Por Tomás Bravo POZA RICA, México (Reuters) - O furacão Dean, que perdeu força e se transformou em uma tempestade tropical ao passar pelo México, que deixou dois mortos no país e casas destruídas.
O Dean atingiu pela segunda vez as terras mexicanas como furacão e provocou fortes chuvas e inundações na costa do golfo do México e no centro do país, na quarta-feira, mas horas depois perdeu força.
Um homem de 76 anos morreu no Estado central de Puebla quando as fortes chuvas causaram enchentes em sua residência precária e uma parede caiu sobre ele.
A outra vítima, de 32 anos, morreu eletrocutada em Jalapa, capital do Estado de Veracruz, na costa do golfo, após ter subido no telhado para fazer um conserto no meio do furacão e acabou encostando num cabo elétrico. Autoridades locais não consideravam esta morte ligada ao fenômeno climático.
O Dean deixou no total 19 vítimas fatais em sua passagem por diferentes ilhas do Caribe e México, em seu trajeto de mais de uma semana. A maioria das mortes aconteceu no Haiti.
No México, as chuvas e ventos destruíram casas, arrancaram árvores e derrubaram postes de luz em Poza Rica e outras localidades de Veracruz, uma região montanhosa cercada de rios que acabaram transbordando e obrigaram os moradores a permanecerem em refúgios.
"A minha casa é protegida por Deus e Deus nos protege. Saí da minha casa porque o teto do meu vizinho foi arrancado", disse Epifanía Centeno, de 65 anos, que fazia fila para comer em um albergue após ter deixado sua casa em Cazones, periferia pobre de Poza Rica.
Poza Rica, ao norte da cidade de Veracruz, é sede de instalações de armazenamento de petróleo e de um oleoduto que leva o petróleo a uma refinaria na região central do México.
O Dean alcançou na terça-feira a categoria 5 no caribe mexicano, e causou destruição nas praias de Cancún e Tulum antes de cruzar a península de Yucatán e sair para o golfo do México, onde a petroleira estatal Pemex tem plataformas que foram esvaziadas.
À medida que o furacão enfraquecia, a empresa ordenou o retorno ao trabalho de milhares de operários.
O Dean foi o primeiro furacão desta temporada do Atlântico, que começou em julho.