Foto: AP
Palestinos se reúnem em volta de um carro atingido por um ataque aéreo na Faixa de Gaza
Bombardeio próximo a um parque movimentado teve como alvo um carro onde estavam dois militantes do Hamas, que acabaram mortos
iG São Paulo
Um ataque aéreo israelense contra um carro matou ao menos dois militantes do Hamas e feriu outros dois em uma rua movimentada da Faixa de Gaza nesta quinta-feira, disseram o Exército israelense e autoridades médicas.
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No passado, ataques similaes escalonaram para confrontações maiores entre Israel e o Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007. Após o ataque dessa quinta-feira, os militares de Israel afirmaram que os dois homens no carro planejavam se infiltrar em Israel para atacar soldados e civis, mas não deram detalhes.
Segundo a AP, autoridades israelenses disseram que um dos militantes estava envolvido em uma atentado suicida em Israel ocorrido há cinco anos que matou três civis. Hamas identificou o segundo homem como sendo o sobrinho deste primeiro e membro do braço militar do grupo.
O carro estava próximo a um parque movimentado no centro de Gaza quando foi atingido. A explosão foi tão brutal que transformou o carro em uma bola de fogo, segundo testemunhas. Pelo menos dois civis ficaram feridos.
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Um militante do grupo de Gaza, o Al Aqsa Brigada de Mártires, ameaçou Israel com "dura e dolorosa vingança" pela morte de um membro do alto escalão.
Ihab Ghussein, porta-voz do Ministério do Interior de Gaza, afirmou que o ataque aéreo era um "crime injustificado cometido em uma área populosa e é parte de uma crescente luta contra a Faixa de Gaza".
Para aumentar as tensões, autoridades do município de Jerusalém anunciaram que iriam fechar a rampa de acesso à Esplanada das Mesquitas na cidade ultilizada pelos visitantes não muçulmanos, alegando razões de segurança.
Qualquer obra na área em torno do complexo da cidade antiga conhecida pelos judeus como Monte do Templo e pelos muçulmanos como o Nobre Santuário atrai atenção e, muitas vezes, tem reações violentas dos palestinos, uma vez que muitos deles suspeitam que Israel quer danificar os santuários muçulmanos.
O destino da estrutura de madeira é fonte de polêmicas entre Israel e o mundo árabe e muçulmano. "O engenheiro da cidade de Jerusalém Shlomo Eshkol emitiu uma ordem de fechamento imediata da rampa provisória, que dá acesso à porta dos magrebinos", afirma um comunicado do governo municipal.
A medida foi adotada porque o governo considera que a construção "constitui um perigo para a segurança do público e por seu caráter inflamável", acrescenta o comunicado.
O comunicado explica que a rampa permanecerá aberta apenas para as forças de segurança em caso de necessidade.
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O premiê de Israel Benjamin Netanyahu suspendeu um plano para demolir a passarela no mês passado, temendo uma reação muçulmana. Um porta-voz de Netanyahu não estava disponível nesta quinta para comentar a decisão do município.
A passarela não é o único acesso para o complexo, que centraliza uma área importante para muçulmanos e judeus, fazendo dele um dos maiores barris de pólvora do mundo.
Os muçulmanos acreditam que o profeta Maomé ascendeu aos céus nesse local, que abriga um santuário e uma mesquita. É o terceiro lugar mais sagrado para os seguidores da religião. Já os judeus consideram o local como os seus templos míblicos. O Muro das Lamentações, local mais importante para o judaísmo fica no sopé do complexo.
Com AFP e AP
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