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5 de maio de 2008

Semana será decisiva para o caso Isabella

Promotor deve se pronunciar no início desta semana sobre possível denúncia. Polícia pediu a prisão preventiva do pai e da madrasta de Isabella.
Do G1, em São Paulo

A semana promete ser decisiva no caso Isabella. Nesta segunda-feira (5), a defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina morta em 29 de março, deve ter acesso ao relatório final da Polícia Civil. É nele que a delegada-assistente do 9º DP (Carandiru), Renata Pontes, faz as observações finais sobre o caso. Nardoni e Anna Carolina tiveram a prisão preventiva pedida pela polícia.

Caso Isabella: cobertura completa

Na terça-feira (6), outro momento esperado: o promotor Francisco Cembranelli deve se pronunciar. Com o relatório e o inquérito de mais de mil páginas em mãos desde quarta-feira (30), ele decide se denuncia ou não o casal, que já foi indiciado pelo homicídio da menina. Também deve dar o seu parecer sobre o pedido de prisão.

Isabella morreu ao cair do 6º andar do prédio onde morava o pai, na Zona Norte de São Paulo. Cembranelli havia dito que passaria o feriado analisando os documentos e só na terça-feira tornaria pública sua decisão.

Desde o início da investigação, a polícia descartou a possibilidade de uma terceira pessoa ter invadido o apartamento da família e matado a menina. Essa é a tese levantada pela defesa, que, no entanto, admitiu não saber quem poderia ter cometido o crime. “Não temos um suspeito”, afirmou o advogado Marco Pólo Levorin, durante entrevista coletiva na quarta-feira.

Ele também anunciou que pretendia contratar ainda nesta semana profissionais para realizar uma perícia paralela à da polícia no apartamento. O objetivo seria "aclarar" algumas situações. A defesa criticou a metodologia de investigação da polícia.

Conclusões

Os três defensores do pai e da madrasta de Isabella informaram que não tiveram acesso ao relatório elaborado pela delegada Renata. Por isso, devem procurar a polícia nesta segunda-feira (4). Em 43 páginas, Renata afirma categoricamente que Nardoni e Anna Carolina “mantiveram a mentira de forma dissimulada, desprezando o bom senso de todos, para permanecer impunes”.

Para redigir o documento, que foi entregue junto com o inquérito no Fórum de Santana na quarta, a delegada levou em conta laudo do Instituto de Criminalística, lesões observadas na vítima e depoimentos de testemunhas. Foram mais de 60 pessoas ouvidas pela polícia, entre elas, o casal suspeito do crime.

A primeira conclusão que consta no documento final é a de que as agressões a Isabella começaram dentro do carro da família, antes de ela ser levada ao apartamento de onde foi atirada. Outra afirmação é a de que a criança foi asfixiada e impedida de pedir socorro.

A delegada também diz ter ficado impressionada com a atitude de Alexandre na noite do crime. Para ela, o pai da garota tentava convencer a todos de que havia um ladrão no prédio e não demonstrava abatimento pela morte. A polícia constatou que não havia sinais de arrombamento no imóvel.

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL453119-5605,00.html

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