A Controladoria-Geral da União (CGU) proibiu ontem a construtora Gautama de fechar novos contratos com o governo federal. A empreiteira, pivô da máfia das obras desbaratada em maio pela Operação Navalha, foi declarada inidônea pelo ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, em decisão publicada no Diário Oficial. O dono da Gautama, Zuleido Veras, preso pela Polícia Federal, vinha enviando correspondências a parlamentares tentando recuperar contratos com o poder público.
De acordo com o órgão, a decisão serve de exemplo para outras empresas envolvidas em escândalos semelhantes - o desfalque apurado inicialmente, no esquema liderado pela Gautama, é de R$ 170 milhões. Ainda segundo a CGU, a decisão foi tomada após término de processo para investigar as irregularidades cometidas na relação da empreiteira com a administração pública.
Após análise da defesa apresentada pela Gautama, o ministro concluiu que ?restam caracterizadas práticas de atos ilícitos que, além de ter por objetivo frustrar os princípios que regem as licitações e de evidenciar irregularidades cometidas na execução de contratos, atentam contra a necessária idoneidade da referida empresa para estabelecer relações contratuais com a Administração?. As informações são de O Estado de S. Paulo