Promessa eleitoral de Barack Obama para o fim do conflito é 'uma das opções', afirma secretário da Defesa
Agências internacionais
Veja também:
Obama ordena o fechamento de Guantánamo em 1 ano
Obama congela salários de assessores da Casa Branca
Com Obama, surge a Casa Branca 2.0
Cobertura especial da posse no blog
Íntegra do discurso de posse de Obama
O que você achou das roupas de Michelle?
TV Estadão: Celso Lafer fala sobre a posse
Veja galeria de fotos da festa
A vida de Barack Obama em imagens
Na quarta-feira, o novo presidente disse a líderes militares que façam arranjos adicionais para a retirada das tropas americanas do Iraque. Antes do estouro da crise econômica, a guerra era a maior preocupação dos eleitores. "Durante a conversa, pedi à liderança militar que faça todos os planos adicionais necessários para fazer uma retirada responsável", disse Obama.
Nesta quinta, o novo presidente visitou o Departamento de Estado, para se encontrar com a nova chefe do departamento, Hillary Clinton, e seus principais conselheiros de segurança nacional.
Em seu discurso de posse na terça-feira, Obama já tinha anunciado que durante seu mandato daria início a uma saída "responsável" do Iraque, assim como uma solução para o conflito no Afeganistão. A Casa Branca também congelou as medidas aprovadas no fim do mandato do ex-presidente George W. Bush.
Irã
As agências americanas de inteligência devem buscar a colaboração dos líderes muçulmanos e de países como o Irã em questões de interesse mútuo, disse nesta quinta-feira ao Senado o indicado por Obama para o cargo de diretor de inteligência nacional.
Em audiência de confirmação pelos senadores, o almirante da reserva Dennis Blair também defendeu um rompimento com as políticas do governo Bush a respeito do tratamento dispensado a suspeitos de terrorismo.
"Enquanto os Estados Unidos devem caçar esses terroristas que buscam nos fazer mal, a comunidade de inteligência também precisa apoiar as autoridades que estão buscando oportunidades de envolver e colaborar com influentes líderes islâmicos que acreditam e estão trabalhando por um futuro progressista e pacífico para a sua religião e os seus países", disse Blair.
Sobre o Irã, ele declarou: "Enquanto as autoridades precisam entender os líderes, as políticas e as ações antiamericanas do Irã, a comunidade de inteligência também pode ajudar as autoridades a identificar e entender outros líderes e forças políticas, para que seja possível trabalhar por um futuro para ambos os nossos interesses."
O governo Bush tentou isolar o Irã por causa do seu programa nuclear e do suposto apoio ao terrorismo, embora tenha mantido contatos limitados. O ex-presidente também atraiu o ódio de muitos muçulmanos por causa da guerra no Iraque e dos abusos dos EUA contra suspeitos de terrorismo. Obama defende uma negociação com o Irã, e no seu discurso de posse prometeu melhorar as relações com o mundo islâmico.