Advogados de Alexandre Nardoni e Anna Jatobá esperam receber relatório na segunda.
Na terça, promotor deve entregar parecer sobre pedido de prisão do casal.
Do G1, com informações do SPTV
O promotor de Justiça Francisco Cembranelli deve entregar na próxima terça-feira (6) o parecer com o pedido de prisão preventiva para o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. A defesa do casal ainda não teve acesso ao relatório final da polícia em que a delegada Renata Pontes pede a prisão preventiva dos dois pela morte de Isabella. Algumas contradições dos depoimentos não constam no relatório final.
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Os advogados esperam obter o documento na segunda-feira (5). O promotor, que ficou com uma cópia do inquérito, está aproveitando o fim de semana prolongado para preparar a denúncia que vai entregar à Justiça.
O pai de Alexandre Nardoni visitou o casal na tarde deste sábado (3) no apartamento da família Jatobá, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Segundo os advogados, o casal não sai do apartamento desde que prestou depoimento pela última vez, em 19 de abril.
O inquérito completo, de mais de mil páginas, traz 67 depoimentos de testemunhas de defesa e de acusação. Uma artista plástica que diz ter convivido cinco anos com a família Nardoni e que morou na rua dos pais de Alexandre o descreve como introvertido e pacato.
Sobre Anna Carolina Jatobá, diz que viu uma briga que ela teve com Alexandre após um telefonema da mãe de Isabella, Ana Carolina de Oliveira. Na briga, a madrasta da menina teria arremessado uma ferramenta em direção à cabeça de Alexandre e só não acertou porque ele conseguiu desviar.
Alexandre, segundo a testemunha, conteve Anna Jatobá e a levou para dentro de casa, de onde era possível ouvir que ela gritava histericamente e batia os pés. A artista plástica diz ainda que outro comportamento de Carol, como se refere a Anna Jatobá, causou espanto: numa festa de família, ela disputava a atenção de Alexandre com Isabella e tinha ciúme. Se a menina se sentava no colo do pai, a madrasta dava um jeito de tirá-la de lá e de se sentar no lugar da criança.
Depoimentos ficam de fora
No relatório final, a delegada Renata Pontes destacou trechos de apenas 20 das 67 testemunhas ouvidas pela polícia.
O vizinho do primeiro andar e um morador do prédio ao lado são citados, mas algumas frases que podem ajudar a defesa ficaram de fora. Os dois disseram que Alexandre tentou socorrer a filha caída no jardim do prédio. Um vizinho teria impedido dizendo que o resgate estava a caminho.
Também não consta do relatório final o horário em que o morador do prédio ao lado diz ter ouvido o casal discutir. O depoimento foi considerado fundamental.
Ele contou que no dia do crime ouviu uma discussão entre homem e mulher, às 23h . Disse ainda que, quando ouviu uma mulher dizendo: "jogaram Isabella do sexto andar", o relógio marcava 23h23. Ou o relógio da testemunha estava muito atrasado ou a discussão que ele ouviu não foi entre o pai e a madrasta da menina. Isso porque, segundo uma empresa de rastreamento, o carro do casal só parou na garagem do prédio às 23h36.
A delegada Renata Pontes diz que não colocou as contradições do no relatório final porque o prazo para entrega do relatório estava terminando e não havia tempo para isso.
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL452531-5605,00-CONTRADICOES+EM+DEPOIMENTOS+NAO+ESTAO+NO
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