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29 de setembro de 2007

Elenco assiste unido ao último capítulo de 'Paraíso Tropical'

Atores, diretores e técnica da novela de Gilberto Braga se reúnem em churrascaria

Jackeline Mota DO EGO, NO RIO

O elenco de "Paraíso Tropical" assistiu unido ao final da novela na noite desta sexta-feira, 28. Grande parte da equipe se juntou aos milhares de telespectadores brasileiros exclamando “ohs” e “ahs” a cada surpresa apresentada no folhetim de Gilberto Braga. A cena revelando todas as maldades do vilão Olavo (Wagner Moura)foi gravada na madrugada da véspera da exibição do capítulo final.

Gilberto Braga, autor da novela, estava com a sensação de dever cumprido. “Hoje eu fiquei olhando mais a emoção do público do que o capítulo. Eu não tinha visto, vou ver direito quando eu chegar em casa. Mas a reação foi tudo que eu sonhava. Foram todos os ‘ohs' e ‘ahs’ na hora que eu queria”, disse. Vera Holtz, Bruno Gagliasso, Ricardo Linhares, Dennis Carvalho e Gilberto Braga

Globo.com Alessandra Negrini e Camila Pitanga

DEVER CUMPRIDO

A protagonista Alessandra Negriri também se disse realizada. “Estou muito feliz, com a sensação de trabalho cumprido”. Enquanto isso, ao lado, Camila Pitanga abraçava a amiga e dizia para os fotógrafos: “Essa mulher é demais”.

Um dos mais emocionados era Bruno Gagliasso. O ator não conseguia esconder a felicidade pelos elogios à sua performance na cena decisiva da trama.

“Aprendi a amar cada vez mais o meu trabalho. Como eu gosto, como eu tenho prazer de chegar em cena e trabalhar. A emoção das pessoas dizendo 'é o Bruninho, é o Bruninho'. Isso me emociona. Não só a emoção, mas o carinho das pessoas comigo. Eu tenho 25 anos. É bonito ver o Toni Ramos torcer, a Vera Holtz dizer ‘é você Bruninho’. Eu acho que todo mundo queria estar ali e fazer aquela cena.” Globo.com Vera Holtz cumprimenta Bruno Gagliasso

MARATONA

O ator, que gravou até as 4h da manhã, falou ainda na madrugada com a mulher, Camila Rodrigues, para revelar o nome do vilão. “A Camila estava dormindo, era o primeiro dia da gravação dela hoje (sexta-feira). Ela acordou e me ligou. Eu fui dormir às 6h da manhã.”

Vera Holtz foi outra a varar a noite gravando. “Gravei na madrugada. Gravamos até as 4h da manhã. Em nenhum momento achei que fosse a Marion não. Defendo a Marion”

Toni Ramos falou sobre o aguardado final. “Talvez esse tenha sido o mais bem guardado final de novela. Acho que o público gostou. Não podemos subestimar o público. Cada um tem um final preferido, é como um jogo de futebol da seleção brasileira, mas a grande média, não tenho dúvida qie gostou. Foi um final incrível. É um grande folhetim, um acerto do Gilberto”.

AgNews Bruno Gagliasso cumprimenta Wagner Moura

EMOÇÃO

Era difícil encontrar no elenco alguém que não tivesse, em algum momento, chorado com na novela. “A Antônia se emocionou”, contou Glória Pires sobre a filha.

Vera Holtz não se conteve durante todo o capítulo. “Me emocionei em todas as cenas. O que mais me emocionou, porque eu não sabia, era dos gêmeos. É um recomeço da história, né? São duas vidas. 'Duas Caras', né?”, disse referindo-se à próxima novela das 20h.

Alessandra Negrini também confessou ter chorado. “Muitas vezes. Muitas vezes. Foi tudo lindo”.

“Me emocionei. Não esperava isso. Achei bem bacana. Quando começaram as cenas com a minha família, aí eu fui”, disse Patrícia Werneck. O núcleo dela foi um dos principais responsáveis pelas lágrimas na platéia VIP.

Beth Goulart era só sorrisos com o final de sua Nely. “Foi uma novela tão especial. Foi uma trajetória muito bonita da personagem, apesar da limitação de visão de vida que ela tinha, o amor que ela sentia era tão grande que fez com ela se transformasse”.

Globo.com Tony Ramos e a mulher Lidiane

PLANOS

Novela acaba, novela começa e a vida continua. Logo após o Brasil ficar conhecendo o destino de cada personagem de “Paraíso Tropical”, os atores já falavam sobre seus planos. Alessandra Negrini não pensa em descansar. “Não estou nem um pouco cansada. Viajo para a Europa com uma peça chamada ‘A Gaivota’.” Tony Ramos, após descansar, grava a continuação do filme “E seu eu fosse você”, com Glória Pires.

Daniel Dantas confidenciou que esperava para a noite de ontem ainda a resposta sobre um projeto. Gustavo Leão já está confirmado em “Beleza Pura”, nova novela das 19h.

Patrícia Werneck correu para mudar o visual: está de cabelos mais curtos. “Cheguei na casa do Fernando (Torquatto) e pedi: corta pelo amor de Deus. Queria sair total da Camila. Viajo 15 dias, na Serra, em Itaipava”, disse a atriz que estuda três projetos para o teatro.

Fernanda Machado só pensa no colinho dos pais. “Estou lançando 'Tropa de Elite', depois eu quero viajar muito. Primeiro a casa dos meus pais, no Sul. Colinho de pai e mãe. Depois quero ir a Buenos Aires, sair do país.” NOVA YORK

Mas o destino número 1 do elenco é mesmo Nova York. Marcelo Anthony, Bruno Gagliasso e Vera Holtz seguem para a cidade. “Vou descansar. Vou pra Nova Iorque, vou olhar, vou olhar o mundo. Vou lá na ONU dar uma xereteada no mundo”, disse a atriz.

Bruno contou que aproveita a ida aos EUA para ver alguns quadros de Van Gogh, tema de sua próxima peça. “'Um certo Van Gogh’, é minha visão de um jovem de 25 anos sobre Van Gogh”.

Do Site:

http://ego.globo.com/ENT/Noticia/Sobre_ontem_a_noite/0,,MUL139037-6944,00-ELENCO+ASSISTE+UNIDO+AO+ULTIMO+CAPITULO+DE+PARAISO+TROPICAL.html

Atentado fere ao menos 12 turistas na capital das Maldivas

Da Folha Online

Uma bomba caseira explodiu perto de uma mesquita na capital das Maldivas, Male, neste sábado e feriu 12 turistas estrangeiros, informou o Ministério do Turismo maldivo. A explosão ocorreu na entrada do Sultan Park, uma atração turística popular na cidade.

Até o momento nenhum grupo ou indivíduo reclamou a autoria do atentado. Dentre os feridos estão dois britânicos, dois japoneses e oito chineses.

"Os japoneses e os chineses foram socorridos e liberados do hospital. Os dois britânicos ainda continuam recebendo tratamento médico na instituição", afirmou o ministro do Turismo, Mahmood Shaugee.

O ministro afirmou que os turistas ainda estão muito assustados e não foram interrogados sobre o incidente, que ocorreu por volta das 15h (7h em Brasília).

Os internados sofreram queimaduras, mas estão fora de perigo, segundo o ministro. O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido confirmou as informações.

O governo maldivo informou que é muito prematuro apontar um culpado e que uma investigação está a caminho. "As autoridades maldivas perseguirão os responsáveis e lhes imputarão penalidades previstas na lei", segundo um comunicado emitido pelas Maldivas. A mídia local veicula que a explosão foi provocada por um aparato ativado por um celular.

Luxo

Mais de 50 mil turistas visitam as Maldivas todo ano e a indústria é o carro-chefe da economia do arquipélago do Oceano Índico.

O país de maioria muçulmana sunita é conhecido pela tranqüilidade e capital não enfrenta atentados ou explosões desde uma tentativa de golpe em 1988.

No entanto, recentemente o país enfrenta certa instabilidade política. O presidente das Malvidas, Maumoon Abdul Gayoom, ganhou um referendo em agosto para adotar o presidencialismo. A oposição alega que a votação foi fraudulenta.

Críticos afirmam que Gayoom, no poder de 1978, interfere em reformas para a democracia e o acusam de reprimir a opinião dos dissidentes.

Eleições pluripartidárias estão programadas para 2008 no país. E os ajudantes da Gayoom afirmam que ele irá concorrer outra vez. Após décadas de sistema de partido único, em 2005 as forças de oposição foram legalizadas.

Vôo 1907: familiares de vítimas questionam número de indenizações

Eles também pedem a renovação de planos de saúde.Durante culto ecumênico, parentes divulgaram carta com críticas a autoridades.

Mirella D'Elia

Do G1, em Brasília

Um ano após o acidente com o vôo 1907 da Gol, que causou a morte de 154 pessoas, familiares de vítimas questionam o número de indenizações e reivindicam a renovação de planos de assistência médica e psicológica. Eles também divulgaram uma carta com duras críticas a autoridades do Poder Executivo – inclusive o presidente Luiz Inácio Lula da Silva – e do setor aéreo.

Veja cobertura completa do acidente

Veja fotos da tragédia com Boeing da Gol

Os parentes aproveitaram um culto ecumênico, realizado no Jardim Botânico de Brasília neste sábado (29), para fazer queixas. Alegam que o número de famílias indenizadas não passa de 25. A Gol afirma que já foram fechados acordos de indenização com 32 famílias, beneficiando 80 pessoas.

“Temos acompanhado pouca movimentação do governo em esclarecer isso, em apoiar os familiares, trazer uma resposta que amenize um pouco essa dor. Essa omissão causa grande indignação”, disse a presidente da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907, Angelita de Marchi.

Angelita também defendeu a necessidade de cobertura médica para as famílias. Alguns parentes demonstraram temor de que a companhia aérea suspenda os planos de saúde um ano após a tragédia.

“Entendemos que o plano médico é necessário para as famílias. Não dá para separar corpo e mente. Um problema psicológico se reflete no corpo. É humilhante alguém ter que provar que está doente”, disse.

Preocupação

Apesar das reclamações, o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, disse que a empresa “desde o primeiro momento teve preocupação de atender as necessidades das famílias”. E que tem intenção de continuar prestando auxílio às famílias que precisarem.

“Os planos psicológicos e médicos por um ano foram para garantir conforto para as famílias. Poucas tiveram necessidade de usar o plano. As que tiveram e que têm necessidade de continuar contando com assistência, temos toda condição de manter”, declarou Constantino, ao chegar ao culto ecumênico. “Não estamos nos furtando a oferecer esse plano”, acrescentou.

Constantino Júnior também refutou as críticas de que o número de indenizações poderia ser maior. “Se dependesse de mim, teria feito 100% dos acordos. Boa parte das famílias não tem interesse em conversar especificamente conosco e prefere buscar indenização nos Estados Unidos, recorrendo contra outras companhias que não a Gol”, afirmou.

Ele não revelou o montante gasto até agora com as indenizações e nem a média do valor pago às famílias. “Não existe valor médio. É difícil determinar quanto vale uma vida. Temos que partir de princípios usados pela Justiça para calcular as indenizações”, afirmou.

Homenagens

Cerca de 50 famílias compareceram ao culto ecumênico. A Gol informou que pagou as despesas de viagem de algumas delas. As 154 vítimas foram homenageadas com placas com seus nomes, postas em pés de ipês plantados no Jardim Botânico. Parentes também receberam rosas brancas. E balões da mesma cor foram soltos no local.

O piloto do Boeing, Décio Chaves Júnior, e o co-piloto, Thiago Jordão Cruso, que morreram no acidente, também foram lembrados. As famílias deles receberam placas confeccionadas a pedido dos familiares.

Emoção

Durante o culto, muitos parentes de vítimas não conseguiram conter a emoção. Mariana Assad Rezende, de 55 anos, e o marido, Antonio Rezede, de 52, perderam o filho, Átila Rezende, de 24 anos, no acidente. Ele estava no quarto ano da faculdade de medicina.

“Esse cenário só nos contempla tristeza, amargura e questionamentos. Como isso foi ocorrer? Quantas famílias perderam seus entes queridos, que tinham projetos? Meu filho tinha um ideal que não se concretizou”, afirmou Mariana.

“A dor é constante. O tempo nos leva a ver que isso é uma realidade. Mas a saudade é muito grande. Através da força que uma família passa para a outra, conseguimos ir levando a vida”, declarou o pai do jovem.

Do Site:

28 de setembro de 2007

Lei proíbe entrevista de pais de Madeleine à TV americana

Os McCann poderiam enfrentar novas acusações se falassem sobre o caso.Kate e Gerry, os pais de Maddie, são suspeitos pelo desaparecimento da garota. Do G1, com agências

A lei portuguesa proíbe que Gerry e Kate McCann, pais da menina britânica Madeleine , participem de um programa especial que seria feito pela entrevistadora da televisão americana Barbara Walters, informou nesta sexta-feira (28) o jornal "Evening Standard". Segundo o tablóide londrino, Walters - que entrevistou todos os presidentes dos EUA desde Richard Nixon - queria fazer um especial com o casal, que poderia chegar a uma audiência de milhões de pessoas.

Clique aqui para ler a cobertura completa do caso Madeleine

No entanto, de acordo com as leis portuguesas, Gerry e Kate McCann poderiam enfrentar novas acusações se falassem publicamente sobre o caso, após terem sido declarados "suspeitos" do desaparecimento da filha, em 3 de maio, no sul de Portugal. A equipe de advogados britânicos que assessora os McCann busca algum resquício na legislação que permita ao casal ir ao programa de Walters, a fim de defender sua reputação e chamar a atenção do mundo sobre o desaparecimento de Madeleine.

O porta-voz dos McCann, Clarence Mitchell, recebeu centenas de solicitações de entrevistas com o casal de médicos, mas os McCann não poderão atendê-las até receberem o sinal verde de sua equipe de advogados.

Vários locais

O jornal português "Diário de Notícias" publicou uma reportagem nesta sexta-feira (28) na qual afirma que a Polícia Judiciária mantém fortes suspeitas de que o corpo de Madeleine "passou por vários locais" antes de entrar na bagageira do carro alugado pelos pais. AP

Imagem de Madeleine de maio de 2005, que foi liberada por amigos do casal

(Foto: AP)

Os investigadores aguardam por novos resultados das análises aos vestígios, nomeadamente de sangue e cabelos, recolhidos no apartamento do The Ocean Club e ao Renault Scénic usada pelo casal McCann.

Segundo esses policiais da PJ ouvidos pela reportagem, a menina terá morrido no apartamento antes mesmo do jantar dos pais, no Restaurante Tapas, num período compreendido entre as 19h e as 20h30.

Durante esse espaço de tempo, o pai de Maddie teria sido visto jogando tênis no resorte. Já Madeleline e os seus irmãos gêmeos estariam sob a guarda da mãe, já que a baby-sitter do empreendimento que tomava conta das crianças fora dispensada pelos pais. Não há registos nem testemunhas que tivessem visto Kate e Maddie durante essa hora e meia.

150 dias

Neste domingo (30), completam 150 dias desde o desaparecimento de Madeleine, que estava perto de fazer quatro anos quando sumiu do quarto de hotel onde a família passava férias na localidade portuguesa de Praia da Luz, no Algarve, enquanto seus pais jantavam em um restaurante próximo com amigos.

Kate e Gerry McCann planejam iniciar uma nova campanha de alerta em Portugal, Espanha e Marrocos, onde várias pessoas dizem ter visto uma criança que poderia ser Madeleine. No caso do Marrocos, a informação foi um engano, já que a menina avistada era marroquina.

Decepção dos pais

AP Photo

Madeleine (à dir.) e a garota marroquina: semelhança causou confusão (Fotos: AP) Os pais de Madeleine ficaram decepcionados nesta semana ao saberem que a garotinha loira que aparece numa foto tirada no Marrocos no final de agosto não era sua filha, afirmou o porta-voz do casal. "Se é verdade que as informações de que a menina da foto não é Madeleine, isso é muito desalentador", disse Clarence Mitchell, porta-voz dos McCann.

A foto, amplamente divulgada na terça-feira pela imprensa britânica, mostra uma mulher que leva no colo uma menina loira. A foto foi tirada em 31 de agosto em Zinat (no norte do Marrocos) por Clara Torres, uma turista espanhola.

Mas nesta quarta-feira (26) um fotógrafo da agência France Press encontrou a suposta Madeleine e sua mãe. E descobriu que ela se chama Bouchra, tem quase três anos e é da cidade de Zinat, perto de Tetuán (no norte do Marrocos). Os pais da garota mostraram sua certidão de nascimento e demais documentos que provam sua identidade e filiação.

Clique aqui para ler: Fotógrafo diz que menina vista no Marrocos não é Madeleine

"Esta é a razão pela qual Gerry e Kate se recusaram a comentar" as reportagens que diziam que menina tinha sido vista, e "o motivo pelo qual aconselhavam prudência", acrescentou o porta-voz. Mitchell tinha advertido na noite desta terça-feira, depois de divulgada a foto, que era necessário manter a cautela.

Clique aqui para ler a continuação desta reportagem

Veja abaixo as fotos que geraram a confusão As fotos feitas pela turista espanhola e pelo fotógrafo da AFP (à dir.) (Foto: Reuters/AFP)

Segundo informações da agência de notícias “France Presse”, Bouchra Akchar aparece no colo da mãe, Hafida. Na terça-feira (25) foi divulgada uma imagem (veja abaixo) de uma menina que poderia ser Madeleine e que seria, na verdade, a mesma da foto acima (Foto: Abdelhak Senna/AFP)

O caso da fotografia Os pais de Maddie mantiveram uma cerca prudência nesta quarta-feira (26) depois da divulgação de uma foto de uma criança loira tirada no Marrocos no final de agosto, para evitar "montanhas-russas emocionais", segundo seu porta-voz.

Saiba mais

» Interpol analisa foto que pode ser de Madeleine no Marrocos » Pais de Madeleine contrataram detetives particulares, diz jornal

A turista Clara Torres decidiu mostrar a foto à polícia na segunda-feira depois de ficar sabendo pela imprensa que duas testemunhas afirmaram ter visto Maddie em Marrakesh (no sul do Marrocos) poucos depois de seu desaparecimento, no dia 3 de maio.

G1 Mapa mostra o Algarve, a região de Portugal de onde Madeleine desapareceu

(Arte: G1) Clara Torres, de Albacete, disse que tirou a foto na manhã do dia 31 de agosto, nas proximidades da cidade de Zinat, na estrada entre Chaouen e Tetuán.

"A semelhança (com Maddie) é de dar calafrios", disse Clara Torres, que passava as férias no Marrocos. Kate e Gerry McCann foram indiciados como suspeitos em 7 de setembro pela polícia judicial portuguesa e dois dias depois partiram de Portugal, para voltar à Inglaterra.

Polícia do Rio procura dono de prédio que desabou

Policiais civis realizam buscas nesta sexta-feira para tentar localizar o dono do prédio de três andares que desabou, na noite de ontem, em Marechal Hermes, na zona norte do Rio de Janeiro. No incidente, duas crianças morreram e 12 pessoas ficaram feridas. Gilberto Cavalcanti teria fugido após a tragédia. A mulher dele, Rosângela Fernandes, ficou ferida e permanece internada em um hospital.

Segundo o titular da 30ª Delegacia Policial (Marechal Hermes), Hércules Nascimento, os proprietários do imóvel vão responder por homicídio doloso, ou seja, com a intenção de matar.

A medida foi tomada com base em informações da Defesa Civil Municipal de que as obras do imóvel foram embargadas em março deste ano. Os donos chegaram a ser multados por construção irregular cinco vezes.

Ainda de acordo com Nascimento, os detetives estão fazendo um levantamento para descobrir se havia um engenheiro responsável pela obra. Esse profissional também poderá ser indiciado. "Se puder, vou indiciar até o pedreiro", destacou.

O imóvel que desabou era uma casa que ganhou dois andares e acabou se transformando em um pequeno prédio. O delegado contou que a perícia já pôde constatar que o edifício estava totalmente irregular porque não tinha colunas suficientes para sustentar mais andares. Além disso, uma piscina de 30 mil litros de água foi construída no último pavimento.

26 de setembro de 2007

Sudão/EUA: Bush pede à ONU maior presença militar em Darfur

Washington - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu terça-feira ao Conselho de Segurança (CS) da ONU uma maior presença militar na região sudanesa de Darfur, já que os sete mil soldados desdobrados pela União Africana (UA) no local são "insuficientes".

Bush fez as afirmações em reunião especial do CS sobre a África, evento presidido pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy.

Na reunião, o CS aprovou uma resolução que autoriza uma "presença multidimensional" nas áreas policial e militar em torno da região de Darfur, concretamente no Tchad e no nordeste da República Centro-Africana, para ajudar a proteger civis e deslocados.

Bush destacou no seu discurso a gravidade do conflito em Darfur, que classificou de "genocídio".

"E sete mil tropas não são suficientes, se o que pensa que ocorreu é um genocídio", afirmou, após lembrar que o território de Darfur "é maior que a França ou o Texas".

O presidente dos EUA declarou também que no conflito perderam a vida 200 mil pessoas e dois milhões tiveram de deixar as suas casas e buscar refúgio em países vizinhos, como o Tchad e a República Centro-Africana.

Por isso, celebrou a aprovação da resolução, que levará ajuda aos refugiados. "É uma solução prática para um grande problema", afirmou Bush.

Além disso, o líder americano fez um apelo ao Governo sudanês para que facilite o desdobramento de uma força maior de pacificação das Nações Unidas, e aos rebeldes para que optem por um cessar-fogo para iniciar conversações de paz

Sem Renan, líderes fazem acordo que pode pôr fim a voto secreto

Projeto que afasta membros da Mesa envolvidos em processos de quebra de decoro também terá prioridade

Rosa Costa e Christiane Samarco, BRASÍLIA

Sem a participação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), e os líderes da oposição acertaram retomar hoje as votações no plenário, pondo fim à obstrução iniciada há duas semanas. Os líderes José Agripino (DEM-RN) e Arthur Virgílio (PSDB-AM) concordaram com o fim da represália - adotada após Renan ter sido inocentado da acusação de ter contas pessoais pagas por um lobista -, desde que haja prioridade à votação de dois projetos de resolução.

O primeiro acaba com as sessões secretas nas votações de perda de mandato e o outro projeto determina o afastamento de membros da Mesa Diretora e das comissões envolvidos em processos de quebra de decoro, cujo parecer será debatido na sessão de hoje da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O pacote prioriza ainda a votação da proposta de emenda que acaba com o voto secreto no Congresso, em todas as situações.

A sessão aberta, se aprovada, entra em vigência nas votações das outras três representações restantes contra Renan. Quanto à mudança que atinge a Mesa, há divergência quanto à sua adoção retroativa, atingindo o presidente do Senado. Já o fim do voto secreto nas sessões de cassação, se não houver entendimento, só deverá entrar em vigor no ano que vem.

Para concretizar o acordo, governo e oposição terão de destrancar a pauta, votando cinco medidas provisórias e um projeto em regime de urgência, que trata do estágio de estudantes nas universidades.

Jucá até tentou preservar Renan na conversa com os líderes. Em vez de comparecer à reunião previamente marcada, procurou cada um informalmente, no plenário e no gabinete.

MANOBRAS

As três iniciativas do acordo têm o objetivo de impedir que dirigentes do Senado utilizem o cargo para manobrar e atrasar os processos de cassação. Há consenso quanto ao fim das sessões secretas, o que no último dia 12 - no primeiro julgamento de Renan em plenário - levou 13 deputados a recorrerem ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Jucá resiste a uma das propostas. Alega que não concordará com mecanismos que fragilizem a posição de membros da Mesa e das comissões, a ponto de afastá-los do cargo sem a comprovação da denúncia em que sejam citados. "Não podemos instituir a banalização nos procedimentos", alega. A oposição, diz Agripino, aceita conversar sobre alguma mudança, desde que não repita a situação atual, em que a insistência do presidente do Senado em se manter no cargo termina por "contaminar" a instituição.

Quanto ao fim do voto secreto, os senadores do PT entram em choque com Jucá, ao insistir na votação da proposta de iniciativa do senador Paulo Paim (PT-RS), que extingue totalmente o voto secreto. Já o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), alerta que a iniciativa é uma deixa para não mudar nada. "Se pedem tudo, é para inviabilizar.

"Se bem conduzida, a sessão de hoje tem como últimos itens a votação da indicação de oito autoridades. A mais polêmica, de Luiz Antonio Pagot, indicado para o Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT), deve ficar para o final. A decisão já foi adiada duas vezes, na semana passada.

RELACIONAMENTO

Na véspera da reunião do Conselho de Ética que vai tratar do segundo processo envolvendo o seu nome, Renan negou ontem estar chantageando parlamentares para conseguir se manter à frente do Senado. "Muito pelo contrário, sobretudo partindo de mim. Eu sempre tive com a Casa o melhor relacionamento, independentemente da condição partidária de cada um. Converso com todos, sou amigo de todos", afirmou.

Hoje, o conselho se reúne para discutir a representação de número dois contra o senador, que trata de suposta interferência dele para favorecer a Schincariol junto ao INSS e à Receita Federal. Renan e a empresa negam irregularidades.

Pela manhã, assim que chegou ao Congresso, o senador desdenhou da articulação da oposição para que a reunião de líderes fosse realizada sem a sua presença. "Por um acaso sou líder?", questionou. "Eu tenho estimulado as conversas entre os líderes, nós temos de buscar as conversas e o entendimento. Este é o melhor caminho para o Senado seguir, porque só assim poderemos deliberar sobre as coisas de interesses do País", disse. "O Brasil precisa disso, que seu Senado trabalhe, vote as coisas de interesse do País."

COLABOROU ANA PAULA SCINOCCAFRASES

Renan Calheiros

Presidente do Senado"

Eu sempre tive com a Casa o melhor relacionamento, independentemente da condição partidária de cada um. Converso com todos, sou amigo de todos

""Eu tenho estimulado as conversas entre os líderes, nós temos de buscar as conversas e o entendimento. Este é o melhor caminho para o Senado seguir, porque só assim poderemos deliberar sobre as coisas de interesses do País"

Junta impõe toque de recolher e mobiliza Exército em Mianmar

As restrições valerão por 60 dias em razão dos protestos capitaneados por grupos de monges. Há alguns anos o governo de Mianmar não permite concentrações de mais de cinco pessoas no País

Monges budistas voltaram a se manifestar ontem, massivamente, pelas ruas da capital birmanesa(Foto: MIZZIMA NEWS/AFP)

A junta militar birmanesa impôs ontem toque de recolher na capital Yangun e declarou a cidade, também uma das mais importantes de Mianmar, área militar restrita depois de vários dias de protestos. O anúncio foi divulgado em alto-falantes por oficiais do governo que cruzaram a cidade em caminhões. A ordem foi divulgada às 20h45 locais, porém só entrará em vigor a partir desta quarta-feira.

O toque de recolher é entre 21 e 5 horas. Yangun e seu entorno passam a ser considerados área restrita, termos usados geralmente para descrever zonas militares ou de conflito. As restrições serão aplicadas durante 60 dias. Uma ordem similar foi divulgada em Mandalay.

Há alguns anos, o governo de Mianmar proíbe concentrações de mais de cinco pessoas. Mas a lei tem sido ignorada pelos manifestantes nas últimas cinco semanas. Monges budistas lideraram as duas mais recentes manifestações, que reuniram mais de 130 mil pessoas nas ruas de Yangun na segunda-feira e voltou a reunir ontem mais de 100 mil. Pelo menos 200 militares e policiais antidistúrbios foram mobilizados no centro de Yangun ontem.

Novas sanções

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, anunciou novas sanções contra a junta militar de Mianmar. Foi o que divulgou em seu discurso na 62ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que começou ontem, em Nova York.

O movimento de protesto contra a junta militar em Mianmar, que deve continuar, poderia, segundo analistas, evoluir de duas formas possíveis: um início de diálogo ou uma violenta repressão, como a de 1988. Resta saber se os militares também aprenderam as lições da repressão que conduziram naquela época, matando cerca de 3.000 pessoas.

O que começou como uma tímida tentativa de protestar contra o aumento, em 15 de agosto, dos preços dos combustíveis, transformou-se esta semana em uma ação popular de massa contra os militares. (das agências de notícias)

Porta-voz dos McCann pede 'prudência' sobre foto

A imagem feita no Marrocos mostra uma menina parecida com a britânica Madeleine desaparecida desde maio

Agências internacionais

AP No detalhe, Madeleine. Ao fundo, a foto feita no Marrocos

LONDRES - O porta-voz da família McCann, Clarence Mitchell, assinalou que é preciso ser "prudente" sobre a fotografia de uma menina parecida com Madeleine, a britânica desaparecida desde o dia 3 de maio. A imagem, de autoria de uma turista espanhola durante visita ao Marrocos, está sendo analisada pela Interpol.

Veja também: Interpol estuda foto que pode ser de Madeleine Falhas no caso Madeleine Cronologia

Em declarações a BBC, Mitchell disse que Gerry e Kate McCann, pais da pequena desaparecida em Portugal em 3 de maio, não querem comentar este momento em que a imagem é analisada pelas autoridades. O porta-voz lembrou de outros casos de turistas que disseram ter visto a menor na Bélgica e Malta, mas essas pistas não apresentaram o paradeiro de Madeleine.

A fotografia, estampada nesta quarta-feira, 26, nas capas de quase todos os periódicos britânicos, é de autoria da turista espanhola Clara Torres, que explicou na terça-feira, 25, que viajava no último agosto com seu noivo em um ônibus em direção a Tetuán (norte do Marrocos) e se entretinha fazendo desde o veículo uma bateria de fotos.

Uma das fotos mostra uma menina loira que uma mulher de aspecto árabe levava consigo envolva em uma toalha ou manta.

Em um primeiro momento não foi dada importância, mas na segunda-feira, 24, ao ouvir por um meio de comunicação de massa que Madeleine poderia estar no Marrocos, Torres decidiu descarregar a foto. Ao vê-la, se deu conta da grande semelhança com a menina britânica de quatro anos e entrou em contato com as autoridades.

Segundo Mitchell explicou, as autoridades marroquinas haviam assegurado aos McCann há alguns meses que se Madeleine estivesse no Marrocos a encontrariam, dada a ampla rede policial que há no país.

A declaração do casal é a mais recente de uma série de testemunhos sobre supostas aparições da garota britânica no país africano. No último domingo, um turista britânico entrou em contato com a polícia portuguesa para dizer que tinha visto uma menina que se parecia muito com Madeleine num posto de gasolina de Marrakesh, publicaram dois tablóides britânicos.

O testemunho do homem coincide com o da turista norueguesa Marie Pollard, que se disse convencida de que viu Madeleine no Marrocos. Aos jornais, a norueguesa disse estar surpresa com o fato de não ter sido interrogada pela polícia mais de quatro meses depois do sumiço da menina.

Em Portugal, as forças de ordem declararam que os pais de Madeleine continuam como suspeitos do desaparecimento da menina e contam com a possibilidade de que a mãe a matou acidentalmente com uma sobredose de soníferos, além de ter ocultado o cadáver com a ajuda do marido.

Gerry e Kate McCann insistem que são inocentes e crêem que sua filha está ainda com vida em algum lugar.

Madeleine desapareceu do quarto no qual dormia com seus dois irmãos, de dois anos, em um complexo turístico de Algarve enquanto seus pais jantavam em um restaurante do centro de férias.

25 de setembro de 2007

Base militar é posta à venda em um site de leilões

Vista lateral da base de mísseis dos EUA posta à venda no eBay.

Uma antiga base de lançamento de mísseis localizada no estado de Washington, nos Estados Unidos, foi colocada à venda no site de leilões eBay. Quem quiser se tornar proprietário do complexo, que possui até proteção contra explosões de bombas nucleares, deverá desembolsar 1,5 milhão de dólares.

A base foi posta à venda por seu atual dono, Bari Hotchkiss, que a adquiriu há dez anos. "Nós costumávamos usar a base como um lugar para passar o verão, com nossas crianças e amigos", afirmou Hotchkiss. "O único limite é a imaginação. Nós sempre quisemos que ela virasse um local para férias de verão ou um spa.", completou.

No anúncio, a base é descrita como "deslumbrante". O local, que o governo dos Estados Unidos abandonou nos anos 70, conta com uma rede de túneis e é totalmente cercado por arame farpado. Quando ainda estava ativa, a base era utilizada para o lançamento de mísseis Titan, considerados obsoletos pelo exército americano há mais de 30 anos.

“Não pronuncio a palavra...”

Paris quer “muita firmeza”, mas recusa falar de conflito com Teerão

Nicolas Sarkozy afirma ser preciso usar “muita firmeza” em relação ao Irão, mas fez notar que a posição da França é clara: “nada de arma nuclear para o Irão”. Para isso, na opinião do líder do Eliseu, “é preciso reforçar as sanções” a Teerão.

O Presidente francês defendeu a necessidade de usar “muita firmeza” face ao Irão, mas insistindo que não pronunciava a palavra “guerra”. Numa entrevista publicada ontem pelo jornal «New York Times», Nicolas Sarkozy considerou também que “as condições para uma viagem a Teerão” do ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Bernard Kouchner, não estavam “preenchidas” de momento. Já sobre a atitude a manter face ao Irão sobre o dossier nuclear, Nicolas Sarkozy declarou que “a posição da França é clara: nada de arma nuclear para o Irão, [é preciso manter] o arsenal das sanções para os convencer, a negociação, a discussão, a firmeza e não quero ouvir falar de outra coisa que nada traria à discussão actual”.

Na opinião do Presidente francês, a crise iraniana “é uma crise internacional que é preciso gerir com muito sangue frio, muita firmeza, mas com muita reflexão”. “Não serve de nada invocar outras alternativas. É perfeitamente contra-produtivo”, sublinhou. Ao mesmo tempo que frisou que “o Irão pode aceder ao nuclear civil”, Nicolas Sarkozy disse que “para impedir o Irão de ter armas nucleares, é preciso reforçar as sanções”, antes de acrescentar: “Por mim, não pronuncio a palavra guerra”.

Nicolas Sarkozy demarcou-se assim de Bernard Kouchner que na passada semana advertiu que o mundo se devia “preparar para o pior”. Ou seja: a possibilidade de uma “guerra” com o Irão. “Não é verdade que não exista nenhuma solução entre a submissão e a guerra. É precisamente esta a alternativa que recuso na minha expressão: seja a submissão, seja a guerra. É exactamente o que pretendem os dirigentes. Não sou obrigado a cair nesta armadilha. Entre a submissão e a guerra, existe uma paleta de situações, de soluções que existem como o reforço das sanções que acabará por produzir os seus efeitos”, acrescentou. “Caso as sanções não sejam suficientes, desejo uma terceira série de sanções mais fortes, sabendo-se que as sanções só podem funcionar se houver unanimidade e para isso é preciso juntar todo o mundo. A terceira série de sanções será aprovada, espero, pela ONU”, afirmou.

Câmara elege Yasuo Fukuda novo primeiro-ministro do Japão

da Efe, em Tóquio

O Parlamento do Japão elegeu hoje o moderado Yasuo Fukuda, de 71 anos, para o cargo de primeiro-ministro, substituindo o demissionário Shinzo Abe.

Fukuda venceu a votação na Câmara dos Deputados e foi derrotado no Senado, onde a oposição tem maioria. Mas a Constituição japonesa estipula que, em caso de divergência, prevalece o resultado da Câmara Baixa.

O veterano recebeu 338 votos dos 477 deputados. Outros 117 votaram em Ichiro Ozawa, de 65 anos, líder do Partido Democrático (PD), de oposição, e 21 se dividiram entre candidatos do Partido Comunista, Partido Social Democrata e Novo Partido dos Cidadãos.

A eleição de Fukuda era considerada certa, devido à arrasadora maioria na Câmara Baixa da coalizão liderada por seu partido, o liberal-democrata (PLD), e pelo Novo Komeito, budista. No Senado, no entanto, Ozawa venceu, apoiado pela maioria de oposição. Mesmo assim foram necessárias duas votações. Nenhum candidato recebeu mais de metade dos 239 votos na primeira rodada. Na segunda, Ozawa teve 133, contra 106 de Fukuda.

No domingo, Fukuda havia sido presidente do PLD, substituindo Abe, de 53 anos. O ex-primeiro-ministro saiu hoje do hospital onde estava internado desde a semana passada e foi ao Parlamento para votar.

Agora um comitê conjunto analisará os dois resultados. Mas isto é uma pura questão de protocolo. Pela Constituição japonesa, a proclamação de Fukuda é certa.

Yasuo Fukuda, ex-porta-voz do Governo, tem pela frente a difícil tarefa de unificar seu partido e o país após um ano de Governo de Shinzo Abe, marcado pelos escândalos de corrupção de seus ministros.

É mais moderado que o seu antecessor nacionalista e conservador. Defende uma política externa flexível e de cooperação com os vizinhos asiáticos.

Fukuda defende a proximidade com a China, um certo diálogo com a Coréia do Norte e evita fazer gestos que lembrem o imperialismo japonês, ao contrário de Shinzo Abe.

Foi o ministro porta-voz do Governo japonês que durou mais tempo no cargo, de outubro de 2000 a maio de 2004, nos Gabinetes de Yoshiro Mori e Junichiro Koizumi.

Alonso teria oferta da Ferrari de quase R$ 76 milhões por ano

Espanhol teria até aceitado a oferta, de acordo com jornal inglês, mas problema é multa para sair da McLaren

Arquivo/AE

Oficialmente, equipes e piloto negam contatoLONDRES - O destino de Fernando Alonso para a temporada 2008 está cada mais agitado. Segundo o jornal inglês News of the World, o piloto bicampeão mundial já teria acertado um acordo com a Ferrari, onde receberia cerca de 29 milhões de euros (quase R$ 76 milhões) por temporada dos italianos. O problema para o negócio se concretizar seria pagar a multa de 14 milhões de euros (cerca de 37 milhões de reais) para a McLaren, onde ele tem contrato atualmente.

A ida de Alonso para a Ferrari estaria também condicionada à saída de Felipe Massa, que estaria acertando com a Toyota, segundo o Daily Mail, numa negociação que estaria sendo conduzida por Nicholas Todt, filho de Jean Todt, diretor esportivo do time italiano. Outra dificuldade para o acerto é o fato de que a McLaren não estaria disposta a liberar o piloto espanhol facilmente, apesar dos problemas que vem tendo com ele.

Para sair da McLaren, os advogados de Alonso estariam estudando uma forma de romper o contrato utilizando como argumento o escândalo de espionagem que a equipe está envolvida, por causa do ex-engenheiro da Ferrari, Nigel Stepney, que repassou informações técnicas sigilosas aos ingleses por não ter conseguido a promoção de cargo que esperava, no final do ano passado.

Outro interessado em contratar o piloto espanhol é o chefe da Renault, Flavio Briatore, que já o teria procurado para "abrir as portas da equipe para seu retorno", pois foi pela escuderia francesa que Alonso foi bicampeão mundial entre 2005 e 2006. Oficialmente, as equipes envolvidas negam todas as mudanças até o momento.

24 de setembro de 2007

Lula reencontra Bush mais próximo de acordo comercial

Nunca antes na história recente das relações entre Brasil e EUA os dois países estiveram tão perto de chegar a um acordo para ajudar a destravar a Rodada Doha de comércio exterior quanto na reunião da tarde desta segunda-feira de Luiz Inácio Lula da Silva e George W. Bush, no luxuoso hotel Waldorf Astoria, em Manhattan.

Será o terceiro encontro bilateral de 2007 e, talvez ouvindo o que disse o presidente brasileiro nas duas primeiras reuniões, no começo e no final de março, seu colega norte-americano colocará na mesa a oferta que mantinha "no bolso do colete", como brincou Lula. Essa começou a tomar forma na semana passada.

Bush acenará reduzir os subsídios que seu governo dá à agricultura. Em troca, pedirá que o Brasil aceite liderar o bloco dos países emergentes ao aceitar reduzir suas tarifas de importação no setor industrial. Esses são dois dos principais entraves atuais da rodada de liberalização comercial no âmbito da Organização Mundial de Comércio (OMC), bloqueada desde o ano passado.

Se EUA e Brasil derem o primeiro passo, avaliam técnicos envolvidos nas negociações, é provável que a União Européia, de um lado, e os outros países emergentes, do outro, os sigam. Segundo diplomatas de ambos os países, há uma nova inflexão para o acordo, amparada pela urgência em ambos os lados.

Bush é um presidente em final de mandato que tem de lidar com um Congresso dominado pela oposição democrata, que vem se mostrando protecionista em questões comerciais. Já Lula não quer ser visto como um dos empecilhos de uma audaciosa negociação de comércio exterior que precisa recomeçar a andar em outubro.

Há alguns dias, Lula disse que pretendia ainda abordar na reunião a crise imobiliária que ameaça contaminar a economia norte-americana. Afirmou que pediria ao amigo que "resolvesse a crise", para que essa não chegasse ao Brasil. É pouco provável que o tema encontre ressonância no encontro bilateral, que de resto seguirá a agenda dos anteriores.

Segundo o divulgado pelos dois governos, Lula e Bush tratarão ainda de energia renovável -a ONU sedia a partir de hoje um encontro sobre meio-ambiente; a Casa Branca faz o seu no final dessa semana, em Washington.

No começo do ano, os dois países assinaram memorando de entendimento sobre o etanol, mas a colaboração vem se dando mais no aspecto técnico; é mínima a chance de os EUA derrubarem a tarifa que cobram do biocombustível brasileiro, hoje de US$ 0,54 por galão importado. Mesmo que Bush cedesse à demanda do governo brasileiro, o Congresso quase certamente a barraria.

A chegada de Lula a Nova York estava prevista para o começo da madrugada de hoje. O encontro do brasileiro com o norte-americano será às 17h55 (18h55 de Brasília), com participação do chanceler Celso Amorim e da negociadora Susan Schwab, dos EUA. Amanhã, fará o discurso de abertura da 62¦ Assembléia Geral da ONU.

Lula: números do PAC são mais do que positivos

Da Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta segunda-feira um balanço dos dados de execução do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e disse que "os números são mais do que positivos". Lula destacou que apenas 9,7% das ações do PAC foram classificadas pela coordenação do programa como preocupante e, em relação a abril, a parcela de obras com andamento normal aumentou, assim como a quantidade de ações acompanhadas.

Há cinco meses, 52% das obras estavam num ritmo adequado. Hoje, esse índice chega a 80%. As ações acompanhadas pelo governo aumentaram para 2.014. Segundo o presidente, quase 500 ações a mais do que em maio. "[Isso] significa que o PAC está andando dentro daquilo que nós tínhamos programado. É um acompanhamento sistemático, um acompanhamento envolvendo a imprensa, envolvendo a sociedade para que o PAC comece, a partir do ano que vem, a funcionar 100% a todo o vapor", afirmou em seu programa de rádio 'Café com o Presidente'. "Algumas obras já estão andando muito bem, outras obras vão começar a andar.

"O presidente ainda disse ter a expectativa de que, em fevereiro do próximo ano, quase todas as obras de saneamento básico do PAC já estejam iniciadas. "São praticamente R$ 40 bilhões em quatro anos", explicou.

Quanto aos recursos do Orçamento da União para as obras, o presidente disse que, para este ano, estão previstos R$ 14,771 bilhões. Desse total, quase 10% já foram pagos, mas ressalvou que "muito mais já foi empenhado". Lula disse que, até o final do ano, deve haver uma participação maior de pagamento. "Acho que vamos entrar o próximo ano com o PAC a todo o vapor.

""O PAC, na verdade, é um desafio. Não apenas para o governo, mas um desafio para a participação da iniciativa privada junto com o governo na construção da infra-estrutura que falta para o país", disse Lula, ao destacar que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o aumento do salário, a queda do desemprego, o crescimento do consumo das famílias brasileiras são aspectos que estão intimamente ligados ao PAC.

Renan é 'excluído' de reunião entre líderes partidários no Senado

Do Diário OnLine

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi ‘excluído’ da reunião que será realizada nesta terça-feira entre os líderes partidários na Casa, já que no momento o peemedebista não tem canal de diálogo aberto com as legendas de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O encontro, cujo principal objetivo será chegar a um entendimento para destravar a pauta de votações do plenário do Senado, será comandado pelo líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR).

O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), já avisou que qualquer tipo de acordo para liberar a pauta só será aceito pelos oposicionistas caso a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que acaba com votações secretas em qualquer tipo de sessão realizada no Congresso Nacional seja colocada como prioridade na pauta de votações.

A pauta do Senado hoje está trancada por cinco MPs (Medidas Provisórias) devido ao protesto encabeçado pelo PSDB e pelo DEM, que exigem o afastamento imediato de Renan Calheiros do seu cargo. O parlamentar alagoano responde a três acusações por quebra de decoro.

Processos – A semana para o presidente do Senado promete mais uma vez ser conturbada. Na manhã desta quarta-feira, o Conselho de Ética volta a se reunir para tomar uma decisão do futuro dos processos contra o parlamentar. Existe a possibilidade de as três representações contra Renan serem unificadas.

Na primeira delas, o peemedebista é acusado de ter revertido uma dívida de cerca de R$ 100 milhões da Schincariol com o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e com a Receita Federal, para que em troca a cervejaria comprasse uma fábrica do seu irmão, o deputado federal Olavo Calheiros (PMDB-AL), acima do preço de mercado.

Das três representações, esta é a considerada mais ‘fraca’. O relator do caso no Conselho, senador João Pedro (PT-AM), já antecipou que seu relatório pedirá o arquivamento do processo por falta de provas.

Na segunda, o parlamentar do PMDB é suspeito de ter utilizado ‘laranjas’ para adquirir meios de comunicação no Estado de Alagoas. Na terceira, ele é acusado de ter participado de um esquema de arrecadação de recursos em ministérios comandados pelo seu partido.

Absolvição – No último dia 12, Renan Calheiros foi absolvido no plenário do Senado do primeiro processo que corria contra ele no Congresso Nacional, sob a suspeita de ter contas pessoais pagas pela Construtora Mendes Júnior – no caso a pensão de uma filha que teve em um relacionamento extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso.

Pela mesma acusação, ele havia sido considerado culpado pelo Conselho de Ética e pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Mas, com a absolvição no plenário, a decisão destes órgãos se tornaram nulas.

23 de setembro de 2007

Ex-mulher prefere Salvatore Cacciola na Itália

da Folha Online

Casada durante dez anos com o ex-banqueiro Salvatore Alberto Cacciola, Adriana Oliveira torce para que o ex-marido, preso em Mônaco há oito dias, consiga voltar para a Itália, informa neste domingo reportagem da Folha (íntegra disponível só para assinantes do jornal ou do UOL).

Em entrevista à Folha, ela afirmou que estava em Porto Alegre visitando os pais quando soube da prisão do ex-banqueiro pela Interpol em Mônaco. Disse ter ficado em choque.

Sobre a possibilidade de extradição de Cacciola ao Brasil, Adriana afirmou à reportagem que ele nunca mais pensou em voltar para o Brasil. "Espero que ele não venha para cá, que volte para a Itália. Lá, ele só se dedicou a reconstruir a vida e a ser feliz."

Cacciola era dono do banco Marka e foi condenado, pela Justiça do Rio de Janeiro, a 13 anos de prisão, em 2005, pela prática dos crimes de peculato (utilizar-se do cargo exercido para apropriação ilegal de dinheiro) e gestão fraudulenta do banco.

O governo brasileiro teve um prejuízo de R$ 1,6 bilhão no episódio, quando injetou dinheiro no Marka e no banco FonteCindam sob a justificativa de evitar uma crise de todo o sistema bancário. Cacciola estava foragido desde 2000.

O Ministério da Justiça providencia o pedido de extradição do ex-banqueiro, que será analisado pelas autoridades de Mônaco.

Chanceler alemã recebe Dalai Lama e apóia autonomia para o Tibet

A chanceler alemã, Angela Merkel, recebeu Dalai Lama neste domingo, em um encontro histórico apesar das pressões da China, durante a qual a chefe do governo alemão ofereceu seu apoio ao projeto de autonomia cultural para o Tibet.

"A chanceler reverenciou Dalai Lama como líder religioso e garantiu a ele seu apoio para tentar preservar a identidade cultural do Tibet e sua busca pacífica pela autonomia cultural e religiosa", informou o porta-voz de Merkel, Ulrich Wilhem.

A reunião durou quase uma hora e foi a primeira vez que o líder espiritual foi recebido por um chefe de governo alemão.

Dalai Lama, de 72 anos e prêmio Nobel da Paz em 1988, explicou a Merkel seu papel como autoridade espiritual do Tibet, ocupado por forças chinesas desde 1950.

Segundo o porta-voz, Dalai Lama insistiu que não pedia a independência, mas sim uma autonomia.

O encontro suscitou tensões com o governo chinês, que considera o religioso como um separatista.

ef/pg

Angela Merkel recebe o Dalai Lama apesar das críticas da China

A chanceler alemã Angela Merkel recebeu hoje em Berlim o Dalai Lama, líder espiritual do Tibete, apesar das críticas das autoridades chinesas sobre este encontro.

Merkel recebeu o líder tibetano durante cerca de uma hora, numa “conversa privada e informal”, informou em comunicado o porta-voz do Governo alemão, Ulrich Wilhelm.

A chanceler “prestou homenagem ao Dalai Lama enquanto líder espiritual do budismo tibetano e garantiu o seu apoio à preservação da identidade cultural do Tibete”, acrescentou.

Merkel, a primeira chefe de Governo alemã a aceitar um encontro deste tipo com o Dalai Lama, deu também o seu apoio “à política não violenta, visando a autonomia religiosa e cultural” da província chinesa.

Durante o encontro, o próprio líder tibetano “salientou o carácter pacífico e não violento da sua missão, que exclui explicitamente a luta para que o Tibete obtenha a sua independência da República Popular da China”, insistiu o porta-voz.

O anúncio deste encontro suscitou duras críticas das autoridades chinesas, contrárias a qualquer contacto entre o Dalai Lama – que consideram um separatista – e os Estados estrangeiros.

A 14 de Setembro a China convocou o embaixador da Alemanha em Pequim para lhe dar conta da sua desaprovação.

Além disso, a China anulou, oficialmente por “razões técnicas”, um encontro que estava marcado para hoje em Munique entre a delegação chinesa e a ministra alemã da Justiça, Brigitte Zypries, informou ontem o Ministério em Berlim.

Numa entrevista ao jornal diário alemão “Süddeutsche Zeitung”, edição de ontem, o Dalai Lama criticou Pequim por se imiscuir nos assuntos internos da Alemanha, considerando esta uma atitude de “arrogância”. “O que aprecio em Merkel é o seu compromisso firme em favor dos direitos do Homem e da liberdade religiosa, bem como do Ambiente. Talvez seja por isso que me quer ver, apesar de todas as pressões de Pequim”, acrescentou.

AFP

22 de setembro de 2007

Governo americano investiga empresa por alegadamente desviar armas para o Iraque

Thaier al-Sudani/Reuters (arquivo)

Desde Janeiro que Washington suspeita da possibilidade de armas americanas estarem a ser desviadas para o Iraque

O Governo norte-americano abriu um inquérito para determinar se a empresa de segurança Blackwater, implicada na morte de dez pessoas no Iraque, fornece armas, ilegalmente, a este país, noticia hoje a imprensa.

A investigação quer saber se a empresa, que garante a segurança dos funcionários da embaixada americana no Iraque, introduziu armas e equipamentos militares no Iraque, sem autorização, segundo o jornal “News and Observer”, publicado na Carolina do Norte.

Estas armas poderão ter sido vendidas no mercado negro iraquiano e poderão estar nas mãos de organizações consideradas terroristas pelos Estados Unidos, avança o “Washington Post”, citando responsáveis em anonimato.

A investigação, dirigida pelo procurador de Raleigh, na Carolina do Norte – onde se localiza a sede da Blackwater – dispõe de elementos suficientes para proceder a detenções, acrescentam as mesmas fontes.

O jornal “News and Observer” diz ainda que dois antigos funcionários da Blackwater deram-se como culpados e cooperaram com as autoridades federais no seu inquérito.

A empresa considera estas suspeitas “sem fundamento”. Em comunicado divulgado hoje, a Blackwater apelou à agência federal responsável pelas armas de fogo e explosivos para “realizar um inquérito aprofundado”.

Desde Janeiro que Washington suspeita da possibilidade de armas americanas estarem a ser desviadas e que tenham caído nas mãos de insurgentes iraquianos ou de separatistas curdos turcos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Investigadores iraquianos dizem ter um vídeo que mostra um grupo de seguranças da Blackwater a abrirem fogo contra civis, sem ter havido provocação, num incidente ocorrido na semana passada. Morreram dez pessoas.

Teerão responderá de forma contundente em caso de ataque

O ministro de Defesa iraniano, general Mustafa Nayar, garantiu hoje que o seu país responderá de forma contundente a qualquer agressão de outros Estados, no final de um desfile militar para inaugurar a «Semana de Defesa» no Irão.

Segundo a agência oficial IRNA, Nayar indicou que, perante qualquer perigo, o seu país responderá «da maneira mais contundente possível».

O ministro iraniano qualificou, além disso, «de guerra psicológica e de propaganda mediática» as recentes ameaças da França sobre um possível ataque militar ao Irão.

«Não levamos a sério essas ameaças, temos uma perspectiva diferente», afirmou.

Por ocasião da inauguração da Semana de Defesa, o exército iraniano realizou hoje um desfile militar em frente do mausoléu do ayatollah Komeini durante o qual o presidente Mahmud Ahmadinejad fez a apresentação de um novo míssil, o Al Qadr, com 1.800 quilómetros de alcance e capaz de atingir Israel, informou a televisão Al-Jazira na sua página Internet.

Até agora, o míssil mais sofisticado desenvolvido pelo Irão era o Shihab-3, com um alcance de 1.300 quilómetros.

Sobre o poderio militar exibido no desfile, Nayar assegurou que todos os seus meios são «para defender a paz na região, a estabilidade e a segurança».

Nayar sublinhou que, apesar do embargo contra o Irão, «as forças armadas iranianas são capazes de conceber, fabricar e prover-se do seu próprio equipamento» militar.

Por seu turno, o comandante supremo dos Guardas da Revolução Islâmica, Mohamed Ali Jafari, afirmou hoje que o Irão considerará como inimigo qualquer país que ceda o seu território para um ataque contra objectivos iranianos, de acordo com a agência Fars.

«Qualquer Estado que ofereça o seu território para um ataque será considerado aliado dos inimigos do Irão, que responderá com os seus mísseis», disse Jafari.

Um alto responsável militar explicou que o seu país tem capacidade «de produzir todas as necessidades em armamento e, inclusivamente, é capaz de exportar a sua tecnologia de armamentos modernos para outros países».

A Semana de Defesa é realizada anualmente para comemorar a guerra Irão-Iraque (1980-1988).

Diário Digital / Lusa

Ex-presidente Fujimori volta ao Peru após 7 anos para julgamento

Por Terry Wade

LIMA (Reuters) - O ex-presidente Alberto Fujimori chegou ao Peru neste sábado, pela primeira vez desde que seu governo de 10 anos terminou em desgraça em 2000, para enfrentar acusações de abuso dos direitos humanos e desvio de dinheiro público no país andino.

A TV estatal peruana mostrou imagens da aterrissagem do avião da polícia que levava Fujimori na cidade de Tacna, onde a aeronave foi reabastecida e depois partiu em direção à capital Lima.

Fujimori chegou ao Peru um dia após a Corte Suprema do Chile autorizar sua extradição. Ele estava no Chile desde novembro de 2005, quando foi detido devido a um mandado internacional, por permitir execuções extrajudiciais.

"Eu estou feliz e satisfeita. Após tanto desespero por tanto tempo, nós não lutamos em vão", disse Gisela Ortiz, cujo irmão foi assassinado em 1992 por um esquadrão da morte do governo de Fujimori.

A corte chilena aceitou, por unanimidade, as evidências de dois famosos massacres -- conhecidos como Barrios Altos e La Cantuta -- no início dos anos 90, quando o Peru estava em guerra com o movimento rebelde maoísta Sendero Luminoso.

Estudantes, um professor e uma criança estavam entre as dezenas de mortos nos massacres, que teriam sido promovidos pelos esquadrões da morte do governo, segundo promotores peruanos. Naquela época, o governo alegou que as vítimas eram simpatizantes dos rebeldes.

Após a decisão da corte chilena, Fujimori, de 69 anos, disse a uma rádio peruana que havia cometido "grandes" erros enquanto estava no governo, mas se fosse julgado iria provar que agiu adequadamente.

SEGURANÇA

Em Lima, o governo pediu aos peruanos para que o julgamento de Fujimori, uma figura polêmica no país, não se torne "um motivo de divisão."

A parlamentar Keiko, filha de Fujimori, pediu ao governo para impedir um "circo" em torno do julgamento e afirmou temer pela vida de seu pai.

"Nós temos planos meticulosos de segurança para respeitar os direitos humanos dele", afirmou o ministro do Interior, Luis Alva. "Nós queremos que as pessoas fiquem calmas, porque a polícia está fazendo seu trabalho."

A opinião dos peruanos está dividida quanto ao legado de Fujimori quase sete anos após sua queda, e tanto opositores como simpatizantes promovem manifestações desde sexta-feira.

Para alguns peruanos, ele é o homem que teve coragem de enfrentar o Sendero Luminoso e enviar tropas à embaixada do Japão em Lima, em 1997, para acabar com um sequestro que durou quatro meses.

Ele também recebe crédito por ter contido a hiperinflação, o que primeiramente prejudicou os pobres, estabilizando a economia e cortando impostos para tornar produtos importados mais acessíveis.

Outros o vêem como um déspota corrupto que desviou dinheiro público para si e seus amigos enquanto colocava escutas telefônicas em seus opositores políticos.

Fujimori deixou o cargo nos primeiros meses de seu terceiro mandato, quando o governo entrou em colapso devido a um grande escândalo de corrupção. Ele enviou sua renúncia por fax do Japão.

(Reportagem adicional de Pav Jordan e Mónica Vargas, em Santiago, e Marco Aquino e Maria Luisa Palomino)

21 de setembro de 2007

Previdência paga R$ 14,2 bi em benefícios em agosto

A Previdência Social pagou R$ 14,270 bilhões em benefícios no mês de agosto. Segundo o secretário da Previdência Social, Helmut Schwarzer, os gastos do INSS estão controlados, graças a uma melhor gestão na concessão dos benefícios, principalmente o de auxílio-doença, que desde 2005 tem passado por novos procedimentos de perícia médica.

As despesas cresceram em agosto 3,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, e caíram 1,5% em relação a julho deste ano. "A melhoria na gestão está surtindo os primeiros resultados", afirmou o secretário. Para mostrar o controle nos gastos da Previdência, ele citou o exemplo do auxílio-doença, que está estável, em torno de 1,5 milhão de benefícios desde o início do ano. Em meados de 2005, esse tipo de pagamento atingiu o pico de 1,7 milhão.

Alpargatas fecha compra da Dupé por R$ 49,5 milhões

Negociação levou três meses para ser concluída, diz advogado. Com operação, fabricante das Havaianas visa aproveitar ganhos de escala. Do G1, em São Paulo

A São Paulo Alpargatas, fabricante das sandálias Havaianas, concluiu na noite desta quinta-feira (20) a compra da Companhia Brasileira de Sandálias (CBS), dona da marca Dupé. De acordo com comunicado enviado pelo critório Demarest e Almeida, que acompanhou a Dupé na negociação, o valor da operação é de R$ 49,5 milhões. O fechamento da operação está previsto para ocorrer após a conclusão da uditoria ambiental, operacional, financeira e contábil, que se encerra em 31 de outubro, segundo a Alpargatas.

O negócio compreende toda a operação da CBS. A empresa tem aproximadamente mil funcionários e possui uma fábrica em Carpina (PE), com capacidade para produzir mais de 30 milhões de pares de sandálias por ano. Em 2006, o faturamento da empresa foi de quase R$ 90 milhões.

Negociação

Segundo Rogério Lessa, do Demarest, a Alpargatas já havia demonstrado há tempos o interesse na operação. A negociação atual, no entanto, levou três meses para ser concluída. A decisão de vender a empresa, de acordo com ele, foi tomada porque o proprietário, Grupo Tavares de Melo, está "redirecionando seus investimentos". No início do ano, o grupo pernambucano também vendeu suas usinas de açúcar e álcool para a Louis Dreyfus Commodities Bioenergia.

Segundo Márcio Utsch, diretor presidente da Alpargatas, a aquisição da Dupé, tradicional marca de sandálias de borracha, visa complementar o portfólio de marcas da empresa e aproveitar ganhos de escala gerados pelas sinergias das duas fabricantes.

Fim de greve nos Correios divide sindicatos

As divisões internas dos sindicatos que compõem a Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) adiaram das 10h para as 18h30 a assembléia hoje de conciliação no Tribunal Superior Eleitoral (TST) para decretar o fim da greve nos Correios. Dos 33 sindicatos que compõem a Fentect, 30 já realizaram assembléias, sendo que 16 rejeitaram e 14 aprovaram a proposta. Faltam apenas os sindicatos de Mato Grosso do Sul e Piauí se posicionarem, já que Sergipe não participará da votação em razão de problemas internos na agremiação.

Com esse quadro, não seria possível aprovar os termos propostos pelo Tribunal, pois a proposta precisa ser aceita por 18 sindicatos para ser aprovada. Algumas das entidades que recusaram os benefícios farão novas assembléias hoje para avaliá-los novamente. O vice-presidente do TST, ministro Milton de Moura França, afirmou que a mudança da reunião para 18h30 será o último adiamento da assembléia, que reunirá representantes da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e dos grevistas.

Caso não haja acordo hoje, o tribunal designará um relator para o processo, que irá a julgamento pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do Tribunal. "Se até as 18h30 não houver solução, remeterei o processo ao Ministério Público e, em seguida, ao relator, para que vá logo a julgamento", afirma o ministro Moura França, em comunicado.

A expectativa do secretário geral da Fentect, Manoel Cantoara, é que os sindicatos reconsiderem e que o acordo seja fechado. "Estamos tentando achar um consenso. A vontade da Federação e da comissão de negociações é que fechemos o acordo para que o caso não vá para dissídio", afirma.

Yom Kippur deixa Israel em estado de alerta máximo

As autoridades israelitas declararam hoje o estado de alerta máximo no país, com milhares de polícias a reforçar a segurança na cidade de Jerusalém, por ocasião do Yom Kippur, o Dia do Perdão da religião judaica.

O estado de alerta permanecerá em vigor durante 48 horas, até à madrugada de domingo, com medidas que incluem o encerramento dos territórios palestinian, por receio de eventuais atentados no dia mais sagrado do calendário judeu.

Para os palestinianos da Cisjordânia e Gaza, as medidas especiais de segurança não representam mudanças no quotidiano, já que desde 2000 o seu acesso a Israel é proibido.

O Yom Kippur, no qual milhões de judeus jejuam e vão às sinagogas, começa ao anoitecer desta sexta-feira e prolonga-se por 24 horas.

As medidas especiais de segurança começam esta manhã, mas quinta-feira à noite começou o posicionamento de milhares de policiais e voluntários da Defesa Civil em Jerusalém e arredores.

Em Jerusalém situa-se o Muro das Lamentações, último vestígio do templo de Herodes, destruído no século I pelos romanos. O local é o centro das celebrações.

O Sumo Sacerdote entrava por aquele local no Santo dos Santos do templo para expiar os pecados do povo. Era a única vez no ano que pisava o recinto sagrado.

O Muro das Lamentações recebeu dezenas de milhares de fiéis nas últimas horas, que se concentraram esta madrugada no local para as últimas preces antes do Dia do Perdão.

Os judeus ortodoxos acreditam que no Yom Kippur se faz o julgamento divino.

20 de setembro de 2007

Relatório sugere transferir poder da Anac para a Defesa

Texto da Subcomissão Especial pode ser incluído em relatório final da CPI. Pela proposta, Anac teria autoridade apenas reguladora e fiscalizadora. Do G1, em São Paulo entre em contato

Está nas mãos do relator da CPI do apagão aéreo, deputado Marco Maia (PT-RS), a decisão de incluir ou não no relatório final da comissão o texto da Subcomissão Especial sobre a Lei Geral da Aviação Civil. O documento inclui uma indicação de projeto de lei ao Poder Executivo que retira poder da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o transfere para o Ministério da Defesa, segundo informações da "Agência Câmara".

O relatório da subcomissão foi elaborado pelo deputado Pepe Vargas (PT-RS) e apresenta 14 sugestões de alteração na legislação do setor.

Hoje, compete à Anac a exploração, a concessão dos serviços aéreos e de infra-estrutura aeroportuária. O projeto, que deve ser de iniciativa do Executivo, propõe a transferência dessas competências para o Ministério da Defesa, transformando a Anac em autoridade apenas reguladora e fiscalizadora.

Pela proposta, a Anac também teria uma unidade para dar apoio a familiares de vítimas de acidentes aéreos, a exemplo do que já existe nos Estados Unidos.

Política de aviação

Outra sugestão da subcomissão é a elaboração de um projeto de lei, de autoria da própria CPI, que prevê que o presidente da República apresente ao Congresso Nacional, ao fim do primeiro ano de cada mandato, uma proposta de política nacional de aviação civil, que deve ser implantada nos quatro anos seguintes.

O texto estabelece ainda limites para atrasos de vôos. Em trajetos inferiores a 1,5 Km, o atraso máximo permitido seria de duas horas. A empresa que desrespeitar essa regra, terá a obrigação de assegurar que o passageiro embarque em outro vôo, mesmo que de outra companhia, ou restituir o valor da passagem, de imediato.

Os limites para os atrasos foram retirados do projeto de lei do líder do PPS, deputado Fernado Coruja, que propõe a criação do Estatuto de Defesa do Usuário do Transporte Aéreo.

Nova lei

Pepe Vargas esclareceu que o objetivo da CPI era propor uma nova lei para o setor de aviação civil, mas não houve tempo para isso. "Foram apenas 22 dias de trabalho e não houve tempo de analisar todas as leis do setor, o prazo foi muito exíguo" justificou.

A Subcomissão Especial da CPI aprovou o relatório com pequenas alterações de redação. A principal delas, proposta pelo deputado Miguel Martini (PHS-MG), foi a inclusão da recomendação de que as empresas aéreas respeitem o interesse público ao organizar as malhas aeroviárias.

A CPI volta a reunir-se na próxima terça-feira (25), para conclusão da apresentação do relatório de Maia.