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15 de jun. de 2008
Wilma retoma agenda de governo na segunda
14 de jun. de 2008
Eike inaugura nova era no petróleo
Patrícia Cançado e Tatiana Freitas
O maior IPO da história da Bolsa de Valores de São Paulo tem como protagonista uma empresa que não tem atividade operacional: a OGX Petróleo e Gás, do empresário Eike Batista. Com um plano de negócios, uma equipe de técnicos tarimbada e os direitos de exploração de 21 blocos nas bacias de Campos, Santos, Espírito Santo e Pará-Maranhão, ela captou ontem R$ 6,7 bilhões em uma oferta primária de ações, quase metade do volume levantado por todas as empresas que abriram o capital em 2006 no Brasil.
A OGX vai explorar 14 desses blocos, o que faz dela a primeira grande companhia privada de capital nacional a atuar como operadora - a empresa estima encontrar 4,8 bilhões de barris de óleo. Existem empresas de menor porte explorando óleo em poços em terra, nas regiões Norte e Nordeste. A Vale está presente em alguns consórcios em parceria com a Petrobrás, mas não como operadora.
A nova petrolífera também entra para a história como a primeira grande empresa nacional a se arriscar em um mercado altamente dominado pela estatal Petrobrás. “Eike inaugurou uma era. A Petrobrás nunca teve competidores tão agressivos. O que ele gastou na nona rodada (R$ 1,4 bilhão) foi mais do que todos os leilões anteriores somadas”, diz o consultor John Forman, ex-diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP). “A grande diferença é que ele acreditou no potencial do petróleo do Brasil. Grandes petroleiras têm estado ausentes dos leilões da ANP.”
Segundo Forman, as gigantes vão buscar petróleo em lugares onde ele já está descoberto, como o Golfo do México, Nigéria e Angola. No Brasil, preferem fazer parceria com a Petrobrás, como forma de diluir os riscos. “A OGX foi de peito aberto. Fez um bom plano de negócios, buscou gente capacitada na Petrobrás e pagou bônus inéditos para ficar com as reservas”, diz Forman. “Logo após o leilão, Eike declarou que as chances de sucesso eram da ordem de 30%, o que é razoável - nem alto nem baixo. Ele convidou o mercado a correr riscos com ele.”
PROCURA O mercado topou correr os riscos. A demanda pelos papéis da OGX superou em dez vezes a oferta, segundo o presidente do grupo EBX, Eike Batista. “A procura totalizou US$ 30 bilhões, bem acima da expectativa, que era de US$ 20 bilhões”, disse durante a estréia das ações. “Não somos uma promessa. Ou não teríamos 363 instituições mundiais, fundos de pensão, comprando o nosso negócio, porque cada um deles possui um especialista em petróleo e fazem a operação concreta em cima de dados”, afirmou.
Com o novo negócio, Eike vai multiplicar sua riqueza. Segundo a revista Forbes, ele já é o terceiro homem mais rico do Brasil, com patrimônio de US$ 6,6 bilhões, atrás apenas de Antonio Ermírio de Moraes e família e Joseph Safra. A publicação colocou o empresário na lista dos novatos notáveis, composta pelos dez homens de negócios que construíram suas fortunas mais rapidamente.
Antes do IPO da OGX, Eike calculava sua fortuna em US$ 17 bilhões. Agora, as contas do empresário devem ultrapassar US$ 20 bilhões, o que o coloca entre os 20 maiores bilionários do mundo e mais perto de sua meta. Ele já declarou que quer ultrapassar Bill Gates em cinco anos. O valor de mercado da OGX é de cerca de R$ 36 bilhões, ou 8% do da Petrobrás, a empresa mais valiosa do País.
A postura exibicionista e agressiva de Eike, rara entre empresários brasileiros, divide opiniões. Para alguns, ele é megalomaníaco e aventureiro. Para outros, a sua agressividade é típica dos homens visionários. Eike já declarou à revista Época Negócios que lê o jornal de 2015.
O banqueiro José Olympio Pereira, diretor do Credit Suisse, que esteve à frente do IPO da MMX e da OGX, vê em Eike o empresário que melhor soube tomar partido da nova dinâmica do capitalismo brasileiro. “Ele sabe jogar o jogo do mercado e tem visão de longo prazo”, diz Pereira.
Para ele, o sucesso do OGX é resultado de quatro fatores: petróleo a US$ 140, descobertas em série de petróleo na costa brasileira, as 22 licenças de exploração adquiridas no leilão, o time montado com profissionais de grande credibilidade e o hístórico de resultados das empresas do Eike. “O investidor que comprou os papéis da mineradora MMX há dois anos, quando ela abriu o capital, já multiplicou o dinheiro por seis. Ele mostrou uma criação de valor extraordinária”, diz o banqueiro.
Uma das características de Eike é se cercar dos melhores profissionais em cada área. Para tirá-los das empresas onde estão, faz propostas irrecusáveis e ainda oferece bônus ou ações. Foi assim com Paulo Mendonça, que foi gerente de exploração e produção da Petrobrás por 34 anos, e Luiz Rodolfo Landim, outro alto executivo da Petrobrás e hoje presidente da OGX.
Um de seus maiores estrategistas é o próprio pai, Eliezer Batista, ex-ministro de Minas e Energia no governo João Goulart, ex-presidente da Vale e hoje presidente honorário do grupo EBX. Por causa dessa íntima ligação, muitos dizem que ele teria sido privilegiado pelas dicas dada pelo pai. O empresário sempre negou a versão.
http://txt.estado.com.br/editorias/2008/06/14/eco-1.93.4.20080614.28.1.xml
13 de jun. de 2008
Semente mais velha do mundo, com 2.000 anos, dá origem a palmeira saudável
Semente mais velha do mundo, com 2.000 anos, dá origem a palmeira saudável
Tâmara plantada em Israel originou-se de semente encontrada na fortaleza de Masada. Planta provavelmente foi deixada lá por soldados por volta do século 1 de nossa era.
Uma semente que sobreviveu ao governo do rei Herodes e a uma batalha sangrenta entre judeus e romanos é a mais antiga a germinar no mundo, afirmam pesquisadores israelenses. Apelidada de "Matusalém", homenageando o mais idoso personagem da Bíblia, a muda de tamareira brotou de um genitor com cerca de 2.000 anos de idade, e pode até ajudar no melhoramento genético das tâmaras modernas, se tudo correr bem.
A história cinematográfica da tamareira Matusalém está na edição desta semana da revista especializada americana "Science". A semente que deu origem à plantinha, hoje com três anos de idade, veio da fortaleza de Masada, perto do mar Morto, no atual estado de Israel. A fortaleza foi construída pouco antes do nascimento de Cristo pelo rei Herodes e, décadas mais tarde, durante a guerra entre romanos e judeus, foi atacada pelo exército de Roma. Nenhum dos defensores judeus sobreviveu ao ataque.
No entanto, escavações arqueológicas nos anos 1960 acharam as tâmaras debaixo dos escombros da fortaleza. Sarah Sallon e seus colegas do Instituto Louis Borick de Medicina Natural, em Jerusalém, conseguiram datar duas das sementes, comprovando que elas tinham cerca de 2.000 anos de idade. Uma terceira semente foi plantada e, aos 15 meses de vida, pedacinhos de sua casca que ainda estavam aderidos à muda também foram datadas. A idade obtida foi cerca de 200 anos mais recente -- o que era de se esperar quando se considera o grau de contaminação com carbono mais recente, absorvido do ar e do solo durante o crescimento da plantinha.
Os pesquisadores dizem acreditar que o clima único da região do mar Morto, extremamente quente e seco, ajudou na preservação da semente de Matusalém. A saúde da mudinha parece muito boa, com exceção de algumas manchas brancas nas folhas -- provavelmente ligadas a uma falta de nutrientes na semente. O grupo também aproveitou para fazer uma análise genética da tamareira, comparando-a com plantas atuais da mesma espécie, oriundas do Egito, do Marrocos e do Iraque.
A surpresa é a semelhança genética relativamente baixa entre a planta-Matusalém e as atuais -- provavelmente porque as modernas são plantadas de forma clonal, sem cruzamento entre os indivíduos. Se Matusalém produzir frutos, seu DNA poderá trazer "sangue novo" (ou seria sangue velho?) às tamareiras modernas, já que os judeus da época de Jesus tinham desenvolvido plantações de alta qualidade da espécie.
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL599030-5603,00-SEMENTE+MAIS+VELHA+DO+MUNDO+COM+ANOS+DA+ORIGEM+A+PALMEIRA+SAUDAVEL.html
12 de jun. de 2008
Oposição 'canta vitória' e conta 8 senadores da base contra CSS
Oposição 'canta vitória'
'Se eu tinha alguma dúvida na votação da CPMF, na CSS eu não tenho nenhuma', diz José Agripino
Andréia Sadi, do estadao.com.br
AE
Na foto, Agripino (e) com Virgílio, líder tucano
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"Não vai passar (no Senado), de maneira nenhuma. Pelo menos oito senadores da base com quem conversei já se declararam clararamente contra a CSS. Disseram que não votam pela CSS de jeito nenhum. Estes votaram a favor da CPMF, mas votarão contra a CSS", disse.
Mesmo com maioria, o governo aprovou a CSS na Câmara com um placar apertado. Conseguiu 259 votos quando o mínimo era 257. Para ser aprovada no Senado, como é uma lei complementar, precisa de 41 votos a favor de um total de 81 senadores.
Ele disse que o partido já fechou questão contra o novo tributo e apesar da indefinição do PSDB, acredita no apoio tucano. "Não sei (sobre o PSDB), mas não tenho dúvida que ele votará contra maciçamente. Se tinha duvidas contra a CPMF, na CSS não tenho", afirmou.
Agripino disse que a votação na Câmara "custou caro" ao governo. "Gastaram os últimos cartuchos. Mesmo com a maioria, conseguiu apenas dois a mais que o necessário", disse.
Com alíquota proposta de 0,1% sobre as movimentações financeiras a ser cobrada a partir de janeiro de 2009, a CSS, com destinação exclusiva à saúde, substitui a extinta CPMF, que tinha alíquota de 0,38% e se destinava a diversos fins. Se aprovada, segundo cálculos do Ministério da Saúde, a CSS deve arrecadar mais de R$ 10 bilhões por ano para o setor.
www.estadao.com.br/nacional/not_nac188480,0.htm
11 de jun. de 2008
Ibope de "Pantanal" cresce 46% no 2º capítulo; Globo cai
MIGUEL ARCANJO PRADO da Folha Online
Silvio Santos comemora os bons números no Ibope da novela "Pantanal", exibida na grade do SBT desde a última segunda (9). Ontem, a trama de Benedito Ruy Barbosa, exibida originalmente pela extinta TV Manchete em 1990, cresceu 46% em audiência, em relação ao capítulo de estréia.
Divulgação |
"Pantanal" é a nova menina dos olhos de Silvio Santos |
Nesta terça-feira, o segundo capítulo do folhetim protagonizado por Cristiana Oliveira marcou dez pontos de média, com pico de 12, no Ibope da Grande São Paulo.
No capítulo de estréia, a novela já tinha dado ao SBT sete pontos de média, número que foi 68% maior do que o que o canal obtinha no mesmo dia e horário, uma semana antes.
Apesar de ainda permanecer em primeiro lugar no Ibope da Grande São Paulo, durante a exibição de "Pantanal", a Globo viu sua audiência despencar de 31 pontos na segunda (9) para 24 pontos nesta terça (10). Na terça (3), quando a novela não estava no ar, a Globo tinha 27 pontos de média no mesmo horário, contra sete pontos do SBT.
A Record marcou, no horário de "Pantanal", 15 pontos na segunda e 16 na terça, mantendo a vice-liderança. Mesmo com o sucesso da novela, o SBT fica em terceiro lugar.
Horários
De acordo com a assessoria de imprensa do SBT, o horário de início da novela "Pantanal" é às 22h, mas pode variar durante a semana começando às 22h10 ou às 22h20. Segundo a emissora, os horários podem mudar devido às programações das concorrentes.
Concorrência
Principal novela da Globo, "A Favorita" não consegue sair do ibope ruim que vem tendo desde a estréia. Ontem, a trama de João Emanuel Carneiro marcou 35 pontos de média. "Ciranda de Pedra" também mantém audiência baixa e ontem teve média de 21 pontos. "Beleza Pura" marcou 27 pontos de média.
Na Record, ontem, "Amor e Intrigas" marcou 17 pontos de média e "Os Mutantes" atingiu 19 pontos.
Filme lidera
O filme "O Vingador", que foi exibido após "Pantanal" no SBT nesta terça, manteve boa parte da audiência da novela e registrou nove pontos de média para o "Cine Espetacular", que ficou em segundo lugar entre 23h01 e 1h10. Com o longa, o SBT chegou a ficar 23 minutos em primeiro lugar no Ibope, com pico de 12 pontos. No horário do filme, a Globo marcou 15 pontos de média, mantendo a liderança; a Record ficou em terceiro, com oito pontos.
10 de jun. de 2008
McCain defende livre-comércio e acusa Obama de querer aumentar impostos Publicidade
da France Presse da Folha Online
O provável candidato republicano à Casa Branca, John McCain, acusou nesta terça-feira seu adversário democrata, Barack Obama, de querer aumentar os impostos de todos os norte-americanos em um momento em que a economia é o principal tema de preocupação dos eleitores.
"Com o plano fiscal de Obama, os impostos dos americanos de todas as condições sociais serão aumentados", afirmou McCain, durante um encontro com pequenos empresários em Washington.
Uma pesquisa divulgada pela Opinion Research Poll nesta segunda-feira aponta que a economia está no topo das preocupações dos eleitores norte-americanos -- 78% dos entrevistados dizem acreditar que a situação econômica atual é mal ou muito mal, apenas 19% dizem que a situação é aceitável e uma porcentagem ainda menor, 3%, afirma que a economia está bem.
"As pessoas de mais idade, as famílias, os pequenos empresários e todos aqueles que realizaram pequenos investimentos na bolsa serão afetados pelas altas dos impostos", afirmou McCain, no discurso focado na economia.
Kevin Lamarque/Reuters |
John McCain discursa sobre economia em Washington |
O republicano também criticou a vontade de seu adversário de querer aumentar o salário mínimo. "Isso agregará outros custos [para os diretores de empresas] e vai desacelerar a criação de postos de trabalho", disse.
O discurso --um dia após Obama defender o aumento das cobranças de impostos sobre as indústrias petrolíferas-- traz uma mudança de tom de McCain. O senador por Arizona sempre foi contrário no Congresso às propostas do presidente George W. Bush de diminuir os impostos para as famílias de classe média, argumentando que o orçamento não comportaria a perda de receita.
Agora candidato a suceder Bush, McCain promete manter os benefícios fiscais.
Barack Obama, por sua vez, se oferece para reduzir os impostos das classe média e baixa e aumentá-los para quem tiver renda superior a US$ 250 mil (R$ 410,5 mil) anuais.
No que diz respeito ao seguro de saúde, o McCain repete que aprovará uma restituição de impostos para que as pessoas possam fazer um seguro particular ao invés de privilegiar um seguro de saúde universal, como propõe seu adversário.
"Acho que a melhor maneira de ajudar os pequenos empresários e os assalariados a obter um seguro de saúde acessível não consiste em aumentar o controle do governo sobre os serviços de saúde e sim em enquadrar melhor o custo dos serviços e dar às pessoas a opção de ter um seguro de saúde de sua escolha", argumentou McCain.
Nos Estados Unidos, cerca de 47 milhões de habitantes não têm cobertura médica.
Acordos comerciais
No discurso em Washington, McCain afirmou aos presentes que honrará o Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta), o qual Obama prevê renegociar.
"Lamentavelmente, o senador Obama tem o costume de menosprezar o valor de nossas exportações e de nossos acordos comerciais", disse McCain, que apontou os acordos como solução pára a crise econômica vivida pelo país.
Para McCain, Obama "propôs uma renegociação unilateral do Nafta", o acordo dos EUA com o México e o Canadá que representa 33% das exportações nacionais. Este seria um exemplo das "fortes discrepâncias" entre McCain e Obama, diferenças que ambos querem ressaltar agora que a campanha pelas eleições gerais começou oficialmente.
"Se for eleito presidente, este país honrará seus acordos internacionais, entre eles Nafta, e esperamos o mesmo dos outros", explicou. "Em tempos de incerteza para os operários norte-americanos, não vamos acabar com anos de ganhos em acordos", completou.
McCain aproveitou a oportunidade para defender os acordos de livre-comércio, tema que tem inspirado críticas dos democratas. Não apenas Obama criticou os acordos --seguindo os argumentos dos eleitores operários brancos de que os acordos causaram a mudança das fábricas e a perda de empregos--, mas os legisladores democratas recusaram no Congresso (onde são a maioria) vários acordos negociados, como o Tratado de Livre-Comércio com a Colômbia.
"Quero acabar com as barreiras comerciais estrangeiras, para que as pequenas empresas norte-americanas possam competir lá fora", explicou McCain. "A força da economia norte-americana oferece uma vida melhor às sociedades com as quais fazemos comércio e o bem que regressa a nós vem de várias maneiras, mediante melhores empregos, salários mais altos e preços mais baixos", completou.
Obama
Obama fez da economia o primeiro tema no confronto contra McCain, ao iniciar nesta segunda-feira, uma viagem de duas semanas pelo país para propor soluções para a crise nacional.
O provável candidato democrata viaja por Estados tradicionalmente inclinados a votar nos republicanos e deve fazer da economia um dos temas decisivos das eleições de novembro.
Na cidade de Raleigh, Carolina do Norte, Obama criticou McCain, acusando-o de querer dar continuidade à política econômica do governo Bush. O argumento --usado desde o início da disputa das primárias-- deve ser um dos principais temas da campanha democrata.
A viagem de Obama deverá incluir também a Pensilvânia, Ohio e Flórida --três campos de batalha que podem ser decisivos no dia 4 de novembro.
www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u410846.shtml