O
profeta Daniel foi um cativo de Judá na Babilônia, muito útil no reino,
elucidou o sonho que o rei Nabucodonosor teve da parte de Deus, onde ele viu uma
Estátua de excelente esplendor, a cabeça era de ouro fino, o peito e os braços
de prata, ventre e as coxas de bronze, as pernas de ferro, os pés de ferro e
barro (Dn 2.32,33).
Em
outra ocasião já no reinado de Belsazar, o Senhor Deus deu também ao profeta
Daniel um sonho onde ele viu subir do mar quatro diferentes animais: O primeiro
era como leão, tinha asas com águia e foram arrancadas (Dn 7.3,4).
O
segundo era semelhante a um Urso, tendo na boca três costelas entre os dentes e
foi lhe dito, devora muita carne (Dn 7.5).
O
terceiro era semelhante a um Leopardo e com quatro asas de aves nas costas,
tinha quatro cabeças e recebeu o domínio (Dn 7.6).
O
quarto animal, terrível e espantoso, muito forte, tinha grandes dentes de
ferro; devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era
diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres
(Dn 7.7).
Este
sonho é bastante semelhante ao de Nabucodonosor, ambos revelam os grandes
reinos que começaram a levantar-se na terra a partir de Babilônia e alcançarão
o tempo do fim do domínio do homem (Dn 12.1,9).
Deus
quis revelar ao mundo que a pesar dos desatinos dos homens, os governos deles,
não fazem nada além do permitido por Deus por que o controle é do Deus Criador
do universo, no tempo certo seu Filho e seu povo receberão o reino e encerrado
esse tempo, seu reino viverá a eternidade (I Co 15.24).
Comparando
a visão de Daniel com Apocalipse capítulo 13 podemos verificar a semelhanças
destas visões e com apenas um cuidadoso exame conseguimos a equiparação dos
textos.
Daniel
recebeu uma visão onde quatro diferentes animais subiam do Mar, e lhe foi dito que
eles representavam reinos que governariam toda a terra, e também eles eram
cabeças, conforme a interpretação do sonho por Daniel para o rei Nabucodonosor (Dn
2.38).
O
primeiro animal era como leão, e representava o reino da Babilônia, a cabeça de
ouro (Dn 2.38). O segundo era semelhante a um Urso e também de um carneiro, era o reino medo-persa (Dn 8,20). O
terceiro era semelhante a um Leopardo, e também um bode peludo, com quatro
asas de aves nas costas e quatro cabeças e recebeu o domínio (Dn 7.6; 8.21). O
quarto animal, terrível e espantoso, muito forte, tinha grandes dentes de
ferro; devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era
diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres
(Dn 7.7).
As
duas asas no primeiro animal simbolizava que seu reino seria dividido em dois
períodos. O primeiro, um governo arrogante diante de Deus e de Israel. O
segundo período veio sete anos depois de ser por Deus afastado do trono, sua
residência foi no campo durante sete anos, pastando no sol e na chuva com os
animais do campo, onde foi arrancado o coração arrogante e foi levantado, ficou
de pé como um homem e assumiu o reino novamente, reconheceu ao Deus que criou
os céus e a terra e o glorificou em todo o seu reino (Dn 4.30-37).
O
dois chifres do Carneiro simbolizavam os dois reis o da Média e o da Pérsia (Dn
8.20).
O
bode peludo representa o reino grego com seu primeiro rei, o Leopardo é o reino
em seu último estágio já dividido por seus generais, é também o animal com
quatro cabeças, elas são agora quatro reinos, que são também as quatro asas do
animal (Dn 7.6).
O
quarto animal era terrível, espantoso, forte, devorava e fazia em pedaços,
pisava o que sobrava, e era diferente dos demais. Ele completa o número de sete
cabeças no governo da terra, mesmo antes da era cristã; como símbolo do que
futuramente seria no livro da visão apocalíptica. O profeta Daniel viu quatro
reinos, mas quando estudamos a visão verificamos que são sete reinos em vez de
quatro. Na visão do Apocalipse informa que reinos são cabeças, porém as sete
cabeças do Apocalipse não são as mesmas de Daniel, e sim, parte delas, só serão
completadas segundo a forma escrita no apocalipse.
CABEÇAS SEGUNDO DANIEL
Babilônia
Cabeça – 1ª
Medo
– Persa Cabeça – 2ª
Grécia
– Cabeça – 3ª – 4ª – 5ª – 6ª
Roma
– Cabeça – 7ª
Cabe
aqui ainda uma explicação sobre os reinos de Daniel e os de Apocalipse, fica
assim:
SEGUNDO O APOCALIPSE
Babilônia
Cabeça – 1ª
Medo
– Persa Cabeça – 2ª
Grécia
– Cabeça – 3ª – 4ª – 5ª
Roma
– Cabeça – 6ª
O
sétimo reino no Apocalipse ainda é uma interrogação? - O 7ª rei ainda não é
vindo, e quando vier a besta o substituirá.
A
Besta apocalíptica será o – 8º rei (Ap 17.11).
Os
dez chifres subirão ao trono do poder e reinarão junto com a besta, são também
eles os dez chifres do quarto animal e os dez dedos dos pés da estátua do sonho
do rei Nabucodonosor.
O
quarto animal é o elo de ligação entre os animais da visão de Daniel e a besta
apocalíptica, é através desse reino que permanece e irá contra o reino de Deus até o tempo do fim
deles, e perseguirão o povo santo, até que o Filho do homem se manifeste nas
nuvens do céu, salve seu povo e elimine o poder desses reinos no mundo, e o
reino passe ao povo do Altíssimo, como disse Daniel.
Um
dos quatro reinos da Grécia deixou de ser cabeça por ter sido eliminado pelos
outros enquanto lutavam entre si, os demais permaneceram até que foram sendo eliminados
um por um pelo império romano, e por isso o império romano aqui é a sexta cabeça
e não a sétima, como conferidas as cabeças no quadro a cima, agora se pode
entender o versículo dez de Apocalipse capítulo dezessete.
OS REINOS CAÍDOS
Babilônia
– 1º reino
Medo
– Persa – 2º reino
Grécia
– reino 3º, reino 4º e reino 5º
Roma
– 6ª, o único reino que ainda existe de alguma forma, e segue até ao tempo do fim e será eliminado pela vinda do
Filho do homem conforme o apóstolo Paulo escreve à Igreja em Tessalônica ( II Ts 2.8 Dn 7.11,12 ).
Espero
ter contribuído de alguma, facilitando o aprendizado sobre este tema, se
o que foi tratado aqui, ainda não era claro para sua compreensão. Meu
desejo é ajudá-lo no entendimento deste tema de suma importância, uma vez que envolve os fatos que ocorrerão nos últimos dia da humanidade na terra. A eternidade vem para todos, escolha a sua, disse Jesus: Eu sou o Caminho a Verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim (Jo 14.6 ).
Domingos Teixeira Costa