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20 de fevereiro de 2007
Desabafos !...
Denúncias, quantas fiz, estou cansado Ninguém demonstra interesse ou civismo Leituras exíguas, ninguém preocupado Com a fome que campeia, sem altruísmo
Se forem poemas profanos, indecorosos De Mil leituras será pouca a estimativa O verso é pobre, se não for contencioso -É lúgubre e rouco, qual barco à deriva
Se desfaz o alento, duvidoso e incerto Sofremos mudos a inimiga violência O medo esfria o ânimo, qual desconcerto Como Seres oprimidos sem inteligência
Sociedade. É ora de despertar de vez O salário miserável do trabalhador Ignomínia de moral e honradez. - Injustiça social, quem é o causador ?
Desigualdade que faz vergonha sentir Ao cidadão honesto e cumpridor Que paga seu tributo no pão e no vestir E no abdutor da miséria a carpir
Até quando, um país rico e soberano Cheio de ouro e pedras preciosas Submete seu povo em vil engano Esperanças que não vêm, e viram prosas
Liberdade, onde está a tua aurora Que na esfera humilde, não raia mais... Liberdade! o que será de nós agora... Ó pátria, amor; o barco parte do cais.
Se de radiosas virtudes és fadada Do teu chão jorra riqueza e fartura Ferro, prata, ouro puro em tonelada - Porque não dar a teu povo mais ventura?
Teu presidente, falou em tom jocoso “-... Preciso tomar conta do rebanho, senão as reses se perdem nestes 8.500 Km.” - Pascenta em solo nobre, vil rebanho
Pasmem, ante o espetáculo inédito Teve um, para quem o odor dos cavalos Suplantava o dos humanos, em seu edito ... Surge outro, agora, que a seus vassalos
Chama de reses, ou até, pior às vezes Quem sabe, se esparsas do rebanho - Não lograrão melhora, os camponeses E a classe média em todo o seu tamanho
Brilha a tela no pincel da fantasia No teu manto ó Pátria acolhe meu clamor Cobre com raios de sol e de alegria Que surja em Ti o grande Libertador
Os grilhões da miséria e desventura São o ergástulo mais ingente e impiedoso A que pode ser jungida à criatura. - Não basta o governo ser caridoso
Para o povo ter dignidade, o salário Deve ser decente, ético e racional Para não desvanecer o operário E dar tranqüilidade à paz nacional !
Oh! vós lá de Brasília Despertai sem medir o fausto luxo desmedido É ora, em nome do povo acordai Vosso salário é dele, povo abstraído.
O povo não mais confia na justiça - Face à pena ter aplicação empírica O que faz crescer em nós a grande liça Gerada pela impunidade satírica
Benesses cedidas com dano à sociedade Em prol do assassino e do ladrão Caiu conceito da justiça - honestidade Probidade, integridade e retidão
Há uma inversão de valores a inverter Para que a auto estima do povo brasileiro Não se deixe mais oprimir. E, subverter o submundo ao trabalho rotineiro.
Para transformar esta sociedade Em algo útil, saudável e aceitável Para servir de orgulho e prosperidade A futuras gerações, legado inabalável.
São Paulo, 07/02/2007 Armando A. C. Garcia E:mail: armandoacgarcia@superig.com.br Site: www.usinadeletras.com.br
Costa
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