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28 de fevereiro de 2007

EUA vão rejeitar extradição de agentes da CIA para Itália

BRUXELAS - Os EUA vão rejeitar qualquer pedido de extradição de agentes da CIA para a Itália, disse nesta quarta-feira, 28, o consultor jurídico do Departamento de Estado americano, John Bellinger. Neste mês, um juiz de Milão determinou que 26 supostos agentes da CIA sejam julgados junto com espiões italianos pelo seqüestro do clérigo islâmico Hassan Mustafa Omar Nasr, conhecido como Abu Omar. Omar foi seqüestrado em Milão, na Itália, em fevereiro de 2003. De acordo com promotores italianos, uma equipe liderada pela CIA teria levado o clérigo para o Egito, onde a vítima diz ter sido ameaçada e torturada. "Não recebemos nenhum pedido de extradição da Itália", disse Bellinger, em entrevista coletiva. "Se recebermos, não vamos extraditar funcionários dos EUA para a Itália". O consultor americano, que está em Bruxelas para reuniões com assessores jurídicos europeus, não comentou detalhes do caso, mas disse que os EUA nunca entregariam um suspeito a outro país sem receber garantias. Ele admitiu que há preocupação na Europa com as táticas empregadas pelo governo do presidente George W. Bush no combate ao terrorismo, mas afirmou que o risco de autoridades americanas sofrerem processos judiciais na Europa está prejudicando a cooperação entre ambos. Entre os indiciados pelo seqüestro de Omar estão Jeff Castelli, ex-chefe da CIA em Roma, Robert Lady, ex-chefe da CIA em Milão, e Nicolo Pollari, ex-diretor do Serviço Italiano de Inteligência Militar (Sismi). { Costa }

Telemar unifica serviços e adota marca única ´Oi´

Para presidente da empresa, Luiz Eduardo Falco, as operadoras que não se renderem à convergência de serviços terão uma dura competição pela frente RIO - O nome Telemar deixará de existir. A partir desta quarta-feira, 28,, a empresa de telecomunicações que atua em 16 Estados adotou a marca única Oi - antes usada apenas para telefonia móvel - para todos os serviços de telefonia fixa, celular, internet e entretenimento. Segundo a empresa, será lançada na quinta uma campanha publicitária para comunicar ao cliente a unificação dos serviços na mesma marca. A operadora não revela o patamar de investimentos que serão alocados com a mudança. A marca Telemar existia desde 1998, quando houve a privatização do setor de telecomunicações. O presidente da empresa, Luiz Eduardo Falco, explicou que o objetivo é levar uma maior convergência de serviços para o consumidor, com mais "simplicidade". Para ele, as operadoras que não se renderem à convergência de serviços terão uma dura competição pela frente. "Muitas operadoras seguirão o exemplo da Oi no futuro", disse, acrescentando que, na França, a empresa Orange adotou a mesma postura de convergência de serviços e marca única. Com a mudança, os serviços de telefonia fixa da empresa são agora denominados "Oi fixo". Já o serviço de banda larga passa a se chamar Oi Velox. Por sua vez, a novidade de serviço fixo e móvel em um único aparelho terá o nome "Oi Flex". A partir de 20 de março, a cor da conta de telefone fixo do usuário vai mudar, mas ainda permanecerá o logotipo antigo da Telemar. Mas a partir de agosto, todas as contas de telefone fixo terão o logotipo e a cor da marca "Oi Fixo". Durante o anúncio da unificação dos serviços em uma mesma marca, o executivo informou que, este ano a companhia pretende manter a média de investimentos que realiza anualmente, que é de R$ 2,4 bilhões. Ao comentar sobre o cenário atual da empresa, esclareceu que mais de dois milhões de pessoas já aderiram aos novos planos de minutos da Telemar. O executivo fez referência às novas regras do setor de telecomunicações que prevêem a migração dos planos de telefonia fixa dos antigos "pulsos" para minutos. Atuação nacional Para Falco, apenas "com um decreto presidencial" a sua empresa poderia exercer o serviço de telefonia fixa fora da Região 1 - área da Oi que abrange 16 Estados. O executivo fez o comentário ao ser questionado por jornalistas sobre as possíveis aquisições que a Telemar poderia fazer para conseguir se tornar uma empresa de abrangência nacional, e lembrou que as regras do setor, estabelecidas na época da privatização, impedem que a companhia exerça esse tipo de serviço fora de sua área. Mas observou que não pediu nada nesse sentido, diretamente, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Se eu pedi isso para o Lula? Quem sou eu...", brincou. {Costa }

Senado adia definição sobre maioridade e lei penal

Agencia Estado O Senado deu hoje um novo rumo ao debate sobre segurança pública, ao paralisar duas iniciativas polêmicas - a possibilidade de estadualizar a legislação penal e a redução da maioridade - e optar pela criação de uma subcomissão que, no prazo de 45 dias, apresentará um pacote de medidas contra a violência urbana. Presidido pelo senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), o grupo de seis senadores vai sugerir alterações às leis que estão em vigor, além de avaliar as propostas que tramitam no Senado. Estão na pauta, entre outras, propostas sobre a maioridade penal, unificação das polícias, e, até mesmo, mudanças nos repasses do Orçamento para a segurança. Do grupo fazem parte, ainda, os senadores do PMDB Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon, Tasso Jereissati (PSDB-CE), Demóstenes Torres (PFL-GO) e Aloizio Mercadante (PT-SP). A intenção é propor medidas e fiscalizar sua efetivação pelo governo, Legislativo e Judiciário. Para Demóstenes, o trabalho deve ser concluído o quanto antes, "para que o Senado não seja acusado de empurrar o problema com a barriga". Na primeira reunião, prevista para hoje à noite, ele vai apresentar uma pré-pauta propondo, entre outras coisas, modificações no Estatuto da Criança e do Adolescente, alteração no cumprimento das penas, restrições no instituto da liberdade provisória e rito sumário contra policiais e agentes penitenciários corruptos. Com isso, ficam suspensas as propostas de senadores, algumas das quais só foram apresentadas depois do assassinato do menino João Hélio. A iniciativa tem, ainda, a vantagem de acabar com a quebra-de-braço sobre a maioridade penal, cuja manutenção dos 18 anos, adotado no Código Civil de 1940, foi encampada pelo presidente Lula, como uma bandeira de governo. A questão terminou dividido na Casa o debate sobre segurança pública entre aliados do governo e oposição. Na linha divisória, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tentou se equilibrar entre os dois grupos. Ele se manifestou contrário à mudanças na maioridade penal, como deseja o Planalto, ao mesmo tempo em que reconhecia o direito da sociedade de querer dar um novo tratamento à questão. { Costa )

Ministra prevê que plano de combate a mudanças climáticas pode ser necessário

Por Redação, com ABr - de Brasília Um conjunto de estudos sobre o impacto das mudanças climáticas nos ecossistemas brasileiros foi divulgado nesta terça-feira pelo Ministério do Meio Ambiente. O levantamento revela perspectivas preocupantes de aumento no nível do mar e da temperatura média do país. Depois de apresentar os dados, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu que o governo planeje suas políticas considerando os diferentes cenários, utilizando as informações e a tecnologia atualmente disponíveis. Ela sugeriu a união de diferentes setores do governo para atuar no problema do aquecimento global, a exemplo do que teria ocorrido em relação ao desmatamento da Amazônia. Ao todo, foram divulgadas nesta terça oito pesquisas sobre mudanças climáticas e seus efeitos sobre a biodiversidade brasileira. Realizado pelo cientista José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), um dos estudos mostra que Amazônia e Pantanal são as regiões mais vulneráveis do país à mudança de clima. O Semi-Árido é a região onde a população estará mais sensível às mudanças climáticas. Em relação ao nível do mar, o estudo observou uma tendência de aumento do nível do mar da ordem de 40 centímetros por século ou quatro milímetros por ano. As conseqüências desse possível aumento poderão atingir as cidades litorâneas e 25% da população brasileira, ou seja, 42 milhões de pessoas que vivem na zona costeira, sendo que a cidade do Rio de Janeiro é uma das mais vulneráveis, juntamente com a Ilha do Marajó. Em relação à temperatura, a pesquisa diz que o aumento da temperatura média no ar pode chegar até 4 graus acima da média em 2100, sendo que na Amazônia a temperatura pode subir até 8 graus. O estudo fala ainda da probabilidade de maior redução de chuvas na Amazônia e no Nordeste. { Costa }

EUA reconhecem nove mortes em atentado à base de Bagram

Em comunicado anterior, exército americano reconheceu quatro mortes EFE CABUL - O número de mortos no atentado suicida de terça-feira, 27, contra a maior base americana no Afeganistão, em Bagram, chegou a nove, depois de três afegãos que estavam hospitalizados morrerem, informou o Exército americano em comunicado. O atentado atingiu a porta da base às 10h de terça-feira (2h30 de Brasília), enquanto o vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, que saiu ileso, estava visitando as tropas. Além do terrorista suicida, morreram um encarregado de serviços americano e outro coreano, um empreiteiro e dois trabalhadores que esperavam para entrar na base, segundo o comunicado. Além disso, o ataque feriu 21 pessoas que se recuperam nas instalações hospitalares da base, cerca de 60 quilômetros a norte de Cabul. O exército americano tinha reconhecido em outra nota a morte de quatro pessoas, assim como a Força Internacional de Assistência para a Segurança no Afeganistão (Isaf). Mas uma fonte do Ministério do Interior afegão disse que eram 15 os mortos. Um suposto porta-voz dos talebans, Qari Mohammad Yousef, reivindicou na terça-feira o ataque e disse que havia mais de 20 mortos e 30 feridos no ataque, em sua maioria soldados. { Costa }

Ex-embaixador nos EUA critica o Itamaraty

Diplomacia O ex-embaixador do Brasil em Washington criticou na terça-feira a condução da política externa do país no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o diplomata Roberto Abdenur, há influência ideológica na área. Abdenur disse ainda que o modelo político adotado por Hugo Chávez, aliado de Lula, faz da Venezuela uma ditadura. As declarações foram feitas em audiência pública no Senado. Abdenur foi convidado a falar à Comissão de Política Exterior e Defesa Nacional da Casa depois da publicação de uma entrevista por VEJA, no começo do mês. Na ocasião, o diplomata já acusara influência ideológica no Itamaraty. Aposentado depois de mais de quatro décadas de atividade diplomática, Abdenur disse que não pretende "denegrir" o Itamaraty, mas confirmou que a política externa foi alvo de uma tentativa de doutrinação. { Costa } Ainda conforme o diplomata, as relações com os Estados Unidos foram enfraquecidas com Lula.Os senadores Eduardo Azeredo (MG) e Flexa Ribeiro (PA), ambos do PSDB, foram os responsáveis pela convocação de Abdenur para a audiência. Depois de ouvir o diplomata por mais de seis horas, eles concluíram que a comissão deve seguir mais de perto a condução da política externa, inclusive chamando embaixadores em atividade para prestar contas de seu trabalho. { Costa }

Venezuela está ´montando uma ditadura´, diz Abdenur

Para ex-embaixador brasileiro, entrada plena do país no Mercosul é inconveniente BRASÍLIA - O ex-embaixador brasileiro em Washington, Roberto Abdenur, criticou a entrada da Venezuela no Mercosul como membro pleno e disse que o país está montando “verdadeiramente uma ditadura”. “Considero não ser conveniente a entrada plena da Venezuela no Mercosul”, afirmou Abdenur na Comissão de Relações Exteriores do Senado. “É inadequado, indesejado e contraproducente”, disse ele. “Tanto por razões econômicas como pelo perfil político, que vai alterar em detrimento do Brasil o jogo de poder dentro do Mercosul”, afirmou o embaixador, que foi removido do cargo em janeiro deste ano por meio de um telegrama do Itamaraty. De volta ao Brasil, ele pediu aposentadoria depois de 44 anos na carreira diplomática e há três semanas deu uma entrevista à revista Veja criticando o que considera a ideologização da política externa brasileira. "Ideário econômico" Abdenur disse que a situação no país andino não é compatível com o compromisso democrático do Brasil e dos outros países do Mercosul. “Tenho a impressão de que, infelizmente, o que se está se montando hoje na Venezuela é verdadeiramente uma ditadura”, afirmou o ex-embaixador brasileiro na capital americana. Ele disse que o governo da Venezuela tem um “ideário econômico” incompatível e contraditório com o projeto de integração do Mercosul. “Ele tem outras idéias, ele está trabalhando na base do escambo, troca petróleo por serviço e não tem interesse em estimular pra valer o comércio internacional”, afirmou. Integração energética Abdenur também disse que a crise do gás com a Bolívia mostra a vulnerabilidade energética do Brasil e a dificuldade da integração energética na região. “A integração energética na América do Sul é mais complicada. A integração física é mais fácil. O Brasil precisa tomar cuidado para não colocar-se numa posição de vulnerabilidade”, afirmou. A integração energética é uma das vantagens apontadas pelo governo brasileiro para a entrada da Venezuela e da Bolívia no bloco, além de projetos conjuntos de gasodutos e refinarias de petróleo. Os problemas de relacionamento com os vizinhos têm que ser encarados como uma conseqüência do tamanho do Brasil, disse Abdenur. “O Brasil tem que ter sempre em mente que nós somos os novos gringos na região.” China Abdenur também aprofundou a crítica à relação do Brasil com a China, considerada o estopim do desgaste do embaixador junto ao ministro Celso Amorim. No ano passado, Abdenur disse que a China não deveria ser vista como parceira, mas como concorrente. Na sessão do Senado, disse que foi um erro o reconhecimento da China como economia de mercado pelo governo brasileiro. “Eu digo agora que foi precipitado”, afirmou. A relação do Brasil com China, disse ele, deve levar em conta o desenvolvimento econômico, tecnológico e militar do país nos últimos anos. BBC BRASIL.com - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC BRASIL.com. { Costa }

27 de fevereiro de 2007

O Processo e Morte de Jesus

Por Louis Waller Falo a vós a partir duma perspectiva judaica. Estava ciente da morte Jesus desde que era um garoto pequeno. O meu interesse no processo de Jesus foi gerado por dois episódios particulares. Um era a visita à Monash Law School em 1969 do juiz Haim Cohn que chegou a ser o presidente da Corte Supremo de Israel. Deu um seminário ao corpo docente sobre esse assunto, publicara um artigo sobre o tópico na Revista da Lei de Israel, e, subseqüentemente, saiu o seu livro, intitulado em inglês The Trial and Death of Jesus [O Processo e Morte de Jesus] (1971). Vou-me fiar substancialmente em que o juiz Cohn escreveu e, por assim dizer, pousar nos ombros da sua erudição extensa em lei judaica e romana, em história e em ciência rabínica, o que é tudo esclarecido e efetivamente manifestado no seu livro. O segundo estímulo para o meu interesse era menor, mas também agudo. Faz aproximadamente 40 anos, que o nosso maior juiz, o falecido Sir Owen Dixon, Juiz Chefe da Austrália, proferiu a Oração Syme no Colégio Australiano Real de Cirurgiões. O assunto dessa oração era a procura por verdade como base para ação, que ilustrava vivamente por um número de exemplos tirados, não só da sua experiência judicial, mas também das suas experiências como Ministro Australiano para os Estados Unidos nos anos mais terríveis da Segunda Guerra Mundial..Pelo fim da sua oração, é isto que disse: "Se verdade fosse um atributo que pudesse ser atribuído a uma conclusão puramente legal, ela deveria estar ao nosso alcance… Mas é que," disse Dixon, "ao Essay on Truth [Ensaio sobre Verdade] de Bacon que tornei para o título desta oração: 'O que é verdade?' disse Pilatos gracejando, e não esperava por uma resposta." Esta é a última frase de Dixon: "Não esqueci que, quando Pilatos disse isso, estava a fim de sair da sala do julgamento." O adjetivo que o Lorde Bacon empregou, e o qual Dixon tão poderosamente enfatizou, escolhendo "Pilatos gracejando" para intitular o seu discurso tocou uma corda vibrante na minha mente, a qual continuou a vibrar. Deixai-me pôr a cena! A dinastia régia dos hasmoneus, iniciada pelo heróico Judas Macabeu - o Martelo que derrotou as forças de Antíoco Epífanes da Síria e re-santificou o Segundo Templo - se esgotou em conflitos mortíferos. Em 63 aEC [antes da Era Comum], o general romano Pompeu, abrigado na Síria, foi convidado a entrar na Judéia e a "proteger" esta. O convertido Herodes convenceu os regentes de Roma, Marco Antônio e Otaviano, que o apontassem Rei da Judéia, sob a soberania de Roma. Depois da sua morte em 4 aEC [antes da Era Comum, o seu filho Arquelau foi feito Etnarca - não Rei - da Judéia e Samaria, enquanto os seus outros filhos, Antipas e Filipo, foram apontados Tetrarcas da Galiléia e da Província Noroeste, respectivamente. Era Antipas que, para agradar Salome, assassinara João Batista e apresentara a cabeça deste num prato a ela. No ano de 6 EC [da Era Comum], Augusto César depositou o Arquelau desesperadamente ineficiente, para chegar a ser o reinante absoluto da Judéia, designando um procurador, subordinado ao Legado na Síria, para exercer a sua autoridade. Em 33 EC, aquele procurador era Póncio Pilatos. A capital da Judéia foi mudada para Cesaréia, e guarnições romanas foram estacionadas pela província que a era agora.; "Judéia tinha o nome", escreveu o historiador judaico bem conhecido, o dr. Cecil Roth, "da mais inflamatória e mais difícil de todas as províncias romanas." Os cidadãos estavam divididos em que poderíamos hoje chamar de facções, embora eles muitas vezes fossem referidos como seitas. As diferenças entre eles eram de espécie mais profunda. A facção mais larga eram os Perushim, ou Fariseus, os quais estavam para sobreviver como os antepassados dos judeus de hoje, anunciando a sua crença e aceitação da Toráh shebiktav, a Toráh que Moisés recebeu e escreveu, e também da Toráh shebe`al pé, a Tora Oral, que recebeu no Sinai e transmitiu a Joshuáh, este que, por sua vez, a transmitiu aos juizes de Israel, assim que chegou aos grandes rábis do povo judaico, os quais, finalmente, lhe deram forma escrita com a Mishnáh e a Guemará, ambas perfazendo o Talmude. Os fariseus exibiam o que hoje descreveríamos como senso alto de justiça social. As multidões que saudaram Jesus quando ele veio a Jerusalém eram quase todos fariseus ou simpatizantes daquela Weltanschauung [visão do mundo]. Os Tsadukim, ou Saduceus, eram os oponentes dos fariseus. Era principalmente gente de riqueza e de status social alto, incluindo muitos dos sacerdotes que realizavam os serviços do Templo, cujo chefe era o Sacerdote Sumo, ou Kohen Gadol. "Chegaram perto a serem", escreve o rábi Joseph Telushkin em Jewish Literacy 1991 "literalistas bíblicos". Desapareceram depois de que o Templo foi destruído pelos romanos em 70 EC. Os Ishiím ou Essênios eram um grupo ascético pequeno, a maioria dos quais se mudara para o deserto perto do Mar Morto. Alguns dos famosos rolos descobertos em 1947 em Qumran foram escritos por eles. Essa então era a Judéia, na qual Jesus de Nazaré vivia e morreu. Os relatos da sua vida e do seu processo e da sua execução pelo pendurar na cruz - a sua crucificação - nos quatro Evangelhos não são de evidência de olho e de testemunhas de ouvir. Foram escritos, como agora está universalmente de acordo, pelo menos quarenta ou até tanto quanto oitenta anos depois daquele evento de cataclismo, diferindo um do outro em muitos particulares críticos. Foram, como todos os livros de momento alto, escritos a partir de perspectivas específicas e com finalidade e objeto particulares. Que Jesus era processado perante Pôncio Pilatos, na corte deste, sob a acusação de reivindicar ser Rex Judaeorum, isso é Rei dos Judeus, uma acusação de alta traição, condenado, sentenciado a morte e pendurado na cruz estão independentemente reportado pelo historiador romano Tácito e pelo famoso historiador judaico Flávio Josefo em Antigüidades dos Judeus - embora a autenticidade desse relato está sendo energicamente disputada e fortemente asseverada como sendo uma interpretação posterior. É como segue: Agora havia naquele tempo, Jesus, um homem sábio, se for leal o chamar de um homem, pois ele era fazedor de obras miraculosas - um professor de tais homens que recebem a verdade com prazer. Ele atraiu para si muitos dos judeus e muitos dos gentílicos. Ele era [o] Cristo, e, quando Pilatos, à sugestão dos homens principais entre nós, o condenara à cruz (3 de abril de 33 AD [Anno Domini]), aqueles que o amavam primeiro não o abandonaram, pois ele lhes apareceu vivo outra vez no terceiro dia (5 de abril de 33), como os profetas divinos preconizaram essas e mais outras 10.000 coisas milagrosas a respeito dele; e a tribo de cristãos, assim chamada por ele, não está extinta até este dia. Tudo isso é retilíneo e, de fato, em linha daquilo o que é conhecido dos modos em que a hegemonia de Roma estava sendo preservada. As palavras "Rei dos Judeus" estavam escritas na tábua pregada acima da cabeça de Jesus, como nos foi contado, com prescrito pela lei romana - Titulus qui causam poenae indicat [Título que indica a causa da pena] - como Suetônio o tem. Jesus foi condenado na base da sua própria resposta à pergunta dirigida a ele por Pilatos: "'Tu és o Rei dos Judeus?' E lhe respondeu e disse: 'Tu o dizes'." A insurreição ou traição inerente naquela reivindicação de ser rei, não nomeado pelo Imperador de Roma, era um crime hediondo sob a Lex Iulia Maiestatis, a qual Augusto promulgou no 8 aEC. Levou a punição de morte. Estava dentro da jurisdição dos procuradores nas províncias, os quais estavam investidos com o ius gladii ou poder de passar a sentença de morte. O procurador podia transferir o caso a Roma, se o acusado fosse romano. Não tinha poder de perdoar - esse era do Imperador somente. Pôncio Pilatos pode, escreve o juiz Haim Cohn, ter agido ilegalmente. Em 36 EC, de fato, foi revogado em desgraça, por abuso de poder. Mas eram, segundo Filo no seu Legatio ad Galum, os seus excessos despóticos e tirânicos os que finalmente levaram à sua caída, nos quais cometeu "inúmeros atrocidades e numerosas execuções sem qualquer processo prévio". Isso mal concorda com os relatos dos Evangelhos dum governador relutante bem-disposto a Jesus e ansioso para o absolver e o saltar. Está em disparidade com o julgamento de Bacon contido no adjetivo singular, inesquecível: "gracejando". O que aconteceu na noite antes daquele processo na sala de julgamento de Pilatos? Havia um processo perante o Sanedrim, da Corte Judaica de 23 ou até de 71, que ouviram e determinaram a acusação de blasfêmia dirigida contra ele sob a lei de Moisés, a lei da Toráh, e que resultou isso num julgamento de culpado e à transferência de Jesus aos romanos, o assim chamado "poder civil", para execução? A visão de Haim Cohn é que, na noite antes do seu processo, Jesus estava de fato na casa do Sumo Sacerdote. Mas aí não havia processo. Cohn dá sete razões cogentes para essa conclusão. A primeira era que o Sanedrim não podia, e nunca fez, exercer jurisdição na casa do Sumo Sacerdote ou em qualquer lugar fora da Casa da Corte e do recinto do Templo. Em segundo lugar, processos criminais tinham de ser conduzidos e terminados durante o tempo de dia, nenhuma sessão da corte criminal era permissível na noite. Em terceiro lugar, processo criminal não era permitido tomar lugar na véspera de um dia de festa, nem no dia de festa mesmo, e o cenário é Péçah ou Páscoa. Em quarto lugar, nenhum homem poderia ser encontrado culpado na base da sua própria confissão. Em quinto lugar, a prova devia proceder do testemunho de, pelo menos, duas testemunhas confiáveis e independentes, que dessem evidência tanto no que se refere à perpetração da ofensa na sua presença mesma como também ao conhecimento do acusado de que o ato era punível por uma punição particular. E em sexto lugar, a ofensa de blasfêmia não está sendo cometida se as testemunhas não testificam que o acusado pronunciara, na presença destes, o nome inefável de Deus, o tetragrama [YHVH], que não pudesse ser pronunciado senão uma vez por ano no Dia de Expiação pelo Sumo Sacerdote no mais íntimo santuário do Templo em Jerusalém, o QoDeSh-QòDòShÍM. "A violação aparente", o juiz Cohn prossegue, "de todas as regras de procedimento e de todas as provisões da lei criminal substantiva guarnece aos proponentes da teoria de processo judaica o argumento conclusivo bem reto de que tanto o processo como a sentença era ilegal. Mas longe de provar a falsidade da sua teoria, essa ilegalidade só adiciona infâmia e opróbrio à perversão e malogro do judiciário que caracterizou o processo. De outro lado, porém, se mantinha que tal violação indiscriminada de todas as regras da lei e do procedimento não está altamente improvável, mas, em vista da exatidão rigorosa e formalista pela qual os fariseus eram naturalmente notórios, bastante inconcebível." O que houve, então, naquele lugar naquela noite fatal antes da festa do Péçah o Páscoa? Haim Cohn sugere que houve uma tentativa desesperada pelo Sanedrim, liderada pelo Sumo Sacerdote, para afastar ou, pelo menos, mitigar, o fado aprendido de Jesus, cuja entrada na Cidade de Jerusalém fora saudada por uma multidão de aderentes animados. O único modo em que o Sanedrim ainda podia prevenir a execução de Jesus, e está claro que sabiam que estava para ser levado diante Pilatos no dia seguinte, era efetuar a sua absolvição ou, pelo menos, a suspensão da sentença caso se obrigar a ser de bom comportamento. Para segurar uma absolvição, Jesus tinha de ser persuado a prometer que não se iria, no futuro, engajar em quaisquer atividades de traição. Essa é a explicação de Cohn para os eventos específicos, inclusive o convite de muitas testemunhas pretensas, naquilo que era, na sua vista, esse esforço extraordinário para prevenir o que tomou lugar no dia seguinte. As testemunhas que foram chamadas, as 'testemunhas falsas', não produziram contestação ou refutação nenhuma de Jesus, que mantinha a sua paz, como dizem os Evangelhos, embora não estivesse somente esperado, mas aparentemente também chamado, para exame cruzado e as desacreditar. Mas como estavam de fato falando a verdade, não havia realmente ponto nenhum na sua intervenção. Era só quando o próprio Sumo Sacerdote começou a lhe fazer perguntas que, de acordo com os Evangelhos, Jesus reagiu. Ao ser perguntado se era Cristo, Filho do Bendito, replicou, não só que era, mas também acrescentou "e vereis o filho de homem sentado a direita do poder e vindo nas nuvens do céu". Não sabemos se essa era a única pergunta que lhe foi feita pelo Sumo Sacerdote ou se o Sumo Sacerdote o também perguntara antes sobre os seus ensinos e opiniões em geral, o que é a conclusão que pode ser derivada do evangelho de São João. Seja isso como for, diz Cohn, está claro que era a resposta de Jesus a essa última questão que causou o Sumo Sacerdote e o Sanedrim a desistir em desespero. "A natureza da questão", diz Cohn, "não é tal como ser caracterizada como blasfêmia. E a reportagem," conclui, "que o Sanedrim sentenciou Jesus à morte ao ouvir blasfêmia deste está, assim, certamente não-histórico. Já que não havia blasfêmia nenhuma, e já que não havia processo nenhum, não havia sentença." Porque então, como os Evangelhos reportam, o Sumo Sacerdote rasgou as suas vestes, o sinal tradicional de lamentar para esse mesmo dia entre os judeus? Se o Sumo sacerdote rasgou os seus vestidos naquela noite, Cohn escreve, era porque falhou fazer Jesus ver esse ponto e cooperar, e por causa do julgamento impendente. A asseveração por Jesus que ele era o Messias verdadeiro, enquanto não constituindo ofensa, montou à rejeição da oferta estendida pelo Sumo Sacerdote e aqueles que o apoiavam, para evitar os eventos do dia seguinte. Podiam ter persistido nos seus esforços com Jesus somente se aceitassem a asseveração deste e reconhecessem as suas asseverações. Não o fizeram. Não só Jesus não declinou de se abster no futuro daquelas atividades que o pudessem levar outra vez para dentro de conflito com as autoridades romanas, pelas razões já mencionadas, mas ele também re-asseverou a sua missão messiânica, insistindo na continuação e culminação dessa. Era, assim, não blasfêmia, porque não havia nenhuma, que fez o Sumo Sacerdote rasgar o seu vestidos. Era a sua falha extrema para levar Jesus à razão, salvando-o assim do seu fado. Talvez havia também um presságio real das conseqüências desastrosas que estavam por seguir. Os judeus não tinham parte no processo perante Pilatos. Os judeus não tinham parte na crucificação de Cristo. Eram os soldados sob o comando de Pilatos que, como os próprios escritores dos Evangelhos declaram, o flagelaram, o levaram ao lugar de execução e o pregaram à cruz. De fato, como o Evangelho de Lucas tem: "E aí lhe seguiu uma grande companhia de gente e mulheres, que também o lamentaram e lamentaram. Mas Jesus se voltou a elas dizendo: "Filhas de Jerusalém, não chorai por mim, mas chorai por vós mesmas e pelas vossas crianças!" E o Evangelho continua: "E os soldados se zombavam dele, chegando a ele, lhe oferecendo vinagre, dizendo: "Se fores rei dos judeus, te salva!" O que, então é a explicação daquilo que seguiu? O que é a explicação daquilo que aparece nos Evangelhos, particularmente no Evangelho segundo São Mateus e a explicação para a história inquebrada dos últimos 2000 anos? Antes que venho àquela explicação, há mais a ser dito sobre o Sumo Sacerdote e os seus apoiadores. Eram amigos de Jesus. Todos eram, cada um, saduceus. Mas perceberam que a sua própria posição e permanecer estavam rapidamente sofrendo erosão sob a crítica sustentada da massa da comunidade que era ou fariseus ou, como disse antes, simpática ou se estreitamente identificando com aquela aproximação à lei e vida judaicas. O Sumo Sacerdote e o seu partido viam a si mesmos como escorando a sua própria situação se o pudessem alcançar e, sendo alcançando, a salvação de alguém aclamado como herói entre o povo. Relembra a natureza da entrada de Jesus em Jerusalém. A explicação porque os escritores de Evangelho, e aqueles que os seguiam, retrataram esses eventos que acabei por descrever, numa maneira que levou à conclusão de que os judeus daquele tempo e, além disso, os judeus de todos os tempos, carregassem responsabilidade pela morte de Jesus, está no melhor modo, e brevemente, resumido pelas observações que Haim Cohn faz nas páginas de abertura do seu livro. Escreve: Está submetido e em boa autoridade que eles, quer dizer os escritores do Evangelho, tinham em mente, não só o seu intento teológico, isso é o intento de transmitir aos seus leitores a personalidade e o status de Jesus Cristo, mas também um apologético. O mais antigo Evangelho de Marcos foi escrito entre 70 AD e 72, alguns 40 anos depois do processo e crucificação. O Evangelho de Lucas era o próximo, escrito acerca de 85. O Evangelho de Mateus está sendo comumente datado ao redor de 90, e aquele de João, ao redor de 110. Durante o período da segunda metade do primeiro e o começo do segundo século, os cristãos eram uma pequena comunidade, lutando desesperadamente por alguma medida de tolerância por parte dos seus soberanos romanos, que consideram a recusa cristã de venerar o imperador deificado, a insistência cristã de venerar o seu Deus e o Messias deste, o Cristo, como ofensa capital. Era bastante mal, de acordo com os romanos, negar a divindade imperial e orar um Deus invisível com o fizeram os judeus. Mas era imperdoável no topo daquilo venerar um malfeitor crucificado pelo governo de Roma, e que declarou ter autoridade excedendo aquela do Imperador de Roma. Enfurecidos pela obstinação inflexível dos cristãos pela aderência a uma superstição depravada - (e essas são citações dum escritor romano) - os romanos os perseguiam cruelmente. Estava no interesse desse grupo rudemente perseguido, mas determinado, mudar as percepções das autoridades romanas. Por contraste, reivindicar e, pior ainda, enfatizar, que era a Roma imperial cujos oficiais processaram, condenaram e executaram Jesus, era sublinhar o relacionamento de perseguidor e perseguidos, "como amontoar combustível nas chamas de opressão". Antes, se o Procurador que estava em Jerusalém fosse retratado como homem convencido do valor e préstimo dos ensinamentos e dos atos de Jesus, poderia assim ser argüido dessa premissa que aqueles que seguiam o caminho dele devessem ser deixados em paz. Cohn conclui que isso era o motivo que determinava o curso que todos os evangelistas tomaram no descrever os eventos daqueles vários dias. Colocavam o cargo da culpa nas cabeças dos judeus, "que eram, de qualquer modo, objeto de ódio intenso e igual para os romanos e para os cristãos". Recentemente, li um artigo com o título "Genocide and a Nation's Guilt" [Genocídio e a Culpa duma Nação], escrito por Robert Manne em The Austrálian de 13 de maio de 1996. No seu parágrafo de abertura, escreveu: "Em Washington, na semana passada, o Ministro do Exterior Alemão, Klaus Kinkel, proferiu um discurso importante ao Comitê Judaico Americano. Contou a essa audiência que os alemães permaneceriam com vontade a aceitarem responsabilidade plena pelo Holocausto." É a sentença próxima que é particularmente significante. Mas lembrou que culpa nunca era coletiva ou hereditária. Ninguém duvidou que esse discurso representou uma espécie de resposta obliqua oficial a um livro, Hitler's Willing Executioners [Os Prontos Executores de Hitler] por Daniel Goldhagen. Fui lembrado por isso que, quando era um adolescente impressionável, veio na nossa casa um livro chamado de Black Boy [Moço Preto], escrito por Richard Wright, a quem depois descobri sendo considerado como um dos primeiros, senão o primeiro, dos grandes contribuidores áfrico-americanos ao desenvolvimento da literatura moderna dos Estados Unidos. Quando li esse livro, este fez as impressões mais queimantes na minha mente. No seu livro, Wright escreve isto: "Todos do nosso povo preto, que vivíamos na vizinhança, odiávamos os judeus, não porque nos exploravam, mas porque fôramos ensinados na Escola de Domingo que os judeus eram 'matadores de Jesus'. Com os judeus assim eliminados para nós, os fizemos jogo livre para o ridículo. Wright, então, cita um número de cantigas cômicas feias que ele e os seus amigos cantavam quando dançavam ao redor dos lojistas judaicos e das crianças deles que viviam nessa área. A seguir escreve:: "Ninguém jamais pensava em questionar o nosso direito de fazer isso. As nossas mães e parentes geralmente o aprovaram, ativa ou passivamente. Manter uma atitude de antagonismo ou desconfiança aos judeus estava educado em nós desde criança. Não era preconceito meramente racial, fazia parte da nossa herança cultural." E agora falo como testemunha, querendo evitar qualquer exageração. Mas na minha própria infância, nesta cidade, em um dos subúrbios sulinos, não ouvi uma vez, mas várias vezes, que os judeus, todos os judeus em qualquer lugar e sempre, mataram Cristo. Essa foi uma perspectiva judaica, não é uma abrangente. Mas então, como o centurião no Evangelho disse: "Sou um homem sob autoridade", estou obedecendo às instruções que me foram dadas sobre o âmbito e o tempo que me foram permitidos para essa apresentação. -------------------------------------------------------------------------------- Texto inglês Tradução: Pedro von Werden SJ – Rua Padre Remeter, 108 – Bairro Baú - 78008-150 Cuiabá-MT – BRASIL – pv-werden@uol.com.br 2006-01-01 { Costa )
Veja abaixo a sentença que condenou Jesus (traduzida para o português) Abaixo segue a mesma datilografada: No ano dezenove de Silvério César, Imperador Romano de todo o mundo, Monarca Invencível, na Olimpíada cento e vinte e um e na Elíada vinte e quatro. Da criação do mundo, segundo o número e cômputo dos Helieus, quatro vezes mil cento e oitenta e sete do progênito Romano Império , no ano setenta e três , e na libertação do cativeiro da Babilônia, no ano mil e duzentos e sete, sendo governador da Judéia Quinto Sérgio ,sob regimento e governador da cidade de Jerusalém, Presidente Grandisssissimo, Pôncio Pilatos ;regente da Baixa Galiléia ,Herodes Antipas, pontífice Sumo Sacerdote, Caifás, magno do Templo Alis Almael , Robas Ascasel, Franchino Centauro; consules romanos da Cidade de Jerusalém, Quinto Cornélio Sublime e Xisto Rusto, no mês de março e dia XXV do ano presente- Eu Pôncio Pilatos, aqui Presidente do Império Romano, dentro do Palácio e arqui-resid6encia, julgo condeno e sentencio a morte Jesus, chamado pela plebe- Cristo Nazareno- e galileu de nação , homem sedicioso, contra a Lei Romana -contrário ao Grande Imperador Tibério Cesar. Determino e ordeno por esta que se lhe dê morte na cruz, sendo pregado com cravos como todos os réus, porque congregando e ajustando homens, ricos e pobres ,não tem cessado de promover tumultos por toda a Judéia, dizendo–se filho de Deus e Rei de Israel, ameaçando com a ruína de Jerusalém e do Sacro Templo negando tributo a César, tendo ainda o atrevimento de entrar com ramos em triunfo, com grande parte da plebe, dentro da cidade de Jerusalém. Que seja ligado e acoitado e que seja vestido de púrpura e coroado com alguns espinhos e com a própria cruz nos ombros para que sirva de exemplo a todos os malfeitores e que juntamente com ele sejam conduzidos dois ladrões homicidas saindo logo pela porta sagrada, hoje Antoniana, e que se conduza Jesus ao monte público da Justiça, hoje chamado Calvário, onde crucificado e morto ficará seu corpo na cruz , como espetáculo para todos os malfeitores que sobre se ponha em diversas línguas este título: "Jesus Nazareno Rex Judeorum" Mando tambem ,que nenhuma pessoa de qualquer estado ou condição se atreva, temerariamente, a impedir a Justiça por mim mandada, administrada e executada com todo o rigor, segundo os Decretos e Leis Romanas, sob as penas de rebelião contra o Imperador Romano.Testemunhas de nossa sentença: Pelas doze tribos de Israel: Rabaim Daneil, Rabaim Joaquim Banicar, Banbasu Laré Peuculari, Pelo Fariseus: Matumberto. Pelo Império Romano e pelo Presidente de Roma Lúcio Sextilo e Amácio Chilício. Sentença firmada contra Jesus Cristo – O nazareno – cujo documento se encontra Biblioteca de Madrid. Espanha: { Costa }

A Sentença de Jesus Cristo

(Copiada do Processo de Cristo, existente no Museu da Espanha) No ano dezenove de Tibério César, imperador romano de todo o mundo, Monarca invencível da Olimpíada 121, e na Elíada 24 da criação do mundo, segundo o número e o cômputo dos Hebreus, quatro vezes mil cento oitenta e sete, do progênio do Império Romano, no ano 73, e na libertação do cativeiro de Babilônia, no ano 1207, sendo Governador da Judéia Quinto Sérgio, sob o regimento e Governador da cidade de Jerusalém, o Presidente gratíssimo, Pôncio Pilatos; Regente na baixa Galiléia, Herodes Antipas; Pontífice do Sumo Sacerdote, Caifás; Magnos do Templo, Alis Almael, Robas Acasel, Franchino Centauro; Cônsules Romanos da cidade de Jerusalém, Quinto Cornélio Sublime e Sixto Rusto, no mês de março e dia XXV do ano presente, Eu, Pôncio Pilatos, aqui Presidente do Império Romano, dentro do Palácio e arqui-residência, julgo, condeno e sentencio à morte, Jesus, chamado pela plebe CRISTO NAZARENO e, galileu, homem sedicioso, contra a Lei Mosaica, e contrário ao grande Imperador Tibério César. Determino e ordeno, por esta, que se lhe dê morte na cruz, sendo pregado com cravos com todos os réus, porque congregando e ajustando homens, ricos e pobres, não tem cessado de promover tumultos por toda a Judéia, dizendo-se Filho de Deus e Rei de Israel, ameaçando com a ruína de Jerusalém e do sagrado Templo, negando tributo a CÉSAR, tendo ainda o atrevimento de entrar com ramos e em triunfo, com grande parte da plebe, dentro da cidade de Jerusalém. Que seja ligado e açoitado, e que seja vestido de púrpura, e coroado de alguns espinhos, com a própria cruz aos ombros, para que sirva de exemplo a todos os malfeitores, e que, juntamente com ele, sejam conduzidos dois ladrões homicidas; saindo logo pela porta sagrada, hoje Antoniana, que se conduza Jesus ao monte público da Justiça, chamado Calvário, onde, crucificado e morto, ficará seu corpo na cruz, como espetáculo para todos os malfeitores, e sobre a cruz se ponha, em diversas línguas, este título: "IESUS NAZARENUS, REX IUDEORUM". Mando, também, que nenhuma pessoa de qualquer estado ou condição se atreva, temerariamente, a impedir a Justiça por mim mandada, administrada e executada com todo o rigor, segundo os Decretos e Leis Romanas, sob as penas de rebelião contra o Imperador Romano. São testemunhas da nossa sentença: Pelas doze tribos de Israel: Rabaim Daniel, Rabaim Joachim Banicar, Benbasu, Laré Petuculani. Pelos Fariseus: Bullieniel, Simeão, Ranol, Babbine, Mandoani, Bancurfossi. Pelos Hebreus: Matumberto. Pelo Império Romano e pelo Presidente de Roma: Lucio Sextilio e Amacio Chilicio. " Autor não Identificado " { Costa }

A Visão Espírita Sobre quem matou Jesus

Quem Matou Jesus? Anízio Fernandes de Moraes Hoje, 06/07/2004 (d.C.) começo, com muito atraso, a responder as questões formuladas pelo jovem Petrick em 12/05/2004 (d.C.). As dúvidas de Petrick são as dúvidas da humanidade, porque o homem Jesus, pela sua importância, dividiu a história da humanidade em duas épocas: antes de Cristo (a. C.) e depois de Cristo (d. C.). A figura de Jesus encantou filósofos, cientistas, historiadores e artistas. A sua bondade e humildade levou a paz, o alívio, a cura a milhões de pessoas. Porém, com tudo o que foi dito a seu respeito, ele continua a ser um grande mistério. O que sabemos sobre Jesus vem dos Evangelhos. A veracidade dos textos são contestadas por historiadores e teólogos. Há grande número de evangelhos, mas apenas quatro são aceitos por todas as igrejas cristãs: os chamados "canônicos" (de acordo com a regra) atribuídos a Marcos, Mateus, Lucas e João. Os demais foram considerados "apócrifos" (não autênticos). O Evangelho mais antigo, o de Marcos, foi redigido entre 66 e 68 d.C.. Os de Mateus e Lucas na década de 80 d.C.. Entre 90 e 110 d.C. foi concluído o de João. Por este motivo os evangelhos não são totalmente confiáveis, pois suas composições foram relativamente tardias, ou seja, escritas várias décadas após a morte de Jesus. Os Evangelhos de Marcos, Mateus e Lucas são muito semelhantes (possuem 330 versículos em comum), o que nos leva a pensar que mantiveram algum contato na elaboração dos evangelhos. Por isso são chamados de "sinóticos" (num rápido olhar se vê todas as partes do conjunto). Tudo o que se sabe até hoje sobre Jesus está fundamentado em pesquisas científicas, fruto da análise de historiadores e cientistas e no estudo dos evangelhos e documento afins. I - A época em que Jesus viveu Para respondermos às questões de Petrick é necessário que conheçamos a época em que Jesus viveu, ou seja, estudar o ambiente político, social e religioso. Como sabemos, a humanidade vive ao sabor das alternâncias dessas três forças, que condicionam o comportamento e determinam direitos e obrigações. Vamos comentar rapidamente alguns aspectos sobre o surgimento da nação judaica, para que possamos entender os aspectos psicológicos que norteiam o povo palestino, canalizados para um fanatismo religioso, no qual se identificam como o povo eleito de Deus. Na época em que Jesus viveu, há dois mil anos, os territórios que correspondem hoje a Israel e à Palestina se encontravam sob o domínio romano. Esta região, ainda hoje, é palco de graves conflitos envolvendo judeus e palestinos, motivados por questões políticas e religiosas, mais políticas do que religiosas. Antes disso, desde o século 6 a.C., a região fora conquistada sucessivamente por babilônios, persas e gregos. Roma consolidou sua ocupação em 63 a . C. A história da nação Israel se iniciou com Abraão, o Patriarca, que conversava com Deus e recebeu Dele a missão de conduzir o povo hebreu para Canaã (região da Palestina e da Fenícia), local onde seria constituída uma grande nação. Abraão era homem de muita fé. A suprema prova da fé de Abraão ocorreu quando, em obediência às instruções de Deus, construiu um altar e preparou-se para oferecer Isaque, seu filho, como sacrifício queimado. No último instante Deus interveio e ofereceu um carneiro como substituto de Isaque. Israel (Perseverador com Deus). Nome que Deus deu a Jacó quando este tinha cerca de 97 anos. Israel se consolidou como nação após ter o povo israelita se libertado da escravidão do Egito e ter se fixado na terra prometida. "Assim, libertado legalmente do Egito, Israel tornou-se propriedade exclusiva de Jeová. "Somente a vós vos conheci dentre todas as famílias do solo". (Êx 19:5,6). Deus então achou apropriado, contudo, lidar com eles, não estritamente como sociedade patriarcal, mas sim como a nação de Israel, que Ele (Deus) criou, dando-lhe um governo teocrático alicerçado no pacto da Lei como constituição. (Estudo Perspicaz das Escrituras, pg. 450) Israel era uma nação teocrática, mesmo porque, segundo a Bíblia, o seu governo fora determinado por Deus. Portanto, politicamente falando, os direitos e deveres dos cidadãos eram impostos por pessoas que se achavam investidas de poderes divinos. Essa característica do poder, envolvida por profundo fanatismo religioso, impunha ao povo um regime austero e intransigente. (As análises têm por base a Bíblia) Como já relatamos no início, a região da Palestina estava ocupada pelo império romano desde 67 a. C.. Assim, Israel tinha um governo teocrático que era subordinado ao imperador romano. II - Atitudes de Jesus que o levaram a julgamento Alguém matou Jesus. A morte de Jesus não foi um acidente. Porém, ninguém publicou algo que relatasse o processo e o concluísse trazendo provas irrefutáveis sobre o autor ou autores do crime. Os cristãos não acompanharam o julgamento, pois já tinham fugido quando Jesus foi capturado. A elite sacerdotal ou o poder romano nada registrou, porque Jesus era insignificante para eles. Quem realmente matou Jesus: a elite judaica; os romanos; os judeus, ou o próprio Jesus? Segundo os Evangelhos, Jesus foi levado diante do Sinédrio, na presença do Sumo Sacerdote Caifás, onde os escribas e anciãos estavam reunidos. O chefe dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um falso testemunho contra Jesus, a fim de matá-lo. Apresentaram-se duas falsas testemunhas que afirmaram ter Ele dito: "Posso destruir o Templo de Deus e edificá-lo depois de três dias" e por ter afirmado que era Cristo, filho de Deus (Mt 26: 57-68), faltas consideradas graves e por isso foi levado para ser julgado por Pôncio Pilatos, a) A elite judaica. Jesus foi levado a Pilatos, que era o governador romano da Judeia durante o ministério terrestre de Jesus, por ordem das autoridades judaicas para ser julgado sob a acusação de que era subversivo, que defendia o não pagamento de impostos, que iria destruir o templo e que dizia ser rei, rivalizando assim com César. Por quê? ® A atitude de Jesus não foi exatamente pacífica. O episódio está nos Evangelhos. "Numa visita ao Templo de Jerusalém, o coração religioso da Judeia, Jesus expulsa os vendedores de animais e comerciantes instalados nos arredores. "Não faças da casa de meu Pai um mercado!" (Mt 21:12, 13) Não foi um simples "rapa" nos camelôs. Os comerciantes faziam parte da estrutura de arrecadação do Templo. Os animais eram vendidos a preços exorbitantes. Os cambistas trocavam moedas que os visitantes traziam pela única aceita pelo Templo, o "shekel". Esse dinheiro junto com os impostos cobrados de todos os judeus adultos, faziam do Templo mais do que uma igreja. Na prática era o Banco Central da Judeia, empregando em torno de 18000 homens, que administravam e guardavam imensa fortuna. Esta situação contrariava tudo o que Jesus pregava: igualdade, fraternidade, caridade, etc. Jerusalém festejava a Páscoa (aniversário da fuga do Egito liderada por Moisés, 1400 anos antes). O Templo recebia entre 200 e 300 mil visitantes de toda a Judeia. Jesus é preso e a acusação (falsa) é de que dissera que destruiria o Templo e o condenaram à morte. Mas o direito de aplicar a pena de morte era exclusividade dos romanos. Diante disso, os chefes religiosos entregaram Jesus ao poder romano. Os líderes judeus pediam a condenação de Jesus e sua execução. Pilatos, no entanto, não vê crime nos atos de Jesus. Ao saber que Jesus era da Galiléia, enviou-o a Herodes Antipas, judeu, governante distrital (tetrarca) da Galiléia, que era inimigo de Pilatos. Herodes, que era uma pessoa devassa e cruel (Estudo Perspicaz das Escrituras), apenas zombou de Jesus, pedindo-lhe que fizesse milagres, o que não ocorreu. Revestindo Jesus de uma túnica branca, envia-o de volta a Pilatos. Desejava Pilatos livrar Jesus, pois o julgava inocente. Interroga-o novamente, porém nada encontra para condená-lo e oferece Barrabás, um criminoso, para ser crucificado em seu lugar. O povo pede que soltem o bandido. Diante da situação incontrolável, Pilatos mandou levar Jesus a um pátio e entregou-o a uma companhia de soldados que o submeteram a terríveis flagelos. Quem eram os líderes judeus: "Os "chefes dos sacerdotes" e os "escribas", com freqüência acompanhados dos "anciãos", formam uma tríade sempre ao encalço de Jesus. Quem são essas figuras? O sumo sacerdote, no período da ocupação romana, era nomeado pelo governador, que o escolhia entre as famílias judias dominantes. Caifás, então, era o Sumo Sacerdote, genro de Anás, cuja influência aparentemente ainda se fazia sentir. Os "chefes dos sacerdotes", segundo o padre Raymond Brown (vide bibliografia), eram provavelmente antigos sumos sacerdotes, ao lado de preeminentes membros de famílias entre as quais sumos sacerdotes recentes haviam sido recrutados, e algumas pessoas a quem tinham sido confiadas especiais missões sacerdotais. Os "anciãos" seriam patriarcas das famílias mais ricas e distintas, e os escribas, pessoas que se destacavam pela "inteligência e cultura", entre as quais se encontrariam os "fariseus". Grosso modo, esses três grupos constituiriam o Sinédrio, que no total contava 71 membros." (Revista "Veja"- 04/95) Caifás: José Caifás era sumo sacerdote durante o ministério terrestre de Jesus. (Lu 3:2). Era genro do sumo sacerdote Anás, seu antecessor. (Jo 18:13). Caifás era saduceu. (At 5:17). Caifás era líder de um complô para eliminar Jesus. Profetizou que Jesus morreria em breve pela nação, e empenhou-se de todo o coração neste sentido. (Jo 11:49-53: 18:12-14). No julgamento de Jesus perante o Sinédrio, Caifás rasgou a roupa e disse: "Ele blasfemou!" (Mt 26:65), referindo-se ao fato de Jesus reivindicar a dignidade divina. Quando Jesus estava perante Pilatos, Caifás estava sem dúvida presente, clamando: "Para a estaca com ele! Para a estaca com ele! (Jo 19:6, 11); ele foi um dos que pediram que Barrabás fosse liberto, ao invés de Jesus (Mt 27:20, 21; Mr 15:11); estava ali, bradando: "Não temos rei senão César" (Jo 19:15); também estava protestando contra o letreiro afixado sobra a cabeça de Jesus: "O Rei dos Judeus" (Jo 19:21). Anás: Designado sumo sacerdote por volta de 6 ou 7 EC por Quirino, governador romano da Síria até cerca de 15 EC. (Lu 2:2). Anás era, por conseguinte, sumo sacerdote quando Jesus, aos 12 anos deixou admirados os instrutores rabínicos no templo. (Lu 2:42-49). Quando Jesus foi preso, ele foi primeiro levado a Anás, para interrogatório, e então levado a Caifás, para julgamento. (Jo 18:13). O nome de Anás encabeça a lista dos principais oponentes dos apóstolos de Jesus Cristo. (At 4:6). Anás era um homem rico, e uma de suas principais fontes de renda era a venda de sacrifícios no templo. Por este fato, tinha razões para matar Jesus, que por duas vezes purificou o templo, que eles tinham transformado num "covil de salteadores". (Jo 2:13-16; Mt 21:12, 13; Mr 11:15-17; Lu 19:45, 46). Um motivo adicional para o ódio que Anás tinha a Jesus e seus apóstolos, era o ensino sobre a ressurreição, cuja prova era a ressurreição de Lázaro, porque sendo Anás saduceu ele não cria na ressurreição. ("Estudo Perspicaz das Escrituras") b) Os romanos: Pilatos, como um líder romano, era também responsável pela segurança do império. Ocorriam constantes rebeliões, que desgastavam a tropa. Roma, representada por Pôncio Pilatos, na região da Judeia, governava em conluio com as elites locais. Assim, tanto os sacerdotes (liderados por Caifás, o supremo sacerdote) quanto Herodes (judeu), governante distrital da Galiléia (designado pelo senado romano) podiam coletar impostos para si, desde que mantivessem o povo satisfeito com os romanos e dessem ao César parte da arrecadação. A corrupção é um mal muito antigo. Diante deste quadro, Pilatos não poderia negar um pedido dos judeus (matar Jesus). Não importava se inocente ou culpado. Seu dever era evitar atritos com os líderes religiosos, garantindo o fluxo de impostos para si e para o império. Por quê Pôncio Pilatos aparece na Bíblia preocupado em defender a inocência de Jesus? Na verdade, o que estava em jogo era a absolvição de Pilatos, afirma o historiador Edgar Leite, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. c) O povo judeu: A Bíblia narra que Pilatos propõe que os judeus escolham em soltar Jesus ou um bandido, Barrabás. A multidão escolhe o fora-da-lei. Diante disso, qualquer leitor é levado a aceitar o povo judeu como responsável pela morte de Jesus. Conforme diz o historiador Pedro Paulo Funari, da Unicamp, este fato é inverossímil. "Não existe nenhum outro caso conhecido em que um procurador romano fosse ouvir o que a população achava. Ainda mais se esse povo nem romano era". O que se tem como certo é a participação ativa da elite judaica, representada pelas autoridades locais e os sacerdotes, tendo à frente o sumo sacerdote Caifás. Por quê condenar o povo Judeu? O anti-semitismo é muito mais antigo que o cristianismo. A nação judaica foi construída através de longos e difíceis sacrifícios. Israel, cuja capital é Jerusalém, se encontra no Oriente Próximo, Ásia. Idioma: hebraico e o árabe. Israel é um país resultante da partilha da antiga Palestina (Jerusalém estava dividida até 1967 entre Israel e a Jordânia). Israel mantém constantes atritos com seus vizinhos árabes. Falar sobre o povo judeu é um interessante tema para uma próxima oportunidade. As acusações contra o povo judeu, que se espalham pelo mundo ao longo dos tempos, num nefando processo chamado anti-semitismo, por motivos que não importam no presente trabalho, teria como um dos fatores o nome de Judas. O nome "Judas" estaria etimologicamente ligado a "judeu". Seu gosto pelo dinheiro (30 moedas) foi generalizado para todo um povo. Santo Agostinho disse: "... enquanto Pedro representa a igreja, Judas representa os judeus..." d) Jesus: A possibilidade de Jesus ter provocado sua morte não pode ser descartada. A investida violenta contra os vendilhões do templo deu inicio a grande revolta entre os participantes, bem como atingiu frontalmente as lideranças políticas e religiosas, envolvidas com a negociata. A sua presença era um perigo constante. Além do mais, João Batista tinha sido executado por Herodes, na Galiléia, por motivos banais. Jesus, com certeza, tinha consciência do perigo que corria. No entanto, sua morte traria grande impacto em prol da causa que sustentava. Isto não quer dizer que Jesus premeditou este desfecho. III - O julgamento Todo julgamento, em princípio, deve seguir uma máxima do direito que diz: "Não há culpa sem prova e nem crime sem cominação legal". De acordo com a análise dos atos praticados por Jesus, verificamos que ocorreram duas atitudes consideradas graves pelas autoridades judaicas, passíveis de punição: a primeira foi a expulsão dos "camelôs" do Templo e a segunda a acusação de blasfêmia por se declarar filho de Deus. A expulsão dos mercadores do Templo, à luz da moral, não constitui uma falta grave, pelo contrário, visou preservar o respeito à casa de Deus. O fato de Jesus se dizer filho de Deus não é uma blasfêmia, pois Abraão e os demais patriarcas e profetas consideravam Deus como o supremo Senhor e, conforme diz a Bíblia, Deus afirmava ser os judeus o seu povo eleito, e Jesus era Judeu. Disto se conclui que: A condenação de Jesus foi uma farsa perpetrada com o objetivo de acobertar os atos imorais que vinham sendo praticados pela elite judaica (sacerdotes liderados por Anás, Caifás, escribas e anciãos) mancomunados com autoridades romanas, dentre as quais destacamos Pilatos e Herodes (que era judeu). IV - A condenação Por qual motivo Jesus foi condenado? Jesus foi submetido a dois julgamentos: judeu e romano. O julgamento judeu teria sido uma investigação preliminar, não um julgamento. Outros afirmam que coube aos romanos apenas executar uma sentença judia. Segundo diálogo que João presenciou entre Pilatos (que não encontrava razões legais ou morais para condenar Jesus) e as autoridades judaicas, Pilatos diz: "Tomai-o vós mesmos e o julgai conforme a vossa lei". Os judeus responderam: "Não nos é permitido condenar ninguém à morte." Percebe-se através desse diálogo que a intenção das autoridades judaicas era matar Jesus e não simplesmente puni-lo. Surgiu, então, um problema de competência entre a justiça romana e a judaica. Pilatos diante do impasse, entregou Jesus aos soldados para que o castigassem e, em seguida, Jesus foi levado para ser crucificado. Conclusão Podemos agora, ao final desta análise, declinar nomes de supostos culpados pela morte de Jesus, sob o meu humilde ponto de vista, embora apoiado em fontes duvidosas, o que deixa um enorme campo para discussões. Questionamento do Petrick: 1. De quem é a culpa pela crucificação: do povo ou de Pilatos? Povo: Conforme constatamos através de documentos e relatos que chegaram até nós, o povo judeu aguardava, com ansiedade, um líder que os tirasse da condição de penúria e sofrimento em que viviam, cujos culpados eram os líderes judeus. O povo, em razão de sua humildade e miséria, não tinha expressão nenhuma que sensibilizasse as autoridades romanas, a ponto de contrariar um desejo de Pilatos (libertação de Jesus). Por outro lado, é impossível aceitar que um povo se manifeste contra um homem, que era judeu, e se empenhava em ajudar os pobres, enfermos e oprimidos, a ponto de pedir sua crucificação. Pilatos: Pilatos teve uma participação muito grande na condenação de Jesus. Por quê? Pilatos realmente não encontrava culpa em Jesus, porque Ele não havia cometido nada que violasse os princípios da lei vigente naquela época. (vide o princípio legal: "... não há culpa sem prova e nem crime sem cominação legal ...". No entanto, Pilatos não podia assumir sozinho a condenação e a transferiu para as autoridades judaicas: "Levai-O e aplicai a vossa lei". Este comportamento, aparentemente correto e justo, estava encoberto por dois importante motivos: a) Era do interesse de Pilatos que Jesus fosse eliminado porque a sua presença atrapalhava a "negociata" do Templo (vide letra "a"); b) O povo judaico não aceitava o jugo romano e, portanto, ocorriam várias rebeliões contra as tropas romanas. Em razão disso, Pilatos não poderia contrariar as autoridades judaicas que pediam a morte de Jesus, para não provocar um descontentamento. Na verdade, Pilatos, lavando as mãos, salvou-se a si mesmo. Pilatos, pela seu comportamento, a meu ver, seria enquadrado como co-autor da morte de Jesus. 2. Os soldados que crucificaram Jesus, embora cumprindo ordens, têm parcela de culpa? Não têm culpa pela condenação, mas sim pela execução, levando-se em conta a necessidade de consumar o ato em razão de sua condição profissional. Vejamos em "O Livro dos Espíritos", Capítulo IV - Assassínio. Questão 746: O assassínio é um crime aos olhos de Deus? Sim, um grande crime, pois aquele que tira a vida de um semelhante interrompe uma vida de expiação ou de missão, e nisso está o mal. Questão 747: Há sempre no assassínio o mesmo grau de culpabilidade? Já o dissemos: Deus é justo e julga mais a intenção do que o fato. Questão 749: O homem é culpado pelos assassínios que comete na guerra? Não, quando é constrangido pela força; mas é responsável pelas crueldades que comete. Assim, também o seu sentimento de humanidade será levado em conta. Devemos entender que "cada um tem o que merece, de acordo com suas obras" e o que conta nesses casos é a intenção de cada um. 3. Todos os que colaboraram para a sua condenação serão perdoados? Perdoados por Deus ou pelos homens? Por Deus, com certeza. Pelos homens, não sei. Cada um receberá o que merecer, de acordo com o seu grau de comprometimento. De uma coisa temos certeza, Deus é amor e não abandona ninguém. Todos alcançaremos, um dia, após vencermos nossas imperfeições, a condição de Espíritos Puros. 4. Até onde teria chegado o império de Jesus se não tivesse sido morto? Teria se tornado um grande rei ou imperador? Acredito que a morte e a ressurreição de Jesus foram necessárias, pelos seguintes motivos: a) Jesus revelou à humanidade o amor (Segunda Revelação).Portanto, as armas que Jesus utilizou para derrotar seus inimigos eram a paz, a solidariedade, a fraternidade, virtudes desconhecidas e ignoradas na época, cujo lema era: "Quem com ferro fere será ferido". Jamais Jesus derrotaria as grandes potências e impérios, constituídos de pessoas ainda no estágio da barbárie, com demonstração de amor e fraternidade. b) A morte e a ressurreição de Jesus tornou-o um líder carismático e revelou que Deus existe e que a vida não se resume só ao plano material. A Doutrina Espírita nos revela a grandeza da obra de Deus e nos apresenta a maravilha de sua criação, da qual, felizmente, fazemos parte. Se Jesus não tivesse sido morto, com certeza teria sido o maior rei ou imperador de todos os tempos, embora a humanidade fosse imperfeita. A sua gestão, embora divina, não faria milagres, pois milagre não existe. Com isso concluo esse humilde trabalho que acrescentou muito à minha significativa ignorância, o que me leva a agradecer ao Petrick pela oportunidade que me ofereceu. Bibliografia: 1. Revista "Veja" - 04/95; 2. Revista "Época" - 04/02; 3. "A Morte do Messias" - Padre Raymond Brown; 4. "Quem Matou Jesus" - John Domuinic Crossan; 5. "O Julgamento e a Morte de Jesus" - Hainn Cohn. 6. "Bíblia de Jerusalém", Paulus Editora. 7. "Estudo Perspicaz das Escrituras", Soc.Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1992. Anízio Fernandes de Moraes – Centro Espírita Ismael – 05/ago/2004. { Costa }

Exército israelense deixa Nablus, diz prefeito

O Exército de Israel retirou-se da cidade cisjordaniana de Nablus nas primeiras horas de hoje, depois de três dias de operação militar contra supostos militantes palestinos, disseram moradores. Ao amanhecer de hoje, nenhum soldado israelense era visto nas ruas de Nablus, mas o comando militar de Israel não confirmava oficialmente o término da ofensiva, a maior operação militar israelense na Cisjordânia em meses. Adli Yaish, o prefeito de Nablus, disse que os soldados israelenses se foram e disseram que os habitantes podem agora retornar às suas rotinas. "Temos de continuar a viver", disse Yaish ao pedir a professores e alunos que comparecessem à escola hoje. Funcionários da prefeitura já estavam limpando as ruas na manhã de hoje, afirmou o prefeito. Ao longo dos três dias de invasão, dezenas de milhares de pessoas ficaram confinadas no interior de suas residências enquanto soldados israelenses promoviam buscas de casa em casa e vasculhavam as estreitas vielas do centro velho de Nablus. O governador de Nablus, Kamal Sheikh, manifestou o temor de que o Exército israelense tenha apenas interrompido momentaneamente a ofensiva para retomá-la em breve, pois o término da operação não foi confirmado oficialmente. Pelo menos um morador de Nablus morreu durante a operação israelense, deflagrada em um momento no qual líderes das principais facções rivais palestinas esforçam-se para estabelecer um governo de unidade nacional. O Exército israelense alega que a operação foi necessária para impedir que "homens-bomba procedentes de Nablus tentassem atacar" Israel. Os soldados israelenses detiveram pelo menos cinco pessoas durante a invasão. Fonte: Agencia Estado - AE-AP { Costa }

Coréias do Norte e do Sul fazem 1ª reunião ministerial

Integrantes do alto escalão dos governos das Coréias do Norte e do Sul participaram hoje da primeira reunião de alto nível entre Pyongyang e Seul desde o teste nuclear promovido pelo governo norte-coreano em outubro do ano passado. A retomada dos contatos de alto nível é vista por analistas como uma oportunidade para que os dois países cheguem a um acordo de ajuda à Coréia do Norte, depois de Pyongyang ter prometido desmantelar seu programa nuclear durante as negociações multilaterais realizadas este mês em Pequim. Os contatos estavam suspensos desde julho de 2006, quando a Coréia do Sul se recusou a manter o diálogo depois de a Coréia do Norte ter promovido uma série de testes de mísseis. Em outubro, o teste nuclear norte-coreano aprofundou a crise. Enquanto diplomatas sul-coreanos desembarcavam hoje em Pyongyang, o presidente da Coréia do Sul, Roh Moo-hyun, dizia em Seul que é importante mostrar aos norte-coreanos que eles ganharão mais se desfazendo de seu programa nuclear do que dando continuidade a ele. A reunião de nível ministerial entre as duas Coréias - mais alto canal regular de diálogo entre os dois governos - é um reflexo da amenização da tensão na Península Coreana por causa do acordo de 13 de fevereiro, por meio do qual a Coréia do Norte comprometeu-se a desligar seu principal reator nuclear em troca de ajuda energética. Fonte: Agencia Estado - AE-AP { Costa }

EUA convidam Irã e Síria para discutir sobre o Iraque

EUA convidam Irã e Síria para discutir sobre o Iraque Os Estados Unidos devem retirar as tropas do Iraque? Os governos dos Estados Unidos e do Iraque estão lançando uma nova iniciativa diplomática e convidando o Irã e a Síria para um "encontro de vizinhos" sobre a estabilização do Iraque, anunciou a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice. "Esperamos que esses governos aproveitem a oportunidade para melhorar sua relação com o Iraque e trabalharem pela paz e estabilidade na região", acrescentou ela em declaração preparada para ser feita a um comitê do Senado americano. Trechos foram distribuídos antecipadamente pelo Departamento de Estado. A medida marca uma mudança de posição da administração Bush, que resistia a incluir o Irã e a Síria em qualquer discussão diplomática visando a estabilização do Iraque. "Tenho satisfação de anunciar que estamos também apoiando os iraquianos numa nova ofensiva diplomática: para construir um apoio maior, tanto na região quanto além, à paz e prosperidade no Iraque", disse Rice, acrescentando que autoridades americanas e iraquianas concordam que o sucesso no Iraque "exige o positivo apoio dos vizinhos do Iraque". Nas últimas semanas, a administração Bush vinha intensificando suas críticas ao papel do Irã no Iraque, acusando a república islâmica de armar insurgentes e a Síria de abrigar forças contrárias ao governo iraquiano e permitir que armas passassem por sua fronteira. Fonte: Agencia Estado - AE-AP {Costa }

Achadas mais 36 partes de ossadas de ataques de 11 de Setembro

Mais 36 restos de ossadas dos ataques de 11 de setembro de 2001 contra o World Trade Center foram encontrados próximos do local. Destes, 11 tinham tamanho considerável - entre 2,5 e 7,6 centímetros. Os outros 25 foram achados próximos a uma rua usada por autoridades locais, disse ontem Ellen Borakove, porta-voz do serviço médico. Já são mais de 350 ossos encontrados desde outubro, em diversas partes do local onde caíram as Torres Gêmeas, entre ruínas e pedaços de computador. Funcionários públicos da cidade que fazem a limpeza dos restos do incidente não explicaram como os ossos e o aço ainda estão no local. A cidade está empenhando cerca de US$ 30 milhões em buscas nas ruas e outras áreas próximas ao local do World Trade Center que não foram incluídas nas buscas iniciais. Mais buscas estão planejadas para os próximos 18 meses no local, onde mais de 750 partes de restos humanos foram encontradas desde 2001. Fonte: Agencia Estado - AE-AP {Costa }

Países islâmicos e ocidentais devem se reunir em Bagdá

Representantes do Ocidente e de países islâmicos - incluindo os Estados Unidos, Irã e Síria - devem participar de uma conferência em março em Bagdá sobre formas de conter a violência no país, disse hoje o chanceler iraquiano, Hoshiyar Zebari. Zebari disse que a reunião em meados de março seria uma chance para o Ocidente e as potências regionais tentarem resolver algumas de suas diferenças. "Nossa esperança é que isso seja uma tentativa de quebrar o gelo, para talvez realizar outras reuniões no futuro. Queremos que o Iraque, ao invés de ser uma questão que divide, seja uma questão que une", disse Zebari por telefone, durante visita à Dinamarca. O Iraque planeja essa reunião há semanas, mas até hoje esperava-se apenas que ela envolvesse autoridades de países islâmicos. Os vizinhos do Iraque devem enviar seus vice-chanceleres ou alto funcionários, afirmou Zebari. Mas o ministro informou que os embaixadores em Bagdá dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) também confirmaram presença. "Todos concordaram em participar, após árduas negociações." Uma porta-voz da embaixada britânica confirmou a participação do país no encontro, mas não informou em que nível. Reuniões Sobre a possibilidade de os representantes norte-americanos manterem reuniões separadas com os iranianos e sírios, Zebari disse: "Queremos antes colocá-los todos dentro de uma sala, para então explorar outras possibilidades." Em dezembro, o bipartidário Grupo de Estudos sobre o Iraque sugeriu que a administração Bush estabelecesse um diálogo direto com Damasco e Teerã na busca por ajuda para estabilizar o Iraque. Mas o governo de George W. Bush reagiu com frieza à idéia. Bush não descartava uma conferência regional envolvendo Irã e Síria, mas a Casa Branca sinalizava que caberia ao Iraque organizar isso. Washington acusa Teerã de alimentar a violência no Iraque. Nas últimas semanas, militares norte-americanos em Bagdá vêm apresentando o que dizem ser provas de contrabando de armas iranianas para o Iraque. Os EUA também acusam a Síria de permitir a infiltração de militantes estrangeiros por sua longa e porosa fronteira com o Iraque. Ambos os países negam as acusações. Fonte: Agencia Estado - AE-AP {Costa }

Em Moscou, Hamas promete suspender ataques a Israel

O líder supremo do Hamas, Khaled Meshal, prometeu durante visita a Moscou que o grupo islâmico suspenderá os disparos de mísseis e outros ataques contra Israel, declarou hoje o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov. "O Hamas deveria usar sua autoridade para conter a violência, inclusive os disparos de mísseis na direção de Israel", prosseguiu Lavrov em entrevista coletiva conjunta concedida ao lado de Meshal. "Recebemos a informação de que isso será feito", afirmou. "Nossa recomendação ao Hamas, que hoje foi transmitida a Meshal, é que o grupo siga na direção dos princípios do Quarteto, que incluem o reconhecimento de Israel", concluiu Lavrov. Entretanto, Meshal comentou numa entrevista coletiva em separado que o Hamas ainda não está pronto para reconhecer Israel. A renúncia à violência e o reconhecimento ao direito de Israel são condições impostas ao Hamas por mediadores de paz estrangeiros. "Acima de tudo, Israel precisa encerrar a ocupação dos territórios palestinos e parar de provocar sofrimento ao povo palestino", justificou Meshal. "Quando Israel o fizer, o povo palestino deixará clara sua posição", assegurou. Antes da reunião, Lavrov afirmou que o governo russo buscará apoio internacional ao acordo de partilha de poder fechado recentemente entre o Hamas e o Fatah e pela suspensão de um embargo político e econômico imposto pelo Ocidente à Autoridade Nacional Palestina (ANP). A Rússia, integrante do chamado Quarteto de mediadores da paz no Oriente Médio, é a favor do acordo de partilha de poder entre as duas facções palestinas rivais porque o documento demonstra "sabedoria, razão e responsabilidade ante o povo palestino", declarou Lavrov. Os comentários do chanceler russo foram feitos antes do início da reunião entre ele e líder supremo do Hamas. A visita de Meshal a Moscou reflete a posição declarada do Kremlin de que a melhor forma de lidar com o Hamas é por meio de negociações, e não sanções. A Rússia tem buscado incrementar sua participação no Oriente Médio e responde mais positivamente quanto ao plano de governo de unidade nacional do que os Estados Unidos e a União Européia (UE). "Estamos em contato com os integrantes da comunidade internacional para apoiar este processo e torná-lo irreversível, inclusive os esforços pela suspensão do embargo", declarou Lavrov. Os Estados Unidos, principais aliados de Israel, lideram um embargo ocidental à ANP desde março de 2003, quando o Hamas assumiu o governo palestino dois meses depois de ter vencido por ampla margem as eleições gerais nos territórios palestinos. O Quarteto - integrado por EUA, Rússia, UE e Organização das Nações Unidas (ONU) - exige que qualquer governo palestino reconheça o direito de existência de Israel, o que o Hamas recusa-se a fazer. Apesar disso, o acordo de partilha de poder fechado este mês na Arábia Saudita parece ter começado a influenciar a posição de alguns países europeus com relação ao Hamas. O presidente da França, Jacques Chirac, comentou recentemente que pedirá em março, durante reunião de cúpula da UE, o apoio do bloco ao plano de governo de unidade nacional nos territórios palestinos. Miri Eisin, porta-voz do primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, rejeitou a declaração de Lavrov. "Esta não é a posição da comunidade internacional nem a posição do Quarteto", assegurou ela. Fonte: Agencia Estado - AE-AP {Costa }

Cresce violência em cidades do interior, diz estudo

Por: Terra A violência nos pequenos municípios do interior do País aumenta, enquanto a violência nas grandes metrópoles está estagnada. Esta foi uma das conclusões do estudo "Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros", realizado pela Organização dos Estudos Ibero-Americanos, com apoio do Ministério da Saúde e divulgado nesta terça-feira em Brasília. O fato explica-se por um processo de descentralização e desconcentração do desenvolvimento econômico, com a emergência de novos pólos no interior dos Estados. Segundo a pesquisa, os 556 municípios com as maiores taxas de homicídios na população total concentram 71,8% do total de crimes ocorridos no País em 2004. Além disso, esses 556 municípios, que representam 10% dos estudados, concentram 42% do total da população do País. O campeão de homicídios foi o município de Colniza, em Mato Grosso, com uma taxa média de 165,3 homicídios em cada 100 mil habitantes (entre os anos de 2002 e 2004). O segundo município com maior índice também encontra-se em Mato Grosso: a cidade de Juruena possui uma média de 137,8 homicídios a cada 100 mil habitantes. O terceiro no ranking é Coronel Sapucaí, em Mato Grosso do Sul, com a média 116,4 homicídios por 100 mil habitantes, seguido por Serra, no Espírito Santo, com 11,3; e São José do Xingu, também em Mato Grosso, com 109,6 homicídios a cada cem mil habitantes. A pesquisa mostra ainda que, entre 1994 e 2004, os homicídios entre a população jovem cresceram de 11,33 mil para 18,59 mil, o que resulta em um aumento de 64,2%. Além disso, em todas as regiões do País, aumentou também o número de vítimas jovens (entre 15 e 24 anos). Os índices de homicídios juvenis no País são mais de 100 vezes maiores do que em países como Áustria, Japão ou Egito. O estudo também mostra que São Paulo foi o único Estado brasileiro que no último qüinqüênio conseguiu reduzir a taxa de violência. Um dos motivos da redução seria a instalação do Fórum Metropolitano de Segurança Pública em 2001, integrado por 39 prefeituras municipais da região metropolitana e a Secretaria Executiva do Instituto São Paulo Contra a Violência. Além do diagnóstico de São Paulo, a pesquisa mostra também a situação de outros 5560 municípios brasileiros. O estudo compara a violência no Brasil com a dos triênios 2001-2004 e 1997-1999. {Costa }

Câmara adia votação de projetos sobre segurança pública

Por Redação, com agências de notícias - de Brasília A Câmara dos Deputados adiou a apreciação de projetos sobre a segurança pública que seria realizada nesta terça-feira. O assunto voltará a ser discutido somente na próxima semana. Mais cedo, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) já havia adiado a votação de dois projetos de segurança. Restará ao Senado nesta quarta-feira, por meio da sua CCJ, tentar votar a proposta que trata da redução da maioridade penal. Sem acordo, os líderes partidários da Câmara decidiram não votar nesta terça no plenário o projeto que acaba com a prescrição retroativa ao crime, mecanismo em que o tempo da pena de um criminoso começa a contar a partir do recebimento da denúncia ou da data do crime cometido, antes de ocorrer o julgamento. Segundo o projeto, a prescrição do crime passa a valer somente após a data da publicação da sentença do acusado. Uma nova reunião foi marcada para quinta-feira para discutir o assunto. Segundo o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), o tema voltará para o plenário na próxima segunda. A CCJ também adiou a votação do projeto que dobra de 360 para 720 dias o período de reclusão no regime disciplinar diferenciado (RDD), de segurança máxima, aos presos envolvidos com organização criminosa dentro da cadeia. Integrantes da CCJ pediram vista coletiva (mais prazo para analisar o projeto), autorizada pelo regimento da Câmara. A comissão deve retomar a discussão do projeto, aprovado no Senado em 2006, na próxima semana. Ainda estava na pauta da CCJ desta terça-feira o projeto que concede o direito à delação premiada a um preso condenado. Ou seja, o preso poderia diminuir sua pena se colaborasse com as investigações. Nesta terça, somente pessoas denunciadas ou sob investigação têm direito a esse benefício. A votação da proposta, porém, também foi adiada. {Costa }

Número de internautas no Brasil cresce 17% em janeiro

Segundo pesquisa do Ibope, País possui 14 milhões de usuários da web Reuters SÃO PAULO - O número de pessoas que navegaram pela internet pelo menos uma vez em janeiro no Brasil atingiu 14 milhões, crescimento de 17% sobre igual período de 2005, afirma levantamento divulgado nesta terça-feira, 27. Na comparação do dezembro, houve, entretanto, uma queda de 2,7% no total de usuários "ativos". Apesar disso, o Brasil continuou a ser o país com maior tempo médio de navegação residencial por internauta, com 21 horas e 20 minutos, 18 minutos menos do que último mês de 2006, informou a empresa de pesquisa de mercado Ibope/NetRatings. Mas em relação às 18 horas de janeiro do ano passado, há um crescimento de 18,5% no tempo de navegação por internauta no Brasil. Entre os dez países analisados pela companhia, os que mais se aproximaram do Brasil no tempo médio uso de internet foram França, com 20h55; Estados Unidos, com 19h30; Alemanha, com 18h56min; Japão, com 18h31; e Reino Unido, com 18h29. O número total de pessoas com acesso à web em casa no País permaneceu em 22,1 milhões, 10,7% acima do registrado em janeiro de 2006. A categoria de site em destaque de ganho de audiência foi a de páginas ligadas ao setor automotivo, apresentando evolução de 6% sobre dezembro, com quase 2,2 milhões de visitantes únicos. "O interesse por automóveis na internet cresce a cada dia. O alcance da categoria em janeiro de 2006 era 13,4% e no mesmo período de 2007 atingiu 15,4%", disse o coordenador do núcleo de análises Ibope Inteligência, Alexandre Magalhães. "A melhoria das condições financeiras da população, aumento dos prazos de financiamento, décimo terceiro no final do ano, tudo isso junto parece favorecer esse mercado online", acrescentou. Segundo o analista, 12 das 15 categorias que a empresa acompanha no País cresceram mais do que os 17% da web. "O que indica que há cada vez mais um interesse muito diversificado por parte dos brasileiros na internet. Essa diversificação é fruto direto da melhoria das conexões usadas no País, com mais pessoas optando por uma conexão de banda larga a cada dia", disse Magalhães em nota distribuída à imprensa. {Costa }

Índice que corrige aluguéis cai em fevereiro

Da FolhaNews 27/02/2007 09h54-O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) desacelerou e registrou inflação de 0,27%, em fevereiro. O índice, que corrige contratos de aluguel e tarifas de energia elétrica, ficou abaixo da variação de janeiro (0,50%) e atingiu todos os componentes de taxa, segundo a FGV (Fundação Getúlio Vargas). O IPA (Índice de Preços por Atacado) avançou 0,21%, taxa inferior à registrada em janeiro, de 0,40%. Os bens industriais "puxaram" o índice e recuaram 0,09% após alta de 0,33% no mês anterior. O índice relativo aos Bens Finais variou 0,21%, em fevereiro, ante 0,34% em janeiro. Excluindo-se os subgrupos alimentos "in natura" e combustíveis, o índice de Bens Finais (ex) registrou variação de -0,32%, em fevereiro, ante 0,37%, em janeiro. Os Bens Intermediários variaram -0,16%, desacelerando-se em relação a janeiro, quando a taxa havia sido de 0,25%. O subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que teve sua taxa de variação reduzida de 0,31% para -0,55%, foi o principal responsável pelo decréscimo da taxa do grupo. No estágio inicial da produção, o índice de Matérias-Primas Brutas variou 0,87%, em fevereiro, ante 0,74%, em janeiro. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) apresentou variação de 0,43%, em fevereiro, ante 0,81% no mês anterior. Com exceção do grupo Despesas Diversas, que conservou o ritmo de alta do último mês, as outras seis classes de despesa do índice registraram decréscimos. O grupo Vestuário (-0,44% para -2,19%) foi o que mais contribuiu para a desaceleração do índice, graças ao item roupas, cuja taxa passou de -0,64% para -2,95%. A segunda maior contribuição para o recuo da taxa do IPC veio do grupo Educação, Leitura e Recreação (1,54% para 0,67%), em que se destacou o item cursos formais (3,11% para 1,54%). O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) registrou alta de 0,26%, em fevereiro, contra 0,45% no mês anterior. Apenas Mão-de-Obra apresentou decréscimo em sua taxa de variação, que recuou de 0,50%, em janeiro, para 0,02%, em fevereiro. O decréscimo foi conseqüência do fim do impacto dos reajustes salariais, por ocasião da data-base, nas cidades de Recife e Belo Horizonte. No ano, a taxa acumula alta de 0,77%. Nos últimos 12 meses, o IGP-M fica em 3,67%. { Costa }

Árabes afirmam que não participarão de ataque contra o Irã

Árabes afirmam que não participarão de ataque contra o Irã Teerã esnobou potências mundiais e disse que nunca vai abandonar projeto nuclear Efe e Reuters ARÁBIA SAUDITA - O secretário-geral da Arábia Saudita, Abdel-Rahman al-Attiyah, afirmou nesta terça-feira, 27, que os membros dessa aliança política e econômica não participarão de qualquer possível ação militar contra o Irã. Teerã esnobou as potências mundiais e disse que nunca vai abandonar projeto nuclear. Attiyah, em declarações ao jornal catariano Al Raya, qualificou o Irã como "um país vizinho e irmão". O secretário-geral também qualificou de "mentiras" as informações relativas ao fato de que alguns países do CCG permitiriam que aviões militares israelenses cruzem seus espaços aéreos para atacar instalações nucleares iranianas, o que foi desmentido também pelas autoridades de Israel. O CCG é integrado pela Arábia Saudita, Kuwait, Catar, Barein e Emirados Árabes Unidos. As afirmações de Attiyah ocorrem no momento em que aumenta a inquietação nos ricos países petroleiros do CCG, devido à crescente tensão entre Estados Unidos e o Irã devido às atividades nucleares iranianas. Irã esnoba potências O Irã disse nesta terça-feira, 27, que jamais suspenderia o enriquecimento de urânio como exigido pelo Ocidente. A declaração foi feita um dia depois de as potências mundiais concordarem em trabalhar sobre uma nova resolução da ONU para pressionar Teerã a suspender seu programa nuclear. Autoridades dos cinco países membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas com poder de veto - Estados Unidos, França, Rússia, China e Grã-Bretanha - mais a Alemanha, se reuniram em Londres na segunda-feira, quando disseram que estavam comprometidos em negociar uma resolução para romper o impasse. Os EUA - que disseram que "todas as opções" estavam em aberto enquanto insistiam que queriam uma solução pacífica para o caso - aumentaram a pressão sobre a República Islâmica ao enviar um novo porta-aviões para o Golfo. A Rússia expressou preocupação com o aumento de declarações sobre ataques militares e a China voltou a pedir uma solução diplomática para a questão. Ambos os países vêm se mostrando relutantes em penalizar o Irã. "Suspender o enriquecimento de urânio é uma exigência ilegal e ilegítima... e isso nunca vai acontecer," disse o ministro das Relações Exteriores iraniano, Manouchehr Mottaki, segundo a agência de notícias oficial IRNA. A ONU impôs sanções limitadas ao programa nuclear iraniano em dezembro, e Teerã enfrenta mais sanções por ignorar um prazo que terminou em 21 de fevereiro para suspender o enriquecimento de urânio que, segundo o Ocidente, está sendo usado para produzir bombas atômicas. O Irã, o quarto maior produtor de petróleo do mundo, insiste que seus planos são civis e que só deseja enriquecer urânio para fabricar combustível para usinas de energia nuclear. { Costa }

26 de fevereiro de 2007

"O Túmulo Perdido de Jesus" : Maçonaria realiza a Guerra Fria contra cristianismo

Um documentário produzido por James Cameron, mesmo diretor do filme "Titanic", que estreia nesta segunda-feira (26) no Discovery Channel deve agitar os cristãos. A ideia do filme é que Jesus não ressuscitou. Foi sepultado em Jerusalém, com a família, incluindo o filho que teve com Maria Madalena. DESTAQUE Comissão Militar-Industrial se reúne terça-feira Médio Oriente: Moscovo apela para diálogo Lavrov: Escudo dos EUA incompreensível Gracyanne Barbosa é capa da edição da Playboy de fevereiro Mais... Realizado pelo judeu canadiano Simcha Jacobovici, "O Túmulo Perdido de Jesus" afirma basear-se em provas concretas - teste de ADN, estatísticas, análises forenses -, mas causará polémica ao pôr em causa um dos fundamentos do cristianismo: a ressurreição de Cristo. Para perceber como Cameron e Jacobovici chegaram até aqui, é preciso recuar até 1980, quando umas escavações em Talpiot, subúrbio de Jerusalém, revelaram uma cripta com mais de dois mil anos. No interior, dez caixões. Foram precisos 20 anos para decifrar os nomes neles inscritos em aramaico: Maria, Mateus, Jesus, filho de José, Maria (Madalena) e Judas, filho de Jesus. Nomes comuns no século I, que só anos depois chamaram a atenção dos peritos. Seria coincidência? Ou seria esta a sepultura da família de Jesus? "As pessoas terão de acreditar no que quiserem", disse Jacobovici à Newsweek. Dois dos sarcófagos seráo exibidos hoje durante a conferência de imprensa, mas em nome de Israel falou já Amos Kloner, professor de arqueologia e supervisor das escavações de 1980: “É um óptimo argumento televisivo, mas um disparate do ponto de vista histórico. José pai de Jesus, era um humilde carpinteiro que nunca poderia ter providenciado sarcófagos tão luxuosos para a família." O diácono Andrei Kuráyev, conhecido teólogo ortodoxo russo e professor da Academia Espiritual de Moscou, opinou hoje em Moscou que no mundo ocidental cada ano, na véspera da Páscoa, aparece na mídia uma sensação que petende afetar a doutrina cristã. Recordamos por exemplo a descoberta de tal chamado 'Evangelho de Judas' que não pode ser obra de Judas Iscariotes pela simples razão que Judas se enforcou no mesmo dia em que Cristo foi crucificado. Segundo Kurayev logo depois mesmo na mídia aparece um desmentido “ estampado pelas letras pequenas, mas ninguem leia”. ''Não podemos imaginar que a descoberta de uma sepultura mude a composição da Sagrada Escritura'', disse. Kurayev acredita que no mundo ocidental realiza-se uma guerra fria contra cristianismo organizada pela maçonaria, freqüentemente judea, cita Interfax. { Costa }

Arqueólogo contesta documentário de Cameron sobre suposto túmulo de Jesus

Um documentário a ser exibido nesta segunda-feira nos Estados Unidos afirma ter identificado o túmulo onde foram enterrados Jesus Cristo, sua mãe Maria, e Maria Madalena. Mas o arqueólogo que liderou as escavações que encontraram urnas funerárias nos arredores de Jerusalém refutou a teoria do filme intitulado "The Lost Tomb of Jesus" (O Túmulo Perdido de Jesus). O documentário foi produzido pelo diretor do filme "Titanic", James Cameron, para o canal de TV Discovery. As supostas revelações do documentário fazem referência a um túmulo encontrado em 1980 no subúrbio de Talpiyot, em Jerusalém. Nele, os arqueólogos encontraram dez caixões – ou repositórios de ossos – e três crânios. "É uma ótima história para um filme, mas é impossível. É bobagem", disse ele, segundo o jornal "Jerusalem Post". "Jesus e seus parentes eram uma família da Galiléia, sem laços com Jerusalém. A tumba de Talpiot pertencia a uma família de classe média do primeiro século", acrescentou. Seis deles portavam inscrições que foram traduzidas como Jesus, filho de José; Judá, filho de Jesus; Mariamne (apontado como o verdadeiro nome de Maria Madalena); Maria; José; e Mateus. Mas, à época, o achado não gerou grande interesse, porque os nomes eram comuns há dois mil anos. Quinze anos depois, a equipe submeteu os resíduos de ossos a testes de DNA, e verificou que não havia parentesco entre os ossos que seriam de Jesus e Maria Madalena, levando-os a concluir que ambos só poderiam estar na mesma tumba se fossem casados. Embora a caverna tenha sido descoberta há quase 30 anos, Cameron e Simcha Jacobovici, outro produtor do documentário, foram os primeiros a estabelecer que ela foi de fato o local de enterro de Jesus e sua família. O filme documenta os estágios da pesquisa sobre a caverna e os caixões e é resultado de três anos de trabalho. Segundo os realizadores, a pesquisa teve colaboração de cientistas internacionalmente reconhecidos, arqueólogos, especialistas em DNA e em antigüidades. { Costa }

Diretor de Titanic diz ter encontrado túmulo de Jesus

James Cameron tenta provar fato em documentário que será exibido no Discovery O cineasta James Cameron LONDRES - O documentário The Lost Tomb of Jesus (O Túmulo Perdido de Jesus, em tradução livre), produzido pelo diretor do filme Titanic, James Cameron, para o canal de TV Discovery, vai ser exibido nesta segunda-feira nos Estados Unidos. O documentário, dirigido pelo canadense Simcha Jacobovici, tenta provar a teoria de que o túmulo onde estão enterrados Jesus Cristo, sua mãe, Maria, e Maria Madalena, foi encontrado. As supostas revelações do documentário fazem referência a um túmulo encontrado em 1980 no subúrbio de Talpiot, em Jerusalém. Nele, os arqueólogos encontraram dez caixões - ou repositórios de ossos - e três crânios. Seis deles portavam inscrições que foram traduzidas como Jesus, filho de José; Judá, filho de Jesus; Mariamne (apontado como o verdadeiro nome de Maria Madalena); Maria; José; e Mateus. Mas, à época, o achado não gerou grande interesse, porque os nomes eram comuns há dois mil anos. Quinze anos depois, a equipe submeteu os resíduos de ossos a testes de DNA, e verificou que não havia parentesco entre os ossos que seriam de Jesus e Maria Madalena, levando-os a concluir que ambos só poderiam estar na mesma tumba se fossem casados. Questionamento Embora não questione o episódio bíblico da Ressurreição - já que não havia ossos nos caixões - o filme de US$ 2 milhões (quase R$ 4,5 milhões) põe em questão os pilares do Cristianismo da mesma forma que o best-seller O Código da Vinci, de Dan Brown. Na trama, a Igreja tenta esconder a revelação de que Jesus e Maria Madalena tiveram um filho. Para evitar manifestações de católicos, o local onde James Cameron dará uma coletiva de imprensa, nesta segunda-feira, será mantido em segredo até o último momento. A tumba onde os ossos foram encontrados também permanece sob guarda armada. Mas o cientista que supervisionou as escavações em 1980, Amos Kloner, disse que os nomes eram coincidência, e qualificou o filme como "bobagem". "É uma ótima história para um filme, mas é impossível. É bobagem", disse Kloner, segundo o jornal Jerusalem Post. "Jesus e seus parentes eram uma família da Galiléia, sem laços com Jerusalém. A tumba de Talpiot pertencia a uma família de classe média do primeiro século." Polêmica Stephen Pfann, professor da Universidade de Holy Lande, em Jerusalém, que foi entrevistado no documentário, disse que a hipótese é válida, mas não acha que os católicos vão "comprar a idéia". "Os mais céticos não vão acreditar, mas é verdade que (o documentário) preenche buracos na história". Pfann disse ainda que é possível que o nome "Jesus" esteja escrito incorretamente no túmulo. Ele acha que se parece mais com "Hanun". "Será que a história é possível mesmo? Em uma escala de um a dez, digamos que seja um, no máximo um e meio". Osnat Goaz, porta-voz da agência do governo israelense responsável por arqueologia, se recusou a comentar o caso antes que o documentário seja exibido. { Costa }

Documentário mostrará suposto túmulo de Jesus

Um documentário a ser exibido no Brasil em um canal de TV a cabo no dia 18 de março afirma ter identificado o túmulo onde foram enterrados Jesus Cristo, sua mãe Maria, e Maria Madalena. Intitulado The Lost Tomb of Jesus (ou "O Túmulo Perdido de Jesus", em tradução livre), o documentário foi produzido pelo diretor do filme Titanic, James Cameron, para o canal de TV Discovery Channel. As supostas revelações do documentário fazem referência a um túmulo encontrado em 1980 no subúrbio de Talpiot, em Jerusalém. Nele, os arqueólogos encontraram dez caixões – ou repositórios de ossos – e três crânios. Seis deles portavam inscrições que foram traduzidas como Jesus, filho de José; Judá, filho de Jesus; Mariamne (apontado como o verdadeiro nome de Maria Madalena); Maria; José; e Mateus. Mas, à época, o achado não gerou grande interesse, porque os nomes eram comuns há dois mil anos. Quinze anos depois, a equipe submeteu os resíduos de ossos a testes de DNA, e verificou que não havia parentesco entre os ossos que seriam de Jesus e Maria Madalena, levando-os a concluir que ambos só poderiam estar na mesma tumba se fossem casados. Questionamento - Embora não questione o episódio bíblico da Ressurreição – já que não havia ossos nos caixões – o filme de US$ 2 milhões (quase R$ 4,5 milhões) põe em questão os pilares do Cristianismo da mesma forma que o livro O Código da Vinci, de Dan Brown. Na trama, a Igreja tenta esconder a revelação de que Jesus e Maria Madalena tiveram um filho. A tumba onde os ossos foram encontrados também permanece sob guarda armada. Mas o cientista que supervisionou as escavações em 1980, Amos Kloner, disse que os nomes eram coincidência, e qualificou o filme como "bobagem". "É uma ótima história para um filme, mas é impossível. É bobagem", ele disse, segundo o jornal Jerusalem Post. "Jesus e seus parentes eram uma família da Galiléia, sem laços com Jerusalém. A tumba de Talpiot pertencia a uma família de classe média do primeiro século". ( Costa }

Descoberta de túmulo de Jesus é "farsa publicitária"

Um arqueólogo israelita considera que as afirmações sobre o documentário que aponta para a descoberta do túmulo de Jesus são uma "farsa publicitária" "A afirmação de que o túmulo (de Jesus) foi encontrado não está apoiado em nenhuma prova e somente uma manobra para vender”, afirma o professor Amos Kloner, da Universidade Bar-Ilan e arqueólogo oficial do Distrito de Jerusalém, que fiscalizou as escavações do mesmo local em 1980. O canal Discovery já anunciou a emissão de um documentário onde garante ter encontrado o local onde Jesus foi sepultado. 10 ossadas encontradas numa cova em 1980, seis levam inscrições identificando-as como os de Jesus, sua mãe Maria, uma segunda Maria (possivelmente Maria Madalena), e alguns parentes chamados Mateus, Josa e Judá; este último seria "o filho de Jesus". Diz o especialista que a inscrição de nomes nas campas era frequente na era do Segundo templo e que a inscrição "Jesus filho de José" foi encontrada em muitas outras tumbas em Jerusalém. "É muito pouco provável que Jesus e seus parentes tivessem um túmulo familiar ", explicou Kloner. "Eles eram uma família da Galileia sem vínculos em Jerusalém. A campa de Talpiot pertenceu a uma família de classe média do primeiro século de nossa era", defende. O documentário foi realizado por James Cameron, director do filme "Titanic" e deverá ser exibido ainda durante a Quaresma. { Costa )

TV NET

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Irã lança foguete e aumenta tensão

TEERÃ, Irã – O Irã anunciou ontem que realizou “com sucesso” seu primeiro teste para lançar ao espaço um foguete de fabricação nacional, segundo a emissora de TV iraniana Alalam. A fonte citada pela televisão iraniana informou que o foguete transporta “equipamentos para pesquisa”, dizendo que foi fabricado por cientistas iranianos. A agência de notícias Isna informou, por sua vez, que o lançamento do foguete foi possível graças à cooperação entre os ministérios de Defesa e Ciência e Tecnologia da República Islâmica. O diretor do Instituto de Aeroespacial do Irã, Mohsen Bahrami, qualificou o teste de “ponto de partida na marcha do desenvolvimento iraniano nas pesquisas sobre o espaço”. “Tanto o material de pesquisa espacial quanto o foguete foram desenhados e fabricados pelos especialistas iranianos”, destacou Bahrami durante uma conferência aeroespacial inaugurada ontem, no Irã. Bahrami, no entanto, não informou a hora do lançamento do foguete ou a natureza de sua missão. Além disso, não foram mostradas imagens do lançamento ou outros detalhes técnicos que dariam à informação maior credibilidade. A BBC relata que nenhuma das potências com satélites de espionagem detectou indícios do lançamento iraniano, o que reforça a possibilidade de o Irã estar blefando, ou, então, de o teste ter envolvido um lançador ainda incapaz de colocar algum objeto em órbita. Controvérsia Segundo a agência de notícias estatal iraniana, citando um funcionário da agência espacial, o Irã teria lançado “um foguete sub-orbital, para pesquisas científicas, e não um míssil capaz de chegar ao espaço”. Ali Akbar Golrou, a autoridade do centro de pesquisa aeroespacial iraniano, disse à agência de notícias Fars que o foguete não permaneceria em órbita – mas poderia subir 150 km na atmosfera antes de cair com pára-quedas de volta à Terra. “O que foi anunciado pelo chefe do centro de pesquisa (Mohsen Bahrami) tem relação com este mesmo foguete de sondagem”, disse Golrou, negando a informação sobre o míssil. As informações foram reveladas um dia depois do ministro da Defesa iraniano, Mostafa Mohammad Najjar, ter afirmado que o país planejava construir um satélite e um lançador de foguetes. Tensão O suposto lançamento é feito em um momento de crescente tensão entre o país e o Ocidente, por causa de seu programa nuclear e, segundo Harrison, tem um objetivo claro de confronto. Hoje, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a Alemanha vão se reunir para discutir mais sanções contra o Irã por ignorar o prazo, esgotado na semana passada, para suspender o seu programa de enriquecimento de urânio – o Irã assegura que sua finalidade seja a produção de eletricidade. Ontem, o presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, afirmou que o programa nuclear de seu país é irreversível, pois “o trem nuclear já não tem freios”, informou a agência Fars. “O Irã controla a tecnologia da produção do combustível nuclear. É um trem que anda e já não tem freios”, declarou Ahmadinejad. Em resposta, no início da tarde, os ministros de Relações Exteriores de sete países muçulmanos pediram uma solução diplomática ao “perigoso” enfrentamento pelo programa nuclear do Irã em comunicado conjunto. Cheney vai a Omã discutir impasse no Oriente DUBAI, Emirados Árabes – O vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, desembarcou ontem em Omã, uma monarquia árabe aliada dos EUA no Oriente Médio, e foi diretamente para uma reunião com o chanceler local, informaram autoridades do governo. Um porta-voz da embaixada norte-americana em Omã declinou comentar sobre os assuntos que serão tratados por Cheney, mas um representante do governo local, que pediu para não ser identificado, disse que o vice de Bush deveria discutir a segurança na região, incluindo o impasse nuclear com o Irã com o ministro de Relações Exteriores, Yousuf bin Alawi bin Abdullah. Omã está localizado no lado oposto ao Irã no Estreito de Ormuz, por onde passa 40% de todo o petróleo comercializado no mundo. Um representante do governo omaniano afirmou que Bin Alawi pedirá o apoio americano para a retomada do processo de paz entre palestinos e israelenses. A parada de Cheney em Omã veio depois de ele deixar a Austrália e fazer uma pequena parada em Cingapura, para reparos em seu avião. Omã, um país isolado na extremidade sudeste da Península Arábica, tem sido um discreto aliado militar dos EUA nas últimas décadas. A parada de Cheney poderá ser vista como uma tentativa norte-americana de aumentar a pressão militar sobre o Irã, antes de uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas que discutirá um aprofundamento das sanções contra Teerã em vista de sua negativa em suspender o enriquecimento de urânio em seu programa nuclear. O emirado permite que os EUA usem quatro bases aéreas para reabastecimento, logística e armazenagem de suprimentos. A cooperação militar omaniana com os EUA parece ter se reduzido recentemente, mas um novo acesso norte-americano às bases seria uma importante vantagem para eventuais ações no Irã. { cOSTA }