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29 de outubro de 2022

Os mil anos



Veremos a seguir um pequeno comentário referente os versículos 1-6 do capítulo 20 do livro de Apocalipse, sobre a prisão de Satanás e os mil anos aqui mencionados. Esse tempo pode ser ou não literal? Examine e verifique sempre, buscando o melhor entendimento possível, com a mente sempre aberta para aceitar a pacificação da palavra de Deus.

Ap. 20. 1: Então, vi descer do céu um anjo; [...] Jesus até hoje é o único que desceu do céu para se fazer homem, e habitar com os homens, cumpriu seu Ministério, foi sacrificado na cruz, morreu, ressuscitou e subiu ao céu, o Filho de Deus. E como todo poder lhe foi entregue pelo Pai, com certeza Satanás está impedido de fazer o que gostaria (Mc 3.27).

[...] Tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele por amor a seu Pai e aos pecadores, como homem venceu o pecado, e por sua humilhação na cruz expôs e triunfou sobre Satanás, e por sua ressurreição venceu também a morte e todo o poder das hostes infernais, libertando-nos para o Reino da sua glória (Jo. 3.12,13 Ml 3.1 Cl 2.15; 1.13).

Ap. 20. 2: Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; [...] Jesus venceu a Satanás, e por isso o Pai sujeitou tudo que há nos céus, na terra, nas águas e debaixo da terra e em todo o universo, tudo está debaixo do domínio do seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo (1 Pe. 3.22 1Co 15.24; Ef. 1.20-23).

Ap. 20. 3: Lançou-o no abismo, [...] Satanás atualmente está impedido de fazer o que gostaria, pela razão de estar debaixo do domínio do Senhor Jesus Cristo, pela vontade e determinação do Pai eterno (Sl. 110. 1).

[...] fechou-o e pôs selo sobre ele, [...] O selo que justifica a prisão de Satanás é a vitória de Jesus sobre o poder das trevas e todas as obras de Satanás (1 Pe 3. 21, 22;  Ap. 12.10; Mt 28. 18).

[...] para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Mil anos, é uma referência ao tempo do reino de Deus na terra. Em outras palavras; é o tempo que existe para a Igreja de Deus na terra, até três anos e meio antes da vinda de Jesus, mais, os três anos e meio são os da chamada grande tribulação, esses fecham o ano aceitável do Senhor, os mil anos (Is. 61. 1-3; Lc. 4. 17-21; 2 Pe. 3.7, 8; Ez. 4.7; Lv. 16.34; Nm. 14. 34; Dn. 7.12).

[...] Depois disto, (acontecerá a vinda de Jesus) é necessário que ele seja solto pouco tempo. Antes da vinda de Jesus, Satanás será solto por três anos e meio, que serão a tribulação dos santo, e todos os que habitam na terra serão provados nesse tempo, sendo que todos os ímpios serão destruídos na vinda de Jesus. (2 Pe. 3. 7-12; Ap.  12. 12; 3. 10,11; 20.7; Is. 66. 15,16; Sf. 1. 18; Dn. 7.12).

Ap. 20. 4: Vi também tronos, [...] Quanto a esses tronos, o profeta Daniel falou que seriam manifestados no reino do povo santo, quando estiverem sendo encerrados os reinos dos reis da terra, pelo reino dos santos do Deus Altíssimo (Dn 7.10).

[...] e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. [...] Jesus falou de doze tronos que seus discípulos se assentarão para julgar as doze tribos de Israel na regeneração (Mt. 19.28).

[...] Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, [...] A visão aqui retorna a um tempo anterior ao tempo em que os tronos foram postos, falando que as almas, dos que foram decapitados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus por não terem adorado a besta, nem sua imagem, aguardavam no Paraiso (ou no céu) o momento para receberem a ordem da realização da primeira ressureição, a restauração gloriosa do seu corpo; um corpo novo e incorruptível (1 Co. 15.54).

[...] nem tão pouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Esses que foram mortos por causa de sua fé em Cristo e sua palavra, eles quando viram o evangelho e creram em Jesus, viveram para Deus e seu reino, e reinaram com Cristo mil anos. Lembremo-nos que, para Deus, um dia é como mil anos (2 Pe. 3.8 Is 61.2 Mc 1.15 Lc 4.19).

Ap. 20. 5: O restante dos mortos não reviveu até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. O restante dos mortos aqui são os que não aceitaram o evangelho pregado no reino de Deus por Jesus Cristo e seus discípulos, eles não ressuscitarão no dia da vinda de Jesus, diga-se, eles só ressuscitarão na chamada ressureição da condenação ou juízo. Os que seguiram a Jesus ressuscitarão na vinda de Jesus, na chamada primeira ressurreição (Jo. 5.29; 1 Ts. 4. 15-17; 1 Co. 15. 51,52).  

Ap. 20. 6: Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; [...] A primeira ressurreição é a ressurreição dos filhos de Deus que ocorre na vinda de Jesus.

[...] sobre esses a segunda morte não tem autoridade; [...] Não sofrerão a segunda morte. Isso só acontece com os que não aceitaram o evangelho para sua salvação, estes por não estarem seus nomes escritos no livro da vida, serão lançados no lago de fogo, é isto que significa a segunda morte, segundo o que diz a Bíblia Sagrada. Quanto aos que guardaram a palavra de Deus reinarão com Cristo os mil anos (Ap. 20.14,15.) [...] pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos.

O texto em questão transparece que se trata de um tempo futuro, porém, à luz de 2 Pe.  3. 7-12 passa a ideia que nada material restará após o dia da vinda de Jesus e sua vingança contra a maldade da raça humana naquele grande dia da ira de Deus. Conforme estas referências (Is. 61. 1-3; Lc. 4. 17-21; Dn. 2. 44; 7. 14) não será este o “ano aceitável do Senhor” o próprio milênio, ou o que é chamado de um prazo e um tempoa (Dn. 7. 12)?

Verifique.

a Um prazo: Corresponde ao tempo do fim do império romano, o último animal que foi morto conforme profetizou Daniel, até o fim do período que inicia o governo do filho da perdição, também chamado de anticristo. Seu domínio é o espaço de tempo chamado de um tempo, seu fim será com a eliminação dos reinos humanos por ação do reino de Deus, o povo do  Deus Altíssimo  (Dn. 2. 44; 7. 11, 12).

 

 

Domingos Teixeira Costa