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29 de fevereiro de 2008

IVA federal incidirá sobre serviços e dará à União um superimposto

Sua abrangência será mais ampla que a de todos os demais tributos e equivalerá às bases do ICMS e ISS, juntas

Ribamar Oliveira, BRASÍLIA

A proposta de emenda constitucional da reforma tributária entregue ontem pelo governo ao Congresso mostra que o Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) vai ser um superimposto federal. A base sobre a qual incidirá será mais ampla que a de todos os demais tributos do País e equivalerá às bases somadas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Imposto sobre Serviços (ISS). Para uma fonte da área econômica, ele será cobrado sobre “praticamente tudo”.

link Veja a cartilha do governo que explica a reforma

O IVA, de acordo com a emenda, incidirá sobre “operações com bens e prestações de serviços, ainda que as operações e prestações se iniciem no exterior”. Foi justamente por causa da amplitude da base do tributo e das possibilidades de aumento de receita do Tesouro Nacional que o governo incluiu na proposta um mecanismo para limitar a carga tributária.

Pelo texto, lei complementar determinará “limites e mecanismos de ajuste da carga”, para que a arrecadação obtida pelo novo imposto não seja maior do que a das quatro contribuições que ele substituirá - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS), Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que é cobrada sobre combustíveis, e o salário-educação.

O Ministério da Fazenda explicou que o IVA terá duas ou três alíquotas, o que permitirá calibrar a tributação de cada setor da economia. A avaliação da equipe econômica é que foi justamente por prever uma única alíquota que a transformação da Cofins em um tributo não cumulativo provocou grande confusão. Parcela significativa das empresas preferira continuar no regime cumulativo.

Nas discussões internas, o governo trabalha com a hipótese de utilizar a menor alíquota do IVA para o setor de serviços, para que sua carga não aumente. Mas essa definição terá de ser feita por lei complementar, já que a emenda não estabelece o número de alíquotas do imposto. A proposta de reforma prevê ainda que o IVA será regido pelo princípio da noventena, ou seja, mudanças de alíquotas passam a valer 90 dias depois de aprovadas pelo Congresso, e não no ano seguinte.

Outra novidade da proposta é a permissão para que empresas possam obter créditos do novo IVA e do novo ICMS com a aquisição de “bens de uso e consumo”. Até agora, apenas a compra de máquinas e equipamentos permitia a desoneração dos dois tributos.

A Lei Kandir tentou desonerar os “bens de uso e consumo” da incidência do ICMS, mas os governadores não aceitaram, com o argumento de que seus Estados teriam perda de receita de R$ 17 bilhões. O Ministério da Fazenda acredita que o novo modelo tributário permitirá receita suficiente para que essa desoneração seja feita.

REPERCUSSÃO

Quintino Severo

Secretário-geral da CUT “A proposta tem pontos positivos. É um passo importante contra a burocratização, mas o modelo de desoneração sugerido nos preocupa”

Hélcio Honda

Diretor jurídico da Fiesp “Temos de aplaudir. Ela visa a simplificar e desonerar a produção. Uniformizar a legislação, como foi feito com o ICMS, é muito positivo”

Armando de Queiroz Monteiro Neto

Presidente da CNI “O prazo para desoneração é longo. Há uma pressão mundial para reduzir nossas contradições, e o mundo não pode esperar”

Alencar Burti

Presidente da Associação Comercial de São Paulo “A base da reforma é atacar a burocracia, mas faltou discussão. De repente surgiu uma proposta mágica que foi para o Congresso”

Walter Machado

]

Presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças “A reforma ainda não desonera o suficiente. O segmento produtivo continua com carga forte”

Everardo Maciel

Ex-secretário da Receita “A proposta é muito ruim em vários pontos. Constitucionaliza ainda mais o sistema tributário, não impede a guerra fiscal e não reduz a carga tributária”

http://txt.estado.com.br/editorias/2008/02/29/pol-1.93.11.20080229.1.1.xml

Brasil/Polícia prende ladrões de equipamentos

RIO e BRASÍLIA - Acabou o mistério do furto de equipamentos que conteriam informações sigilosas da Petrobras. Foi apenas um roubo comum e não um caso de espionagem industrial envolvendo a bilionária indústria petrolífera mundial. A Polícia Federal (PF) prendeu ontem, às 5h da manhã, quatro vigilantes da Bric Log, proprietária do terminal no Porto do Rio, e parte dos equipamentos roubados. O superintendente da Polícia Federal do Rio, Valdinho Jacinto Caetano, ao anunciar ontem a prisão dos envolvidos, afirmou que eles não tinham a menor idéia do que tinham roubado. Algumas peças foram para uso próprio dos ladrões e outras, como um notebook, foi vendido por R$1.500. “ Descartamos neste momento inteiramente a possibilidade de espionagem industrial. Eles não tinham a menor idéia do que estavam furtando”, afirmou Jacinto Caetano ao informar que um dos ladrões chegou a destruir os equipamentos que estavam com ele.

O delegado Jacinto Caetano explicou que as equipes da PF continuam à procura de pessoas que teriam sido receptadoras dos componentes roubados. Até ontem tinham sido recuperados apenas quatro notebooks, uma impressora, um monitor, quatro aparelhos celulares, uma mochila e uma maleta com ferramentas. Dos dois HDs, disco rígido contendo informações da Petrobras, um teria sido destruído por um dos ladrões, segundo o delegado. O outro continua desaparecido. A Petrobras continuou mantendo o silêncio a respeito do caso, limitando-se a divulgar uma nota na qual informa ter sido comunicada ontem, às 8h, pela PF, da prisão dos responsáveis pelo roubo dos equipamentos que “continham informações consideradas importantes para a companhia”.

O superintendente da PF explicou que as apreensões dos materiais foram feitas em três locais do Rio; Vila Kosmos, Parada de Lucas e São Gonçalo. O delegado explicou que alguns equipamentos roubados foram instalados nos computadores dos próprios ladrões, outros foram passados para parentes próximos. Segundo Jacinto Caetano, um dos ladrões quebrou os equipamentos que estavam com ele ao ver a repercussão do caso. O delegado explicou também que os quatro funcionários praticavam pequenos roubos, que não eram percebidos pela Petrobras, desde setembro do ano passado. Os presos são: Alexandro De Araujo Maia, Éder Rodrigues da Costa, Michel Mello da Costa e Cristiano da Silva Tavares.

Em Brasília, os ministros da Justiça, Tarso Genro, e do Gabinete de Segurança Institucional, Jorge Félix, se reúnem na próxima segunda-feira para fazer um balanço das investigações sobre o roubo dos computadores. Os diretores da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda, também participarão. O sumiço dos computadores da Petrobras deixou o governo preocupado com possíveis falhas de segurança no sistema de proteção de dados da estatal. Alguns dias depois da abertura do inquérito pela PF, Tarso Genro levantou a hipótese de que a Petrobras estaria sendo vítima de interesses “geopolíticos”. (AG)

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Equipes localizam corpo de mais uma vítima

SÃO PAULO - As equipes que procuram vítimas de um acidente com helicóptero que prestava serviço para a Petrobras confirmaram ontem a localização de mais um corpo no fundo do mar, no litoral fluminense. Com isso, sobe para quatro o número de mortos, sendo três identificados. O corpo de outro ocupante do aparelho ainda é procurado. Ao todo, 20 pessoas estavam a bordo da aeronave que afundou nas águas da Bacia de Campos após uma tentativa de pouso, na terça-feira. Do total, 15 foram resgatadas com vida. O acidente aconteceu a 109km da costa, logo depois de o helicóptero, um Super Puma L2, prefixo PP-MUM, decolar da P-18 – no campo de Marlim, Bacia de Campos – com destino a Macaé (RJ).

Ontem, a Petrobras informou também que legistas do IML (Instituto Médico-legal) de Macaé identificaram os corpos de duas vítimas. Além de Marcelo Manhães dos Santos, da empresa Sparrows BSM Engenharia, que teve o corpo resgatado na terça-feira e já havia sido identificado, foram reconhecidos os corpos de Durval Barros da Silva, da empresa De Nadai Serviços de Alimentação, e Adinoelson Simas Gomes, empregado da Petrobras. Os dois corpos que foram reconhecidos haviam sido retirados do interior da aeronave no fundo do mar, a 820m de profundidade, por robôs submarinos. A identificação, segundo a Petrobras, foi feita por intermédio de reconhecimento dos corpos pelos familiares.

Ontem, o quarto corpo foi resgatado das águas, mas ainda não identificado. As duas vítimas restantes são: Paulo Roberto Veloso Calmon, piloto do helicóptero da empresa BHS, e Guaraci Novaes Soares, da empresa De Nadai Serviços de A-limentação. (Folhappress)

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Equipes localizam corpo de mais uma vítima

SÃO PAULO - As equipes que procuram vítimas de um acidente com helicóptero que prestava serviço para a Petrobras confirmaram ontem a localização de mais um corpo no fundo do mar, no litoral fluminense. Com isso, sobe para quatro o número de mortos, sendo três identificados. O corpo de outro ocupante do aparelho ainda é procurado. Ao todo, 20 pessoas estavam a bordo da aeronave que afundou nas águas da Bacia de Campos após uma tentativa de pouso, na terça-feira. Do total, 15 foram resgatadas com vida. O acidente aconteceu a 109km da costa, logo depois de o helicóptero, um Super Puma L2, prefixo PP-MUM, decolar da P-18 – no campo de Marlim, Bacia de Campos – com destino a Macaé (RJ).

Ontem, a Petrobras informou também que legistas do IML (Instituto Médico-legal) de Macaé identificaram os corpos de duas vítimas. Além de Marcelo Manhães dos Santos, da empresa Sparrows BSM Engenharia, que teve o corpo resgatado na terça-feira e já havia sido identificado, foram reconhecidos os corpos de Durval Barros da Silva, da empresa De Nadai Serviços de Alimentação, e Adinoelson Simas Gomes, empregado da Petrobras. Os dois corpos que foram reconhecidos haviam sido retirados do interior da aeronave no fundo do mar, a 820m de profundidade, por robôs submarinos. A identificação, segundo a Petrobras, foi feita por intermédio de reconhecimento dos corpos pelos familiares.

Ontem, o quarto corpo foi resgatado das águas, mas ainda não identificado. As duas vítimas restantes são: Paulo Roberto Veloso Calmon, piloto do helicóptero da empresa BHS, e Guaraci Novaes Soares, da empresa De Nadai Serviços de A-limentação. (Folhappress)

www.correiodabahia.com.br/poder/noticia.asp?codigo=148611

Taxa de desemprego cresce para 8% no mês de janeiro

índice, porém, foi o mais baixo para o período

Rio - A taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do país subiu para 8% em janeiro, ante 7,4% em dezembro, mas foi a mais baixa apurada para um mês de janeiro na série histórica da pesquisa, iniciada em março de 2002. O aumento no número de vagas com carteira assinada foi o destaque positivo. Para Cimar Azeredo, gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, o cenário do mercado de trabalho esteve “muito favorável” no primeiro mês do ano.

Ele argumenta que o aumento da taxa em janeiro em relação a dezembro responde a um movimento puramente sazonal, já que são dispensados os funcionários temporários contratados para o final do ano, reduzindo o número de ocupados. “Não há economia aquecida que evite que a taxa suba em janeiro”, afirmou. Segundo Azeredo, as perspectivas são favoráveis em 2008. “Vamos ter que esperar os resultados dos próximos meses, mas a entrada no ano foi favorável e, à luz desses dados de janeiro, a expectativa para os próximos meses, até o momento, é positiva”, afirmou.

Claudia Oshiro, da Tendências Consultoria, concorda que os resultados de janeiro projetam um desempenho positivo em 2008. “Para os próximos meses esperamos continuidade da melhora dos indicadores de mercado de trabalho em relação ao ano passado”, disse. A estimativa da analista é de uma taxa de desemprego média neste ano de 8,8%, ante 9,3% em 2007. O rendimento médio real dos trabalhadores registrou bons resultados em janeiro, chegando a R$1.172,50, estável em relação a dezembro, mas 3,4% maior do que em janeiro do ano passado. (AE)

www.correiodabahia.com.br/economia/noticia.asp?codigo=148565

27 de fevereiro de 2008

PF apura outros furtos de dados da Halliburton

A Polícia Federal já sabe que outros furtos ocorreram em equipamentos da Halliburton no ano passado, dentro do terminal Poliporto, uma área portuária privada, no Rio. Nessa terça-feira (26), o delegado da 17ª Delegacia de Polícia (São Cristóvão), José de Moraes Ferreira, informou que não houve nenhum registro naquela área em 2007. Mas, segundo a PF, que investiga se teria sido este o local do furto dos dados da Petrobras, os casos não teriam tido realmente registro policial no Rio, mas sim no destino final da carga.

Agentes federais procuram agora levantar, em outras empresas, ocorrências de desaparecimento de equipamentos que possam ter acontecido no terminal de contêineres. A polícia está cada vez convencida de que o furto teria sido crime comum, mas ainda não está afastada a possibilidade de espionagem industrial. Nessa terça, o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, reforçou que a hipótese de furto comum não foi descartada, a exemplo de declarações feitas segunda pelo ministro da Justiça, Tarso Genro.

"O que temos de ter presente é que, havendo um furto numa instituição que tem uma marca que se confunde com a imagem do País, tem de apurar. Não vamos antecipar. O superintendente (da PF no Rio, Valdinho Jacinto Caetano) foi muito claro nisso em sua entrevista: não estamos desconsiderando nenhuma delas", disse Corrêa. Segundo ele, a afirmação de que o caso tenderia mais para espionagem foi "interpretação da imprensa".

Fonte: Agência Estado

http://jc.uol.com.br/2008/02/27/not_161922.php

Em decadência, saúde e educação de Cuba são prioridade para Raúl

Fuga de cérebros, principalmente de médicos, prejudicou ensino e medicina preventiva, antes tidos como modelos

Roberto Lameirinhas, HAVANA

  • Entre os principais objetivos das reformas estruturais sugeridas no discurso do novo presidente de Cuba, Raúl Castro, estão a manutenção e o custeio das meninas dos olhos do regime cubano: os serviços públicos e gratuitos de educação e saúde. A crise econômica dos anos 90 que se seguiu ao colapso da União Soviética, que o regime de Fidel Castro chamou de "período especial", pôs em risco os dois sistemas - até então, considerados modelo pelo restante do mundo.
Os programas sobreviveram, mas a demanda pelos serviços aumentou numa proporção maior do que a capacidade financeira do Estado de ampliá-los e modernizá-los. Boa parte das instalações e equipamentos hospitalares e escolares está deteriorada e a busca por melhores salários no exterior levou à fuga de cérebros, principalmente no caso dos médicos.
Com isso, ficaram prejudicadas algumas áreas de excelência, como a qualidade do ensino básico e das pesquisas acadêmicas, no caso da educação, e os programas de medicina preventiva massificados e as investigações de ponta para a cura de doenças como leishmaniose e vitiligo.
Na semana passada, Dayse Salgar, professora de filosofia da Escola de Ciências Sociais e ferrenha defensora da revolução, reconheceu "equívocos e contradições" que têm causado o desânimo dos jovens e o declínio na qualidade da educação cubana.
"Houve um grande esforço para massificar a educação universitária e, em nome da quantidade, o sistema educacional perdeu algo em termos de qualidade", disse ao Estado. "É preciso recordar que somos um país sob um rígido bloqueio (referência ao embargo comercial por parte dos EUA) e isso causa distorções e contradições na sociedade cubana. Às vezes é difícil convencer um jovem a dedicar-se a seu trabalho acadêmico quando ele vê seus colegas doutores trabalhando como motoristas de táxi, camareiras e cozinheiros em hotéis para turistas."
A situação do ensino básico também põe o governo em alerta. "Poucas escolas têm sido construídas e as que existem apresentam problemas de estrutura", diz Antonio, guia turístico de 45 anos e pai de três filhos. "Muitas vezes, os pais se cotizam para comprar material de construção e fazem mutirões para realizar reformas nos edifícios", diz. "Além disso, a ?tablita? (a cota mensal de gêneros de primeira necessidade vendidos em peso nacional) não cobre todo o material escolar necessário e temos de comprá-lo no mercado negro, em pesos conversíveis."
Mesmo apresentando indicadores sociais ainda invejáveis, como analfabetismo zero, a menor taxa de mortalidade infantil e a maior expectativa de vida na América Latina, os sinais de declínio têm preocupado o regime a ponto de Raúl ter anunciado em seu discurso de domingo que adotará medidas para aumentar a eficiência dos serviços do Estado.
Em Cuba, um médico pode ganhar US$ 20 por mês. No fim dos anos 90, como forma de aliviar o problema dos baixos salários, o regime intensificou os programas de cooperação de saúde com outros países, dando aos profissionais a oportunidade de ganhar em moedas mais fortes. Milhares foram para nações africanas ou outras partes da América Latina, incluindo o Brasil.
Só na Venezuela, eles são mais de 12 mil. Cerca de um terço dos profissionais de saúde da ilha hoje trabalha em projetos do presidente Hugo Chávez como parte de um acordo em que os serviços dos cubanos são pagos com petróleo subsidiado.
Nos hospitais de Cuba, as filas cresceram. "Há dentistas que chegam a atender em oito postos de saúde diferentes por falta de profissionais", disse ao Estado o economista cubano Carmelo Mesa-Lago, professor da Universidade de Pittsburgh (EUA), e autor de dezenas de estudos sobre os serviços públicos da ilha.
Os relatos dos cubanos confirmam o problema. "Para conseguir rapidez na realização de um exame, por exemplo, ajuda conhecer o médico que está tratando do caso e levar para ele um presentinho ou alguma comida", diz Javier, técnico em construção civil em uma das filas do Hospital Calixto García, de Havana, para tratamento de um problema de coluna. "Que fique entre nós, não sei onde Fidel está se tratando, mas duvido que esteja aqui", brinca.
Embora nenhum cubano admita isso publicamente, os líderes do regime utilizam centros médicos mais sofisticados e bem equipados. Causou surpresa, em dezembro de 2006, o fato de o governo ter trazido da Espanha um especialista em infecções quando o quadro de saúde de Fidel se agravou, depois da cirurgia intestinal a que se submetera quando transferiu o poder para o irmão, em julho.
No Calixto García, grande parte do corpo médico é composta por uma "legião estrangeira", que substituiu os profissionais cubanos que foram para o exterior. Na verdade, são residentes de outros países da América Latina que se formam em medicina nas universidades cubanas.
NÚMEROS
30% dos profissionais da área de saúde de Cuba trabalham na Venezuela
12 mil médicos cubanos trabalham em hospitais e postos de saúde venezuelanos
6,2% do PIB cubano são investidos na área de saúde
13,1% do PIB do país são investidos em educação
8 postos de saúde é o número de locais atendidos por um único dentista em Havana
www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080227/not_imp131236,0.php

Obama abre 16% de vantagem sobre Hillary em pesquisas nacionais

da Folha Online

O favoritismo do pré-candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, é cada vez maior sobre sua rival, a ex-primeira-dama Hillary Clinton. É o que apontam duas pesquisas de intenção de voto divulgadas nesta terça-feira nos Estados Unidos.

Obama supera Hillary por 54% a 38% nacionalmente, segundo um levantamento divulgado pelo jornal "The New York Times" e pela emissora de televisão CBS. Em janeiro, o senador por Illinois tinha 27% da preferência dos eleitores, enquanto a senadora por Nova York tinha 42%.

Para o jornal "USA Today", em pesquisa realizada com o instituto Gallup, Obama lidera a preferência democrata com 51%, enquanto Hillary tem 39% das intenções de voto em escala nacional.

Em 4 de março, os dois candidatos se enfrentam nas primárias de Ohio e Texas. Hillary precisa vencer nos dois Estados para continuar na corrida à candidatura presidencial dos EUA.

Em Ohio, Hillary --que já teve uma vantagem de 20 pontos-- lidera nas pesquisas, com 49,2% da preferência, na frente de Obama, que tem 41,8%, segundo o site independente Real Clear Politics, que agrega o resultado das pesquisas eleitorais americanas.

No Texas, os dois estão em empate técnico, mas Obama apresenta pela primeira vez uma pequena vantagem, com 47,8% ante 46,3% de Hillary.

Debate

Os dois pré-candidatos democratas participaram nesta terça-feira de um debate em Cleveland, Ohio, onde se acusaram mutuamente de divulgar informações falsas sobre as respectivas propostas de planos de saúde.

O debate é a última chance de Hillary de conter o crescente apoio a Obama na corrida pela nomeação do partido. Rhode Island e Vermont também realizarão primárias na próxima terça-feira (4), quando 370 delegados estarão em jogo.

O senador por Illinois venceu as últimas 11 disputas, e mesmo alguns dos membros da campanha de Hillary afirmam que ela tem de vencer tanto em Ohio quanto no Texas --principais Estados em jogo nas próximas prévias- para continuar com força no páreo.

Segundo a rede de TV CNN, Obama conta com 1.360 delegados, enquanto Hillary conseguiu 1269. Para obter a nomeação do Partido Democrata na convenção nacional da legenda, um dos candidatos precisa obter no mínimo 2.025 delegados.

Saúde

'O senador (por Illinois) Obama disse repetidas vezes que eu forçaria as pessoas a terem planos de saúde independente de elas poderem pagar ou não', disse Hillary, insistindo que tal afirmação não é verdade.

Respondendo rapidamente, Obama contra-atacou dizendo que a ex-primeira-dama afirmou repetidas vezes que o plano de Obama 'deixaria 15 milhões de pessoas descobertas (...) Eu contesto isso e creio que seja impreciso', afirmou o senador por Illinois.

'Dezesseis minutos de debate sobre sistema de saúde é um começo', afirmou o mediador, ao tentar evitar que um dos dois pré-candidatos insistisse mais uma vez no tema.

Os dois rivais, os únicos sobreviventes das prévias democratas, se sentaram lado a lado em uma mesa sobre um palco na universidade do Estado de Cleveland.

Roupa tribal

Hillary afirmou ainda que até onde ela sabia, sua campanha não tinha nada a ver com a fotografia de Obama divulgada nesta segunda-feira, onde ele aparece com roupas tribais africanas no Quênia, que circulou junto a boatos de que o pré-candidato seja muçulmano.

O site de notícias e fofoca The Drudge Report postou a imagem na segunda e afirmou que ela estava sendo divulgada por membros da equipe de Hillary.

'Não sabemos de onde ela veio', disse Hillary, afirmando que esse não é o tipo de comportamento que ela quer em sua campanha.

'Acredito na palavra da senadora (por Nova York) Clinton de que ela não tinha nada a ver com o foto', declarou Obama.

'Nos últimos debates, parece que eu sempre sou a primeira a responder as perguntas. Eu não me importo, ficarei feliz em respondê-las', disse Hillary ao ser questionada sobre o Nafta. 'Acho curioso, se alguém viu 'Saturday Night Live' (programa humorístico de TV), talvez devesse pperguntara Barack se ele está confortável e precisa de outro travesseiro'. A platéia fez uma breve vaia.

Hillary tentou fazer um brincadeira relacionada ao episódio do programa do último sábado, quando o programa fez um quadro que mostrava a imprensa pegando leve com Obama, e um mediador perguntava durante um debate com Hillary se ele estava confortável e precisava de outro travesseiro.

Nafta

Hillary acusou Obama de distorcer suas posições sobre o Nafta (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio) e disse ser favorável a uma reavaliação do tratado. 'Precisamos consertar o Nafta', disse a ex-primeira-dama.

Os dois debateram o tratado de livre comércio com o Canadá e o México, que é muito impopular entre a classe operária, cujos votos são vitais na prévia de Ohio, no próximo dia 4, mostrando posições semelhantes.

Nenhum dos dois disse que sairia do tratado, mas ambos afirmaram que ameaçariam sair para pressionar o México por mudanças. 'Eu disse que eu iria renegociar o Nafta', disse Hillary. 'Eu direi ao México que irei sair do Nafta se não renegociarmos'.

Obama disse que a senadora por Nova York é aambíguasobre o assunto, elogiando o acordo em Estados agrícolas onde o tratado é popular, enquanto o critica em Estados como Ohio.

Com Associated Press

www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u376388.shtml

26 de fevereiro de 2008

'Eduardo escapou de ter a perna amputada'

Declaração é do médico do Arsenal sobre a lesão do atacante brasileiro

Eduardo da Silva vai demorar pelo menos nove meses para voltar a jogar futebol. É o que estima o Arsenal, time do atacante brasileiro naturalizado croata, segundo boletim médico publicado em seu site ontem. A equipe médica do clube londrino espera que Eduardo consiga correr em seis meses.

Mas a possibilidade de retorno de Eduardo aos gramados chegou a ficar bastante ameaçada. De acordo com Tim Allardyce, médico do Arsenal e especialista em ortopedia esportiva, o atacante correu riscos de ter parte da perna esquerda amputada. “Ele poderia ter perdido o pé”, declarou à Rádio BBC. “Quando o pé é deslocado daquela maneira, a circulação sangüínea no local pode ficar comprometida. Se não realizássemos a cirurgia logo, a amputação seria a única opção.”

Eduardo sofreu fratura da fíbula da esquerda, após ter sido agredido, com um carrinho violento, pelo zagueiro Martin Taylor, do Birmingham. Imediatamente, o jogador foi levado ao hospital.

Ainda de acordo com Allardyce, o choque com o zagueiro provocou outras lesões. “Em locais como tendões, ligamentos e tecidos”, acrescentou.

Ontem, o atacante completou 25 anos. Mas não comemorou. “Não vai ter festa”, disse. “O mais importante é que estou tendo apoio da minha família e dos meus companheiros. É o melhor presente que eu poderia ganhar agora.”

Apesar da gravidade da lesão - que vai tirá-lo do restante da temporada pelo Arsenal e da Euro-2008, em que defenderia a Croácia -, Eduardo afirmou que perdoa seu agressor. “Ainda não sei se ele veio me visitar, porque eu estava sedado”, disse o jogador ontem. “Mas, se ele viesse, o deixaria entrar sem problemas.”

Segundo o atacante do Arsenal, esse tipo de jogada acontece a todo momento. “Eu o perdôo, porque tenho certeza de que não fez isso de propósito.” Inicialmente, o atacante havia dito que “Tayor entrou na maldade”. Depois, afirmou que não queria nem sequer rever o lance pela televisão.

Martin Taylor não teve o mesmo tipo de compreensão por parte de torcedores do Arsenal e da seleção da Croácia. O zagueiro do Birmingham foi ameaçado de morte em fóruns de seguidores do clube londrino. Tudo para “vingar” o jogador brasileiro. Taylor também teve de fugir de jornalistas croatas, que tentaram entrevistá-lo “de maneira ostensiva” após o treino do Birmingham ontem. Em nota, o clube lamentou a lesão de Eduardo da Silva e repetiu que Taylor entrou no lance sem intenção de machucar.

O técnico do Birmingham, Alex McLeish, defendeu seu jogador. “Ele está muito triste com o que aconteceu”, disse. “Taylor não é esse tipo de jogador violento.” McLeish também lembrou o caso do sueco Henrik Larson, que teve uma perna quebrada em lance semelhante em 1999, mas voltou um ano depois.

http://txt.estado.com.br/editorias/2008/02/26/esp-1.93.6.20080226.10.1.xm

Rússia apóia Brasil contra o embargo europeu à carne

Chefe do Serviço Veterinário e Fitossanitário reconhece qualidade do produto brasileiro e defende transparência

Fabíola Salvador

Principal comprador individual de carnes do Brasil, a Rússia deu ontem, primeiro dia da visita de veterinários europeus ao País, apoio às negociações conduzidas pelas autoridades brasileiras para reabertura do mercado da União Européia (UE) ao produto nacional.

Após reunir-se com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, o chefe do Serviço Veterinário e Fitossanitário da Rússia, Sergei Dankvert, disse que a carne brasileira é de qualidade e defendeu transparência nas negociações comerciais. Segundo Dankvert, todos os países têm problemas, e o Brasil não é exceção. “Os problemas precisam ser solucionados e não podemos escondê-los”, disse Dankvert, ao lado do ministro brasileiro.

Contrastando com as dificuldades que o Brasil enfrenta com a UE, Dankvert e Stephanes confirmaram que mais 40 frigoríficos brasileiros serão habilitados a vender carne para a Rússia. A área habilitada foi ampliada para 16 Estados. O russo elogiou a disposição do governo brasileiro em organizar as missões técnicas. “Não conseguiríamos organizar uma missão como essa na UE.”

Dankvert afirmou que seu país nunca tratou os problemas comerciais com o Brasil do ponto de vista político. “Os russos são muito exigentes em termos sanitários, mas não impõem barreiras por questões comerciais”, comentou Stephanes.

No caso da União Européia, a maior pressão que levou o bloco a suspender as compras do Brasil veio dos pecuaristas irlandeses, que questionavam a qualidade do produto brasileiro e cobravam uma decisão do Parlamento Europeu.

Dankvert contou que seu país suspendeu as importações de carne suína da Bulgária e da Romênia depois de 700 focos de peste suína clássica nos dois países, no ano passado. “Se fôssemos agir como a Comunidade Européia age com o Brasil, nós deveríamos fechar todas as importações.”

Ele afirmou que a Rússia nunca suspendeu integralmente as compras de carne do Brasil. Na verdade, as importações ficaram suspensas por dois anos por causa dos focos de febre aftosa em Mato Grosso do Sul e no Paraná, em 2005.

Além dos europeus, Dankvert também criticou “países da América do Norte”, que, segundo ele, cobram o cumprimento das regras da Organização Mundial de Comércio (OMC) e defendem posição liberal, mas assumem outra postura. “Na verdade, eles não querem nenhuma solução, porque isso não lhes traria vantagens.”

Durante entrevista, Stephanes lembrou da importância da Rússia para a balança comercial brasileira. As exportações cresceram de 44 mil toneladas em 2000 para 945 mil toneladas no ano passado, e renderam US$ 1,9 bilhão. Hoje, a Rússia gasta US$ 4 bilhões com importações de produtos agrícolas do Brasil. “As relações são positivas”, disse Stephanes.

VISTORIAS

Dois veterinários europeus chegaram ontem ao Brasil e começarão a inspecionar nos próximos dias cerca de 30 fazendas para verificar se as regras de rastreabilidade estão sendo cumpridas. Na próxima segunda-feira, outros veterinários desembarcarão no Brasil para dar continuidade ao trabalho. Os europeus vão se dividir em três equipes, e as fazendas visitadas serão escolhidas a partir de uma lista encaminhada na semana passada para Bruxelas.

http://txt.estado.com.br/editorias/2008/02/26/eco-1.93.4.20080226.17.1.xml

Bolívia pede ao Brasil que invista na produção de gás

LA PAZ - O governo da Bolívia pediu ontem ao Brasil que assegure o investimento prometido pela Petrobras para aumentar a produção de gás natural e garantir a entrega do combustível tanto ao Brasil quanto à Argentina. O “Brasil tem que garantir esse investimento”, disse em entrevista coletiva o ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, em referência ao compromisso anunciado pela Petrobras em dezembro passado em La Paz. A intenção seria aplicar entre US$750 milhões e US$1 bilhão na Bolívia nos próximos anos. Segundo Villegas, a companhia petrolífera brasileira apresentará seu plano de investimento em meados deste ano. “Temos que produzir mais gás”, acrescentou o ministro ao destacar que o tema energético será, daqui pra frente, um “eixo de preocupação e de definições políticas” na região.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu no sábado passado, em Buenos Aires, com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner e da Bolívia, Evo Morales, mas o encontro não gerou nenhum acordo para solucionar os problemas na repartição de gás. A atual produção boliviana de gás ronda os 40 milhões de metros cúbicos diários, que subirão este ano para 42 milhões, enquanto a demanda do mercado externo e interno está por volta dos 46 milhões de metros cúbicos por dia.

A Bolívia envia entre 27 e 30 milhões de metros cúbicos diários de gás ao Brasil e tem vigente um acordo para exportar 7,7 milhões de metros cúbicos para a Argentina, embora atualmente o fluxo se limite a cerca de três milhões de metros cúbicos. Morales comentou anteontem que os três países concordaram em trabalhar “de maneira solidária” para encontrar uma solução ao tema e fazer propostas para caso se inicie “um problema muito sério na Argentina” assim que o inverno começar, quando há forte aumento na demanda.

No entanto, o Brasil mantém que não pode ceder à Argentina parte do gás boliviano que recebe, mas não nega que possa enviar eletricidade a seu vizinho para ajudar a atender a demanda durante o inverno. (EFE)

www.correiodabahia.com.br/exterior/noticia.asp?codigo=148352

25 de fevereiro de 2008

Raúl Castro promete reformas em Cuba, mas garante continuidade política

O Globo OnlineAgências internacionais

O presidente de Cuba, Raul Castro, com os vices Juan Almeida, Jose Ramon Machado e Abelardo Colome em reunião da Assembléia Nacional, quando foram eleitos - Reuters

HAVANA - Na reunião da Assembléia Nacional que marcou o histórico fim do governo Raúl Castro em Cuba, seu irmão mais novo, Raúl, assumiu no domingo a presidência cubana prometendo reformas na estrutura do Estado e melhoras na economia socialista que herdou de seu irmão Fidel. Em seu primeiro discurso ao Parlamento que o elegeu por unanimidade, Raúl mencionou a redução da burocracia e a remoção do excesso de regulamentos, mas disse que seguirá consultando Fidel nas principais decisões de Estado sobre defesa e política externa, garantindo a continuidade política. (Miriam Leitão comenta)

" O país terá como prioridade satisfazer as necessidades básicas da população, tanto materiais como espirituais "

- Assumo a responsabilidade que me encomendam com a convicção de que o Comandante em Chefe da revolução cubana é um só. Fidel é insubstituível e o povo continuará sua obra quando ele já não estiver fisicamente - disse Raúl, braço-direito do irmão desde a revolução de 1959, da qual seu vice também participou. - O país terá como prioridade satisfazer as necessidades básicas da população, tanto materiais como espirituais, partindo do fortalecimento sustentado da economia nacional e de sua base produtiva - anunciou Raúl.

As palavras do novo presidente sobre Fidel, aliadas à escolha do líder histórico José Ramon Machado, de 77 anos, como seu vice, minaram esperanças de que houvesse uma renovação de poder na ilha. Após quase meio século no poder, Fidel renunciou na terça-feiradevido a uma doença que o mantém afastado do público desde julho de 2006. Raúl, considerado mais pragmático que o irmão, exercia a presidência de forma interina desde então.

'Não há motivo para otimismo', diz secretário americano de Comércio

O novo presidente anunciou reformas para modernizar a estrutura do Estado socialista e disse que estuda valorizar o peso cubano, mas para o secretário americano de Comércio, Carlos Gutiérrez, que é de origem cubana, não há motivo para otimismo em relação a possíveis mudanças na ilha. Embora seja mais aberto a avanços nas relações com os EUA, Raúl também aproveitou seu discurso para fazer advertências no estilo Fidel.

- Temos registrado as declarações ofensivas e a ingerência aberta do Império (EUA) e de alguns de seus mais próximos aliados - disse Raúl ao Parlamento.

" Temos registrado as declarações ofensivas e a ingerência aberta do Império e de alguns de seus mais próximos aliados "

Raúl disse ainda que nas próximas semanas começaria a eliminar um excesso de proibições que já não têm sentido. Ele não esclareceu ao que se referia, embora muitos cubanos mencionem os limites para viajar ao exterior, hospedar-se em hotéis para turistas ou comprar e vender casa e automóveis.

A surpresa do novo Executivo foi a designação como novo vice-presidente, o segundo na hierarquia, de José Ramón Machado, um comunista ortodoxo da velha guarda revolucionária. Analistas políticos estrangeiros esperavam que o número dois fosse Carlos Lage, um médico de 56 anos, que na década de 1990 dirigiu as reformas econômicas que abriram algum espaço para o investimento estrangeiro e formas limitadas de iniciativa privada.

O posto deixado por Machado como um dos cinco vice-presidentes do Conselho de Estado será ocupado pelo general Julio Casas Regueiro, de 71 anos, atual número dois de Raúl Castro no Ministério da Defesa. Os outros vice-presidentes do Executivo se mantêm como até agora: o comandante guerrilheiro Juan Almeida, de 81 anos; o general Abelardo Colomé, ministro do Interior, e o economista Esteban Lazo, um líder comunista de 63 anos.

Aos 81 anos, Fidel continuará tendo papel decisivo como chefe do Partido Comunista de Cuba, o único considerado legal na ilha.

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24 de fevereiro de 2008

De devedor a credor

Desde que tomou seu primeiro empréstimo no exterior, em 1822, para bancar sua independência de Portugal, o Brasil foi visto como um devedor contumaz e, pior, péssimo pagador devido aos constantes calotes impostos a seus credores. Pois quinta-feira, o Banco Central informou que esse histórico desabonador foi enterrado de vez. O país encerrou janeiro com dinheiro suficiente em caixa para pagar toda a sua dívida externa, de US$ 197,7 bilhões, e ainda ficar com sobras de mais de US$ 4 bilhões, quando somadas as reservas internacionais (US$ 188,2 bilhões, até o dia 20 de fevereiro), os créditos que o Brasil tem a receber mais os depósitos de bancos brasileiros no exterior. Esse fato inédito, segundo o presidente do BC, Henrique Meirelles, ‘‘é resultado direto da implementação, nos últimos anos, de políticas macroeconômicas responsáveis e consistentes, baseadas no tripé responsabilidade fiscal, câmbio flutuante e metas para a inflação’’.
A informação deixou o presidente Lula nas nuvens. ‘‘É mais um trunfo que temos para mostrar o quanto o nosso governo está no caminho correto’’, afirmou a assessores. Até ser eleito presidente da República em 2002, Lula foi um defensor ardoroso do calote da dívida externa. O PT chegou a propor um plebiscito para referendar tal posição. Mas depois de tomar posse, Lula não só manteve o pagamento dos débitos em dia, como foi o principal incentivador do Banco Central na compra de dólares no mercado para reforçar as reservas internacionais. ‘‘Felizmente, prevaleceu o bom senso’’, disse Cristiano Souza, economista do Banco Real ABN Amro.
A expectativa de Lula, agora, é de que as agências de classificação de risco (rating) ‘‘se rendam aos fatos’’ e promovam o Brasil à condição de grau de investimento (investment grade) ao longo deste ano. Esse selo de qualidade não só atrairá mais investimentos estrangeiros, fundamentais para sustentar o processo de crescimento do país, como colocará o Brasil, na expectativa de Lula, em uma situação privilegiada neste momento de crise internacional, onde impera a desconfiança. ‘‘Seremos vistos como um porto seguro para o capital’’, ressaltou o presidente. Mas, para Rafael Guedes, diretor-executivo da Fitch Ratings, uma das três maiores classificadoras de risco do mundo, as chances de o Brasil ser elevado ao grau de investimento nos próximos dois anos são menores do que 50%.
Resistência maior
Na avaliação de Meirelles, o importante é que, ao seguir políticas econômicas consistentes, que permitiram ‘‘o acúmulo de reservas cambiais sem precedentes’’, o país aumentou sua resistência a choques. ‘‘A melhora expressiva nos vários indicadores de sustentabilidade externa do Brasil é um marco expressivo de nossa história. Essa melhora significa que estamos superando gradativamente um longo período caracterizado por vulnerabilidade e crises, causadas, principalmente, pela dificuldade em honrar o passivo externo do país’’, frisou.
Pelos cálculos do BC, a consistência econômica permitiu que, desde 2003, o Brasil registrasse fluxos positivos e crescentes em todas as contas por onde transitam recursos externos. Com isso, o banco pode ampliar as reservas internacionais do país de apenas US$ 16,3 bilhões no primeiro ano de mandato do presidente Lula para US$ 180,3 bilhões em dezembro passado e US$ 188,2 bilhões até anteontem. A maior parte desses recursos veio dos expressivos saldos da balança comercial, que, nos últimos cinco anos, somaram US$ 150,6 bilhões. O BC ressaltou ainda que também os investimentos estrangeiros diretos (IED), voltados para o aumento da produção e a criação de empregos, que atingiram US$ 34,6 bilhões em 2007 — recorde histórico —, a abertura de capital de empresas e as aplicações em bolsa de US$ 24,6 bilhões ajudaram a engrossar o fluxo de capital.
Com tantos recursos disponíveis, o Brasil antecipou em 2005 o pagamento de US$ 20,7 bilhões em empréstimos ao Fundo Monetário Internacional (FMI), pondo fim a uma tumultuada relação. Retirou do mercado todos os títulos vinculados a renegociações de calotes, como os C-Bonds, e pagou, também antecipadamente, as dívidas com o Clube de Paris. ‘‘Foi uma virada significativa na história do país’’, afirmou o economista Carlos Eduardo de Freitas, ex-diretor da Área Externa do BC, que integrou durante anos os grupos de renegociação da dívida brasileira. A seu ver, as críticas de vários economistas, de que o acúmulo de reservas pelo BC já passou do ponto, impondo pesados custos fiscais ao Tesouro Nacional, ficam diminuídas quando se olha o comportamento da economia brasileira em meio à grave crise internacional provocada pelo estouro da bolha imobiliária dos Estados Unidos.
No Rio, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a atual situação veio para ficar e permite ao país ‘‘impor respeito’’ em meio à crise de crédito externo, e esse respeito virá por meio da elevação do Brasil ao grau de investimento. Ele destacou que o cenário atual ‘‘habilita o país a ter um papel de protagonista no cenário internacional’’.
Vicente Nunes Da equipe do Correio
http://diariodenatal.dnonline.com.br/site/materia.php?idsec=5&idmat=168271

Soldados turcos atacam acampamento de grupo armado no Iraque

da Efe, em Istambul (Turquia)

Cerca de 5 mil soldados turcos com o apoio de 60 tanques atacaram no sábado (23) à noite o acampamento do grupo armado PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) em Haftanin, ao norte do Iraque, informou a agência pró-curda Firat.

A emissora de televisão NTV, da Turquia, acrescentou que aviões turcos bombardearam as posições do PKK ao longo da fronteira.

Simpatizantes da organização armada lançaram coquetéis molotov e queimaram dois carros no bairro curdo de Kagithane, em Istambul, mas os ataques não deixaram vítimas.

A base de Haftanin se encontra na zona oeste da divisa turco-iraquiano, perto da passagem fronteiriça de Habur, por onde os veículos pesados do Exército turco começaram a penetrar em território iraquiano durante a noite da última quinta-feira.

Até agora, a maioria dos combates havia sido registrada na zona leste da fronteira, em torno dos acampamentos dos rebeldes curdos em Zap e Hakurk.

O comandante Bahoz Erdal, da HPF (Forças de Defesa Popular), o braço militar do PKK, disse em entrevista à agência Firat que os soldados turcos haviam se concentrado nos primeiros dias da operação em tomar o acampamento de Zap, mas não conseguiram por causa da resistência do grupo.

Além disso, acusou o presidente do Iraque, Jalal Talabani, de ser o artífice da operação contra o PKK no Iraque e de ter "convidado" o Exército turco a chegar até as montanhas Kandil, onde se encontra o quartel-general da organização armada curda.

O PKK afirma já ter matado 23 soldados turcos, dos quais o Exército turco só reconhece sete, que serão enterrados hoje com honras militares na Turquia.

Por sua parte, o Estado-Maior da Turquia afirma ter matado 79 militantes da guerrilha.

Erdal pediu que os curdos se rebelem contra "a ocupação do Curdistão Sul", como o grupo chama a região autônoma do Curdistão iraquiano.

"Os jovens curdos devem dar uma resposta às operações nas grandes cidades. As guerrilhas do Curdistão não são formadas só por 7 ou 10 mil pessoas, mas por centenas de milhares. Em todas as metrópole turcas, os jovens curdos devem realizar ações de protesto", afirmou o comandante do PKK.

www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u375423.shtml

Problema de Hillary é organização

Senadora perde para Obama em total de delegados, voto popular, pesquisas nacionais de opinião e total arrecadado

Linda Feldmann, THE CHRISTIAN SCIENCE MONITOR, WASHINGTON

Quando a poeira assentou, depois da Superterça, Barack Obama e Hillary Clinton estavam engalfinhados numa disputa mortal pela nomeação do Partido Democrata. Desde então, nas duas últimas semanas, o senador Obama disparou, vencendo 11 primárias e caucuses seguidos e empurrando a senadora contra a parede.

Agora Obama supera a ex-primeira-dama em quase todos os parâmetros: total de delegados, voto popular, pesquisas nacionais de opinião e total arrecadado. O que aconteceu? Da parte de Hillary, seus problemas representam um fracasso de planejamento e organização.

Sua campanha agiu sobre o pressuposto de que ela teria a nomeação garantida com as 22 disputas de 5 de fevereiro e gastou de acordo com isso. A falta de um plano B a deixou correndo atrás de dinheiro e de organização, tardiamente, após a Superterça.

O fato de isso estar acontecendo com os Clintons - até então a equipe mais hábil da política democrata - deixou o meio político estupefato. “Se toda uma estratégia de campanha está baseada na crença de que uma data particular é decisiva e, se diante de evidências em contrário, descobre-se que é difícil abandonar esse pressuposto, então é possível ser muito experiente e ainda ser apanhado de calças curtas”, diz William Galston, um ex-consultor do presidente Clinton que trabalha na campanha de Hillary.

Para Galston, Obama, ao contrário, reuniu um time que parece ter um bom conjunto. Ele imaginou e executou habilmente um plano de jogo. “As pessoas vão escrever sobre essa campanha durante muito tempo como um manual de como tirar vantagem das circunstâncias e de como reforçar seus pontos fortes e atenuar suas fraquezas”, disse Galston.

O contraste na organização das duas campanhas levanta uma questão inevitável. Será que elas indicam como cada candidato funcionaria como presidente? Para Hillary, cujo marido diz que ela precisa ganhar tanto no Texas como em Ohio para continuar na briga, a questão é crucial. Como ela pode convencer os eleitores de que está pronta para liderar a nação desde o primeiro dia se sua campanha fracassou? Ao mesmo tempo, a habilidade de Obama para montar uma equipe, prever e planejar uma campanha longa, pode não dizer ao público muito sobre como ele funcionaria como presidente. Afinal, a história americana está cheia de presidências falidas.

Em última instância, o bom planejamento é que leva um candidato mais longe. No caso de Obama, dizem os analistas, a habilidade para explorar o estado de espírito nacional e articular uma mensagem atraente foi fundamental para o seu sucesso até agora.

“Essa eleição vai ser parecida com a de 1980, quando o ânimo estava baixo e havia um mal-estar no país”, diz Stephen Wayne, cientista político da Universidade de Georgetown, em Washington. “Ronald Reagan ofereceu esperança. É exatamente o que Obama está oferecendo.”

No entanto, ninguém está considerando Hillary carta fora do baralho. Existe a possibilidade de que, à medida que Obama se aproxime da vitória, um escrutínio mais intenso da imprensa produza histórias que prejudiquem sua candidatura. Contudo, Hillary não pode contar com isso.

O plano de salvação de sua campanha começa com sua vitória nos três Estados mais ricos em delegados que ainda não votaram: Texas, Ohio e Pensilvânia (cuja primária será em 22 de abril). Numa videoconferência realizada na quarta-feira com repórteres, Harold Ickes, o destacado consultor da campanha de Clinton, afirmou que se ela vencer nos três Estados dificilmente um dos candidatos terá o número de delegados suficiente para assegurar a nomeação. Nesse caso, de acordo com ele, Hillary garantiria a candidatura do partido obtendo apoio dos superdelegados na convenção.

Apesar de Hillary estar hoje na frente em número de superdelegados, não há nenhuma garantia de que eles se alinhem com ela, especialmente se os eleitores em seus Estados tiverem votado em Obama.

Na corrida pelo levantamento de fundos, Hillary também está em apuros. Seus números de janeiro são ridículos diante dos de Obama. Ele reportou ter arrecadado quase US$ 37 milhões, cerca de US$ 5 milhões a mais do que dezembro, e diz ter gastado US$ 31 milhões. Hillary levantou cerca de U$$ 15 milhões - menos da metade do que arrecadou seu adversário - e emprestou a si mesma outros US$ 5 milhões, tendo gastado US$ 29 milhões, o que significa que sua campanha está se endividando.

Obama está levantando cerca de US$ 1 milhão por dia e tem uma carteira de doadores de cerca de 1 milhão de pessoas. Os números de Hillary para fevereiro ainda não estão disponíveis, mas sua campanha diz que ela está levantando o que precisa para continuar competitiva.

Mesmo assim, em política, o dinheiro acompanha o vencedor. Sendo assim, a derrota da senadora por 58% a 41% em Wisconsin, na terça-feira, não foi um grande fator de promoção.

http://txt.estado.com.br/editorias/2008/02/24/int-1.93.9.20080224.14.1.xml

23 de fevereiro de 2008

Anvisa libera anticoncepcional Contracep

MÁRCIO PINHO da Folha de S.Paulo

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) revogou a interdição de todos os lotes do anticoncepcional injetável Contracep, que não puderam ser comercializados desde novembro de 2007 até ontem, quando nova resolução foi publicada no "Diário Oficial".

À época, laudos do Instituto Adolfo Lutz de SP mostraram que três lotes do produto tinham problemas -uma quantidade de hormônios menor que a esperada, por exemplo. Isso colocou em xeque a eficácia do remédio, o que fez a Anvisa suspender as vendas por 30 dias. A suspensão foi renovada em dezembro por tempo indeterminado.

Houve relatos de pelo menos três mulheres que disseram ter engravidado usando o remédio.

Segundo a Anvisa, a liberação do Contracep se deu após a fabricante EMS Sigma Pharma mostrar exames atestando a segurança do anticoncepcional.

Em nota, a EMS disse que "desde o início do processo tinha certeza da qualidade e segurança do Contracep e realizou testes em cinco laboratórios autorizados pela Anvisa, cujos laudos comprovaram a qualidade do medicamento."

Anvisa e EMS não tinham se entendido até ontem, contudo, em relação a que lotes dos medicamentos poderão ser comercializados. A assessoria de imprensa da Anvisa informou que, por um acordo com a EMS, os lotes de 2007 não poderiam voltar às farmácias, e que apenas os novos, deste ano, poderiam ser vendidos. Uma nova resolução deverá ser publicada com essa informação.

Já a assessoria da EMS disse que o laboratório entendeu, pelo texto da resolução, que lotes antigos poderão ser vendidos.

A Secretaria da Saúde de SP, Estado onde houve a primeira interdição, disse receber com "estranheza" a liberação e que conversará com a agência sobre o tema na segunda-feira.

Após os laudos do Adolfo Lutz, técnicos do CVS (Centro de Vigilância Sanitária) de SP e da Anvisa inspecionaram a fábrica da EMS em Hortolândia (SP) e detectaram alteração na fórmula do Contracep e problemas em diversas fases de fabricação. A Anvisa nega ter recebido esse resultado da inspeção.

www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u375251.shtml

Cristiano Ronaldo dá show, e United vence

Atacante marca duas vezes contra o Newcastle e assume artilharia isolada do Inglês
GLOBOESPORTE.COM Newcastle, Inglaterra

A torcida do Newcastle deve estar ‘entalada’ com Cristiano Ronaldo. Há pouco mais de um mês, o atacante tinha anotado o seu primeiro hat trick (três gols em uma partida) na goleada de 6 a 0 do Manchester United sobre os Magpies. Neste sábado, em duelo válido pela 27ª rodada do Campeonato Inglês, o português deu mais um show – só não marcou três gols porque foi substituído logo após anotar o segundo - e garantiu a vitória dos Red Devils por 5 a 1 no estádio St. James Park.

Com o resultado, o Manchester chegou aos 61 pontos, se mantendo na 2ª posição e está agora a três pontos do líder Arsenal.

O jogo

Mesmo jogando fora de casa, o Manchester United impôs seu ritmo desde o começo da partida. O Newcastle, por sua vez, tentava criar alguma coisa com o Owen e Smith, mas acabava esbarrando no mau dia de sua dupla de ataque.

Cristiano Ronaldo estava apagado na partida. Mas aos 26, em bela jogada individual pela ponta esquerda, cruzou na medida para Rooney abrir o placar.

Aos 45 minutos da etapa inicial, o volante Carrick deu ótimo passe e o ‘gajo’ ampliou o placar com um belo toque de chapa.

No segundo tempo, Cristiano Ronaldo voltou a infernizar a defesa dos Magpies. Aos 10, o atacante se livrou do zagueiro Taylor com um drible de corpo, cortou o goleiro Harper e só não entrou com bola e tudo porque não quis. 3 a 0 para os Red Devils e 21 gols para Cristiano Ronaldo na Premier League. O português, que foi substituído aos 21 minutos por Saha – Ferguson queria poupá-lo -, é o artilheiro isolado do torneio.

Aos 33, Faye descontou para o time da casa. Mas Rooney, após pegar um rebote da defesa, transformou a vitória em goleada com um belo chute de fora da área aos 35. Saha, aos 46 minutos, ainda fez mais um para o Manchester.

http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/Futebol/ Campeonatos/0,,MUL311240-4843,00.html

22 de fevereiro de 2008

Bombeiros resgatam 14º corpo de vítima de naufrágio no AM

Barco com 110 pessoas afundou na madrugada desta quinta-feira. Resgate deve durar até o fim de semana, segundo Capitania Fluvial da Amazônia.
Do G1, em São Paulo, com informações da TV Amazonas

Catorze corpos de vítimas do naufrágio do barco Almirante Monteiro foram resgatados no Rio Amazonas, segundo informações do coronel Antonio Dias dos Santos, comandante do Corpo de Bombeiros do Amazonas.

O último corpo, de uma criança, foi localizado na manhã desta sexta-feira (22) depois de o trabalho de resgate ter sido retomado pela Capitania Fluvial da Amazônia e pelo Corpo de Bombeiros do Amazonas. As lanchas voltaram ao local do acidente às 8h (horário de Brasília).

A embarcação afundou na madrugada desta quinta-feira (21), em Itacoatiara (AM), com cerca de 110 pessoas, após bater em uma balsa. Noventa e duas pessoas foram resgatadas com vida.

O trabalho de busca foi suspenso no fim da tarde, por questão de segurança, e deve seguir até o fim de semana, segundo a Capitania Fluvial.

Entre os mortos estão pelo menos cinco crianças, de acordo com informações dos bombeiros. Os corpos das vítimas foram levados para Novo Remanso, de onde serão transportadas em uma lancha da Polícia Militar até o Instituto de Medicina Legal (IML) de Manaus.

Investigação

A Capitania dos Portos de Manaus conseguiu encontrar o comandante da embarcação naufragada. Ele teria dito que o barco saiu de Alenquer (PA) com 70 passageiros e 12 tripulantes. Ao longo do percurso, houve embarques e desembarques. A estimativa é de que, no momento do acidente, cerca de 110 pessoas estavam no Almirante Monteiro.

De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros do Amazonas, as primeiras vítimas foram resgatadas por uma embarcação que passava pelo local no momento do acidente. "Por sorte, um barco da Polícia Civil estava por perto e conseguiu retirar da água a maior parte das vítimas. Acredito que se não fosse isso, uma catástrofe teria acontecido aqui."

Um inquérito administrativo será instaurado para apurar o acidente, sob a coordenação da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental, que terá o prazo inicial de 90 dias para ser concluído, podendo ser prorrogado por até um ano.

Colisão

O barco Almirante Monteiro afundou após bater em uma balsa. A Marinha informou, em nota, que o naufrágio ocorreu perto da Foz do Paraná da Eva, próximo à margem esquerda do Rio Amazonas. As vítimas resgatadas estão em vários pontos do rio. A forte correnteza no local deve dificultar o transporte das pessoas para o destino final.

A embarcação tinha capacidade para 165 pessoas.

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL309999 -5598,00-BOMBEIROS+RESGATAM+CORPO+ DE+VITIMA+DE+NAUFRAGIO+NO+AM.html

PPP estuda coalizão com governo paquistanês

EFE

ISLAMABAD - Um dia após acertar uma coalizão de Governo com a Liga Muçulmana do Paquistão-N (PML-N), de Nawaz Sharif, o Partido Popular do Paquistão (PPP) se reuniu nesta sexta-feira para estudar o pacto e analisar nomes de candidatos a primeiro-ministro.

O mais cotado para o posto é o vice-presidente da legenda, Amin Fahim. Segundo uma fonte do PPP citada pelo canal privado Dawn, foram mencionados na reunião outros nomes, como o do líder do partido na região leste do Punjab, Mahmood Qureshi, e Yousuf Reza Gillani, outro dirigente da legenda. No entanto, a fonte afirmou que, após o encontro, não se chegou "a nenhuma decisão" e acrescentou que a reunião teve caráter "introdutório", mas serviu para sondar nomeações de pastas ministeriais.

O PPP, liderado por Asif Ali Zardari após o assassinato de sua esposa, a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, convocou a Islamabad todos os membros eleitos do partido para a Assembléia Nacional, um total de 88, à espera de saber que cadeiras serão atribuídas a eles devido às cotas para mulheres e não-muçulmanos.

Após o acordo de quinta-feira com seu partido, Sharif, que lidera a segunda legenda mais votada, confirmou nesta sexta-feira que o próximo primeiro-ministro será um membro do PPP, apesar de Zardari já ter anunciado que não concorrerá.

O PPP e a PML-N ainda têm que traçar os detalhes de seu acordo, aberto a todos os partidos do Parlamento paquistanês, exceto à legenda do presidente Pervez Musharraf. No entanto, uma fonte da PML-N afirmou hoje que Zardari e Sharif "não voltarão a se encontrar nos próximos dias".

O assessor de imprensa do partido, P. Rashid, disse que Sharif viajará no sábado à cidade de Lahore, enquanto Zardari ficará em Islamabad este fim de semana para participar de dois encontros com os membros eleitos de sua legenda nas câmaras regionais.

O ex-primeiro-ministro voltou a atacar Musharraf em entrevista coletiva e pediu ao presidente que "respeite o desejo da nação e deixe o poder".

- Estamos preparados para afastar Musharraf - disse Sharif, deposto em 1999 pelo atual presidente paquistanês em um golpe de Estado.

Sharif também se reuniu com representantes das delegações diplomáticas francesa e britânica em Islamabad para analisar o cenário pós-eleitoral e a luta contra o terrorismo no Paquistão.

O pacto pós-eleitoral entre os partidos opositores deixaria fora do Governo a legenda que apóia Musharraf e levaria a uma imprevisível "coabitação" entre o presidente e um primeiro-ministro do PPP.

Depois de se reunir com um senador e um congressista americano, Musharraf defendeu hoje a "estabilidade" política, elogiou mais uma vez a luta contra o terrorismo e agradeceu aos Estados Unidos por sua colaboração neste trabalho, segundo a agência estatal "APP".

No entanto, a violência voltou hoje a castigar o conflituoso noroeste do país, com o primeiro grande atentado após a realização das eleições de segunda-feira, ocorrido no Vale de Swat, no norte.

Pelo menos 13 pessoas morreram e 14 ficaram feridas na explosão de uma bomba durante a passagem da comitiva de um casamento no distrito de Matta Tehsil, situado na Província da Fronteira do Noroeste.

Durante a campanha, uma onda de atentados contra alvos eleitorais castigou a província, em cujo cinturão tribal - na fronteira com o Afeganistão - o Exército lançou uma operação contra milhares de fundamentalistas armados que se rebelaram contra o regime de Musharraf.

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/02/22/ppp_estuda

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