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29 de maio de 2012

Cyber-arma Flame é descoberta no Irã


Virus 
Especialistas em segurança descobriram um vírus de computador de alto nível de sofisticação no Irã e no Oriente Médio que acreditam ter sido implantado há pelo menos cinco anos com o objetivo de realizar espionagem patrocinada pelo Estado.



Por Redação, com Reuters – de Boston

Evidências sugerem que o vírus, que foi nomeado “Flame“, pode ter sido construído em nome da mesma nação ou nações que encomendaram o vírus Stuxnet, que atacou o programa nuclear iraniano em 2010, segundo o laboratório Kaspersky, que assumiu a responsabilidade pela descoberta do vírus.
Os pesquisadores do Kaspersky disseram na segunda-feira que ainda não determinaram se o Flame tinha uma missão, como o Stuxnet, e se negaram a revelar quem eles acreditam ter desenvolvido o vírus.
O Irã acusou os Estados Unidos e Israel de terem implantado o Stuxnet.

Especialistas em cyber-segurança afirmaram que as descobertas fornecem novas evidências ao público que demonstram o que autoridades a par de informações confidenciais há muito sabem: nações têm usado trechos de programação como armas para promover seus interesses relacionados a segurança há muitos anos.
- Essa é uma de muitas, muitas campanhas que acontecem o tempo todo e nunca chegam ao conhecimento do público – disse o especialista em cyber-segurança do Austrian Institute for International Affairs, Alexander Klimburg.

Uma agência de cyber-segurança iraniana disse em seu site na segunda-feira que o Flame é “intimamente relacionado” ao Stuxnet, o primeiro exemplo publicamente conhecido de uma cyber-arma.


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15 de maio de 2012

Operações da PF têm 416 conversas entre senador e bicheiro

 Luciana Cobucci
As operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, têm, ao total, 416 ligações entre Demóstenes Torres (sem partido-GO) e o bicheiro Carlinhos Cachoeira. As informações foram dadas nesta terça-feira pelos delegados Matheus Mella e Raul Alexandre Marques, da Polícia Federal, responsáveis pelas duas operações.

O senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP), que acompanha a sessão secreta de oitiva dos delegados no Conselho de Ética do Senado, disse que eles aprofundaram informações já prestadas em depoimento na semana passada à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a rede de influências de Cachoeira.

De acordo com o senador, a primeira operação reuniu 63 diálogos entre os dois, num período de 45 dias. A segunda, Monte Carlo, contabilizou 353 telefonemas entre Demóstenes e Cachoeira em quase um ano de investigações. Além disso, há conversas de Demóstenes com outros 25 investigados. Outros 293 diálogos citam o nome do senador.

"Numa das conversas, o tesoureiro Gleyb (Ferreira) liga para Cachoeira e diz que está na porta da casa de Demóstenes com os R$ 20 mil dele, ao que Cachoeira responde: "entrega para ele (Demóstenes)", informou o senador Randolfe, que saiu da sessão secreta para falar com jornalistas.

De acordo com senador, o Conselho de Ética pretende investigar se Demóstenes fez lobby a favor da legalização de jogos e máquinas de caça-níqueis, favorecendo os negócios do bicheiro. "Num dos diálogos entre Demóstenes e Cachoeira sobre um projeto de lei que trata da legalização do jogo, Demóstenes termina a ligação dizendo: eu sou contra, mas se você quer, eu vou fazer, dando a entender que trabalharia para que o projeto fosse aprovado", contou Randolfe.

O advogado de Demóstenes, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que acompanha a sessão secreta, fez perguntas e aos delegados. Segundo Randolfe, a linha seguida pelo advogado é mostrar que a investigação foi ilegal, já que foi feita sobre alguém com foro privilegiado - o senador Demóstenes Torres. "A tentativa dele é anular a investigação e, depois, anular uma possível cassação no Conselho de Ética", disse.

Kakay disse que não vai se pronunciar sobre o mérito da questão - o nível de envolvimento de Demóstenes com o bicheiro - por considerar que isso afeta sua estratégia de defesa. "Se eu falo sobre ela, estou validando essa prova. Claramente um senador da República foi investigado pela polícia, o que é claramente inconstitucional, ilegal. Se eu comentar, estarei partindo de um processo que é todo nulo. A defesa do mérito será feita pelo Demóstenes, quando vier", afirmou o advogado. Seu argumento é que como um senador tem foro privilegiado, somente o Supremo Tribunal Federal (STF) tem autonomia para investigar Demóstenes.

Sobre a ida de Cachoeira para prestar depoimento na CPI e no Conselho de Ética, Kakay, que arrolou o bicheiro como testemunha de defesa do senador, disse que o que o contraventor tem a dizer é importante para seu caso. "A expectativa é que ele venha, mas é uma decisão do advogado dele", afirmou.

www.jb.com.br



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12 de maio de 2012

Medida Provisória da poupança já tem 24 emendas



Agência Estado


A Medida Provisória que muda o rendimento da poupança recebeu 24 emendas parlamentares, a maior parte delas tentando excluir depósitos de baixo valor do novo formato de remuneração proposto pelo governo. Ao mesmo tempo, deputados e senadores aproveitaram para propor mudanças tão amplas quanto a extinção da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas renegociações de dívida e até uma auditoria da dívida pública.

O Congresso instalou na quarta-feira passada uma comissão mista para analisar a MP. Antes da medida, a caderneta remunerava o poupador em 0,5% ao mês, mais TR, a taxa referencial calculada diariamente pelo Banco Central no mercado bancário. Com a MP, a presidente Dilma Rousseff determinou que novos depósitos na poupança renderão o equivalente a 70% da taxa básica de juros, mais a TR, toda vez que a Selic for igual ou inferior a 8,5% ao ano. Hoje, a Selic está em 9% ao ano.

A fórmula encontrada pelo governo, no entanto, não protege os pequenos poupadores que sempre apostaram na caderneta, segundo as emendas feitas na MP. O deputado Ricardo Ferraço (PMDB-ES) sugere, por exemplo, que o novo cálculo valha para qualquer nível de Selic. Outras emendas pedem que a mudança não afete contas de “baixos valores”. Pelas contas dos parlamentares, pequenos poupadores têm entre R$ 15 mil e R$ 50 mil na poupança. Na realidade, o saldo médio das cadernetas no País é de R$ 4 mil.

Bom pagador. Uma das emendas mais inusitadas foi apresentada pelo deputado Antonio Bulhões (PRB-SP) e propõe manter a remuneração atual para quem recebe até dez salários mínimos e tenha contraído financiamento imobiliário antes da edição da MP. O rendimento continuaria em 0,5% ao mês até a quitação do financiamento, mas desde que as parcelas sejam pagas em dia.

Quem não honrar os compromissos também merece um refresco, segundo o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA). Ele pede a seus colegas parlamentares a inclusão “onde couber”, de um artigo eliminando a cobrança de IOF na renegociação de dívidas.
Créditos: Divulgação
novos depósitos na poupança renderão o equivalente a 70% da taxa básica de juros, mais a TR, toda vez que a Selic for igual ou inferior a 8,5% ao ano.



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10 de maio de 2012

Lei Geral da Copa é aprovada, mas liberação de bebidas divide senadores

Durante a votação em que o Senado aprovou o projeto da Lei Geral da Copa (PLC 10/2012), o assunto que provocou mais polêmica foi a liberação da venda de bebidas alcoólicas durante os jogos. Os líderes dos partidos da base do governo defenderam a aprovação da matéria, mas vários senadores – incluindo alguns aliados – foram contra a liberação.


O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) esteve entre os que apoiaram o projeto. Para ele, caso o Senado alterasse a redação do projeto, o texto teria de retornar à Câmara, “o que prejudicaria o país”. O senador ressaltou que haverá benefícios à população na área social, com obras visando à melhoria do transporte urbano.


O senador Humberto Costa (PT-PE) admitiu que algumas das exigências impostas ao Brasil para a realização da Copa “têm pouca racionalidade e há coisas absolutamente absurdas”, mas disse que é necessário aprová-las por serem compromissos assumidos pelo governo brasileiro, argumento que também foi apresentado por Anibal Diniz (PT-AC).


Já Pedro Taques (PDT-MT) e Paulo Bauer (PSDB-SC) estiveram entre os que criticaram a liberação da venda de bebidas alcoólicas. Pedro Taques e Alvaro Dias (PSDB-PR) disseram que isso prejudica a soberania nacional por interferir em leis como o Estatuto do Torcedor.


Segundo Aloysio Nunes (PSDB-SP), a liberação é um retrocesso em relação a esse estatuto e foi “motivada por uma necessidade comercial da Fifa [Federação Internacional de Futebol]”. Nessa mesma linha de raciocínio, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) disse que o projeto aprovado revela o excesso de subserviência à Fifa e a ausência de transparência do Estado brasileiro em relação aos compromissos assumidos com essa entidade.


Apesar de ser favorável à Lei Geral da Copa, o líder do DEM no Senado, José Agripino (DEM-RN), também demonstrou preocupação com a venda de bebidas alcoólicas. Ele argumentou que isso abre uma brecha para incidentes graves entre torcidas – e citou como exemplo uma possível final entre Brasil e Argentina. Assim como Aloysio Nunes, Jayme Campos (DEM-MT) assinalou que as ocorrências policiais e médicas relacionadas a jogos de futebol têm queda considerável quando há proibição de bebidas alcoólicas nos estádios.


Já Magno Malta (PR-ES) disse que, caso haja mortes provocados por torcedores bêbados, os senadores poderão ser considerados culpados por não se oporem à liberação. Magno Malta também afirmou que, nos países onde a Fifa realiza seus eventos, o Judiciário local acaba despendendo muito tempo tratando das “maracutaias” envolvendo a entidade.


Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), por sua vez, declarou que as concessões feitas pelo Brasil não são diferentes daquelas feitas por outros países que já sediaram uma Copa do Mundo. Ela lembrou que várias medidas – como a liberação de bebidas – são temporárias, vigorando apenas durante o período do evento. Lídice da Mata (PSB-BA) reconheceu que a Lei Geral da Copa não é perfeita, mas que sua aprovação representa uma oportunidade para o Brasil. Ela defendeu a flexibilização, por parte do governo, das regras para a emissão de visto para turistas.


Também favorável ao projeto, Eduardo Lopes (PRB-RJ) citou a previsão de que, durante a Copa do Mundo, o Brasil receba o equivalente a 10% do total de turistas que visitam o país em um ano inteiro.

– Serão cerca de 800 mil pessoas a mais que virão às cidades onde houver jogos – estimou.


Para Sergio Souza, não deverá haver problemas com a violência, já que não haverá a rivalidade entre as torcidas de times brasileiros, que será substituída pela união na torcida pelo Brasil. Mas ele considerou problemático o fato de a Lei Geral da Copa interferir em questões que já são tratadas por legislações anteriores – como é o caso do Estatuto do Torcedor.


Escolas

Ao manifestar seu voto contrário ao projeto, Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que, com os recursos públicos a serem gastos com a Copa do Mundo – segundo ele, cerca de R$ 50 bilhões –, poderiam ser construídas de 10 a 15 mil escolas “bem equipadas”. Esse evento, opinou ele, não deveria ser prioridade para o governo federal.


Líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR) acusou o governo federal de se utilizar de “falácias” ao tratar dos preparativos para a copa, já que, em vez de ser patrocinado majoritariamente pela iniciativa privada, o evento deverá ser viabilizado principalmente com recursos públicos, por meio de instituições como Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


JB Online


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