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3 de agosto de 2007

Venda de genérico cresce 23% no País

MEDICAMENTOS

Ana Mary C. Cavalcante da Redação

O mercado de medicamentos genéricos cresceu 23,2% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2006. Isso é resultado de uma melhor divulgação para o consumidor, mas também significa que o mercado pode crescer mais.

De janeiro a junho deste ano, foram vendidas 111,5 milhões de unidades de medicamentos genéricos no Brasil, segundo o IMS Health. A pesquisa foi divulgada ontem pela Associação Brasileira de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos) e atesta um crescimento de 23,2% no volume de unidades comercializadas no primeiro semestre de 2007 - no mesmo período de 2006, foram 90,6 milhões.

O Sudeste registra a maior evolução de participação média de mercado dos genéricos, 5,30%, e o Norte, a menor, com 10,5%. Mas todos os cinco mercados regionais de genéricos cresceram, ainda que com aumentos distintos por estados. Minas Gerais alcança o topo do ranking nacional, com 19,01% de market share (participação no mercado. Ou seja, de cada cem medicamentos vendidos, cerca de 19 são genéricos). O Ceará está em um patamar baixo, com 9,6%. Na região Nordeste, o Estado supera apenas o Maranhão - que tem a menor média de participação de mercado dos genéricos, com 9%.

A ampliação da oferta de medicamentos genéricos - atualmente, são 1.600 listados, destaca a Pro Genéricos - é um dos fatores que contribuem para o crescimento da procura. "Você pode tratar praticamente toda doença com medicamento genérico", informa Odnir Finotti, vice-presidente da Pro Genéricos. Aliada a isso, continua Finotti, há a economia: o genérico já chega à farmácia, pelo menos, 35% mais barato do que o concorrente "de marca". E a diferença de preços pode chegar a 70%.

"A cada ano, o genérico vai se popularizando", observa o Jorge Luís, farmacêutico-bioquímico de uma das filiais da rede Pague Menos. Isso também significa que o consumidor está adquirindo mais conhecimento sobre as opções na farmácia. "Tanto o próprio cliente já sabe sobre o genérico, quanto o médico já coloca na receita o princípio ativo. Assim, o consumidor pode escolher qual o genérico mais barato", comenta Luís. Mas, para o gerente da Farmácia Droga Forte (avenida Antônio Sales), ainda falta divulgação. "Devido aqui ser o setor da Aldeota, poucos médicos prescrevem o genérico. Quem prescreve mais são os médicos da rede pública", diz Silvestre Araújo Vasconcelos. Os medicamentos genéricos que controlam a hipertensão lideram a lista dos mais vendidos ali. "O pessoal que se habituou a comprar o genérico não muda mais", conclui Vasconcelos.