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27 de fevereiro de 2007
Países islâmicos e ocidentais devem se reunir em Bagdá
Representantes do Ocidente e de países islâmicos - incluindo os Estados Unidos, Irã e Síria - devem participar de uma conferência em março em Bagdá sobre formas de conter a violência no país, disse hoje o chanceler iraquiano, Hoshiyar Zebari. Zebari disse que a reunião em meados de março seria uma chance para o Ocidente e as potências regionais tentarem resolver algumas de suas diferenças.
"Nossa esperança é que isso seja uma tentativa de quebrar o gelo, para talvez realizar outras reuniões no futuro. Queremos que o Iraque, ao invés de ser uma questão que divide, seja uma questão que une", disse Zebari por telefone, durante visita à Dinamarca.
O Iraque planeja essa reunião há semanas, mas até hoje esperava-se apenas que ela envolvesse autoridades de países islâmicos. Os vizinhos do Iraque devem enviar seus vice-chanceleres ou alto funcionários, afirmou Zebari. Mas o ministro informou que os embaixadores em Bagdá dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) também confirmaram presença. "Todos concordaram em participar, após árduas negociações." Uma porta-voz da embaixada britânica confirmou a participação do país no encontro, mas não informou em que nível.
Reuniões
Sobre a possibilidade de os representantes norte-americanos manterem reuniões separadas com os iranianos e sírios, Zebari disse: "Queremos antes colocá-los todos dentro de uma sala, para então explorar outras possibilidades." Em dezembro, o bipartidário Grupo de Estudos sobre o Iraque sugeriu que a administração Bush estabelecesse um diálogo direto com Damasco e Teerã na busca por ajuda para estabilizar o Iraque.
Mas o governo de George W. Bush reagiu com frieza à idéia. Bush não descartava uma conferência regional envolvendo Irã e Síria, mas a Casa Branca sinalizava que caberia ao Iraque organizar isso. Washington acusa Teerã de alimentar a violência no Iraque. Nas últimas semanas, militares norte-americanos em Bagdá vêm apresentando o que dizem ser provas de contrabando de armas iranianas para o Iraque. Os EUA também acusam a Síria de permitir a infiltração de militantes estrangeiros por sua longa e porosa fronteira com o Iraque. Ambos os países negam as acusações.
Fonte: Agencia Estado - AE-AP
{Costa }
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