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1 de maio de 2007

Acossado por críticas, Olmert recusa-se a renunciar

Umja investigação acusa o premier de ter cometido erros de julgamento ao iniciar e conduzir o conflito no Líbano, em 2006. Os jornais já pedem sua renúncia Associated Press JERUSALÉM - O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, enfrenta um bombardeio de críticas e pedidos para que renuncie, depois que um comitê emitiu um relatório extremamente crítico à forma como o governo conduziu a guerra de 2006 no Líbano. Um ministro do gabinete, desiludido com a liderança do premier, deixou o cargo nesta terça-feira, 1º. Olmert declara que não deixará o cargo, a despeito das conclusões do comitê, divulgadas na segunda-feira, 30. A investigação acusa o premier de ter cometido erros de julgamento ao iniciar e conduzir o conflito. A porta-voz de Olmert, Miri Eisin, afirma que ele está confiante na capacidade de reerguer sua liderança. "Ele tem total consciência da falta de confiança do público, mas sente que, em vez de entrar em um período de confusão, deve se responsabilizar por resolver os problemas", disse Eisin. "Ele acredita que, por meio de suas ações, o apoio (público) virá". O desafio de Olmert é grande. Editoriais e articulistas de jornais exigem sua renúncia, afirmando que povo de Israel não confia mais nele. O relatório do comitê "não contém nenhuma palavra piedosa à qual o primeiro-ministro possa se agarrar para prorrogar seu mandato", diz o editorial do jornal Haaretz. O diário Maarriv diz na manchete: "De saída". No momento, Olmert parece seguro no cargo. A despeito do clamor público, ele continua a liderar uma ampla coalizão de governo, cujos membros parecem relutar em pôs os próprios mandatos em risco, convocando eleições. Pesquisas de opinião pública indicam que o ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, do partido direitista Likud, arrebataria a vitória no caso de uma nova eleição. Pessoas próximas ao premier dizem que apenas um grande movimento popular poderá forçá-lo a renunciar. Seu partido, o Kadima, tem a opção de retirá-lo do comando. Se renunciar, Olmert pode ou dissolver o Parlamento e convocar eleições, ou manter o legislativo intacto e pedir ao presidente que escolha um novo chefe de governo. O atual ministro das Relações Exteriores, Tzipi Livni, é visto como um forte candidato, nesse segundo cenário. {Costa}