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31 de maio de 2008

No 'tapetão', democratas devem fazer acordo intermediário, diz analista

No "tapetão",devem fazer acordo intermediário, diz analista
Partido define a validade dos votos das prévias presidenciais de Michigan e Flórida. Para Mark Danner, partido deve achar um meio-termo entre Obama e Hillary.
Daniel Buarque Do G1, em São Paulo
O primeiro tapetão da acirrada disputa democrata pela candidatura à Casa Branca, neste sábado (31), deve acabar com um acordo entre as campanhas de Hillary Clinton e Barack Obama, segundo o analista norte-americano Mark Danner, professor de ciências políticas da Universidade da Califórnia, Berkeley. Nem Hillary Clinton vai conseguir que todos os delegados das prévias de Michigan e Flórida sejam validados, nem Barack Obama vai conseguir que eles sejam ignorados, disse, em entrevista ao G1.

Foto: Divulgação
Divulgação
O professor da Universidade da Califórnia, Berkeley, Mark Danner (Foto: Divulgação)

Danner é autor de um livro sobre os problemas ocorridos na Flórida durante a eleição de 2000, quando George W. Bush acabou eleito presidente, mas teve sua legitimidade questionada. Para ele, a decisão do comitê central do partido, reunido num hotel de Washington, deve refletir a liderança de Obama, mas aceitar como legítimo o argumento de Hillary, e chegar a uma conclusão intermediária que não vai dar fim à indefinição quanto ao candidato à Presidência.

“Acho que a decisão final sobre o candidato democrata deve durar até aproximadamente uma semana após as últimas primárias, dia 3”, disse. A idéia, segundo ele, é evitar que a disputa fragmente e enfraqueça o partido para a disputa contra os republicanos na eleição propriamente dita.

Flórida e Michigan perderam o direito de enviar delegados à convenção porque anteciparam suas eleições primárias para antes do prazo regulamentar. Não houve campanha eleitoral, e Hillary venceu as duas disputas - em Michigan, o nome de Barack Obama nem aparecia na cédula.

G1 – Podemos comparar a situação atual da decisão a ser tomada na Flórida com o que aconteceu no estado em 2000? Mark Danner – Claro que são situações diferentes, já que na época escolhíamos o próprio presidente, e não o candidato, mas há temas muito similares nos dois casos. A grande discussão que tomou conta da Flórida em 2000 incluía o slogan democrata “contem todos os votos”, e oito anos depois, a campanha de Hillary Clinton usa a mesma frase para pedir que a primária da Flórida seja válida. Isso tem uma enorme influência sobre o eleitorado democrata do estado, já que o caso de 2000 levou George W. Bush à Presidência, então o apelo do pedido de Hillary é forte.

G1 – Uma vitória de Hillary nessa disputa e uma possível vitória dela nas primárias pode pôr em xeque a legitimidade da sua candidatura, como pôs a eleição de Bush? Danner – Acho que Hillary Clinton não consegue conquistar a candidatura democrata mesmo se todos os votos da Flórida e de Michigan forem validados, o que também é pouco provável. Mesmo que ela consiga todos os delegados que quer, dificilmente supera o total de delegados de Obama. Esta luta é importante, mas não suficiente para que ela vença a disputa.

Quanto à legitimidade das prévias na Flórida e em Michigan, entretanto, acho que os dois pré-candidatos estão corretos no que pedem. Hillary diz que 2 milhões de pessoas nos dois estados votaram, e esses votos devem valer algo. E ela está certa, afinal muitos eleitores deixaram clara sua opinião. Obama, por outro lado, lembra que ele não fez campanha nos dois estados, e que ele era desconhecido à época, o que o deixaria sem chances de vencer (além de que ele nem estava na cédula de votação de Michigan), e acho que ele também está certo nisso.

Há ainda um terceiro interesse envolvido, que é o do comitê central do Partido Democrata, que quer punir os dois estados por terem adiantado suas prévias. O comitê acha que, se não punir Michigan e Flórida, este tipo de mudança no calendário pode voltar a acontecer nas próximas eleições, o que eles querem evitar.

G1 – Podemos falar ainda no interesse dos eleitores, não? Danner – Claro, os eleitores querem ser ouvidos. O problema é que pode-se considerar que muitos eleitores dos dois estados sequer conheciam Obama quando tiveram suas prévias, e que mudariam de opinião na votação, se ela acontecesse agora, e isso pode ser usado como argumento contra Clinton.

É uma situação ímpar, em que a legitimidade é uma questão importante, mas acho que tudo vai ser definido muito mais pelo poder político. Há o comitê central, com 186 membros, dos quais 25 são escolhidos pelo presidente do partido, enquanto os outros são indicados pelas duas campanhas, então Obama tem alguma vantagem, se analisarmos matematicamente. Fica ainda mais complicado por não ser só uma vitória da maioria. O partido deve procurar um consenso entre as duas campanhas.

G1 – O que o senhor acha que vai acontecer, então? Danner – Acho que vai haver algum acordo, desenhado para refletir a maioria de Obama, mas respeitando a força de Hillary e sua campanha. É possível que eles aceitem contar metade dos delegados de cada estado, ou encontrem alguma outra fórmula que pareça razoável para as duas campanhas. É provável que Hillary consiga se fortalecer um pouco, mas continue bastante atrás de Obama na contagem total de delegados.

G1 – A decisão do Partido Democrata sobre Michigan e Flórida pode afetar as eleições de novembro? Danner – Sim. Esta decisão pode pesar sobre a união do partido democrata, levando um grupo partido à eleição. O mais provável, entretanto, é que nada seja completamente definido neste sábado. Acho que a decisão final sobre o candidato democrata deve durar até aproximadamente uma semana após as últimas primárias, dia 3. Acho que depois da decisão sobre Flórida e Michigan, os dois pré-candidatos vão aguardar as prévias de terça-feira, e ainda alguns dias até saírem juntos com uma decisão e um acordo que mostre que o partido vai se unir para as eleições.

G1 – Depois de estudar o caso das eleições de 2000 na Flórida, o senhor acha que algo parecido pode voltar acontecer nas eleições deste ano, diminuindo a legitimidade do presidente que seja eleito? Danner – É certamente possível. Em muitos estados o sistema técnico de votação e as máquinas de contar os votos ainda são muito vulneráveis. A situação já melhorou muito desde 2000, mas ainda há muitos problemas. Os EUA são um país com 50 sistemas eleitorais diferentes. Em muitos estados, as pessoas que têm controle sobre a votação têm ligação com a campanha de um ou outro candidato.

O ex-presidente Jimmy Carter monitora muitas eleições pelo mundo, e ele diz que, se fosse chamado para monitorar uma votação nos EUA, ele recusaria, porque o sistema eleitoral não tem os requisitos básicos de justiça e de garantia dos resultados. Acredito que, se tivermos em algum estado um resultado tão próximo do empate como o que houve na Flórida em 2000, é possível que vejamos o mesmo desastre que aconteceu em 2000.

g1.globo.com/Noticias/0,,MUL584847-15525,00-

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29 de maio de 2008

Um Apêlo e uma idéia ao Governo

Um Apêlo e uma idéia ao Governo

O Governo, do mês de Dezembro passado até aqui, vem lutando incansavelmente para recuperar a forma de manter a soma de reais que deixou de arrecadar com a CPMF.

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, disse ontem que o Projeto de Lei Complementar 306/08, que regulamenta a Emenda 29, seria votado mas com a possibilidade de obstrução pela oposição.

O projeto prever a ampliação de quase 10 bilhões de reais para a saúde, em verbas federais.

O Governo está fazendo a lição de casa sim. A saúde pública, hoje se pode dizer que é um abandono total; o pessoal que ganha um e dois salários mínimo, responsáveis por custear suas casas, morrem no dia que tiverem a infelicidade de ter que pagar por um tratamento complicado e necessário á manutenção de sua saúde.

As Pessoas de 60 anos acima, enquadradas na categoria de um e dois salários mínimos, deveriam, nem ao menos pensar em pagar um plano de saúde, porém, sabem que é impossível fazer isto, e, sabe também que quanto a isso, ele, trabalhador, pagador de impostos, não tem direito à saúde que deveria ter, pois o sistema não lhes permitem. O tal indivíduo só tem o direito de pensar, e isto, porque o ato de pensar é um dom dato por Deus, pois se dependesse do homem, nem isso faria.

Nas grandes cidades, hoje é vergonhoso de ver, a lotação dos bares, todos bebendo, embriagando-se e brigando, ferindo-se uns aos outros, matando e morrendo. No trânsito; os bêbados atropelando e matando aos transeuntes nas ruas, e negando que não estão embriagados.

O banditismo; é uma assolação. Nos grandes centros urbanos e nas pequenas cidades, rola o tráfico de drogas. O alcoolismo é a primeira porta de entrada para toda e qualquer falta de lucidez, as irresponsabilidades começam aí. Toda pessoa que se preza deve envergonhar-se de andar para um bar, festas ou outro local onde se endeusa bebida alcoólica, pois existem pobres miseráveis que acham prazeroso sentar-se à porta da casa em que moram, e na calçada, põe a garrafa de cerveja e o copo, ali mesmo, achando que estão arrasando; quando na verdade, o arrasado é ele próprio.

Todos os dias passam os carros de propaganda, anunciando cerveja e festas para os desocupados e vendidos ao erro, e para isso, convergem mais uma vez para somar-se à falta de bom senso. O ponto mais crítico, começa na quinta-feira à noite, e vai até Domingo também à noite, como se não bastasse, alguns amanhecem a segunda-feira ainda bebendo e dizendo que é para tirar a ressaca. Está certa uma coisa desta magnitude, responda para você mesmo.

Já é demais. Por que o Governo não taxa as bebidas alcoólicas de qualquer gênero que seja? Isso é o ponto que deve ser atacado por altas taxas, só beberia o ignorante que pudesse, e mais ninguém. Então os cofres públicos teriam o dinheiro que necessitam para tratar não só ao trabalhador necessitado, o desempregado, como também o baixo-assalariado e todos os que necessitarem neste país, até mesmo os que têm a saúde danificada pela bebida e o alcoolismo.

O Governo deve combater as drogas, e sem começar pelas bebidas alcoólicas, tirando-as das festas diárias e dos finais de semanas, não chegará a lugar nenhum. Falta fazer com as bebidas alcoólicas o que etá sendo feito ao tabagismo. Taxe a bebida alcoólica pelo menos em 300 ou 400% e haverá dinheiro nos cofres da saúde e menos alcoólatras nas ruas. Com certeza teremos um povo mais saudável e com boa sanidade e pura avidez, que deseje o bom desenvolvimento deste País.

A venda de bebidas alcoólicas é muito grande nesta nação, e isso causa uma matança semelhante semelhante a uma grande guerra. Quantos jovem tiveram suas vidas ceifadas por essas drogas e que bem poderiam está produzindo, sucumbiram por envolver-se em brigas, depois de tomar alguns copos de cachaça, cerveja ou outra bebida semelhante. Outros, as vezes em uma parada de ônibus esperando seu momento de embarcar para seu destino, ou mesmo atravessando a rua, um embriagado o atropela e mata ou o deixa paraplégico.

Não necessitamos fechar as fábricas dessas bebidas, só precisamos taxá-los, e nada mais e não teremos mais que recriar a CPMF e o dinheiro suprirá a necessidade da saúde pública, porque sempre haverá quem beba.

Costa

28 de maio de 2008

Chinaglia: regulamentação da Emenda 29 será votada hoje

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, disse há pouco que o Projeto de Lei Complementar 306/08, que regulamenta a Emenda 29, deve ser votado hoje mesmo sem acordo e com a possibilidade de obstrução por parte da oposição. O projeto amplia em quase R$ 10 bilhões as verbas federais deste ano para o setor de saúde, mas o texto original não prevê fontes para cobrir esse aumento de gastos.
Ontem, a oposição avisou que vai obstruir as votações se o governo insistir em apresentar um substitutivo ao PLP 306/08 para incluir a criação de uma nova contribuição para a saúde. O líder do governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), anunciou ontem que a base aliada vai apresentar um substitutivo ao texto original para propor a criação de uma contribuição social para a Saúde, nos mesmos moldes da CPMF, mas com alíquota de 0,1% e destinação dos recursos exclusivamente para o setor. A alíquota da CPMF era de 0,38%.
Chinaglia acredita que, além da nova contribuição, o substitutivo deve modificar outros detalhes do texto original, como a relação do Poder Público com os conselhos de saúde.
Cotas universitárias Em instantes, o presidente participa de reunião de líderes com o ministro da Educação apra discutir a propsota de reserva de parte das vagas em universidades federais destinadas a estudantes de escolas públicas para alunos que se declararem negros ou índios. Segundo Haddad, o número de vagas em universidades federais saltará de 124 mil, em 2002, para 230 mil, em 2010. Haddad esteve reunido nesta manhã com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, e líderes partidários para debater o assunto.
A reserva está prevista em substitutivo da Comissão de Educação e Cultura ao Projeto de Lei 73/99, da deputada Nice Lobão (DEM-MA), e outras seis propostas que tramitam conjuntamente. No texto aprovado, a comissão reserva parte dos 50% de vagas reservadas para alunos que tenham cursado o nível médio integralmente em escolas públicas para estudantes negros e índios. O cálculo do número de vagas, pelo texto aprovado, será feito de acorod com a população de cada estado.O ministro Fernando Haddad já chegou para a reunião, que será realizada no gabinete da Presidência da Câmara.
www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=122494

27 de maio de 2008

Perfil de novo líder das Farc amplia expectativa de diálogo

Escolha do líder político Cano - e não do chefe militar, ‘Mono Jojoy’ - para chefiar guerrilha é vista como sinal positivo

AP, EFE, AFP

A morte do líder máximo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Pedro Antonio Marín - mais conhecido como Manuel Marulanda, ou “Tirofijo” (Tiro Certeiro) -, aumentou as expectativas de parentes de reféns da guerrilha e governos estrangeiros de que em breve se possa chegar a um acordo humanitário.

link Héctor Saint Pierre, professor do Departamento de História da Unesp, fala sobre o futuro das Farcnome link Veja especial que traça o cotidiano da maior guerrilha colombiana “O fato de as Farc designarem (para substituir Marulanda) Alfonso Cano, que é da ala política e não da ala militar da guerrilha, é um sinal de que eles querem seguir por esse caminho (de negociação)”, afirmou Astrid Betancourt, irmã da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, seqüestrada pela guerrilha em 2002.

Para o vice-ministro de Defesa equatoriano, Miguel Carvajal, a mudança na liderança da guerrilha pode solucionar o conflito colombiano. “Mantemos a esperança de que essa mudança leve a soluções históricas para o conflito”, disse Carvajal. No domingo à noite, a ministra de Direitos Humanos da França, Rama Yade, disse esperar que o anuncio seja o “começo do fim do sofrimento de Ingrid”.

A morte de Marulanda, aos 77 anos, foi revelada no sábado pelo ministro de Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, e confirmada no dia seguinte num comunicado da guerrilha. Segundo as Farc, Tirofijo morreu de enfarte “nos braços de sua companheira e cercado por sua guarda pessoal”. As circunstâncias da morte, porém, ainda não foram confirmadas e o governo colombiano diz que elas poderiam estar relacionadas às ações militares (mais informações nesta página).

O anúncio de que Cano - cujo nome verdadeiro é Guillermo León Sáenz - assumiria o comando surpreendeu analistas e, segundo fontes militares, até comandantes da guerrilha, que esperavam que o cargo fosse ocupado pelo líder militar do grupo, “Mono Jojoy”. Até agora, a guerrilha havia privilegiado em sua linha de sucessão líderes ligados ao mundo rural ou os que participaram da fundação do grupo.

Com formação em antropologia, o novo líder das Farc tem 52 anos e é de Bogotá. Ele participou das negociações com o governo nos anos 90 e é visto como mais afeito aos embates políticos do que às estratégias militares. “É um homem mais obcecado pela política do que pela guerra”, diz Camilo Gómez, alto comissário para a paz do governo Andrés Pastrana (1998-2002), que por três anos negociou com as Farc.

http://txt.estado.com.br/editorias/2008/05/27/int-1.93.9.20080527.10.1.xml

26 de maio de 2008

América do Sul caminha para moeda e Banco Central únicos, diz Lula

União Sul-Americana de Nações (Unasul) vai tratar do tema. Segundo presidente, ‘é preciso ajudar países economicamente mais frágeis’.
Do G1, em São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, ao longo do programa de rádio “Café com o presidente”, que foi ao ar na manhã desta segunda-feira (26), que os países da América do Sul caminham para ter, no futuro, moeda e Banco Central únicos. Ele defendeu a criação de um Conselho de Defesa Sul-Americano e ajuda aos países economicamente mais frágeis.

“Nós agora estamos criando o Banco da América do Sul. Nós vamos caminhar para termos um Banco Central único, para ter moeda única. Isso é um processo e não é uma coisa rápida”, afirmou o presidente.

Lula falou sobre o assunto ao explicar sobre o tratado de criação da União Sul-Americana de Nações (Unasul), acordo assinado por vários chefes de estados na semana passada, em Brasília.

90 dias

“Ficou para nos próximos 90 dias a gente elaborar melhor a proposta (de criação de moeda e Banco Central únicos na América do Sul), tirar algumas divergências e aprovar. A verdade é que, dos 12 países, apenas a Colômbia colocou objeção. Depois eu conversei com o presidente Uribe. Vamos voltar a conversar. E eu acho que as coisas vão se acertar”.

De acordo com Lula, a América do Sul e o Brasil estão no caminho certo. “O que é importante para mim é uma frase que eu disse quando tomei posse em 2003: ‘nós vamos começar fazendo o necessário, depois a gente vai fazer o possível e quando menos imaginar nós estaremos fazendo o impossível’. Era impossível, há cinco anos, a gente pensar que a situação da América do Sul estivesse do jeito que está, com muitos presidentes comprometidos com a maioria do povo, com a inclusão social, eleitos democraticamente, com as instituições se fortalecendo e com a criação da Unasul”, disse.

Soberanos

O presidente está esperançoso com a criação do organismo sul-americano. “Me sinto feliz pelo fato de termos criado a Unasul. Eu lembro quando em 2004, em dezembro, na cidade de Cuzco, Peru, tivemos a idéia de criar uma União Sul-Americana de Nações. Parecia uma coisa impossível porque aqui na América do Sul fomos preparados, doutrinados para acreditar que não daríamos certo em nada, que somos pobres, que brigamos muito e que temos que depender dos EUA e da União Européia. O que aconteceu é que mudou a geopolítica da América do Sul. Mudou em todos os países. Mudou a compreensão de que, juntos, poderemos ser muito mais fortes e soberanos. E que poderemos fazer mais e melhor. Na União Européia, tivemos países que não aceitaram moeda única, que não aceitaram a constituição, e, nem por isso, as pessoas falavam em crise. É uma coisa normal de uma convivência democrática na diversidade”.

Para Lula, a Unasul será um avanço na região. “Isso vai facilitar que a gente negocie com outros blocos em conjunto, que com esse estabelecimento do tratado e da confiança mútua, possamos fazer mais obras de integração. Poderemos fazer mais ferrovias, rodovias, pontes, linhas de transmissão. Ou seja, acho que foi a realização de um sonho. Mas ainda vamos ter que trabalhar muito. O primeiro passo foi dado de forma extraordinária”.

Países mais frágeis

Lula não tem dúvida de que a Unasul será a solução para muitos problemas na América do Sul. “Nós vamos vencendo as barreiras e também os céticos. É importante a gente lembrar o que era a América do Sul poucos anos atrás e o que é agora. Há uma evolução extraordinária. Mesmo a compreensão de setores brasileiros do empresariado, que antigamente não tinham coragem de fazer qualquer investimento nos países na América do Sul, e hoje nós temos dezenas de empresas brasileiras investindo em todos os países da América do Sul. Nós precisamos investir na Bolívia, fortalecer o Paraguai, o Uruguai, que são os países economicamente mais fragéis. Nós temos obrigação de ajudá-los. Porque quanto mais forte economicamente forem os países da América do Sul mais tranqüilidade todos nós vamos ter, mais paz, democracia, comércio, empresas, empregos, renda, desenvolvimento. É isso que nós buscamos para a América do Sul e eu acho que é isso que foi consolidado com a assinatura do tratado”.

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL535726-5601,00-

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25 de maio de 2008

Países oferecem US$ 100 milhões para Mianmar

Países oferecem US$ 100 milhões para Mianmar

Agencia Estado
Os 51 países participantes de uma conferência para ajudar Mianmar a se recuperar do ciclone Nargis, que deixou 78 mil mortos três semanas atrás, prometeram um total de US$ 100 milhões em auxílio, mas advertiram a junta militar do país de que o dinheiro só será repassado se os voluntários internacionais tiverem acesso às regiões mais atingidas. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse estar "cautelosamente otimista" quanto a isso. O primeiro-ministro de Mianmar, general Thein Sein, saiu da conferência deste domingo em Yangon afirmando que a junta militar aceita ajuda internacional, mas "sob condições". "Suprimentos poderão ser transportados por terra, mar ou ar. Mas, caso eles tenham que ser trazidos por mar, somente navios civis serão permitidos, e apenas pelo porto de Yangon", declarou o general.
Observadores da conferência interpretaram essa declaração como um veto à participação de navios das Marinhas de guerra dos EUA, do Reino Unido e da França que estão carregados de suprimentos e à espera de permissão para começar a entregá-los em portos de Mianmar. "Estou cautelosamente otimista de que isso possa ser um ponto de virada e que Mianmar seja mais flexível, mais prática, e encare a realidade dos fatos", disse Ban Ki-moon à Associated Press.
Falta de informação Segundo o general Thein Sein, 3.200 toneladas de ajuda humanitária internacional já foram distribuídos às vítimas do ciclone. A estimativa oficial é de que o ciclone tenha deixado 78 mil mortos e que outras 56 mil pessoas ainda estejam desaparecidas. O primeiro-ministro de Cingapura, George Yeo, um dos organizadores da conferência de doadores, disse que "é por falta de informação que não foi dada mais ajuda até o momento. O problema não é a falta de generosidade, mas de estabelecer mais confiança entre Mianmar e a comunidade internacional".
Já o vice-secretário-assistente de Estado dos EUA, Scot Marciel, disse que seu país está preparado para oferecer mais do que os US$ 20,5 milhões que doou até agora, mas que só vai fazê-lo se os militares de Mianmar permitirem o acesso de especialistas internacionais em socorro a todas as áreas atingidas.
De acordo com a ONU, 2,4 milhões de pessoas foram afetadas pelo ciclone e 42% delas já receberam algum tipo de assistência; mas, dos 2 milhões de pessoas que vivem nos 15 municípios mais atingidos pela tempestade, apenas 23% já receberam alguma ajuda. "Faltam apenas algumas semanas até que a temporada de plantio de arroz comece. Se não conseguirmos lidar com esse problema hoje, ele será imensuravelmente pior amanhã", disse Ban Ki-moon.
www.atarde.com.br/mundo/noticia.jsf?id=889215

24 de maio de 2008

Por ser de bem público, venda de Nossa Caixa requer leilão, dizem juristas

DENYSE GODOY da Folha de S.Paulo

Na opinião de especialistas ouvidos pela Folha, a venda da Nossa Caixa precisa, sim, ser feita por meio de leilão, porque envolve patrimônio público.

"De acordo com o princípio da eficiência, cabe ao governo obter o melhor preço possível na venda dos seus bens, o que seria conseguido, nesse caso, por meio de leilão", destaca o jurista Ives Gandra Martins. "Assim se deu na venda do Banespa. O Santander ofereceu R$ 7,050 bilhões, quando o preço mínimo era de R$ 1,85 bilhão."

Além disso, o Banco do Brasil não é poder público para ser dispensado de concorrer com outras instituições na hora de fazer uma oferta por uma empresa. "O BB é uma sociedade mista [de capital público e privado]", diz Gandra.

Fábio Medina, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e presidente do Iiede (Instituto Internacional dos Estudos de Direito do Estado), afirma também que, embora seja controlado pelo governo federal e tenha algumas funções de fomento, o BB atua no mercado financeiro nacional da mesma maneira que as demais instituições e está submetido às regras do direito privado.

"Por isso, os outros reclamarão condições isonômicas na competição com ele por fatias do mercado", afirma.

O economista Armando Castelar Pinheiro lembra, ainda, que a realização de leilão foi a opção preferida pelos governos que venderam bancos de sua propriedade na década de 90.

"Quando a instituição estava quebrada financeiramente, bancos públicos os adquiriam, assumindo os prejuízo. No entanto, quando estavam saneados e eram revendidos, o tipo de processo escolhido era o leilão, a fim de que fosse conseguido o máximo ganho para o acionista. Portanto seria natural que esse fosse o jeito escolhido agora", diz.

A discussão sobre o preço a ser pago pelo comprador pode ser infrutífera caso se decida que bancos privados não podem ficar com os depósitos judiciais feitos na Nossa Caixa, os quais atualmente somam R$ 16 bilhões e são um dos maiores atrativos da instituição. Nessa hipótese, os bancos privados ofereceriam um valor bem menor pelo banco e o BB seria o vencedor.

Para Paulo da Silva Novaes, sócio do escritório Tostes e Associados Advogados, é preciso discutir, ainda, como ficam os direitos do consumidor se o BB efetivamente levar a Nossa Caixa. "A questão da concorrência entre instituições financeiras preocupa todos os que utilizam esse tipo de serviço. A aquisição, por quem quer que seja, deve ser examinada pelo sistema brasileiro de defesa da concorrência."

Gandra acredita que, se alguma instituição que se julgar prejudicada for à Justiça, "dificilmente" perderá. "Pode-se até impedir a venda. A jurisprudência que trata de bens públicos é pacífica [quanto à necessidade de fazer leilão]", afirma.

www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u404932.shtml

23 de maio de 2008

WSJ: Brasil pode se transformar em potência do petróleo

Agencia Estado
Reportagem publicada na edição desta sexta-feira do The Wall Street Journal (WSJ) diz que "uma agitação da atividade da Petrobras" está aquecendo a especulação de que o Brasil pode ter petróleo suficiente para participar das "grandes alianças de exportadores mundiais" do produto e "aliviar a pressão sobre os preços em alta".
O jornal menciona o anúncio feito na última quarta-feira pela estatal, de ter encontrado indícios de petróleo na área do pré-sal no bloco BM-S-8. A área está localizado a cerca de 250 quilômetros da costa do Estado de São Paulo, próximo ao campo Tupi, "a maior descoberta mundial desde 2000 e a maior do Ocidente desde 1976", lembra o jornal.
"Com os preços do petróleo atingindo novas máximas, grandes descobertas no Brasil podem aumentar o otimismo do setor de energia de que pode entregar petróleo suficiente para acompanhar a aceleração da demanda", diz o The Wall Street Journal. Segundo a publicação, a queda de 1,8% registrada ontem na cotação do petróleo na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), para US$ 130,81 o barril, pode ser atribuída "parcialmente à perspectiva de mais oferta por parte do Brasil".
As grandes descobertas no Brasil seriam especialmente bem recebidas nos EUA, ao propiciar uma nova fonte de petróleo em seu próprio hemisfério, diz o jornal. A reportagem lembra que perfurações exploratórias em campos diferentes produziram um petróleo muito semelhante ao da descoberta anunciada na quarta-feira, alimentando uma nova teoria "perturbadora": a de que a Bacia de Santos seria um "megadepósito contíguo de petróleo".
Riscos Observadores do setor disseram ao jornal que, apesar da excitação, há boas razões para ceticismo. Eles apontaram os riscos e os custos de extrair petróleo de águas ultraprofundas. "O sal que encobre os campos potenciais acrescenta desafios técnicos, porque se desloca e é propenso a súbitas mudanças de pressão", diz a reportagem. "E a despeito dos avanços na tecnologia de imagem, é impossível saber a quantidade e a qualidade do petróleo contido numa reserva até que ele comece a jorrar - um processo que pode levar anos", afirma o The Wall Street Journal.
"Isso ainda está num estágio muito preliminar", disse ao jornal Peter Jackson, diretor sênior da consultoria especializada Cambridge Energy Research Associates. "Num jogo deste tamanho e escala, ainda há muito de avaliação e dever de casa a fazer para estabelecer as reservas prováveis, e depois eles terão muito trabalho para distribuir isso", afirmou. O jornal cita a forte valorização das ações da Petrobras, que fez a empresa superar nomes como Microsoft em capitalização de mercado. A reportagem aponta ainda a suspensão dos leilões programados para novas concessões de exploração na Bacia de Santos após a descoberta do campo Tupi. "Alguns observadores leram isso como um sinal de que os brasileiros acreditam que a Bacia está inchando de petróleo e querem melhorar os termos nos novos leilões."
O The Wall Street Journal enumerou recentes investimentos feitos pela Petrobras e lembrou a especulação gerada por declarações dadas no mês passado pelo diretor da Agência Nacional de Petróleo, Haroldo Lima, segundo as quais a Bacia de Santos poderia conter 33 bilhões de barris.
"Mesmo com o petróleo já descoberto, parece quase certo que o Brasil, que era importador líquido de petróleo até há poucos anos, vai se juntar à Venezuela e ao México no grupo dos principais produtores de petróleo da América Latina", diz a reportagem. "Para um país que começa a abandonar seu passado como país de desenvolvimento volátil, essa fonte de riqueza pode ser uma bênção confusa", afirma o The Wall Street Journal. "O dinheiro do petróleo encherá os cofres do governo mas também pode tentar o Brasil a seguir os hábitos esbanjadores de outros grandes exportadores de petróleo", alfineta. As informações são da Dow Jones.
www.atarde.com.br/economia/noticia.jsf?id=888029

22 de maio de 2008

Chapéu brasileiro faz a cabeça de Indiana Jones

Chapéu brasileiro faz a cabeça de Indiana Jones

Cury, de Campinas, fabrica os chapéus usados pelo herói desde o primeiro filme

Tatiana Fávaro, CAMPINAS

Com o lançamento do filme Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, a fábrica brasileira Chapéus Cury, de Campinas (SP), espera faturar entre maio e outubro R$ 1 milhão a mais do que ganharia num ano comum. Isso porque a empresa é a responsável pelo desenvolvimento do modelo do chapéu usado pelo herói desde o primeiro filme, Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida, de 1981.
Veja especial Indiana Jones especial
Com um "garoto-propaganda" como Harrison Ford, a Cury pretende vender só nesse período entre 80 mil e 100 mil chapéus do modelo que aparece no filme. É mais do que a média de um mês normal, cujas vendas são de 60 mil. "Exporto para o mercado americano há pelo menos 40 anos. Um dos meus clientes nos EUA patrocinou o filme e me pediu que preparássemos a carapuça, isto é, o chapéu semi-acalinkbado para um personagem de aventura", diz Paulo Cury, um dos sócios da fábrica.
Indiana Jones foi descrito em detalhes para os Cury, mas ninguém na fábrica sabia que ele seria interpretado por Harrison Ford. Nem que o filme seria aquele. "Só descobri quando fui ao cinema e vi meu chapéu na tela. Não é que não dei importância. Fiquei feliz, claro, mas não imaginava a repercussão", conta o empresário. A Cury fez oito chapéus para serem usados no figurino, do primeiro ao mais recente filme. "Quando os diretores pegaram a encomenda, já pediram mais 40 mil a 50 mil carapuças, para mandarmos os chapéus semi-acabados. Eles previam que ia ter alguma repercussão."
De 1981 para cá, a fábrica produziu aproximadamente 500 mil unidades do modelo Indiana Jones, entre os pelo menos 16 milhões de chapéus confeccionados pela fábrica. De acordo com Zakia, há 70 modelos em produção, mas esse número pode subir para 300 se forem contados aqueles feitos para os chamados clientes especiais.
O "chapéu do Indiana Jones" é feito em duas versões: com lã ou com pêlo de coelho. A primeira custa, na loja, R$ 85. A versão mais elaborada, a mesma usada por Harrison Ford, chega a R$ 170. "Na verdade, existem materiais coadjuvantes, mas o pêlo e a lã são os principais."
www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080522/not_imp176440,0.php#comentar

21 de maio de 2008

Após cancelamento, parlamentares falam em fim da CPI mista

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Deputado Luiz Sérgio reafirmou que pretende apresentar relatório final na próxima quinta. O sub-relator Índio da Costa, no entanto, diz ainda há muito a ser feito.
Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília

epois do cancelamento da segunda fase do depoimento do ex-secretário de controle interno da Casa Civil José Aparecido Nunes Pires nesta quarta-feira (21), parlamentares da base aliada e da oposição defenderam o fim da CPI mista dos Cartões. Para eles, a comissão não tem mais para onde avançar.

O relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), reafirmou que pretende apresentar seu relatório final na próxima quinta-feira (29). “Defendo a tese de que se possa marcar a leitura dos sub-relatórios e do relatório final. Temos que votá-los e encerrar a CPI”.

Para o petista, a audiência desta manhã foi cancelada porque o assunto foi esgotado nos depoimentos dessa terça-feira (20) de José Aparecido e de André Eduardo da Silva Fernandes, assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que recebeu o dossiê com gastos do governo Fernando Henrique Cardoso. Na visão dele, cabe agora à Polícia Federal esclarecer o caso. “Não acredito que a CPI seja mais eficaz que a PF”.

A presidente da comissão, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), jogou a toalha. Ela afirmou que pretende colocar em votação na próxima terça-feira (27) o requerimento de acareação entre José Aparecido e Fernandes e o pedido de convocação de Norberto Temóteo, secretário de administração da Casa Civil, acusado de ter coordenado a elaboração do dossiê. Prevendo a derrota, ela também defende o fim da CPI.

“Na terça-feira, se não votarem favoravelmente o que vou colocar em votação, parto para a leitura dos relatórios”, afirmou Marisa.

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) definiu o fim próximo da CPI como “melancólico”. “É um fim melancólico e previsível. Era um fracasso anunciado. Fui crítico da CPI desde o começo porque ela já começou com um acordo”, afirmou o tucano.

Voz dissonante, o deputado Índio da Costa (DEM-RJ) acredita que ainda há muito trabalho a ser feito. “Não acho possível acabar com a CPI na semana que vem. Sou sub-relator e tenho muito trabalho”.

Ele afirmou que, no seu sub-relatório, pedirá o indiciamento de diversos servidores que usaram de forma irregular o cartão corporativo. Índio apresentará ainda a sugestão de que o ressarcimento de gastos irregulares seja feito com valor dobrado do que foi pago de maneira incorreta.

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL489011-5601,00-APOS+CANCELAMENTO+PARLAMENTARES+FALAM+EM+FIM+DA+CPI+MISTA.html

20 de maio de 2008

Agripino diz que CPI viveu 'um festival de mentiras' nesta terça

Envie um e-mail para mim! CPI viveu 'um festival de mentiras' nesta terça
Líder do DEM no Senado, José Agripino (RN) disse não acreditar nos dois depoimentos. Assessor de senador e ex-servidor da Casa Civil prestam depoimento à CPI dos Cartões.
JEFERSON RIBEIRO EDUARDO BRESCIANI Do G1, em Brasília

O líder do Democratas no Senado, senador José Agripino (RN), disse nesta terça-feira (20) que não acredita nos depoimentos do assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-AM), André Fernandes, e do ex-secretário de controle interno da Casa Civil, José Aparecido Nunes Pires. Segundo ele, a CPI dos Cartões Corporativos viveu hoje "um festival de mentiras".

"Estamos vivendo um festival de mentiras aqui. E, sinceramente, não sinto firmeza em nenhuma das partes [nos dois depoentes] e prefiro reservar minha expectativa ao laudo da Polícia Federal", comentou.

Um pouco mais cedo, o deputado Carlos Willian (PTC-MG) pediu que a Polícia Federal indiciasse o assessor André Eduardo da Silva Fernandes, que trabalha para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Para o deputado, o assessor mentiu em depoimento na CPI nesta terça-feira (20). Willian apresentou um requerimento, assinado por parlamentares da base aliada, solicitando que seja enviada à PF a íntegra do depoimento do assessor na comissão.

Para o deputado do PTC, o assessor mentiu ao negar ter pedido emprego no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Ele se baseia na informação dada no depoimento do ex-funcionário da Casa Civil José Aparecido Nunes Pires de que teria recebido um currículo de Fernandes em 2003 quando este almejava um posto no Ministério do Planejamento.

Na visão de Willian, o dossiê não passa de um “factóide” criado por Fernandes a partir do e-mail enviado “por engano” por José Aparecido. “Não existe dossiê, isso está comprovado. O que existe é um factóide criado por seu André Fernandes.”

Não foi ela

O ex-secretário da Casa Civil, José Aparecido Nunes Pires, negou que tenha dito para o assessor do senador Álvaro Dias (André Fernandes), em almoço no Clube Naval, em Brasília, que Erenice Guerra, braço-direito de Dilma Rousseff, tenha dado ordens para fazer o suposto dossiê contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Essa conversa não houve, eu não falei isso a ele", desmentiu.

Pires desmentiu outra parte do depoimento de Fernandes. O assessor parlamentar negou que tivesse pedido emprego ao ex-secretário para ingressar no governo. "Ele cogitou a possibilidade de ser secretário-executivo adjunto do Ministério do Planejamento e enviou o currículo para mim", revelou o ex-funcionário da Casa Civil.

Por causa dos desmentidos, o deputado Maurício Quintela Lessa (PR-AL), chegou a pedir a prisão de Fernandes.

O deputado Índio da Costa (DEM-RJ) afirmou que, pelas divergências dos depoimentos de José Aparecido e Fernandes, há a necessidade de acareação. Para ele, somente com os dois frente a frente seria possível esclarecer a história do vazamento do dossiê.

Em mais contradições entre os dois depoentes, José Aparecido afirmou que quem estava nervoso no almoço entre eles no clube Naval era André Fernandes. "Nesse almoço, quem estava apavorado era o André. Ele queria que eu falasse com a revista 'Veja'", afirmou Aparecido.

O assessor de Álvaro Dias havia afirmado que o funcionário da Casa Civil estava irritado com a divulgação do dossiê e negou ter pedido que José Aparecido falasse com a revista, que publicou a matéria contendo o dossiê no dia 20 de março.

Por engano

O ex-secretário de controle interno da Casa Civil reafirmou que enviou por engano uma planilha com dados do Sistema de Suprimento de Fundos (Suprim) para o assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) André Fernandes. A oposição e Fernandes alegam que esses dados eram um dossiê contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Pires disse ainda que não sabia que Fernandes estava trabalhando no gabinete de Dias. "Ele era consultor legislativo do Senado. Não me constava inclusive que ele trabalhasse com o senador Álvaro Dias", afirmou.

O ex-secretário disse ainda que, se tivesse intenção de vazar as informações, usaria outra forma, e não o e-mail. "Se eu tivesse intenção de fazer essa divulgação eu faria por CD, cópia impressa ou pen-drive", salientou.

Ele disse que pediu a planilha do Suprim para saber o andamento do trabalho. "Eu queria saber como estava o trabalho, mas não tinha curiosidade sobre os dados, porque eu os conhecia desde 2005, quando começamos a trabalhar com o Suprim", disse. Pires disse que só teve ciência do envio do e-mail para Fernandes no dia 5 de maio, quando a reportagem da TV Globo entrou em contato com ele pedindo informações sobre o vazamento do Suprim.

Nega participação

Pires negou com veemência que tenha participado da elaboração das planilhas que chegaram ao computador de Fernandes e que tenha debatido o tema com a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ou a secretária–executiva da pasta, Erenice Guerra. "Não digitei sequer um dado para as planilhas" afirmou.

"Nesse período todo, enquanto estive na Casa Civil, conversei com ela [Dilma Rousseff] três vezes. Com a Erenice falei mais vezes. Mas nunca tratei sobre o banco de dados", comentou.

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL488216-5601,00-AGRIPINO+DIZ+QUE+CPI+VIVEU+UM+FESTIVAL+DE+MENTIRAS+NESTA+TERCA.html

19 de maio de 2008

Pesquisa aponta que Kentucky favorece Hillary e Obama ganha em Oregon

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da Folha Online

Esta terça-feira, mais dois Estados realizam suas primárias democratas. Em Kentucky, a pré-candidata à Casa Branca Hillary Clinton lidera com 51% das intenções de voto contra apenas 25% do seu rival, Barack Obama. Já em Oregon, o cenário se inverte e Obama lidera com 45% das intenções de voto contra 41% de Hillary.

"Com a disputa democrata chegando ao fim, é incomum, para dizer o mínimo, ter as pesquisas dos dois Estados mostrando cenários tão diferentes", disse David Paleologos, diretor do centro de pesquisa da Universidade de Suffolk, que realizou a sondagem.

O instituto sondou também a popularidade dos candidatos. Em Kentucky, 43% dos eleitores indicaram uma visão favorável a Obama. A mesma porcentagem apontada pelo instituto na Virgínia Ocidental que realizou recentemente suas primárias nas quais Obama perdeu por 41 pontos percentuais para Hillary.

Já em Oregon, o cenário é extremamente promissor para Obama já que 73% dos eleitores indicam uma visão positiva do candidato.

"Normalmente quando um candidato tem uma grande popularidade, ela se mantém alta também no cenário nacional, com poucas variações", avalia Paleologos.

Lealdade

Questionados sobre quem está mais preparado para enfrentar o provável candidato republicano John McCain nas eleições gerais, os eleitores de Kentucky escolheram Hillary, com uma margem de 7 pontos percentuais. Em Oregon, Obama teve uma grande margem, com 52% dos eleitores apontando que ele é mais elegível contra apenas 28% da ex-primeira-dama.

A Universidade perguntou também aos eleitores em quem votariam caso o nomeado democrata não fosse a sua escolha nestas primárias. Em Oregon, a lealdade dos eleitores ao Partido Democrata foi grande, com 59% apontando que votariam no candidato democrata, não importando quem fosse e 19% votariam no republicano McCain.

Em Kentucky, apenas 41% dos eleitores indicaram que manteriam sua escolha de partido acima do nomeado e 28% afirmaram votar em McCain.

A Universidade de Suffolk ouviu 600 eleitores democratas entre 17 e 18 de maio. A margem de erro é de mais ou menos 4 pontos percentuais.

www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u403269.shtml

18 de maio de 2008

Conter o desmatamento na Amazônia é maior desafio, diz Minc

Envie um e-mail para mim! "A floresta 'está entregue?"

Ministro do Meio Ambiente afirma que saída de Marina Silva deixou impressão de que a floresta 'está entregue?'

Fabiana Cimieri, de O Estado de S. Paulo

Carlos Minc fala aos jornalistas após desembarcar no Aeroporto Internacional do Rio

Marcos D' Paula/ AE

Carlos Minc fala aos jornalistas após desembarcar no Aeroporto Internacional do Rio

RIO - Conter o avanço do desmatamento na Amazônia é o maior desafio que o provável futuro ministro do Meio Ambiente Carlos Minc (PT) acredita que terá ao assumir o cargo ocupado até a semana passada pela senadora Marina Silva (PT). Para ele, que estava em Paris quando resolveu aceitar o convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a saída de Marina deixou na opinião pública internacional a impressão de que "a Amazônia está entregue".

Veja tambem:

link'De quem é a Amazônia, afinal?', diz 'NYT

linkMinc ataca burocracia para licença ambiental'

linkVeja os ministros que deixaram o governo Lula

linkEspecial: Amazônia - Grandes reportagens especial

linkSaiba quem é Carlos Minc, chamado para o lugar de Marina

linkDo seringal ao ministério: a trajetória de Marina especial

Minc reúne-se nesta segunda-feira, 19, com Lula para apresentar 10 condições para aceitar o cargo, entre elas a idéia de usar o Exército para proteger as unidades de conservação e reservas extrativistas na Amazônia, adotar metas de desmatamento - o que sua antecessora sempre se esquivou de fazer - e criar centros de biotecnologia de ponta para estudar a biodiversidade da floresta.

Em entrevista concedida neste domingo, ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, Minc reafirmou que a floresta "não vai virar carvão" porque irá manter a política ambiental e os principais quadros técnicos da gestão de sua antecessora, com quem tem um encontro marcado em Brasília, antes da reunião com o presidente. Trouxe de presente de viagem para a ex-ministra uma blusa de seda crua verde e elogios rasgados: "Mesmo que eu fique dez anos no governo não vou conhecer metade da Amazônia como ela conhece".

Sobre o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, cuja atribuição de executar o Plano da Amazônia Sustentável teria sido a gota d' água para a saída de Marina, Minc irá sugerir ao presidente que ele analise o projeto "para o futuro, globalmente" e coloque um coordenador-executivo que seja um gestor local. "Eu sei como é isso, a pessoa tem que ficar lá gerindo a cada momento a questão da grilagem, do desmatamento, das alternativas, não criminalizar toda atividade econômica". Sugeriu o ex-governador Jorge Vianna, "que tem mais competência e mais trânsito político do que eu", mas disse já saber que ele não aceitará o cargo.

Minc afirmou não ter se abalado com as críticas dos ruralistas, de que não teria conhecimento da Amazônia por ser um "ecologista de Copacabana". "Se eu fosse elogiado pelos ruralistas ficaria um pouco preocupado", brincou. Para o secretário de Ambiente do Rio, que disse ter aceitado o cargo por "pequenas pressões, principalmente do governador Sergio Cabral", Lula ficou impressionado com a desburocratização do licenciamento ambiental no Estado. E mandou um recado: "Acho que isso encheu os olhos do presidente. Mas talvez ele não saiba o resto da história: para fazer isso tudo tem que ter autonomia, poder e dinheiro", disse ele.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista com Carlos Minc:

A primeira entrevista

"A idéia de arrogância (na entrevista concedida no Aeroporto de Paris) veio do fato de eu ter colocado condições de trabalho, mas na verdade são muito mais do que as que foram colocadas. Arrogância seria imaginar que eu pudesse desempenhar uma missão para o qual eu tenho dúvidas se estou à altura, sem ter condições de trabalho. Seria se imaginasse que posso enfrentar os problemas ambientais do Brasil, que são cem vezes mais complicados do que os do Rio de Janeiro, sem ter o mínimo de condições de trabalho. Seria uma frustração para o presidente Lula e para mim. Arrogância seria se eu me achasse o Super-Minc, que tendo ou não condições, resolveria a parada. Não é assim."

Desafios

"Do ponto de vista do planeta, da opinião pública internacional e do trauma que ocasionou a saída da Marina, sem dúvida nenhuma a Amazônia está no centro das questões. Não sou um grande conhecedor, embora minha tese de doutorado seja sobre a Amazônia, mas vou me cercar dos melhores especialistas, muitos deles da equipe da Marina. Por isso segunda-feira, antes de conversar com o presidente Lula, vou conversar com Marina e equipe. Mas quero colocar outros pontos também como prioridade. Na Amazônia moram 25 milhões de pessoas que precisam de condições dignas de sobreviver sem destruir a floresta."

"Cabe a nós e à comunidade científica resolver como. Outros 165 milhões de brasileiros vivem no meio do lixo e do esgoto. Eu também pretendo colocar na pauta a questão urbana e industrial. A questão de tecnologia limpa, padrões de emissão, plano nacional de saneamento, transformar lixo em energia. Até porque sou do Sudeste, também acho que esses problemas são muito relevantes."

Licenciamentos

"O que mais agradou ao "camarada Lula" foi a questão da agilidade do licenciamento ambiental.Tínhamos uma pilha de 15 mil licenças. Onde tem uma pilha dessas, tem burocracia e corrupção. O primeiro passo foi descentralizar para os municípios o licenciamento ambiental de pequeno e médio portes para o município que comprovasse ter secretaria, fundo, conselho, e mesmo assim passasse por um curso de qualificação para preparar os técnicos do município. Você pode ser mais ágil e mais rigoroso. Não é porque um licenciamento demora três anos que isso é garantia de que ele será um instrumento de defesa da vida e dos ecobiomas."

"O bom exemplo disso é o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que foi o mais ágil e mais rigoroso processo de licenciamento que já existiu. Demorou seis meses quando a própria Petrobrás esperava que demorasse um ano e meio. Acho que isso encheu os olhos do presidente. Mas talvez ele não saiba o resto da história: para fazer isso tudo tem que ter autonomia, poder e dinheiro."

Repercussão

"A gente tem dificuldade de conter a favelização no Rio, o que dirá do desmatamento numa região que é maior do que a Europa. Como eu sou um ambientalista e vou ser duro nessa área, não espero ser aplaudido de pé pelos grandes desmatadores. O fato de alguém que sinta a pressão do controle ambiental não vibrar com a minha escolha é normal. O cara (Blairo Maggi, empresário de soja e governador do Mato Grosso) é o próprio governador, manda na polícia, mas todos tem que ter limites. Mas para contentar um pouco o pessoal do "agrobusiness" eu poderia dizer o seguinte: nós, os ecochatos de plantão também temos que ter bom senso. Se fôssemos muito fortes há 80 anos atrás, provavelmente não haveria Pão de Açúcar e Corcovados, que foram feitos em costões rochosos. E como carioca, acho ótimo que tenha o Pão de Açúcar e o Corcovado."

Ruralistas

"Se eu fosse elogiado pelos ruralistas, ficaria realmente preocupado. O que acontece é que, com o afastamento da Marina, a primeira sinalização internacional foi: a Amazônia está indefesa. A defensora da Amazônia saiu, a Amazônia está entregue. A imprensa estrangeira queria saber qual era a garantia de que a Amazônia não será devastada, já que a Marina , depois de diversas derrotas e enfraquecimentos, jogou a toalha. Eu tive que explicar por que é que a Amazônia não vai virar carvão. Vamos manter a política da Marina e boa parte dos quadros dela."

Exército

"A primeira das dez coisas que eu vou propor (na reunião com o presidente Lula) é um replique do que fizemos com os bombeiros nas unidades de conservação do Rio. Tínhamos unidades de conservação que, comparadas às da Amazônia são ridículas, que eram cuidadas por dois funcionários do Instituto Estadual de Florestas. Convencemos o (governador) Sérgio Cabral a criar os guarda-parques, que é um destacamento dos bombeiros lotados dentro das unidades de conservação. Eu vou propor isso ao Exército, que se crie destacamentos, que se aloque alguns regimentos da Forças Armadas para funcionar dentro dos parques nacionais, cuidando também do entorno deles e das reservas extrativistas."

Saneamento

"O saneamento, que é a maior causa de mortalidade infantil, de poluição de rios, lagoas e lagos, está fora do ministério (do Meio Ambiente). Não estou querendo dizer que quero trazer para o ministério os vultosos recursos que estão no ministério da Integração ou das Cidades. Tenho vários defeitos, mas não sou ingênuo. Acho que o Meio Ambiente deve participar de uma estratégia de saneamento ambiental nacional. Vou levar para o Lula um plano decenal para passar de 35% para 75% o número de pessoas que têm acesso à coleta e tratamento de esgoto."

Energia

"Brasil tem uma das melhores matrizes energéticas, mas isso está mudando porque tem entrado muitas térmicas a gás e a carvão. Não quero ser o dono dessa questão, mas participar das equipes que formulem essas políticas. Nosso padrão de emissão é muito frouxo em relação aos da Europa. No Rio de Janeiro, o padrão exigido é maior do que o que vale para o País. Vou querer tornar as normas mais rigorosas para as emissões de NOX (Óxido de Nitrogênio), SO2 (Dióxido Sulfúrico) e vários outros poluentes."

"Outra sugestão que eu vou levar do Rio é um decreto que o Sérgio Cabral deve assinar nos próximos dias, criando a compensação energética. Para 100 megawatts de energia gerados em uma térmica a partir de uma fonte fóssil, seja ela gás, carvão ou óleo, 5, 10 ou 15 megawatts devem ser gerados a partir de fontes renováveis, sejam elas eólica, solar, PCH (Pequena Central Elétrica), metano ou bagaço de cana. Pode fazer (a térmica), mas em regiões não-saturadas, com a melhor tecnologia, com menores padrões de emissão."

Biotecnologia

"A Academia Brasileira de Ciência tem um projeto meio abandonado que é fazer na Amazônia três centros de ponta de pesquisas de fronteira tecnológica para utilização da biodiversidade da floresta, gerando oportunidades de emprego e renda sem destruir. Transformar esse banco genético em pastagem de baixa produtividade não é botar a ecologia contra o desenvolvimento econômico. É botar a ecologia contra a barbárie. Transformar a Amazônia em pasto não é a moderna economia, é uma regressão econômica, ainda mais que como valor que a biotecnologia tem hoje."

ICMS Verde

No Estado do Rio, o prefeito que defende o meio ambiente ganha mais recursos. Por que não criar um mecanismo semelhante para a Amazônia?

"Eu conheço o Plano da Amazônia Sustentável (PAS), é um bom plano. Eu pretendo complementá-lo com um outro que foi abandonado, chamado Desmatamento Zero em Sete Anos. Vou propor ao presidente Lula que a gente aborde aspectos desse plano não para substituir o PAS, mas para se integrar com ele. Eu acho que o PAS tem que ter a influência de vários ministérios, entre os quais o Meio Ambiente, e ter um secretário-executivo local forte, por isso eu tinha sugerido o Jorge Vianna. Quem decide é o presidente, a gente pode dar sugestões porque sugerir não ofende."

"O Mangabeira Unger é um grande intelectual e entendo que o presidente atribuiu a ele a idéia de pensar o plano para o futuro, globalmente. Isso não é absolutamente uma coisa má porque ele é um grande formulador , mas um plano como esse precisa de um gestor local que conheça os prefeitos, os governadores e fique lá."

Metas de Desmatamento

"Sou favorável a adoção de metas para o desmatamento zero em sete anos. Mas acho que isso deve ser um produto do desenvolvimento de atividades econômicas alternativas. Cabe ao governo e a comunidade científica organizarem alternativas e recursos para um fundo internacional. A (ex-ministra) Marina, pelo seu prestígio internacional, seria a pessoa ideal para capitalizar esse fundo de créditos."

Postura

"(Vou adotar a política de) confronto, no sentido de que não costumo transigir. Quando é não, é não. Teve uma grande usina elétrica que quis se instalar em Itaguaí (município da Baixada Fluminense). Era uma térmica de R$ 1 bilhão, mas disse: "infelizmente, governador, nessa área não pode ser, vai se transformar numa nova Cubatão". Por outro lado, surpreendi muito os empresários."

"Como ecoxiita de plantão, que vivia infernizando a vida das empresas poluidoras, uma das minhas primeiras atitudes no governo foi chamar a Federação de Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) para votar o licenciamento junto da universidade, municípios e governo e também para participar da Câmara Técnica de Compensação Ambiental. Para ser duro, não obrigatoriamente precisa ser maniqueísta e sectário. A regra vai ser dura, mas vamos chamar para discutir. Quem não cumprir, vai ser tratado como criminoso ambiental."

www.estadao.com.br/nacional/not_nac174641,0.htm

17 de maio de 2008

Faltou sustentação para avançar com agenda, diz Marina

Agencia Estado
A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, que entregou o cargo nesta semana, reiterou que a decisão de deixar o Ministério do Meio Ambiente tem o propósito de abrir caminho a um "novo acordo" e reposicionamento da pauta ambiental, de modo a dar continuidade às medidas anunciadas desde o início de sua gestão, há mais de cinco anos.
Em entrevista concedida neste sábado à rádio CBN, Marina evitou criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dizendo que "não poderia cometer injustiças". Mas reconheceu que, neste momento, não estava tendo "sustentação" para avançar com a agenda.
"Saí porque não conseguia mais reunir as condições necessárias para continuar com a agenda no patamar que ela merece", comentou, destacando que conhece Lula há cerca de 30 anos e tem "imensa gratidão" por ter sido escolhida para o cargo.
Questionada sobre a reação do presidente ao receber uma carta de demissão sem aviso prévio, Marina observou que ainda não teve a oportunidade de conversar com Lula e repetiu que sua decisão visa "muito mais ajudar a agenda de meio ambiente do País".
Contudo, ela disse que já havia enviado ao chefe de Estado, na transição para o segundo mandato, uma carta pedindo para deixar o cargo. "Aquela carta foi, de certo modo, um primeiro aviso", explicou, ressaltando que, naquela ocasião, o Ministério havia acertado alguns pontos com o governo para a pauta ambiental.
"Caminho errado" Durante a entrevista, a ministra destacou que o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, "foi para o caminho errado" ao dizer que os dados sobre desmatamento coletados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) estavam errados.
"Fico triste com o Maggi, que em vez de dar continuidade a este trabalho, quer revogar as medidas já anunciadas e suspender a agenda", afirmou, em referência à decisão que bloqueou financiamentos rurais em cidades campeãs de desmatamentos.
Marina, que retoma agora sua cadeira no Senado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), fez elogios ao seu sucessor, Carlos Minc, secretário de Meio Ambiente no Rio de Janeiro, a quem disse admirar e chamou de "amigo". "Retira-se a aluna, entra o professor", comentou Marina. "A sociedade precisa dar um crédito de confiança ao nosso deputado e agora ministro Carlos Minc. Naquilo que eu puder ajudar, vou ajudá-lo."
www.atarde.com.br/politica/noticia.jsf?id=885018

16 de maio de 2008

Pedido de liberdade para o casal Nardoni chega ao STJ

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da Folha Online

A defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella, entraram na tarde de hoje com um pedido de habeas corpus para o casal no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Jatobá e Nardoni estão na cadeia desde o dia 7 de maio, depois que o juiz Maurício Fossen recebeu do Ministério Público a denúncia (acusação formal) contra os dois e decretou a prisão preventiva. Essa é a segunda tentativa de libertação do casal. Antes, a defesa havia pedido liberdade do casal ao Tribunal de Justiça de São Paulo, mas o desembargador caio Canguçu negou.

Isabella foi morta no último dia 29 de março, depois de ser jogada pela janela do apartamento do pai, no sexto andar do edifício London. O pai e madrasta da menina são os principais suspeitos do crime. Os dois negam a autoria do crime, alegando que o apartamento foi invadido e o criminoso jogou a menina pela janela.

O pedido de liberdade chegou às 14h20, pelas mãos de um representante do escritório Levorin Advogados Associados. O pedido é assinado pelos três advogados do casal (Marco Polo Levorin, Ricardo Martins e Rogério Neres de Sousa.

O relator será o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, da Quinta Turma.

www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u402679.shtml

Pedido de liberdade para o casal Nardoni chega ao STJ

15 de maio de 2008

Zenit teme desmanche de equipe após título da Uefa

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Por Justin Palmer

MANCHESTER (Reuters) - O Zenit São Petesburgo, vencedor da Copa da UEFA, deve segurar seus melhores jogadores se quiser impressionar na próxima temporada da Liga dos Campeões, disse o técnico Dick Advocaat।

O time emendou a conquista do título russo no ano passado com a sua primeira taça européia, conquistada na quarta-feira com a vitória sobre o Rangers por 2 x 0, em Manchester।

O Zenit conta com o aparentemente inesgotável patrocínio da Gazprom, a gigante empresa russa do ramo energético, mas Advocaat teme que o time vire uma vítima de seu próprio sucesso, já que os maiores clubes europeus querem comprar os melhores jogadores da equipe, como Andrei Arshavin।

"Isso será um problema agora, não há dúvida de que alguns jogadores irão embora", disse Advocaat, que é holandês।

"E aí você tem de começar de novo। Isso é um problema quando você faz sucesso. Nós temos de manter não só o Arshavin, mas outros jogadores importantes".

Advocaat disse que a venda do eslovaco Martin Skrtel é um bom exemplo।

Skrtel foi um dos grandes responsáveis pela vitória do time no Campeonato Russo, mas foi comprado pelo Liverpool em janeiro e tem impressionado o primeiro escalão da Liga Inglesa na segunda metade da temporada।

"Este tipo de jogador você tem de manter", disse Advocaat, que planeja colocar mais jogadores no time antes de disputar a Liga dos Campeões, em setembro।

"Você tem de tentar manter o time unido e comprar mais três ou quatro jogadores para torná-lo melhor। Então, você pode revezá-los em diferentes competições".

http://br.reuters.com/article/sportsNews/idBRN1528818820080515

Zenit teme desmanche de equipe após título da Uefa