Por / Domingos T Costa
“Na primeira oportunidade que eu tiver, vou tirar minha família de lá. Saí do Pará há 25 anos e há 20 anos não faço show por lá, nem por R$ 1 milhão”, afirmou ele. Sua revolta está baseada principalmente na diferença social entre as regiões. Diz ele: “Se Tapajós e Carajás virassem estado iam crescer e mudar aquela situação de total carência das pessoas que moram naquela região. É inadmissível saber que existem pessoas que ainda moram em palafitas, sem banheiro, sem médicos e tem de enfrentar distancia e o tompo de barco, doente para um socorro, que muitas vezes não tem”, desabafou.
“Não tenho do que me orgulhar do Pará dessa forma que está. Tenho pena do povo e, não só como paraense, mas como cidadão brasileiro, não posso ficar calado e deixar que o estado continue nesse atraso”, completou. Ele ainda conta que irá continuar com a campanha pela divisão do estado, o qual classifica como um ‘barril de pólvora’, violento e desordenado.
“Num país democrático como o nosso não poderia existir um estado tão grande em território porque o povo fica desassistido de tudo, onde o atraso e a corrupção predominam. Vejo a decadência do Pará e do seu povo sofrido, que agora vão sofrer nas mãos desses políticos que continuam a se revezar no poder. Desse jeito, não tenho do que me orgulhar do Pará”, finalizou.
O povo que disse não, no Plebiscito, o disse por saber que a
divisão não resolveria de imediato a situação desse povo que mora
distante de Belém. Quanto a problemática da distancia dessas regiões da
Capital, pode ser resolvida mesmo a partir de Belém, basta que o governo tenha
boa vontade e queira cuidar do povo sofredor dessas áreas do Estado,
voltando-se para eles com sentimentos cristãos, ao invés dos cuidados dos
políticos interesseiros.
Cabe ao governo atual começar a desenvolver uma política para
a região, que possa calar a boca dos que desejam dividir o Pará.
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