Gillani fez estas declarações em um seminário realizado em Islamabad que contou com a presença de uma delegação de parlamentares britânicos, segundo um comunicado divulgado pelo escritório do chefe do Governo.
O primeiro-ministro paquistanês disse que seu Executivo deu muitos passos para "a normalização das relações" com a Índia, com o objetivo de avançar "na paz e no progresso no sul da Ásia".
No entanto, Gillani lamentou que a situação na fronteira entre Índia e Paquistão, "mais uma vez", tenha se tornado "muito frágil".
O chefe do Governo do Paquistão acrescentou que "a decisão da Índia de interromper o diálogo - iniciado pelos dois países em 2004 - é lamentável".
O líder paquistanês também disse que "os esforços realizados" pelo Paquistão dentro do processo de paz "tinham contribuído para uma melhora evidente na atmosfera entre os dois países".
Gillani lembrou que seu país está comprometido na luta contra o terrorismo, que qualificou como uma "guerra própria", e criticou que a Índia entre em um "jogo de acusações contra o Paquistão sem provas concretas".
A Índia acusa o grupo caxemiriano Lashkar-e-Toiba, com base em território paquistanês, pelos atentados no final de novembro em Mumbai, capital financeira da Índia, nos quais 179 pessoas morreram.
Desde então, Índia e Paquistão se envolveram em uma troca de acusações e exigências que se intensificaram esta semana, depois que o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, afirmou que os atentados devem ter contado com a ajuda de alguma agência oficial paquistanesa.
Ainda hoje, Gillani deve se reunir com o vice-presidente eleito dos Estados Unidos, Joseph Biden, que se encontra em Islamabad em visita oficial. EFE