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22 de janeiro de 2008

Irã diz que política nuclear não mudará com resolução da ONU

da Efe, em Teerã

Teerã minimizou nesta terça-feira a importância de uma nova resolução do Conselho de Segurança (CS) da ONU que impõe mais sanções ao Irã, e disse que isso "não afetará" os iranianos.

O porta-voz do governo, Gholam Hossein Elham, comentou desta forma a reunião que as seis potências envolvidas no dossiê do programa nuclear iraniano devem celebrar nesta terça-feira em Berlim para aprovar um projeto para uma nova resolução.

Segundo fontes diplomáticas, o projeto de resolução seria enviado "nos próximos dias" ao Conselho de Segurança da ONU pelos cinco membros permanentes dessa instituição internacional --EUA, Rússia, China, Reino Unido e França-- mais a Alemanha.

"A adoção de uma nova resolução não afetará o povo iraniano, já que atua no marco de seus direitos legítimos e legais para conseguir seus objetivos", disse o porta-voz do governo iraniano, segundo a agência Irna.

Reiterou que para o Irã, "é injustificável e ilegal a intervenção do Conselho de Segurança no caso nuclear iraniano", já que "o lugar adequado para tratar esse assunto é a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica)".

O porta-voz se referiu às negociações entre essa agência nuclear e as autoridades iranianas para solucionar as "questões pendentes" no caso atômico, e considerou que uma nova resolução do Conselho de Segurança contra o Irã "prejudicaria a imagem da AIEA".

Elham pediu que as seis potências envolvidas no caso iraniano discutam "com lógica este assunto, já que uma decisão ilegal teria resultados negativos e não seria aceita pela opinião pública internacional". Apesar de receber combustível nuclear russo para a usina atômica que constrói no litoral do golfo Pérsico, o Irã insiste que não abandonará o enriquecimento de urânio no interior de seu território, ao contrário do que exige a comunidade internacional.

O Conselho de Segurança adotou até agora duas resoluções de sanções contra o Irã para forçar o país a suspender suas atividades do enriquecimento de urânio.

Os iranianos alegam que seu programa é para uso pacífico, enquanto os EUA e a União Européia (UE) suspeitam de que o país tenha a intenção de construir uma bomba atômica, e pressionam para que Teerã cumpra as resoluções da ONU.

do site:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u365795.shtml