Por Milton F. da Rocha Filho
Agência Estado O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse, em seu programa semanal de rádio "Café com o Presidente", que o Governo não vai aumentar imposto, mas vai aumentar a eficiência da arrecadação, e que a política industrial a ser adotada, "possivelmente tenha um processo de desoneração".
Lula salientou: "Nós não vamos aumentar imposto... Nós não queremos aumentar imposto, mas vamos aumentar a eficiência da arrecadação. Tem muita gente que não paga imposto e ainda se queixa que o imposto é alto. Então o que nós queremos é que todos paguem, porque, quando todos pagarem, aí todos podem pagar menos", disse Lula.
O presidente confirmou que o Governo arrecadou no ano passado, sem aumentar impostos, mais de R$ 600 bilhões. Ele considerou o fato como muito importante: "Você aumentar a arrecadação sem aumentar os impostos. E por que isso aconteceu? Pelo crescimento econômico. É só você pegar o balanço das 100 maiores empresas brasileiras e você irá perceber que elas lucraram como jamais lucraram na história desse País. Ora, se nós estamos com crescimento econômico no País, se as empresas tiveram mais lucros, se houve aumento salarial, houve combate à sonegação, a abertura de capitais de empresas no mercado de ações, intensificação do controle sobre declarações e, mais importante, nós criamos a Super Receita, que é a unificação da Receita Federal e da Receita da Previdência, em 2007. Tudo isso contribui para a gente aperfeiçoar o sistema da arrecadação", disse o presidente.
Empregos
Lula lembrou que com o crescimento das empresas, cresce também a receita das companhias e, conseqüentemente, o número de empregos no País. "É por isso que a gente está percebendo que o Brasil caminha mais rapidamente porque nós estamos com a combinação perfeita: a economia cresce, o governo arrecada mais, o governo investe mais. É por isso que nós podemos falar que a economia brasileira vai continuar crescendo em 2008", explicou.
O presidente Lula também analisou a geração de empregos no País, salientando que o que o Brasil precisa nesses próximos anos é que a economia continue crescendo para que se possa gerar a quantidade de empregos que o País precisa. "Em 2007, foram gerados com carteira assinada 1,617 milhão de novos empregos, um crescimento de 31,6% em relação a 2006. Na verdade, nós tivemos uma média de criação de 134 mil empregos por mês. O número foi recorde desde a criação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)".
E concluiu: "É importante lembrar que a expansão do emprego ocorreu em todo o território nacional. Tendo um pequeno destaque para as regiões Sudeste e Nordeste brasileiro. E é isso que eu quero que continue acontecendo no Brasil: crescimento econômico, aumento de geração de empregos, aumento da massa salarial, aumento do poder de compra do povo, porque é isso que o povo brasileiro precisa para ser feliz".
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