Ele foi culpado por formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e uso de documentos falsos
da Redação
Leia mais sobre o traficante Abadía
Além do traficante, a mulher dele, Jéssica, e outras oito pessoas foram condenadas à prisão. Na sentença, o juiz federal se manifestou contrário à extradição do traficante para os EUA. O juiz afirmou que Abadía deve pagar pelos crimes no Brasil. No dia 13 de março, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou por unanimidade a extradição do megatraficante. Abadía é acusado nos EUA de conspiração para lavagem de dinheiro, para o tráfico internacional de cocaína e de homicídio.
O STF impôs apenas uma condição ao governo americano: uma possível condenação por prisão perpétua ou pena de morte deve ser convertida em simples prisão com prazo máximo de 30 anos, maior punição prevista na lei brasileira. Se a condição, estabelecida pela Constituição, não for aceita, Abadía não será extraditado. Com a autorização dada pelo STF, Lula pode assinar a extradição ou decidir que Abadía deve permanecer preso e responder pelos crimes que teria cometido no Brasil - lavagem de dinheiro, corrupção ativa, formação de quadrilha e utilização de documento falso.
Abadía é considerado um dos maiores traficantes de droga do mundo, com patrimônio pessoal estimado em US$ 1,8 bilhão (R$ 3,4 bilhões). Ele foi preso em 6 de agosto de 2007, pela Polícia Federal, em sua casa de luxo em um condomínio de Aldeia da Serra (SP). O traficante é um dos chefes do Cartel do Norte do Vale, na Colômbia, o maior fornecedor de cocaína e heroína para os Estados Unidos - Abadía é acusado de enviar mil toneladas de cocaína para o país de 1990 a 2004. Ele é apontado como mandante da morte de 300 pessoas na Colômbia e 15 nos Estados Unidos.
www.estadao.com.br/cidades/not_cid149478,0.htm