Secretário da Defesa obriga dois alto líderes a renunciarem após mau manejamento de material nuclear
The New York Times
Ainda segundo as fontes, nunca antes um secretário da Defesa obrigou dois militares nestes cargos a renunciar. Desde que assumiu o posto, há 18 meses, Gates confiou a questão a seu cargo. Ele também demitiu um alto oficial do Exército, após revelações das más condições do Walter Reed Army Medical Center, o hospital para soldados feridos.
O inquérito envolvendos a Força Aérea foi um esforço para determinar como quatro fusíveis de mísseis foram enviados a Taiwan no lugar de baterias para helicópteros. O erro foi descoberto em março - um ano e meio depois da remessa equivocada.
Mais problemático, disseram os oficiais do Pentágono, foi o pouco que foi feito para melhorar a segurança de infra-estrutura das armas nucleares, após ser descoberto no ano passado que a Força Aérea permitiu que um bombardeiro B-52 voasse sob os Estados Unidos levando seis mísseis nucleares armados.
O mau manejamento dos mísseis foi visto como outra indicação da falta de disciplina com a infra-estrutura nuclear americana, e foi outro embaraço para os responsáveis pelas armas. Isso coloca a administração Bush em uma posição difícil, enquanto o governo americano se esforça para prevenir que a tecnologia das armas nucleares se espalhe para as nações que ainda não a tem, e critica a Coréia do Norte e o Irã por suas ambições nucleares. Os EUA ainda criticam a Rússia por não guardar eficientemente sua matéria-prima nuclear.
Após o incidente dos fusíveis ser descoberto, Gates disse aos secretários do Exército e da Força Aérea "para conduzirem uma revisão de todas as políticas e procedimentos, além de um inventário de todo material nuclear em seus respectivos programas". Kirkland H. Donald, líder da investigação, entregou suas conclusões a Gates na semana passada.
Aqueles incidentes específicos apenas aumentaram o senso de frustração do secretário da Defesa, que já estava desapontado com algumas aquisições da Força Aérea, orçamentos e execuções de missões no Iraque a Afeganistão, segundo as fontes do Pentágono. Gates disse que estava se esforçando há meses para levar mais vigilância às zonas de combate no Iraque e Afeganistão.
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