Um ótimo
texto da Bíblia para tratar sobre o fim da era cristã, é a parábola do trigo e
do joio. Jesus começa dizendo que o Reino dos céus é semelhante a
um homem que semeou boa semente em seu campo, e enquanto os semeadores
dormiam veio um inimigo e semeou o joio (Mt 13.24-30).
Jesus
falava referente o Reino dos céus neste na terra. O projeto de Deus sendo
lançado por Jesus e logo após sua morte, a execução desta obra passaria a sues discípulos,
e discípulos que alcançariam até o tempo do fim, como falou o profeto Daniel. O
cenário da parábola é o planeta terra, onde os atentos semeadores ao detectarem
o joio entremeado ao trigo solicitaram autorização para arrancar o joio, o senhor
deles, disse-lhes; deixai crescer juntos, trigo e joio, na ceifa, primeiro atareis
o joio em feixes para ser queimado, quanto ao trigo, recolhei-o no meu celeiro
(Dn 2.44,45; 12.1-4 Mt 13.27,49,50).
Jesus
sendo solicitado pelos discípulos a explicar-lhes a parábola, diz: O campo é o
mundo, o que semeou a boa semente é Filho do homem, a boa semente são os filhos
do Reino, o joio são os filhos do maligno, o inimigo é o Diabo, os ceifeiros
são os anjos, a ceifa é no fim da era; quando o joio será lançado na fornalha
ardente, onde há pranto e ranger de dentes e os filhos do Reino resplandecerão
no Reino de se Pai (Mt 13.40-43,49,50).
Esta parábola explica a ordem dos fatos na
consumação da era Cristã com a vinda de Jesus o Filho do homem. O próprio Jesus
disse que o Filho do homem virá na glória de seu
Pai, com os seus anjos; e retribuirá a cada um segundo as suas obras (Mt 16.27
I Ts 3.13 Ap 1.7; 19.21; 22.12).
Na
parábola Jesus diz que ele mandará que os seus anjos primeiro atem em feixes o
joio. Quem é o joio? São os
filhos do maligno, eles são a semente do inimigo, por isso os ceifeiros (anjos
de Deus) atarão em feixes a semente maligna. Ela se auto identificará abrindo
guerra contra o Reino dos céus. A guerra do joio contra a semente santa os separa
em feixes para a morte, e na manifestação da vinda do Filho do homem, os feixes
serão lançados na fornalha ardente (Mt 13.49; 13.50 II Ts 2.8).
A Igreja é o Reino dos céus na terra, ela é
também o trigo que vai para o celeiro do Filho do homem. Segundo esta parábola,
o joio é enfeixado e aguardará
o devido momento da ressurreição dos mortos em Cristo, a transformação
dos que estiverem vivos para a vindo do Senhor como
disse o apóstolo Paulo, o arrebatamento dos ressuscitados e transformados
juntos, e o encontro deles com o Senhor nas nuvens, onde Jesus será visto imediatamente ao receber a Igreja das
mãos dos anjos. Isto é a entrega do trigo no celeiro, e de imediato será estabelecido o juízo; a ira
do Senhor sobre os ímpios, e o joio será lançado
na fornalha ardente como disse Jesus (Mt 13.30; 24.31 Mc
13.27; 14.62 Rm 2.5-10; 5.9 I Co 1.7,8 I Ts 4.14-17; II Ts 2.3,8 Ap 19.11-22.12).
Observemos o que disse Jesus: “Eu vos
asseguro: Ele vos fará sua justiça, e depressa. Quando o Filho do homem vier,
encontrará fé em alguma parte da terra?” (Lc 18.8).
Podemos responder que não. Por que, a vinda de Jesus será depois da ressurreição
dos mortos e da transformação dos vivos no dia da sua vinda, (I Ts 4.17) e de tê-los recebido nas nuvens. Assim sendo quando Jesus
vier, não haverá mais fé na terra, o Senhor virá a segunda a vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação (Hb 9.28). Devemo-nos lembrar que os anjos entregarão a Igreja à Jesus
nas nuvens, e por isso não existe mais fé na terra, é chegada a hora da ira de
Deus e não mais haverá lugar para a fé naquele momento de guerra, os ímpios serão destruídos pelo
Senhor (II Ts 2.8 Ap 11.18; 19.11,13-21).
Falando
a respeito do sofrimento do Reino dos céus na terra, a Bíblia registra que tudo
começou com o castigo de Jesus pelos nossos pecados, daí passou por Estevam,
Tiago, a prisão de Pedro, e estabeleceu-se perseguição à Igreja em Jerusalém, primeiro
os crentes foram espalhados, e depois os apóstolos também, foram perseguidos e
mortos brutalmente, só João o evangelista depois de passar pelo tacho de óleo
quente, foi preso e lançado na Ilha de Pátmos onde teve a visão do Apocalipse,
tudo por causa da Palavra de Deus e do testemunho que deram de Jesus.
A
Igreja nunca deixou de ser perseguida no mundo, em Roma os crentes serviram
para iluminar os jardins de Nero. A Igreja de Deus nunca concordou com a
religiosidade do grande império romano, nem mesmo quando o imperador se declarou
convertido ao cristianismo. O papado por todo tempo sempre a perseguiu até que
veio a Reforma Protestante, mesmo em meio à santa inquisição.
Até
no século XX os crentes foram perseguidos pelos católicos por ocasião da
fundação da Igreja Assembleia de Deus em Belém do Pará, hoje o mundo odeia o
povo de Deus. A perseguição se apresenta acirradamente no campo espiritual
através do engano das riquezas e de incontáveis formas com a finalidade de
destruir o Reino de Deus, o joio querendo sobrepor-se ao trigo, o como relata a
parábola trigo e o joio, apenas foi permitido que ficassem juntos no campo até
a colheita. Mas Deus é poderoso para proteger e cuidar do seu Reino na terra.
A
tribulação é crescente e desfaçada a ponto de quase não ser notada pelos fiéis,
Jesus disse; assim como foi nos dias do diluvio, Sodoma e Gomorra, quando tudo
parecia normal, até que Noé entrou na arca, Ló saiu de Sodoma e tudo foi destruído.
Assim será no dia do Filho do homem (Lc 17.26-30,37; 21.27)
O Senhor não virá como ladrão para seus
fiéis, por que eles estarão preparados e o esperando, por isso não serão
surpreendidos. No dia que Elias seria arrebatado o Senhor o avisou, Eliseu que
não seria trasladado, foi avisado que naquele dia Elias seria tomado por Deus
sobre a sua cabeça. Os servos dos profetas também foram informados por Deus. Diz
o profeta Amós o Senhor não fará nada sem avisar aos seus servos os profetas, e
assim está escrito: “Portanto,
lembra-te daquilo que tens recebido e ouvido; obedece e arrepende-te. Porquanto
se não estiveres vigilante, virei como um ladrão, e tu não saberás em que hora
virei contra ti.” (II
Rs 2.1-12 Am 3.7 Ap 3.3).
Domingos Teixeira Costa