No ano terceiro do rei
Belsazar, o último rei da Babilônia, o profeta Daniel teve uma visão em que, os
quatro ventos do céu agitavam o mar Grande (Mediterrâneo). Os quatro ventos
aqui, representam os quatro poderosos reinos da terra, que são figurados por
quatro animais: o primeiro era como um Leão, o segundo era semelhante um Urso,
o terceiro assemelhava-se a um Leopardo e o quarto era um animal terrível,
muito forte com sete cabeças e dez chifres.
Os reinos foram
distribuídos na ordem acima, na visão do profeta, segundo o surgimento dos
animais. O primeiro reino foi o da Babilônia; o segundo foi o Medo-Persa; o
terceiro reino foi o da Grécia; e por fim, o quarto reino foi o de Roma. Sendo
este, considerado o mais sangrento do mundo, como é conhecido entre os
habitantes da terra, o que não era destruído pela espada, era esmagado pelos
pés do malvado animal.
O quarto animal foi
visto pelo profeta como espantoso, forte e devorador, os dentes dele eram de
ferro, tinha sete cabeças e dez chifres. Em Apocalipse 17.7-12 está escrito: “Dir-te-ei
o mistério da mulher e da besta que tem as sete cabeças e os dez chifres e que
leva a mulher: a besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo e
caminha para a destruição. as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher
está sentada. São também sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o
outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco. E a besta, que
era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a
destruição. Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam
reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora”.
Quanto a esta hora, refere-se ao tempo correspondente o tamanho da duração do
governo da besta. A vinda de Jesus dará cabo ao reinado da besta que é o oitavo
rei, o anti-cristo.
Quando o profeta Daniel
recebe esta visão, podemos deduzir Deus
e nos dizendo que o mundo o é como um campo que possui animais, e também tipos
variados de bestas feras devoradoras, onde as pessoas eram os animais a serem
abatidos, os grandes reis eram, as bestas famintas, e em Apocalipse são também comparados
a montes. A mulher que está sobre a besta, representa a maldade deles, em todos
os sentidos, cometida contra as pessoas a quem perseguem.
No Antigo testamento,
as nações que não pertenciam aos grandes reinos, eram os perseguidos, já no Apocalipse
também existe uma mulher que é perseguida pela besta, a mulher é a Igreja de
Deus, e como nação, o povo israelita, como um povo no qual Deus a muito
escolheu para si, de onde também procede o nosso Senhor Jesus Cristo.
Sabemos que a visão de
Daniel e do Apocalipse, são simbolismos espirituais de Deus, para seu povo.
Aqueles reis perseguiram as nações e a Israel como povo de Deus desde o Egito, segue-se
assim até hoje como também com a Igreja de Deus. Só com a segunda vinda de Jesus
à terra, a sua Igreja será libertada dessa maligna perseguição. Foi para isto
que Jesus veio a primeira vez, para separar para si um povo, para o propósito
de Deus e para o qual Deus fez o homem.
Jesus propôs várias parábolas
em seu Evangelho, mostrando pontos do seu retorno e sinalizando, que alguns
acontecimentos ocorrerão. E quando Ele voltar, a vingança de Deus contra o
pecado do mundo, juízo contra a maldade dos homens. O fim dos reinos da terra,
o fim da vida na terra. Ela passará pelo fogo e grandes estrondos. Os céus e a
terra desaparecerão. Contudo, diz Deus, que haverá novo céu e nova terra para
os que creram e guardaram as palavras do seu Evangelho.
A estes Deus diz;
habitarei com os homens e eles, serão o meu povo e enxugarei dos seus olhos
toda lágrima. Queira sempre ser um destes, Jesus veio para te dar este direito,
obedece-o, diz a Bíblia nos salmos: “Beijai o Filho para que se não
irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a
ira. Bem-aventurados todos os que nele se refugiam” (Sl 2.12).
Domingos Teixeira Costa