EFE
BANGCOC - Especialistas em climatologia e meio ambiente, assim como representantes de Governos de cerca de 150 países, começaram nesta segunda-feira a discutir em Bangcoc propostas destinadas a reduzir a emissão de dióxido de carbono para tentar frear o aquecimento global.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), criado em 1988 pelas Nações Unidas, vai se reunir até a próxima sexta-feira, quando publicará um relatório informando os meios que podem ser empregados com o objetivo de reduzir o chamado efeito estufa.
"O aquecimento global se transformou em um assunto sério de discussão que requer uma postura comum", disse o subsecretário do Ministério do Meio Ambiente tailandês, Chartree Chueytrasit, em seu discurso de inauguração da reunião.
Os especialistas, que prevêem uma reunião recheada de polêmica e enfrentamentos, apresentarão suas propostas sobre o emprego de energias alternativas, algumas destas experimentadas como a nuclear, e outras não tanto, como a do armazenamento subterrâneo do dióxido de carbono.
A minuta do relatório, que será modificada para incluir as recomendações apresentadas durante a reunião, sustenta que o atual nível das emissões de gases pode ser reduzido mediante um corte do emprego de combustíveis como o carvão, o investimento em energias alternativas e um melhor controle do uso destes combustíveis.
"Que ação e quando é o que os Governos devem decidir", assinalou o presidente do IPCC, Rajendrat Pachauri. Na reunião realizada no começo de abril em Bruxelas, o grupo alertou que ao longo deste século a temperatura subirá entre 1,1 e 6,4 graus, uma previsão alarmante, já que, segundo os cientistas, um aumento acima dos 2 graus levará ao desaparecimento da face da terra de aproximadamente 30% das espécies.
As conclusões do painel da ONU em Bangcoc servirão como pontos de referência nas futuras negociações multilaterais sobre a mudança climática.