Com agências Internacionais
Efe
Londres pedirá extradiçãode Andrei Lugovoi
SÃO PAULO - O empresário russo e ex-agente da KGB Andrei Lugovoi foi acusado formalmente pela Promotoria britânica nesta terça-feira, 22, pelo assassinato do ex-espião russo Alexander Litvinenko. De acordo com a agência de notícias RIA Novosti, o governo russo não aceitará o pedido de extradição do réu para que ele seja julgado no Reino Unido.
"Nós concluímos que as evidências apresentadas pela Polícia são suficientes para indicar Lugovoi pelo assassinato de Litvinenko por envenenamento.", disse o diretor da Promotoria pública Ken Macdonald.
Segundo a agência, uma fonte da Promotoria Geral russa disse que a Constituição do país assegura que cidadãos russos não podem ser transferidos para nações estrangeiras para julgamento e Lugovoy tem cidadania russa.
A ministra de Relações Exteriores britânica, Margaret Beckett, disse nesta terça que já pediu ao embaixador russo no Reino Unido, Yuri, Fedotov, a "cooperação plena" para que o acusado seja processado em Londres. "A Rússia deveria cumprir o nosso pedido legal", declarou o porta-voz do premiê Tony Blair.
Litvinenko morreu em 23 de novembro de 2006 no hospital University College, de Londres, vítima de uma alta dose de polônio-210. O ex-espião foi hospitalizado em 1 de novembro de 2006, dia em que se reuniu com o empresário Andrei Lugovoi e outro russo, Dmitry Kovtun, no hotel Millenium, na capital britânica. A Polícia detectou no local rastros de radiação com polônio-210.
Lugovoi negou qualquer participação no assassinato de Litvinenko, que vivia com sua família em Londres e tinha recebido a nacionalidade britânica.
Numa carta divulgada após a sua morte, Litvinenko acusou o Kremlin de estar por trás de seu assassinato.
Costa