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30 de dezembro de 2006

ISRAEL EM 2006

Imigração judaica a Israel chega a 21 mil pessoas em 2006 Jerusalém, 29 dez (EFE).- Cerca de 21 mil judeus de diferentes países, 1.450 deles procedentes da América Latina, emigraram para Israel durante 2006, segundo relatório divulgado pela Agência Judaica, responsável pela mudança deles. Segundo as estatísticas, em 2006 foi registrado um aumento considerável na chegada de judeus de países ocidentais, em particular da Inglaterra e da América do Norte. Dos Estados Unidos e do Canadá chegaram 3.200 pessoas, 7% a mais do que no ano passado, e da França, outras 2.900, cerca de 200 a menos do que em 2005, afirma o relatório. Da Inglaterra, 720 pessoas emigraram, um número relativamente baixo em termos absolutos, mas que, mesmo assim, significa um recorde em 22 anos. Desde sua fundação, em 1948, Israel adota uma política de portas abertas para as pessoas de origem judaica que morem em qualquer parte do mundo. Basta ter apenas um avô judeu para ser acolhido pela chamada "Lei do Retorno". Esta lei oferece ajudas estatais para manutenção e moradia durante os três primeiros anos de residência, assim como isenção de altas porcentagens no pagamento de impostos nacionais e locais. Paradoxalmente, a lei israelense sobre quem deve ser considerado judeu, ou seja, pode valer-se da "Lei do Retorno", foi definida de acordo com os parâmetros que os nazistas estabeleceram em 1935 em suas leis raciais e pelas quais depois, durante a Segunda Guerra Mundial, milhões de pessoas foram enviadas aos campos de extermínio. A política de portas abertas é denunciada por algumas ONGs e pelos palestinos como discriminatória, pois não autoriza o retorno de refugiados que tiveram que deixar suas casas durante as guerras de 1948 e 1967. Israel sustenta que estes refugiados e seus filhos e netos, que representam um dos principais problemas na resolução do conflito palestino-israelense e cujo número supera os 3 milhões, devem se radicar nos territórios do futuro Estado palestino. Caso contrário, alterariam o balanço demográfico de Israel como Estado judeu. A Lei do Retorno tem sua origem no processo de formação de Israel como Estado judeu, segundo a resolução de Partilha da Palestina, aprovada pela ONU em 29 de novembro de 1947. Desde então, além de abrir a porta a qualquer judeu com vocação sionista, as autoridades vêem nela uma fórmula para conservar a maioria judaica frente ao aumento demográfico da minoria árabe, que atualmente representa 20% da população israelense, e que está em constante crescimento há três décadas. Muitos dos judeus que se valem da Lei do Retorno provêem de países que atravessam crises políticas ou econômicas, assim como problemas de anti-semitismo. Como acontece desde 1991, os emigrantes das ex-repúblicas soviéticas foram maioria também em 2006: 7.300 em cômputo global, 23% a menos do que em 2005. Desde 1991, quando a então URSS abriu suas portas à emigração, mais de um milhão de judeus se radicaram em Israel, ajudando em um processo de desenvolvimento econômico sem comparação na região até 2000, quando começou a Intifada de Al-Aqsa. Segundo o relatório, 1.450 imigrantes chegaram da América Latina em 2006, número bastante inferior ao dos últimos cinco anos, nos quais a Argentina, país com uma grande comunidade judaica, enfrentou uma grave crise econômica. Pela primeira vez, a Agência Judaica também trouxe oficialmente cerca de 220 membros de uma tribo abandonada no leste da Índia, os chamados "Filhos de Menashé". Esta tribo, cuja existência é conhecida há várias décadas, não era admitida até agora como judaica pelas autoridades rabínicas israelenses, e, por isso, a agência não podia transferi-la. Uma decisão judicial rabínica tomada no ano passado reconheceu a origem judaica da tribo, e seus membros agora podem se valer da Lei do Retorno, se passarem por um processo de conversão realizado pelos ultra-ortodoxos. Informou o Site: http://israelnamidia.blogspot.com/2006/12/imigrao-judaica-israel-chega-21-mil.html

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