euros, 3,2 bilhões de dólares).

O grupo industrial japonês Hitachi também anunciou o corte de 7 mil postos de trabalho em seus setores de eletrônica por causa da crise que o fez prever uma perda anual líquida de 700 bilhões de ienes (US$ 7,83 bilhões, 5,6 bilhões de euros).

A Hitachi alega ter constatado uma "descomunal queda da demanda a partir do mês de novembro" em inúmeras atividades (compostos e materiais eletrônicos, telecomunicações, equipamento para automóveis etc).

Arquivo/US
Tishuba fará 4.500 cortes
A crise global diminuiu as exportações dos gigantes japoneses dos setores da eletrônica e do automóvel, que dia após dia decidem realizar cortes de produção e de emprego, o último deles a Toshiba, que acaba de anunciar que demitirá 4.500 trabalhadores temporários.
O desemprego, de fato, ficou em 4,4% em dezembro no Japão, um índice baixo em comparação aos países europeus, mas relevante, pois este mês subiu nada menos que meio ponto percentual, o maior aumento desde março de 1967.
Em dezembro 390 mil japoneses perderam o emprego, levando o nível de desemprego a 2,7 milhões de pessoas, pois as condições de trabalho "estão piorando de forma sem precedentes" por causa da crise global, afirma o ministro de Economia do Japão, Kaoru Yosano.
Uma pesquisa do Ministério da Saúde divulgada hoje diz que entre outubro e março quase 125 mil trabalhadores temporários irão perder seus empregos por causa da crise global, mas analistas privados aumentam este número para até 400 mil.

Queda no consumo

Neste cenário de crise o consumo continuou caindo no Japão pelo décimo mês consecutivo em dezembro de 2008.
Com relação ao mês anterior, o consumo das famílias japonesas diminuiu 4,6%, informação que chegou a uma queda de 8,4% no caso da despesa em roupa e sapatos.
A crise econômica global, com seu efeito na queda da demanda, na detenção brusca das exportações e na valorização do iene, também devolveu ao Japão um conhecido fantasma: a deflação.
Segundo informações divulgadas hoje, o IPC quase não cresceu 0,2 ponto percentual em dezembro, após subir 1% em novembro, e a informação de 2008 foi de um aumento de 1,5%, sobretudo por causa da situação dos preços de alimentos e petróleo no primeiro semestre.
Entretanto, a ameaça da deflação, que freou o crescimento econômico do Japão durante os anos 90, é real.

O Banco (central) do Japão estima que a segunda economia do mundo se contrairá 2% no ano fiscal de 2009, que começa em abril, e que a inflação cairá 1,1%.

Segundo os dados de PIB, o Japão está em recessão desde abril passado, ao ter acumulado dois trimestres consecutivos de retrocesso, e os analistas prevêem que a contração no atual trimestre poderia ser de dois dígitos.
No entanto, o governo japonês coloca o início da recessão no Japão muito antes, em outubro de 2007, como declarou ontem ao dar oficialmente por encerrada a fase de expansão econômica mais longa que o país viveu desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.
Esta fase ininterrupta de crescimento durou 69 meses, de fevereiro de 2002 a outubro de 2007, quando o aumento do preço do petróleo começou a prejudicar a economia japonesa.
A última recessão que o Japão viveu foi entre fevereiro de 1980 e o mesmo mês de 1983, mas, diante dos últimos números, teme-se que a atual fase de contração econômica seja mais forte e mais longa.
"A situação é muito grave", reconheceu hoje o ministro da Economia, que a atribui, sobretudo, à detenção brusca da demanda mundial que em dezembro fez com que as exportações japonesas caíssem 35%.

(Com informações da AFP e EEF)

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/01/30/japao+enfrenta+uma+profunda+recessao+talvez+a+pior+desde+a+2+guerra+3718967.html

26 de janeiro de 2009

Necessidades urgentes

Belém PA, O Forum Social Mundial, começa oficialmente amanhã 27 na cidade universitária da UFPa - Universidade Federal do Pará.
A cidade de Belém, Capital do Estado do Pará, começou bem cuidando do policiamento da cidade, com um grande efetivo jamais visto nas ruas, com a finalidade de proteger os visitantes participantes do Forum Social Mundial e a população da cidade em virtude da presente criminalidade hoje existente em todos os grandes centros urbanos do mundo de modo geral.
É de grande importância a atitude tomada pelas autoridades de proibir a partir do dia 19 passado a realização costumeira de festas e o funcionamento de bares onde se pode dizer que o uso de bebidas e de drogas pelos freqüentadores desses ambientes que geralmente são delinqüentes que não vão para divertirem-se, mas para praticarem a maldade.
Seria ótimo se fosse possível impedir o uso de bebidas alcoólicas permanentemente e as tais festas noturnas na cidade, porque assim muitas vidas seriam preservadas de muitos dos próprios delinqüentes e também de cidadãos inocentes a tais praticas irresponsáveis.
Os cidadãos de bem e trabalhadores, não freqüentam festas noturnas, diurnas e nem enchem a cara com bebidas alcoólicas ao ponto de perderem os sentidos e praticarem crimes pois os mesmos tem senso de responsabilidades e por isso mesmo eles não se dão o desprazer de freqüentarem a tais ambientes que se pode chamar de fabrica de crimes e toda sorte de desordens.
Eu pediria às autoridades que não só proibissem no período do Forum Social Mundial, mas que isto permanecesse definitivamente proibido e se estendesse também a todos os ambientes onde se realizam festas dançantes. Esses promotores incomodam nas ruas anunciando suas festas e a venda de bebidas alcoólicas a preços baixissimos possibilitando aos usuários a embriaguês e à práticarem desordens responsáveis por grandes crimes na comunidade onde vivem. Esses locais no momento das festas são realmente pontos de distribuição de drogas de todas as espécies por seus frequentadores.
A sociedade agradeceria às autoridades se alas proibissem que aquele menor que não pode isso e aquilo outro, tambem não podece transitar nas ruas durante a noite toda como acontece hoje em dia e muito menos usar bebidas alcoólicas e praticar crimes como fazem, simplesmente por desatensão das autoridades, eles podem assaltar, roubar, furtar destuir e matar pessoas inocentes, mas não podem ser condenados como são os adultos que praticam os mesmos crimes. Corrijam isto, sejam realistas e deixem de tentar tapar o sol com a peneira.
Costa
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25 de janeiro de 2009

Cidade onde Mariana Bridi foi enterrada está em luto de 3 dias

Jovem foi sepultada neste sábado em Marechal Floriano (ES). Família vai guardar faixas de concurso de beleza conquistadas por ela.

Glauco Araújo Do G1, em São Paulo

A cidade de Marechal Foriano (ES) está em luto de três dias após o sepultamento da modelo Mariana Bridi, 20 anos, que morreu na madrugada deste sábado (24). Ela nasceu na cidade e foi enterrada no Cemitério Luterano, horas depois de sua morte. A homenagem foi decretada pela prefeita Eliane Lorenzoni.

Veja galeria de fotos de Mariana Bridi

A administração do cemitério disse que mais de mil pessoas acompanharam o funeral. Neste domingo (25), o local é motivo de visitações de moradores e moradores de cidades de vizinhas.

O irmão da modelo, Gustavo, de 24 anos, disse que a família pretende marcar a missa de sétimo dia para o próximo domingo (1º). "Ainda não sabemos o que vamos fazer com as faixas de concurso de beleza que minha irmã ganhou em sua carreira. Ficarão guardadas."

Gustavo disse ainda que a família não pretende se engajar em campanhas que busquem esclarecer dúvidas da população sobre os problemas que ocasionaram a morte de Mariana Bridi. "Não somos qualificados para isso. Acho que nossa cota sobre esse assunto se esgotou."

Inflamação grave e rara
A inflamação que acometeu a modelo Mariana Bridi é considerada grave e rara por especialistas do Instituto Latino Americano de Sepse (Ilas). Ela teve as mãos e pés amputados após um choque séptico.
Apesar de rara, a sepse atingiu 400 mil pacientes e provocou a morte de 230 mil pessoas em 2004, segundo estudo realizado pelo Ilas. "Isso representa uma mortalidade cerca de 12 vezes maior do que o número de mortes provocadas por infarto", disse Nelson Akamine, diretor do Ilas e integrante do comitê de sepse da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL971015-5598,00-CIDADE+ONDE+MARIANA+BRIDI+FOI+ENTERRADA+ESTA+ EM+LUTO+DE+DIAS.html
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24 de janeiro de 2009

Antes do Oriente Médio, Obama vai se preocupar com a crise

Osmar Freitas Jr, JB Online

NOVA YORK - Em diplomacia, o simbolismo de um gesto é ferramenta fundamental de trabalho. Expressões singulares aproximam ou afastam interlocutores. Assim, ao optar pela imobilidade e poucas palavras durante a invasão de Gaza por tropas israelenses, Barack Obama deu impressão de omissão.

Justificou-se, na época, afirmando que os EUA têm um único presidente a cada momento. Ele era presidente eleito, e o cargo estava ocupado por George Bush. Mas nas duas primeiras horas de trabalho no Salão Oval, o empossado 44º líder americano mudou de atitude. Suas primeiras chamadas pelo telefone foram para mandatários do Oriente Médio envolvidos na questão palestina.

Em seguida, anunciou a escolha de um nome para ocupar a pasta de enviado especial para a região. Trata-se do ex-senador democrata George Mitchell, em cujo currículo está o sucesso de um acordo de paz entre rivais na Irlanda do Norte. Manifestava, assim, a volta do engajamento ativo de seu governo na arena judaico-palestina.

Entre gesto e ação, sabe-se, pode estar fincada grande distância. Analistas políticos americanos arriscam dizer que o foco do presidente não está no Oriente Médio. A questão palestina estaria sendo vista de binóculos, e a aproximação física do governo será lenta e gradual.

– A questão mais importante diante de Obama é a crise econômica da nação. A disputa entre Israel e os palestinos não é tópico que um presidente americano intervenha sem experimentar dores – diz George Friedman, do Stratfor, instituto não partidário de inteligência geopolítica. – Certamente, Obama vai lutar para não ser forçado a mediar o conflito israelense-palestino nos 100 primeiros dias. Ele vai remeter o obrigatório enviado especial ao Oriente Médio, que vai dedicar tempo com os protagonistas, fazer os discursos de praxe, e extrair concessões inócuas dos envolvidos. Este enviado estabelecerá um tipo de cometimento cínico, que não levará a lugar nenhum a princípio.

O pessimismo do analista se baseia nas ocorrências do passado e nas possibilidades futuras. Em 10 de fevereiro, Israel elegerá um novo premier. As pesquisas dão vantagem para o candidato conservador do Likud, Benjamin Netanyahu. Caso isso se confirme, espera-se linha mais dura do governo israelense, com o prosseguimento do assentamento de colonos em território ocupado, e total recusa de negociações com o movimento Hamas.

– Não adianta agora tentar estabelecer compromissos entre palestinos e judeus. Qualquer negociação de acordos mais duradouros, vai depender da política a ser estabelecida pelo novo governo de Israel – diz Amr El Ebrashi, professor da Universidade do Cairo.

Apesar disso, as mediações multinacionais continuam. O presidente francês Nicolas Sarkozy ofereceu-se como interlocutor com a liderança do Hamas. A idéia é trazer o grupo que governa Gaza para a mesa de negociações, sem obrigar contatos diretos entre eles, Israel ou EUA. Ao mesmo tempo, o ditador do Egito, Hosni Mubarak, trabalha pela colaboração entre o Fatah, facção do presidente Mahmoud Abbas, e seus rivais do Hamas. Do sucesso da empreitada depende o frágil cessar-fogo estabelecido depois da invasão em Gaza. Obama torce por isso para, pelo menos, ganhar tempo.

http://jbonline.terra.com.br/nextra/2009/01/24/e240124423.asp

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23 de janeiro de 2009

Fórum reunirá representantes de 30 países para debater saúde

BRASÍLIA - Paralela ao Fórum Social Mundial, que acontece em Belém (PA) entre os dias 27 de fevereiro e 1° de janeiro, a terceira edição do Fórum Social Mundial de Saúde deve garantir espaço privilegiado para as questões ligadas à saúde pública durante o maior encontro de movimentos sociais do mundo. Na pauta, o acesso à saúde por meio de sistemas públicos universais e até os impactos da crise financeira internacional sobre o setor.
O evento deve reunir representantes de 30 países entre os dias 25 e 27 de janeiro, segundo o diretor do Centro de Educação e Assentamento Popular e um dos coordenadores, Valdevir Both. “Defendemos que outro mundo é possível se todos tiverem o direito humano à saúde, acesso a um serviço, um sistema que consiga efetivamente garantir o direito para além de a pessoa ter ou não ter condições de pagar”, afirmou, em referência ao slogan “altermundista” do Fórum Social Mundial.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, já confirmou participação na abertura da reunião e deve estar em outros debates ao longo da programação. O ministro deve apresentar a experiência brasileira do Sistema Único de Saúde (SUS) para entidades internacionais de saúde. Na avaliação de Both, apesar dos problemas, o sistema pode ser uma alternativa aos modelos privados de serviços de saúde.
“Os sistemas públicos são muito mais eficientes e conseguem atender muito melhor à população. Para garantir o direito a todos, ele precisa ser público. O sistema privado, embora tenha uma publicidade muita mais forte, só atende quem tem dinheiro”, comparou.
A quebra de patentes de medicamentos, que na avaliação de Both é fundamental para a “sustentabilidade” dos sistemas de saúde universais, também será uma das bandeiras dos cerca de 600 participantes esperados para o Fórum de Saúde.
“Só é possível ter um sistema público acessível a todos se nós enfrentarmos esse tema das patentes. Temos medicamentos que são caríssimos; o sistema público não pode depender de um processo de patenteamento. Já há casos de chás que a população usa há anos e hoje são patenteados; existe o risco de isso impedir acesso a conhecimentos populares milenares”, argumentou.
As atividades do Fórum Social Mundial de Saúde vão se concentrar no campus da Universidade Estadual do Pará (UEPA).
http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=9&id_noticia=270900
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22 de janeiro de 2009

Saída do Iraque em 16 meses está sendo 'estudada', diz Gates

Promessa eleitoral de Barack Obama para o fim do conflito é 'uma das opções', afirma secretário da Defesa

Agências internacionais

WASHINGTON - O plano do presidente americano, Barack Obama, para uma rápida saída do Iraque em 16 meses é uma das opções que estão sendo estudadas pelo Pentágono para o fim do conflito no país árabe, afirmou o secretário da Defesa Robert Gates nesta quinta-feira, 22. Em entrevista coletiva, Gates disse ainda que várias opções estão sendo analisadas e a promessa de campanha de Obama é uma delas.

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Na quarta-feira, o novo presidente disse a líderes militares que façam arranjos adicionais para a retirada das tropas americanas do Iraque. Antes do estouro da crise econômica, a guerra era a maior preocupação dos eleitores. "Durante a conversa, pedi à liderança militar que faça todos os planos adicionais necessários para fazer uma retirada responsável", disse Obama.

Nesta quinta, o novo presidente visitou o Departamento de Estado, para se encontrar com a nova chefe do departamento, Hillary Clinton, e seus principais conselheiros de segurança nacional.

Em seu discurso de posse na terça-feira, Obama já tinha anunciado que durante seu mandato daria início a uma saída "responsável" do Iraque, assim como uma solução para o conflito no Afeganistão. A Casa Branca também congelou as medidas aprovadas no fim do mandato do ex-presidente George W. Bush.

Irã

As agências americanas de inteligência devem buscar a colaboração dos líderes muçulmanos e de países como o Irã em questões de interesse mútuo, disse nesta quinta-feira ao Senado o indicado por Obama para o cargo de diretor de inteligência nacional.

Em audiência de confirmação pelos senadores, o almirante da reserva Dennis Blair também defendeu um rompimento com as políticas do governo Bush a respeito do tratamento dispensado a suspeitos de terrorismo.

"Enquanto os Estados Unidos devem caçar esses terroristas que buscam nos fazer mal, a comunidade de inteligência também precisa apoiar as autoridades que estão buscando oportunidades de envolver e colaborar com influentes líderes islâmicos que acreditam e estão trabalhando por um futuro progressista e pacífico para a sua religião e os seus países", disse Blair.

Sobre o Irã, ele declarou: "Enquanto as autoridades precisam entender os líderes, as políticas e as ações antiamericanas do Irã, a comunidade de inteligência também pode ajudar as autoridades a identificar e entender outros líderes e forças políticas, para que seja possível trabalhar por um futuro para ambos os nossos interesses."

O governo Bush tentou isolar o Irã por causa do seu programa nuclear e do suposto apoio ao terrorismo, embora tenha mantido contatos limitados. O ex-presidente também atraiu o ódio de muitos muçulmanos por causa da guerra no Iraque e dos abusos dos EUA contra suspeitos de terrorismo. Obama defende uma negociação com o Irã, e no seu discurso de posse prometeu melhorar as relações com o mundo islâmico.

www.estadao.com.br/noticias/internacional,saida-do-iraque-em-16-meses-esta-sendo-estudada-diz-gates,311382,0.htm

21 de janeiro de 2009

Exército israelense completa retirada da Faixa de Gaza

Soldados israelenses limpam suas armas, na fronteira entre Israel e Gaza

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JERUSALÉM (AFP) — O Exército de Israel concluiu nesta quarta-feira a retirada da Faixa de Gaza, quatro dias depois do fim de uma guerra iniciada em 27 de dezembro no território palestino contra o movimento radical Hamas que matou mais de 1.300 palestinos e devastou a região.

"O último soldado saiu da Faixa de Gaza esta manhã, mas o Exército permanece mobilizado na fronteira para reagir a qualquer eventualidade", declarou um porta-voz militar à AFP.

Os combates na Faixa de Gaza chegaram ao fim no domingo graças ao cessar-fogo unilateral decretado por Israel, que mais tarde foi seguido por outro cessar-fogo declarado pelos grupos armados palestinos, incluindo o Hamas, que controla o território.

O Hamas deu um prazo de uma semana a Israel para que ordenasse a saída de todas as tropas e abrisse as passagens de fronteira da Faixa, sob a ameaça de reiniciar as hostilidades.

Em Gaza, Fawzi Barhum, porta-voz do Hamas, movimento radical palestino que controla o território, considerou que a retirada não é suficiente para resolver a crise.

"Exigimos a suspensão total do bloqueio e a reabertura de todos os pontos de passagem para que nosso povo possa viver em paz e em segurança", declarou à AFP.

"Afirmamos claramente desde o início que o fim desta agressão, a suspensão do bloqueio e a reabertura dos pontos de passagem devem acontecer antes de qualquer discussão sobre os outros temas, incluindo uma trégua", acrescentou.

O Egito ainda tenta obter uma trégua formal para consolidar o cessar-fogo.

O Exército hebreu havia iniciado a retirada gradual da Faixa de Gaza logo depois do fim das hostilidades.

Pelo menos 1.315 palestinos morreram na ofensiva israelense, a maior da história na Faixa de Gaza, que ficou devastada pelos bombardeios e combates. Outras 5.200 pessoas foram feridas.

Do lado israelense morreram 10 militares e três civis.

O Escritório de Estatísticas Palestinas informou que 4.100 casas foram completamente destruídas e outras 17.000 atingidas na ofensiva.

Israel lançou a ofensiva em Gaza no dia 27 de dezembro, depois que o Hamas se negou a prolongar uma trégua de seis meses, acusando o Estado hebreu de não ter cumprido o compromisso de suspender o bloqueio.

No momento da retirada do Exército, testemunhas palestinas afirmaram que navios de guerra israelenses abriram fogo contra a zona litorânea do norte do território.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, visitou na terça-feira o território palestino, onde acusou Israel de ter feito um "uso excessivo da força" durante a campanha de 22 dias para acabar com os lançamentos de foguetes contra o sul de seu território.

Oito grupos israelenses de defesa dos direitos humanos acusaram o Exército de ignorar as regras da guerra e pediram ao procurador-geral e ao conselheiro legal do governo que adotassem medidas sobre o caso.

O Exército de Israel iniciou uma investigação interna para determinar se os soldados do país dispararam armas com fósforo branco em zonas habitadas durante a ofensiva na Faixa de Gaza, o que representaria o uso ilegal desta substância química, informa o jornal Haaretz.

Uma fonte militar afirmou que Israel vetou a divulgação da identidade dos comandantes das unidades que participaram na ofensiva de Gaza por temer que sejam acusados de "crimes de guerra", em consequência dos depoimentos sobre as "atrocidades" cometidas contra os civis.

Em Washington, o recém-empossado presidente Barack Obama nomeará esta semana George Mitchell, ex-mediador para a paz na Irlanda do Norte, enviado especial ao Oriente Médio para começar a trabalhar de imediato no conflito israelense-palestino, informou o jornal Washington Post.

No entanto, Israel não espera mudanças significativas na política dos Estados Unidos no Oriente Médio com a chegada à Casa Branca do democrata Barack Obama, afirmou o vice-premier Chaim Ramon.

"A política geral dos Estados Unidos não mudará", disse Ramon à rádio pública israelense.

"Esta política tem dois princípios: a luta contra o terrorismo e a necessidade de alcançar a paz (entre israelenses e palestinos) com base em dois Estados", acrescentou.

www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jxL_HSNyCaCoG__IEnXsr5jD03Dw

20 de janeiro de 2009

Renascer pede doações para reconstrução de sede no Cambuci

Página na internet da igreja traz comunicado com a solicitação. Desabamento do teto no domingo deixou nove mortos.

Do G1, em São Paulo

A Igreja Renascer em Cristo já está pedindo aos fiéis doações para a reconstrução de seu templo na Avenida Lins de Vasconcelos, no Cambuci, na Zona Sul de São Paulo. Com os dizeres "Doação para reconstrução do templo sede Renascer em Cristo", a solicitação, entre outros comunicados e avisos, está sendo veiculada por meio da página da igreja na internet. No site, constam o banco e os números da agência bancária e da conta corrente onde devem ser feitos os depósitos.

Veja a cobertura completa do desabamento do teto da Renascer

O teto do templo sede da igreja, com capacidade para 1.800 pessoas, desabou no início da noite deste domingo (18), resultando na morte de nove pessoas e deixando outras 113 feridas, de acordo com levantamento do Corpo de Bombeiros. Ainda há risco de desabamento das paredes laterais da edificação.

Segundo nota da assessoria da igreja desta terça-feira (20), “desde domingo foi formado um grupo de trabalho, reunindo engenheiros, arquitetos, técnicos de segurança, Corpo de Bombeiros, Polícia Técnica e Científica, além da Defesa Civil, para avaliar a real situação do imóvel e os procedimentos necessários a partir de agora, dentro das condições de segurança e, ainda, das perícias que estão sendo realizadas, de forma a apurar a ocorrência. A partir disso, foi constatada a necessidade de preparação de um projeto de demolição e recuperação. A princípio, ficará a cargo da Igreja Renascer a solicitação de autorização da Prefeitura para seu início, a partir de recomendação expressa pela Defesa Civil”.
Ainda de acordo com a nota, “a partir daí, estabelecidas as bases, será contratada a empresa responsável. Tais decisões – dadas sua amplitude e envolvidos - não podem ser feitas de forma precipitada. Acreditamos que até o final dessa semana esse assunto estará decidido”.
Ao ser questionada pelo G1 sobre onde passariam a ser realizados os cultos que aconteciam no templo sede, no Cambuci, a assessoria informou que não haverá transferência de local e que os fiéis estão sendo orientados a procurar outras unidades da igreja na capital paulista.
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL964712-5605,00-RENASCER+PEDE+DOACOES+PARA+RECONSTRUCAO+DE+ SEDE+NO+CAMBUCI.html
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19 de janeiro de 2009

Teto de Templo desaba sobre fiéis em São Paulo

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A Igreja Renascer, uma das maiores de São Paulo, congregada em seu Templo à Rua Lins Vasconcelos, no centro da cidade de São Paulo, desabou seu teto ontem, sobre os fiéis.
Diante do mau ocorrido com o desabamento do teto do templo, o melhor de tudo isso, foi que o desabamento aconteceu no horário entre um culto e outro no final da tarde de ontem.
As informações dão contas nesta manhã, de que os feridos são cerca de 96, que foram socorridos por 15 hospitais nas cercanias do local do acidente.
As informações são de que houve 8 mortes e todas eram mulheres, a mais nova tinha 15 anos e a de maior idade possuía 87.
Os bombeiros trabalharam à noite toda no resgate das vítimas com intensivo de 100 bombeiros que se revezaram durante a noite.
Os familiares de um Sr de nome Lázaro de 47 anos, compareceram informando que o mesmo saiu de casa para assistir ao culto e não retornou até esta manhã, dizem que possivelmente esteja debaixo dos escombros que ainda não foram removidos.
No ato do acidente, os bombeiros fecharam a avenida e imediatamente, as ambulâncias tomaram a rua para tomada dos socorros às vítimas, que para sorte, o fato aconteceu no intervalo entre uma reunião e outra. Este foi o motivo de haver poucas pessoas dentro do templo, do contrário o número de vítimas teria sido maior.
Costa

17 de janeiro de 2009

Israel declara cessar-fogo unilateral; Hamas o rejeita

Da EFE

Alberto Masegosa.

Jerusalém, 18 jan (EFE).- Israel anunciou na noite deste sábado que às 2h da madrugada de domingo (0h de Brasília) declarará um cessar-fogo unilateral na Faixa de Gaza, alguns minutos depois de o Hamas o ter previamente rejeitado.

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e coloca fim, pelo menos provisoriamente, a 22 dias de ataques que deixaram 1200 mortos - mais da metade civis, e uma terça parte crianças e mulheres -, e 5000 feridos.

"As forças (israelenses) continuarão em Gaza e seus arredores", advertiu Olmert, embora tenha dito - sem estabelecer nenhum prazo -, que se retirariam da região em caso de o Hamas deter o lançamento de foguetes contra o sul de Israel.

O chefe do executivo israelense afirmou que foram cumpridos os objetivos fixados pela operação, iniciada em 27 de dezembro do ano passado, e justificou a cessação das hostilidades com o argumento de que o Hamas sofreu um duro golpe.

"(O Hamas) perdeu muitos de seus homens, os disparos de foguetes se reduziram e foram destruídos vários túneis que usava para o contrabando de armas", disse Olmert.

O primeiro-ministro de Israel fez estas declarações em entrevista coletiva após a decisão ser tomada em Tel Aviv no Conselho de Segurança, um órgão integrado por Governo, altos comandantes militares e chefes dos serviços inteligência.

Olmert não deixou passar a oportunidade de ressaltar que no cessar-fogo não foi levado em conta o Hamas. "Como outras organizações terroristas reconhecidas internacionalmente não deve fazer parte do acordo", assegurou.

O anúncio aconteceu minutos após de o Hamas ter rejeitado de antemão pela primeira vez, a partir de Gaza, uma trégua nessas condições.

"Nunca aceitaremos a presença de nenhum soldado (israelense) em Gaza, qualquer que seja o preço", disse Fawzi Barhoum, porta-voz do movimento islamita, em discurso perante as câmaras da televisão "Al Aqsa", controlada pelo Hamas.

Barhoum leu um manifesto no qual assegurou que a proposta do inimigo para um cessar-fogo unilateral significa que o conflito de Gaza foi unilateral e realizado contra seu povo.

O porta-voz do movimento islamita exigiu que Israel cesse suas agressões, se retire de Gaza, ponha fim a seu bloqueio (da região) e abra todas as passagens.

O Hamas tinha rejeitado do exterior da faixa uma trégua unilateral desde que o Governo israelense divulgou para a imprensa essa possibilidade.

A trégua coloca o movimento islamita em uma situação difícil, que enfrenta o dilema de continuar as hostilidades e arriscar-se a que Israel retome sua ofensiva, ou frear seus ataques, e dar a imagem de que o Estado judeu fixa para ele o seu calendário de atividades.

Em ambos os casos sua posição nas negociações propostas pelo Egito ficaria debilitada. Essas gestões prosseguem com o apoio dos líderes europeus para tentar um acordo para uma trégua estável.

Em linha com o que foi antecipado por Barhoum, e uma vez que Olmert fez o anúncio de cessar-fogo, o braço armado do Hamas, as "Brigadas de Ezzedin al-Qassam", assegurou já de madrugada em comunicado que continuará a luta armada junto a outras facções palestinas.

O braço armado do Hamas advertiu que não deterá seus ataques "enquanto houver um soldado israelense na região e o bloqueio a Gaza continuar"

Mas o representante do Hamas no Líbano, Osama Hamdan, fez uma leitura propícia do anúncio israelense, o que indicaria que o movimento islamita procura uma fórmula política para sair da situação difícil em que se encontra.

Em declarações a redes de televisão árabes, Hamedan felicitou "seu povo por sua vitória", e assegurou que "o inimigo sionista matou civis e causou destruição, mas fracassou em romper a fortaleza da resistência". EFE

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL960626-5602,00-ISRAEL+DECLARA+CESSARFOGO+UNILATERAL+HAMAS+O+REJEITA.html

16 de janeiro de 2009

Presidente do Senado abre Fórum em Maceió

Gazetaweb - reportagem de Bruno Soriano
O presidente do Senado e candidato à reeleição, Garivaldi Alves (PMDB-RN), participou do lançamento do Fórum de Integração do Legislativo, evento que teve início na manhã desta sexta-feira, no auditório do Maceió Atlantic Suítes, no bairro de Jatiúca. Na ocasião, Garibaldi voltou a elogiar o colega senador Renan Calheiros (PMDB-AL) – já havia feito o mesmo em solenidade que marcou o início das obras de duplicação da AL-101 Sul nessa quinta-feira –, cobrando-lhe apoio ao pleito que se aproxima.
“Não sei se vou, ou se fico. O meu futuro está nas mãos de Renan”, brincou o senador, referindo-se ao líder de seu partido no senado e que esteve presente ao evento. A preocupação de Garibaldi gira em torno da possibilidade de o PMDB indicar o ex-presidente do Senado, José Sarney, à disputa com Tião Viana (PT-AC).
Na seqüência, o senador potiguar elogiou também o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), que não compareceu ao lançamento do Fórum. “O Brasil precisa tomar conhecimento de uma nova Alagoas. Temos de lembrar a sensibilidade do presidente Lula para com o estado, assim como a bravura do povo alagoano, que não se dobrou à crise”, afirmou o senador, que espera contar com o voto dos colegas João Tenório (PSDB-AL) e Fernando Collor (PTB-AL).
Já com relação ao Fórum, Garibaldi afirmou que a preocupação do Interlegis – criado há 10 anos com o objetivo de promover a integração e a modernização das Casas Legislativas do país – é capacitar os vereadores, a fim de que os mesmos ‘possam exercer cada vez melhor as suas atribuições, tanto no tocante à fiscalização, quanto à questão da proposição de leis’.
“Com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento, buscamos contribuir à busca por um melhor assessoramento desses vereadores, já que, até então, as casas legislativas não sabiam onde buscar esse aprimoramento”, emendou Garibaldi Alves, que anunciou, para fevereiro, o lançamento da TV Senado em canal aberto.
Já o senador Efraim Moraes, 1º secretário do Senado Federal, considerou positivo o encontro, ‘sobretudo àqueles que estão iniciando um mandato’. “O Interlegis em Alagoas representa o fortalecimento do legislativo no estado. Integrar as três esferas é de fundamental importância porque prepara o vereador a legislar e a fiscalizar”, comentou o senador, sobre o evento que debateu temas como ‘Uma visão da história política do Brasil: o papel dos municípios’, palestra ministrada pelo professor de História, Antônio José Barbosa.
O Interlegis disponibiliza tecnologia e informação, com computadores, impressoras e outros equipamentos, produtos e serviços, às Casas Legislativas. Pelo portal (www.interlegis.gov.br), o serviço mais usado desenvolve uma plataforma básica de operacionalização virtual de informações, que gera o portal personalizado de casa Casa na internet.
Também participaram do encontro o presidente da Assembléia Legislativa de Alagoas, Fernando Toledo (PSDB), o presidente da Câmara de Vereadores de Maceió, Dudu Hollanda (PMN), e o prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa (PMDB), além de deputados estaduais e dezenas de vereadores e prefeitos de municípios alagoanos.
http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=168520

15 de janeiro de 2009

Hermas Brandão quer “zerar” processos pendentes em 2009

Novo presidente do TC diz que pretende julgar todas as contas atrasadas até o final do ano

Ivan Santos
Franklin de Freitas
Hermas Brandão e Nestor Baptista, ontem na posse: 40% das contas são desaprovadas hoje
Hermas Brandão e Nestor Baptista, ontem na posse: 40% das contas são desaprovadas hoje
O ex-deputado estadual Hermas Brandão assumiu ontem a presidência do Tribunal de Contas prometendo “zerar” até o final do ano o julgamento de prestações de contas pendentes de municípios e órgãos estaduais. A promessa foi uma resposta à cobrança pela demora no julgamento de casos antigos, como o do deputado estadual e ex-prefeito de Londrina, Antonio Belinati (PP), que teve as contas de prefeito relativas a 1999 reprovadas pelo TC, mas obteve uma liminar em maio de 2008, às vésperas da eleição, que o permitiu concorrer novamente ao cargo. Belinati acabou tendo o registro da candidatura cassado pela Justiça Eleitoral, que convocou novas eleições e determinou a posse do presidente da Câmara Municipal como prefeito interino.
“Antes da Lei Orgânica acontecia dos processos ficarem engavetados. Hoje tem prazo”, justificou Brandão, referindo-se a Lei Orgânica do TC, que entrou em vigor em 2006, determinando que o tribunal tem prazo de no máximo um ano para julgar as prestações de contas de gestores municipais e estaduais. Segundo o novo presidente, o acúmulo de processos antigos pendentes ocorreu justamente por conta da falta de prazo para esses julgamentos, até a entrada em vigor da nova lei.
Autor do parecer aprovado pelos conselheiros, que deram liminar suspendendo a inclusão de Belinati na lista dos inelegíveis por irregularidades em um convênio entre a prefeitura de Londrina e o Estado, Brandão lembrou que assim como em outros tribunais, o TC permite que prefeitos e administradores possam recorrer até três vezes para suspender condenações por irregularidades em suas contas. “Temos todos os trâmites normais de outros tribunais”, alegou. Questionado sobre se o excesso de recursos não favoreceria manobras protelatórias de políticos condenados, com o objetivo de continuar disputando eleições, o conselheiro afirmou que esses recursos estão previstos em lei. “Não posso ferir a Constituição. Temos que cumpri”, disse. “O que podemos fazer é agilizar esses processos”, afirmou.
Segundo o presidente, o índice de desaprovação de contas de municípios gira hoje em torno de 40%. De acordo com Brandão, a maior parte dessas condenações ocorre por erros formais provocados por falta de documentação ou de capacitação dos técnicos das prefeituras. “90% dos problemas são erros técnicos, não de má-fé”, insistiu.
Questionado sobre as denúncias feitas pelos prefeitos que assumiram recentemente, de terem recebido municípios em situação de caos, com acúmulo de dívidas, salários atrasados, equipamentos e veículos comprometidos, o novo presidente do TC reconheceu, porém, que ela indica a prevalência de administradores inescrupulosos.
“Temos 10% de irresponsáveis”, afirmou, convocando os novos prefeitos a buscarem ajuda do tribunal para fazer o levantamento da situação de seus municípios e assim, responsabilizarem os gestores pelas eventuais irregularidades praticadas. Brandão, entretanto, relativizou as denúncias, afirmando que elas também fazem parte do jogo político. “Muitas vezes, por conta da disputa política, tenta se criar fatos graves contra os antecessores”, considerou.
O dirigente garantiu que o TC está atento, e já aplicou multas de R$ 300 milhões nos últimos anos contra administradores que praticaram irregularidades. Mas lembrou que a ação do tribunal está restrita as provas e documentos. “Analisamos o que está dentro do processo. Não temos como verificar se são falsos os documentos apresentados”, disse.
www.bemparana.com.br/index.php?n=93937&t=hermas-brandao-quer-zerar-processos-pendentes-em-2009

14 de janeiro de 2009

Violência no Brasil: 50 vezes mais mortos que na Faixa de Gaza

Human Rights Watch condena "crise de segurança pública" que resulta em 50 mil homicídios por ano. Para ONG, violações em presídios, tortura, trabalho forçado e ameaças a indígenas e sem-terra no campo continuam recorrentes

Por Repórter Brasil

A organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch divulgou, nesta quarta-feira (14), o seu relatório anual que traça um panorama das violações dos direitos humanos no mundo. A "crise da segurança pública" - que, , segundo a entidade, afeta especialmente comunidades pobres de grandes cidades e é perpretada pela ação de gangues criminosas e pelo abuso policial - aparece como um dos principais destaques da seção sobre o Brasil.
"Aproximadamente 50 mil homicídios ocorrem a cada ano no Brasil", sublinha a Human Rights Watch. O relatório veio a público no mesmo dia em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que mais de mil palestinos morreram e cinco mil ficaram feridos nos 19 dias de ataques israelenses na Faixa de Gaza. Dez soldados israelenses morreram em combate (cinco por "fogo amigo") e três civis perderam a vida por causa dos foguetes de grupos árabes que atingiram o território de Israel.
Além do problema da violência urbana, as condições dos presídios, a tortura, o trabalho forçado, as ameaças aos povos indígenas e camponeses sem-terra e a impunidade fazem parte do relatório da ONG internacional.
Violência urbana
No Rio de Janeiro, realça a entidade, centenas de comunidades de baixa renda estão sendo ocupadas e controladas por gangues rotineiramente envolvidas com tráfico ilegal de drogas, extorsão e crimes violentos. A violência policial foi definida como "um problema crônico". Dados oficiais repetidos no relatório mostram que a polícia foi responsável, no estado fluminense, por cerca de um em cada cinco mortes intencionais no primeiro semestre de 2008.
"A polícia alega que essas mortes ocorrem nos confrontos com os criminosos, e registram as ocorrências como ´ações de resistência´ - 757 mortes em decorrência de ação policial foram registradas no estado fluminense (uma média de quatro por dia) no período de janeiro a junho de 2008", detalha a ONG de defesa dos direitos humanos, Human Right Watch.
O relatório cita ainda relatórios sobre ataques indiscriminados por parte da polícia do Rio de Janeiro nas chamadas "megaoperações" em favelas e casos de abusos de policiais fora do serviço. De todos os homicídios no estado de Pernambuco, promotores estimam que 70% são cometidos por esquadrões da morte. Acredita-se que policiais façam parte desses grupos.
O caso das milícias, que também conta com alguns policiais fora de serviço, também é lembrado. Numa das favelas do Rio controladas por milícias, um morador e três empregados do diário "O Dia", que trabalhavam na cobertura jornalística das atividades do grupo no local, foram sequestrados e torturados em maio de 2008. As vítimas sofreram agressões, sufocamento, choques elétricos, ameaças de violência sexual e de morte. Por causa da repercussão na mídia, pelo menos dois integrantes da milícia foram presos e aguardam julgamento - incluindo um dos supostos líderes, que é inspetor policial.
Presídios e tortura
"A tortura permanece como um problema sério no Brasil", avalia a ONG. O relatório oficial da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do sistema penitenciário, divulgado em junho de 2008 com base em evidências coletadas nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, concluiu que o sistema nacional de detenção está corroído pela "tortura física e psicológica".
Em seis estados - Rondônia, Piauí, Mato Grosso, Ceará, Maranhão e Goiás - "assim como em muitos outros", membros da CPI se depararam com "cicatrizes de torturas" em prisioneiros. A comissão constatou ainda que agressões "são rotina nas prisões brasileiras" e que abusos ocorrem nos centros de internação de adolescentes infratores.
"As condições desumanas, a violência e a superlotação que têm marcado historicamente os centros de detenção brasileiros continuam sendo um dos principais problemas de direitos humanos do país. Atrasos no sistema de Justiça contribuem para a superlotação", completa o documento.
De acordo com as estatísticas oficiais, o número de presos subiu para 440 mil (um crescimento de 40% em cinco anos). Aproximadamente 43% desses presos ainda não foram devidamente julgados. A ONG salienta que o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, solicitou intervenção federal em Rondônia por causa das sucessivas violações de direitos humanos no Presídio Urso Branco, na capital Porto Velho (RO).
Trabalho forçado e violência agrária
A Human Rights Watch frisa que o governo federal brasileiro vem dando passos para erradicar o trabalho forçado desde 1995, com iniciativas como a criação do grupo móvel de fiscalização que monitora as áreas rurais. No entanto, a ONG lembra que a Comissão Pastoral da Terra (CPT) coletou denúncias referentes a 8,6 mil pessoas submetidas a condições de trabalho forçado em 2007. No mesmo ano, houve 5.974 (o Ministério do Trabalho e Emprego depois corrigiu esse número para 5.999) libertações.
"O governo federal promoveu avanços positivos nos esforços de combate ao trabalho forçado, mas a responsabilização criminal pelo crime de exploração dos trabalhadores continua rara", analisa o relatório.
Povos indígenas e camponeses sem-terra continuam enfrentando ameaças e violências como resultado de conflitos agrários. Nas contas da mesma CPT, 28 pessoas foram assassinadas e 428 foram presas em 2007. Em março de 2008, Welinton da Silva, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), foi ferido com um tiro na perna durante ocupação da Usina Hidrelétrica de Estreito, na divisa do Maranhão com o Tocantins.
Segundo a ONG, defensores de direitos humanos, particularmente aqueles que trabalham com questões de violência policial e conflitos agrários, ainda sofrem intimidação e violência no Brasil.
Impunidade e direito reprodutivo
"Garantir a responsabilização pela violação de direitos humanos permanece como um grande desafio", atesta o relatório, que menciona o caso de Vitalmiro Bastos de Moura (Bida). O fazendeiro acusado de ser o mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang em 2005 foi absolvido por júri popular em maio de 2008. Em outro caso, a investigação criminal com relação à morte do acampado Sétimo Garibaldi foi arquivada formalmente, sem que ninguém fosse responsabilizado pelo crime.
O Brasil continua sem submeter a julgamento os responsáveis pelas atrocidades cometidas durante o período de ditadura militar (1964-1985). Na visão da entidade estrangeira, "a Lei de Anistia de 1979 tem sido interpretada para barrar processos contra agentes do Estado"
O aborto, por sua vez, é legal apenas quando se trata de indicação médica por causa do risco de morte da gestante ou quando a gravidez é resultante de estupro. "Investigações criminais em clínicas de saúde femininas em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio Grande do Sul levantaram sérias preocupações com relação á privacidade", adiciona a ONG. No bojo de um processo criminal de 2007 que avança no Mato Grosso do Sul, registros médicos privados de milhares de mulheres - que foram inclusive indiciadas - se tornaram públicos em cumprimento à ordens judiciais.
www.reporterbrasil.com.br/exibe.php?id=1487

13 de janeiro de 2009

Médico de SP é suspeito de abuso sexual contra pacientes mulheres

Roger Abdelmassih é investigado pela polícia e pelo Ministério Público. Médico alega inocência; mais de 20 mulheres se queixaram dele.

Do G1, em São Paulo

Fachada da clínica de Roger Abdelmassih, na Zona Sul de São Paulo (Foto: Eduardo Anizelli/Folha Imagem)

O médico Roger Abdelmassih, um dos maiores especialistas em reprodução assistida do Brasil, é alvo de uma investigação da Polícia Civil de São Paulo e do Ministério Público, que apuram denúncias de atentado violento ao pudor supostamente feitas por ex-pacientes e uma ex-funcionária. Em nota divulgada pelo seu advogado, o médico informou que “é o maior interessado na elucidação total dos fatos".

As investigações começaram a ser feitas no início do ano passado quando algumas ex-pacientes procuraram o Gaeco, um grupo especial do Ministério Público. Desde sexta-feira (9), após as primeiras informações sobre o caso serem divulgadas, além das oito ex-pacientes que já haviam sido ouvidas, outras 14 entraram em contato com os promotores se identificando como vítimas do médico. Segundo o promotor José Reinaldo Carneiro, até a tarde desta segunda-feira (12), três dessas novas reclamantes já haviam sido ouvidas pela polícia.

O Ministério Público espera a conclusão do inquérito policial para poder denunciar o médico à Justiça. “São depoimentos extremamente coerentes, de pessoas que nunca se viram, que não se conhecem e que têm o mesmo conteúdo do ponto de vista de perfil de ataque sexual. Os depoimentos são extremamente graves”, afirmou o promotor.

As pacientes têm idades entre 30 e 45 anos e são de vários estados do país. O relato mais antigo, segundo o promotor, é de 1994 e há outros de 2005, 2006 e 2007. Algumas chegaram a procurar a polícia na época, mas a maioria só se manifestou após ver os relatos na imprensa.

De acordo com a Promotoria, os relatos das pacientes são muito parecidos quanto à forma de abordagem no consultório. Segundo o promotor, os ataques ocorriam quando as pacientes estavam voltando da sedação ou até mesmo sem estarem sedadas e em momentos quando não havia outra pessoa na sala. Os promotores tentaram denunciar o médico no ano passado, mas a Justiça não aceitou a denúncia justificando que os promotores não tinham poder para investigar. O caso foi encaminhado para a polícia, naquela ocasião.

O médico foi chamado para ser ouvido no Ministério Público em agosto do ano passado, mas pediu adiamento justificando motivo de doença dele e da esposa. Cerca de 15 dias depois foi chamado novamente e mais uma vez não se apresentou, segundo a promotoria.

Outro lado

Procurado pelo G1, o médico informou, por meio de nota assinada por seu advogado, Adriano Vanni, e enviada por sua assessoria de imprensa, que “é o maior interessado na elucidação total dos fatos, quando certamente será constatada a sua inocência”, diz o texto.

Ainda segundo a nota, a defesa do médico não conseguiu ter acesso integral ao conteúdo investigado pelo Ministério Público, apesar de ter requisitado isso vários vezes. “Evidentemente é impossível prestar esclarecimentos sem saber o exato teor das acusações”, diz o texto.

“A defesa do dr. Roger sequer conhece a identidade das pessoas que o denunciam, com exceção de uma ex-funcionária que confessadamente é autora de uma tentativa de extorsão”, acrescenta. O promotor diz que a informação não procede. "Desde o primeiro momento em que o médico foi chamado, tudo que o advogado pediu ele obteve, exceto a identidade das vítimas, que serão preservadas", informa a nota.

A nota diz ainda que o médico está indignado com as acusações: “O dr. Roger manifesta sua indignação com os relatos divulgados, que sem uma única prova tentam atingir a reputação de um médico com relevantes serviços prestados à sociedade, inclusive no campo da pesquisa científica, com mais de sete mil crianças nascidas após o trabalho de sua clínica”.
O G1 também entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública para comentar a investigação no âmbito policial. O órgão informou que havia casos sendo investigados no 78º DP, nos Jardins, e na 1ª e 2ª Delegacia da Mulher na capital paulista. A secretaria disse que não pode dar mais detalhes porque as investigações correm sob segredo de Justiça.
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL952553-5605,00-MEDICO+DE+SP+E+SUSPEITO+DE+ABUSO+SEXUAL+CONTRA+ PACIENTES+MULHERES.html