A sete meses de completar 70 anos, o salário mínimo passa a valer R$510. O ano novo começa com um reforço no bolso dos mais de 46 milhões de brasileiros que vivem com a menor remuneração exigida por lei no país.
Juntando tudo, são mais de R$ 26 bilhões entrando na economia. Separando por trabalhador, são R$45 a mais no contracheque. Não é muito. Mas, R$45 em 13 salários somam R$585 a mais no ano, o que corresponderia hoje a mais do que um 14º salário para 2010.
O lado preocupante desse reajuste é o seu impacto nas contas do governo. Principalmente, na previdência, que fechou 2009 com um rombo de cerca de R$44 bilhões.
O Ministro do Planejamento diz que o governo pode suportar o peso do aumento. “Se nós considerarmos o que foi aumentado além da inflação, vai dar aproximadamente R$7,5 bi. Com o aumento do salário e com a pujança do mercado interno, também vai aumentar a receita da previdência. Com isso, de certa forma, acho que equilibra o déficit que nós já tínhamos”, afirma o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
Nos últimos 11 anos, o reajuste do salário mínimo tem vencido a inflação. Acumulando desde 1998, mais de 80% de ganhos reais. Mesmo assim, o salário que entra em vigor neste sábado (2), continua bem distante dos tempos áureos do fim da década de 50, quando o salário mínimo brasileiro chegou a valer quase R$1.600 em moeda corrigida para os dias de hoje.
"Tem melhorado o poder de compra do salário mínimo. Mas ele ainda está muito aquém do que seria necessário, segundo a própria Constituição, para manter o trabalhador e sua família”, observa o coordenador de Relações Sindicais do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), José Silvestre.
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