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27 de fevereiro de 2007

Árabes afirmam que não participarão de ataque contra o Irã

Árabes afirmam que não participarão de ataque contra o Irã Teerã esnobou potências mundiais e disse que nunca vai abandonar projeto nuclear Efe e Reuters ARÁBIA SAUDITA - O secretário-geral da Arábia Saudita, Abdel-Rahman al-Attiyah, afirmou nesta terça-feira, 27, que os membros dessa aliança política e econômica não participarão de qualquer possível ação militar contra o Irã. Teerã esnobou as potências mundiais e disse que nunca vai abandonar projeto nuclear. Attiyah, em declarações ao jornal catariano Al Raya, qualificou o Irã como "um país vizinho e irmão". O secretário-geral também qualificou de "mentiras" as informações relativas ao fato de que alguns países do CCG permitiriam que aviões militares israelenses cruzem seus espaços aéreos para atacar instalações nucleares iranianas, o que foi desmentido também pelas autoridades de Israel. O CCG é integrado pela Arábia Saudita, Kuwait, Catar, Barein e Emirados Árabes Unidos. As afirmações de Attiyah ocorrem no momento em que aumenta a inquietação nos ricos países petroleiros do CCG, devido à crescente tensão entre Estados Unidos e o Irã devido às atividades nucleares iranianas. Irã esnoba potências O Irã disse nesta terça-feira, 27, que jamais suspenderia o enriquecimento de urânio como exigido pelo Ocidente. A declaração foi feita um dia depois de as potências mundiais concordarem em trabalhar sobre uma nova resolução da ONU para pressionar Teerã a suspender seu programa nuclear. Autoridades dos cinco países membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas com poder de veto - Estados Unidos, França, Rússia, China e Grã-Bretanha - mais a Alemanha, se reuniram em Londres na segunda-feira, quando disseram que estavam comprometidos em negociar uma resolução para romper o impasse. Os EUA - que disseram que "todas as opções" estavam em aberto enquanto insistiam que queriam uma solução pacífica para o caso - aumentaram a pressão sobre a República Islâmica ao enviar um novo porta-aviões para o Golfo. A Rússia expressou preocupação com o aumento de declarações sobre ataques militares e a China voltou a pedir uma solução diplomática para a questão. Ambos os países vêm se mostrando relutantes em penalizar o Irã. "Suspender o enriquecimento de urânio é uma exigência ilegal e ilegítima... e isso nunca vai acontecer," disse o ministro das Relações Exteriores iraniano, Manouchehr Mottaki, segundo a agência de notícias oficial IRNA. A ONU impôs sanções limitadas ao programa nuclear iraniano em dezembro, e Teerã enfrenta mais sanções por ignorar um prazo que terminou em 21 de fevereiro para suspender o enriquecimento de urânio que, segundo o Ocidente, está sendo usado para produzir bombas atômicas. O Irã, o quarto maior produtor de petróleo do mundo, insiste que seus planos são civis e que só deseja enriquecer urânio para fabricar combustível para usinas de energia nuclear. { Costa }

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