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6 de abr. de 2008

Nardoni era considerado um 'paizão' pelos amigos

Herculano Barreto Filho, Diário de S.Paulo

SÃO PAULO - Quando entrou no curso noturno de Direito das Faculdades Integradas de Guarulhos (FIG), em fevereiro de 2002, Alexandre Nardoni era tido como um sujeito reservado. Na época, tinha 23 anos e estava prestes a ser pai pela primeira vez. A então namorada Ana Carolina de Oliveira, com 17 anos, estava grávida de sete meses. No dia 18 de abril, Isabella nasceu. Mas o relacionamento com a mãe da menina já dava sinais de que não teria um futuro promissor. No fim do ano, eles romperam o namoro.

No ano seguinte, Alexandre se encantou por Anna Carolina Peixoto Jatobá, uma colega de sala conhecida na alta sociedade de Guarulhos.

"Nossa, você acabou de sair de uma fria e já vai entrar em outra? Vai com calma, né?", comentou o amigo Pablo Fernando Mariano da Silva. "É mesmo, né? Eu não agüento mais repetir o mesmo nome", brincou Alexandre.

O novo casal não se desgrudava na faculdade. Em 2004, Anna Carolina Jatobá engravidou e pediu transferência para o turno da manhã. Durante a gravidez, voltava de carona com uma colega para o apartamento onde morava com os pais, num bairro de classe média de Guarulhos. Trancou a matrícula no fim de 2005, no 6 semestre, e nunca mais voltou a estudar.

Às vésperas de se tornar pai pela segunda vez, com apenas 25 anos, Alexandre se aproximou dos colegas de faculdade. Assim que caíram as formalidades, passou a ser chamado de Alê.

A imagem de sujeito fechado só persistiu para aqueles com quem não tinha intimidade. Com os amigos, era um tipo brincalhão, que repetia um bordão quando encontrava a turma. "E aí, Joe?", dizia, provavelmente referindo-se à música "Hey, Joe", de Jimmy Hendrix.

De olho no relógio

Logo Alexandre assumiu a imagem de paizão da turma. Pela forma carinhosa como falava da filha Isabella e por estar sempre de olho no relógio quando saía com os colegas à noite. Entre 2005 e 2006, eles iam a uma danceteria às quintas-feiras.

Apaixonado por motos, fazia questão de exibir as cicatrizes nos cotovelos e joelhos. Como marcas de guerra provocadas pelas quedas sofridas enquanto fazia manobras radicais nos domingos pela manhã num ponto de encontro de motoqueiros em São Paulo.

São-paulino, Alexandre adorava jogar bola. Conseguiu reunir os colegas em partidas de futebol soçaite nas sextas-feiras à noite, numa quadra no Jaçanã, na Zona Norte de São Paulo. Ele costumava levar o pai nas partidas, e brilhava mais com a bola do que com os livros.

Na faculdade, não passava de um aluno esforçado. No futebol, se beneficiava da velocidade e do porte físico avantajado para se destacar nos poucos jogos do time da faculdade. O futebol das sextas-feiras só persistiu pelo período de um mês, porque o horário noturno comprometia a assiduidade da turma nas aulas no dia seguinte.

Nos dias de semana, antes das aulas, o grupo se encontrava no saguão da faculdade para uma roda de bate-papo por 20 minutos. No intervalo, às 21h, Alexandre comia pão de queijo com iogurte na cantina.

Ele só mantinha um certo distanciamento quanto às suas relações profissionais, porque trabalhava como estagiário na consultoria tributária do pai. E nutria um certo receio de que os colegas se aproximassem dele para conseguir uma oportunidade na empresa da família.

Notícia do crime provoca choque

Depois da formatura, no fim de 2006, Alexandre se distanciou do pessoal da faculdade. Mas, recentemente, ele se encontrou por acaso com Ricardo Antônio Lázaro, de 27 anos, próximo à consultoria de seu pai. Lázaro tinha ido ao Fórum Federal quando deu de cara com o ex-colega. Em clima de descontração, papearam por cerca de 15 minutos, sentados em uma mureta da Avenida Paulista.

Pouco tempo depois, Lázaro relatou essa conversa durante encontro com outros ex-colegas num boteco de Guarulhos, na Grande São Paulo. Foi assim que a turma ficou sabendo que Alexandre estava feliz porque tinha recém mobiliado o apartamento onde morava com a mulher, Anna Carolina Jatobá.

Mas as últimas informações a respeito de Alexandre, recebidas pela imprensa, provocaram um choque. O fato de ele estar preso como suspeito de um crime bárbaro causou grande comoção na turma.

Mesmo assim, os amigos ainda guardam a imagem do cara que gostava de freqüentar churrascarias e de jogar truco nos encontros nos finais do semestre, na casa de Fernando Nobrega Pereira, de 25 anos.

Alguns dos colegas iam acompanhados pelas namoradas. Alexandre, não. Fabio de Almeida Roque, de 30 anos, que também era da turma de Alexandre, ainda guarda no computador as fotos do colega nos tempos de faculdade. A cada registro dos churrascos ou do bota-fora da faculdade - como se refere à festa de despedida, no fim de 2006 - Fabio não esconde o sorriso e faz comentários sobre o amigo Alê.

Agora, num canto do seu escritório, que fica numa rua sem saída da área central de Guarulhos, coleciona todas as reportagens sobre o caso da morte de Isabella. Ele resume o sentimento do grupo de velhos amigos:

- Nós não acreditamos que ele tenha cometido esse crime - diz Fabio.

http://oglobo.globo.com/sp/mat/2008/04/06/nardoni_era_considerado

_um_paizao_pelos_amigos-426711696.asp

5 de abr. de 2008

Pai de Yves Ota chama mãe de Isabella para fazer campanha contra violência

Convite foi feito neste sábado (5) durante almoço na casa de Ana Carolina de Oliveira. Mãe de Isabella Nardoni passou aniversário na Zona Norte de SP.
Carolina Iskandarian Do G1, em São Paulo

Massataka Ota, pai de Yves Ota, anunciou neste sábado (5) que vai se juntar a Ana Carolina de Oliveira, mãe da menina Isabella Nardoni, para começar uma campanha contra a violência nos estádios de futebol.

Veja a cronologia do caso

Ota e a mulher almoçaram com Ana Carolina, que completou 24 anos neste sábado e perdeu a filha há uma semana, na casa dela, na Vila Gustavo, Zona Norte de São Paulo. Eles chegaram por volta das 14h e levaram flores. “Vamos fazer essa campanha nos estádios pedindo paz. Não queremos mais violência. A gente vai poder trazer paz nos estádios e levar nossa família para assistir aos jogos no Brasil todo”.

A afirmação foi feita por Ota após ele e a mulher deixarem a casa de Ana Carolina, que os acompanhou até a porta. Ota contou ainda que eles pretendem assistir aos jogos com camisas do Yves e da Isabella. Ele disse que já procurou o presidente do time da Portuguesa, e que pretende procurar dirigentes de outros times, como o São Paulo, para realizar a campanha. Pela conversa com os dirigentes da Portuguesa, segundo o comerciante, ficou definido que a campanha já começaria a partir deste mês.

Casal abençoado

Ao deixar os dois na porta, a mãe de Isabella Nardoni afirmou que Ota e a mulher eram um casal abençoado. “Esse casal é da paz. Eles são iluminados”, disse. Ao longo do dia, Ana Carolina recebeu várias mensagens de solidariedade, flores e presentes de amigos.

Moradores da comunidade também deram apoio à família, erguendo cartazes em que pediam justiça e definiam Isabella como “um anjo” e “uma estrelinha”.

Versão do pai

A polícia trabalha sobre a versão contada pelo pai da criança que, desde o primeiro dia, afirma ser inocente. Ele conta que deixou a menina em um quarto, dormindo, enquanto foi até a garagem ajudar a mulher a subir com os outros dois filhos. A família havia chegado de um jantar na casa da sogra dele, por volta de 23h30.

Alexandre Nardoni afirma que deixou o imóvel trancado depois de colocar a menina na cama. Quando subiu, viu que ela não estava no cômodo e percebeu que a tela de proteção na janela estava rasgada. Em seguida, relatou ter visto o corpo da criança no jardim.

Em cartas divulgadas à imprensa nesta semana Alexandre e sua mulher, Anna Carolina Jatobá, dizem não serem culpados pela morte e afirmam que a “verdade prevalecerá”.

Investigações

O promotor Francisco José Taddei Cembranelli disse na sexta-feira (4) que não descarta a possibilidade de ela ter sido colocada na grama do jardim e não ter sido arremessada. “Isso vai se comprovar com a conclusão das investigações policiais”, disse ele, em entrevista coletiva à imprensa. Segundo ele, todas as hipóteses serão averiguadas.

Na opinião do promotor, entre os pontos que devem ser esclarecidos, está o momento em que a família chegou ao prédio e subiu ao apartamento. De acordo com o inquérito, o casal teria chegado ao prédio por volta das 23h30 e o porteiro diz ter ouvido um barulho, que seria da queda de Isabella, entre 23h45 e 23h55.

Segundo a versão dada pelo pai à polícia, não se passaram mais que cinco ou sete minutos o período em que ele leva a criança para o apartamento, retorna ao carro e volta a subir para o apartamento no 6º andar. Ainda segundo Cembranelli, até que os bombeiros e policiais chegassem, o corpo de Isabella não foi tocado. “Não foi mexido. Não houve desespero de ninguém em prestar um socorro imediato”, afirmou.

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL389493-5605,00

-PAI+DE+YVES+OTA+CHAMA+MAE+DE+ISABELLA+PARA+

FAZER+CAMPANHA+CONTRA+VIOLENCIA.html

Oposição diz que governo do Zimbábue prepara guerra

Agencia Estado
O líder da oposição no Zimbábue acusou hoje o presidente Robert Mugabe de estar preparando uma "guerra contra a população". Morgan Tsvangirai, líder do Movimento pela Mudança Democrática, disse que o partido está relutante em tomar parte no segundo turno das eleições presidenciais, porque o clima de medo está aumentando. Ele, no entanto, não voltou a falar em ameaças de boicote. "O governo está preparando uma guerra contra a população e a violência será armada. Portanto, não é justo nem razoável para o presidente Mugabe convocar um segundo turno", afirmou Tsvangirai.
De acordo com ele, um segundo turno é desnecessário devido à sua vitória nas eleições presidências já no primeiro turno. Seu partido diz que Tsvangirai teve 50,3% dos votos, mas a Comissão Oficial Eleitoral continua a se negar a divulgar os resultados. As autoridades da oposição disseram que o partido poderá entrar com novo pedido na Corte Suprema amanhã para forçar a comissão a publicar os resultados. Hoje, os advogados da oposição impediram a entrada dos advogados da oposição na Corte Suprema do país.
Tsvangirai disse que a restrição veio depois que Mugabe mobilizou as tropas militares e os veteranos da guerrilha. O medo aumentou depois que os veteranos de guerra foram convocados porque no passado eles eram usados para combater a oposição. Os resultados oficiais para as eleições parlamentares mostraram que o partido do governo perdeu a maioria dos 210 assentos no parlamento pela primeira vez desde a independência em 1980. No resultado final, as 60 cadeiras do senado foram dividas igualmente entre o partido do governo e a oposição, com 30 assentos cada.
Mugabe, de 84 anos, está no poder desde que a guerrilha armada o ajudou na independência do Zimbábue em 1980. Mas a sua popularidade vem caindo constantemente pelo recuo na economia, seguida de medidas violentas contra os agricultores, desde 2002, que transformaram os antigos exportadores de alimentos dependentes de ajuda internacional. Desde então, um terço da população deixou o país e 80% está desempregada.
www.atarde.com.br/mundo/noticia.jsf?id=862819

4 de abr. de 2008

Inpe registra avanço do desmatamento na Amazônia em fevereiro

Brasília - O desmatamento na Amazônia voltou a crescer em fevereiro, de acordo com dados do Sistema de Detecção em Tempo Real (Deter), apesar do período de chuvas na região, que dificulta a ação dos madeireiros. A área desmatada no período, calculada em 725 quilômetros quadrados, é 13,45% maior do que a registrada em janeiro desse ano, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) contabilizou 639,1 quilômetros quadrados de novas áreas devastadas.
Os dados revelam avanço do desmatamento mesmo após as medidas anunciadas pelo governo federal para combater a devastação da Amazônia, entre elas o fortalecimento das operações da Polícia Federal e a restrição de crédito para propriedades irregulares.
Ao comentar os números, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que a avaliação dos resultados das ações de combate ao desmatamento não pode ser imediatista.
“É claro que a resposta dessas medidas não tem a mesma velocidade que a dinâmica [do desmatamento] que está em curso tem. Com certeza, elas irão surtir efeito, mas não em apenas um mês ou dois”, disse hoje (3), na cerimônia de posse dos conselheiros da Reserva da Biosfera do Pantanal.
“O que nós queremos é que todas elas [medidas] todas venham a acontecer e, se possível, tenhamos também, em 2008, uma redução no desmatamento”, acrescentou.
De acordo com os dados do Deter, Mato Grosso concentra 88% do desmate total registrado no período. Em fevereiro, a área devastada no estado foi de 639 quilômetros quadrados e cresceu 68% em relação ao mês anterior.
Em Rondônia, o desmatamento cresceu 8,7% no mesmo período. Já o Pará registrou queda de 12,6% em relação a janeiro. Os três estados concentram os 36 municípios que mais desmataram a floresta Amazônica em 2007.
O Deter é um sistema de monitoramento da Amazônia por satélites que fornece dados sobre a cobertura vegetal da região. A consolidação dos dados é feita por outra metodologia, o Projeto de Estimativa de Desflorestamento da Amazônia (Prodes), que define as taxas de desmatamento.
www.nahoraonline.com.br/ler_noticia.asp?cod=5511

Mais quatro Estados decretam fim da greve dos Correios

Agencia Estado
Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) de mais quatro Estados decidiram hoje pelo fim da greve, que começou na segunda-feira à noite. O porcentual de adesão ao movimento, que ontem era de 49%, já havia caído hoje para 10%, segundo dados dos Correios. A greve continua em pelo menos 11 Estados, que marcaram assembléias para sábado e segunda-feira. De acordo com balanço da ECT, a volta ao trabalho hoje já havia sido aprovada no Distrito Federal e em oito Estados, inclusive em São Paulo, com exceção das regiões de Campinas e Ribeirão Preto, que se reunirão amanhã.
Em assembléias realizadas hoje, os carteiros votaram pelo fim da paralisação no Rio Grande do Sul, em Alagoas, Santa Catarina e no Mato Grosso do Sul. Já os funcionários do Ceará e de Mato Grosso optaram por manter a greve e voltam a se reunir amanhã. Também haverá assembléia amanhã no Paraná e em Sergipe.
Às 19 horas de hoje, os carteiros de Rondônia e da região de Juiz de Fora, em Minas Gerais, ainda não tinham votado sobre a proposta de fim da greve. Na segunda-feira, estão marcadas assembléias para os Estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Tocantins, Piauí, Roraima e região de Belo Horizonte (MG). O governo propôs, na quarta-feira, prorrogar por três meses o pagamento do abono emergencial de 30% sobre os salários. Os grevistas esperam que, ao final dos três meses, este abono passe a ser pago como adicional de risco. Os Correios dizem que, neste prazo de 90 dias, será estudado se o adicional será pago em definitivo e de que maneira.
O abono emergencial vinha sendo pago desde dezembro e foi suspenso em março, deflagrando o movimento grevista. O abono substituiu o adicional de periculosidade aprovado em lei votada pelo Congresso e vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um grupo com representantes do Ministério das Comunicações, da ECT e dos empregados será criado para discutir o Plano de Cargos e Salários e a participação nos lucros. Os Correios decidiram que vão abonar as faltas somente dos grevistas que voltaram ao trabalho até as 18 horas de ontem.
www.atarde.com.br/brasil/noticia.jsf?id=862520

3 de abr. de 2008

Missão humanitária para resgate de Ingrid chega à Colômbia

Emissora francesa afirma que equipe desembarcou nesta quinta; Cruz Vermelha diz estar pronta para operação

Efe

BOGOTÁ - A missão humanitária organizada pela França para o resgate da franco-colombiana Ingrid Betancourt, refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) há mais de seis anos, chegou nesta quinta-feira, 3, ao território colombiano, informou a emissora France Info. O objetivo oficial da missão é tentar contatar as Farc e conseguir acesso à ex-candidata à Presidência da Colômbia para oferecer cuidados médicos. Segundo a rádio colombiana Caracol, a aeronave está na base aérea militar de Catam, em Bogotá. "à espera de um plano de vôo", para ajudar Ingrid.

Lula: 'País só intervém no caso se Colômbia pedir'

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Um porta-voz do Palácio do Eliseu se negou a comentar a notícia da chegada do avião à Colômbia, e reiterou que a operação seria mantida sob máximo sigilo. O avião Falcon 50, que saiu de uma base militar nos arredores de Paris na tarde de quarta-feira, fez escala na ilha francesa da Martinica durante a noite, antes de seguir viagem à Colômbia. Fontes próximas ao caso confirmaram à Agência Efe que, até o momento, as Farc não disseram se receberiam a missão

humanitária.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse que Ingrid está em "perigo de morte iminente". A missão conta com o apoio de Espanha e Suíça, que formam com a França o grupo de países "facilitadores" que há vários anos tentam mediar a favor de uma troca humanitária entre os reféns políticos das Farc e guerrilheiros presos. As autoridades colombianas, que prometeram suspender as operações militares na zona onde operará a missão, informaram que receberam um pedido da França para aterrissar no aeroporto de San José del Guaviare, no sudeste da Colômbia.

A equipe inclui um médico e dois diplomatas, um dos quais é o ex-cônsul francês em Bogotá Noel Saez, que foi o emissário francês nos contatos com as Farc nos últimos anos. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) afirmou na quarta-feira que está pronto para participar da missão humanitária. De acordo com o CICV, os contatos com o governo francês são constantes, mas o grupo reitera que, até agora, a guerrilha não deu um sinal verde para a missão.

"Estamos em contato confidencial com as Farc, em todos os seus níveis hierárquicos, por vários canais. Até agora, porém, não temos nenhum pedido por parte da guerrilha para realizarmos uma missão humanitária para libertá-la", afirmou Yves Heller, porta-voz do CICV para a Colômbia, que garantiu que os contatos continuarão. Segundo Heller, o CICV está recebendo constantemente informações a respeito da missão humanitária que o presidente francês decidiu enviar à Colômbia para tentar libertar Ingrid. "Estamos preparados. Temos experiência nisso. Só este ano participamos da liberação de 14 reféns, além de outros 24 em 2007", afirmou.

O porta-voz da Cruz Vermelha disse que está "muito preocupado" com a situação da refém. De acordo com ele, o CICV está "profundamente incomodado" e considera a situação "extremamente grave". "Este ano, nós pedimos às Farc acesso aos reféns, mas não tivemos resposta", disse. Ele conta que há muito tempo o CICV não tem acesso aos reféns na Colômbia e diz que prefere não especular sobre o estado de saúde de Ingrid. "Nossa avaliação é de que toda a informação sobre Ingrid deve ser tratada com muita cautela. Não temos nada de concreto sobre seu estado de saúde."

(Com Jamil Chade, de O Estado de S. Paulo)

www.estadao.com.br/internacional/not_int150503,0.htm