Resultados de Pesquisa
.
5 de jan. de 2007
Crianças morrem após ter visto a execução de Saddam Hussein
05/01/2007 15:47 Fonte:
Duas crianças morreram após ter visto as notícias sobre execução de Saddam Hussein. Uma adolescente de 15 anos da região leste da Índia suicidou-se após ter ficado deprimida com a execução e um menino de 10 anos da Guatemala morreu enforcado em Houston, no Estado norte-americano do Texas, quando aparentemente a imitava.
Meneino da Guatemala Foto:The Houston Chronicle"
A indiana ,Moon Moon, foi descoberta na quarta-feira enfocando-se amarrado a um ventoinha de tecto.
«Não levámos a sério quando nos disse que queria sentir a dor experimentada por Saddam Hussein durante o enforcamento», afirmou a mãe da jovem, Manmohan Karmakar.
Após ter assistido várias vezes às imagens da execução do ex-ditador iraquiano na madrugada de sábado, Moon Moon ficou extremamente deprimida e «não se alimentou durante dois dias, como forma de protesto pela morte de um patriota», explicou Karmakar.
O menino segundo o jornal "The Houston Chronicle" tinha visto, no sábado, as notícias sobre a execução de Saddam Hussein. O corpo foi encontrado no domingo.
De acordo o psicólogo Edward Bischof, ouvido pelo "The Houston Chronicle", o menino possivelmente quis "imitar" um comportamento transmitido pela televisão que lhe pareceu interessante e emocionante.
"Creio que, talvez, esta criança tenha feito algo que lhe pareceu divertido sem ter a maturidade emocional e psicológica para pensar no que fazia", sustentou.
Três dirigentes do Hamas são atacados na Cisjordânia
05/01 - 10:51 - EFE
Gaza, 5 jan (EFE).- Três alvos do Movimento Islâmico Hamas foram atacados hoje por milicianos, aparentemente do Fatah, após os sangrentos confrontos da noite de quinta-feira, que mataram um chefe superior da Segurança Preventiva.
Fontes do Hamas informaram sobre o incêndio de três de seus escritórios na cidade cisjordaniana de Ramala e o ataque contra casas de dirigentes do movimento fundamentalista nos campos de refugiados de Nuseirat e Al-Bureij, no centro de Gaza.
Entre as residências atacadas está a de um chefe do braço armado do Hamas, não identificado. A agressão aconteceu com granadas de mão, e não deixou vítimas entre os ocupantes, informaram as fontes.
Estes ataques seriam como vingança por outro, perpetrado por milicianos do Hamas - uma "força auxiliar" dos organismos de segurança da Autoridade Nacional Palestina (ANP) - na noite de quinta-feira contra a residência do coronel Mohammed Ghaieb, chefe da Segurança Preventiva, que é ligada ao presidente Mahmoud Abbas.
Os fundamentalistas atacaram a casa com lança-granadas, armas automáticas e granadas de mão; depois invadiram a residência e mataram o oficial e dois de seus subordinados, e não um de seus filhos, como informaram a princípio fontes do Fatah.
Pelo menos outros 18 palestinos, entre milicianos e civis, ficaram feridos na quinta-feira em Gaza, que amanheceu hoje sob uma tensa calma depois que o primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, que se reuniu esta madrugada com o presidente Abbas, comprometeu-se em retirar as milícias das ruas.
Apesar de um pedido de bom senso feito por Abbas e Haniyeh, fontes do Fatah ameaçaram, esta manhã, vingar a morte do coronel Ghaieb, o que pode causar uma nova escalada da violência e uma guerra civil, o grande temor dos dirigentes e da população.
Os milicianos, que operam independentemente dos organismos de segurança e policiais da ANP, encontram-se de fato em uma "guerra de vinganças" que aumentou nas últimas duas semanas e reflete as profundas divergências políticas entre Abbas, líder do Fatah, e Haniyeh, do Hamas.
Dirigentes da Organização para Libertação da Palestina (OLP), como Yasser Abed Rabbo, e do Fatah, através de seu porta-voz em Gaza, Taufik Abu Moussa, afirmaram hoje que Haniyeh precisa de influência sobre o movimento Hamas e seu braço armado, pois as decisões de seu Governo "são tomadas em outros países", em alusão ao líder dos islâmicos, Khaled Mashaal, que vive na Síria.
Segundo Abed Rabbo, por este motivo Haniyeh não pode criar com o Fatah um Governo de união nacional, uma fórmula que poria fim à grave crise interna e ao boicote internacional contra o Governo do Hamas, há menos de dez meses no poder.
Antes dos incidentes da quinta-feira em Gaza, e dos de hoje em Ramala e nos campos de refugiados de Nuseirat e Al-Bureij, o Fatah sofreu represálias na Cisjordânia pela morte, na terça-feira, de três de seus milicianos e de uma mulher do campo de Jabalia.
Desconhecidos queimaram na quinta-feira na Cisjordânia, antes dos sangrentos choques em Gaza, o carro do ministro para Assuntos de Prisioneiros, Wasfi Kabha, do Hamas, e outros seqüestraram o vice-ministro da Saúde, Bashar al-Karmi, no distrito de Ramala.
No mesmo dia, na aldeia rural de Yaba, pessoas encapuzadas dispararam contra o líder religioso e ativista do Hamas, Nasser al-Auna, sem conseqüências, quando saía da mesquita da localidade.
Ainda na quinta-feira, em Gaza, outros desconhecidos atacaram Samir Jail, funcionário do Ministério do Interior, que perdeu um braço e uma perna na explosão de seu carro, provocada supostamente por integrantes do Fatah.
Salvo casos especiais, nenhuma das milícias reivindica os ataques contra dirigentes e alvos da outra. EFE ez-sar ev/mh
Execução de Saddam continua gerando protestos
Lideranças mundiais reprovaram o modo de como o ex-ditador foi executado
Agências internacionais
BAGDÁ - O procedimento da execução do ex-ditador Saddam Hussein foi reprovado por diversos líderes mundiais e continua gerando protestos. Nesta sexta-feira, um incidente na região indiana de Caxemira, uma declaração do presidente egípcio, Hosni Mubarak, e a posição contrária da União Européia esquentaram o cenário internacional.
Na Índia, a polícia atirou balas de borracha e lançou gás lacrimogêneo para dispersar centenas de manifestantes enfurecidos que queimavam a bandeira americana durante o segundo dia de protestos contra a execução do líder iraquiano Saddam Hussein, afirmou a polícia.
Cantando "Fora Bush", os manifestantes também queimaram imagens do presidente dos EUA, George W. Bush, quando saíram das mesquitas depois das orações de sexta-feira e jogaram pedras nas forças do governo nas ruas em Srinagar, a principal cidade no Estado de Jammu-Caxemira. Também houve protestos em dois distritos de Srinagar antes das orações e no vilarejo de Chaduar, nas proximidades, afirmou Farooq Ahmed, vice-inspetor geral da polícia.
Já Mubarak, qualificou de "caótica, asquerosa e inaceitável" a execução do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein no primeiro dia da festividade muçulmana do "Eid al-Adha" (sacrifício).
Em declarações ao jornal israelense "Yedioth Ahronoth", publicadas hoje pelo jornal egípcio estatal "Al-Ahram", Mubarak disse que o julgamento de Saddam "foi ilegal, já que ocorreu sob a ocupação e contra as leis internacionais, especialmente porque houve intenção para executá-lo".
Estas declarações são a primeira reação do líder egípcio à morte do ex-presidente iraquiano por enforcamento na madrugada de Domingo.
Segundo o jornal, Mubarak disse que tinha pedido ao presidente americano, George W. Bush, que interviesse para o adiamento da execução da pena de morte contra Saddam, e acrescentou que era possível aplicá-la "sem propaganda nem forca, nem alegria do mal alheio".
O presidente egípcio tinha advertido antes da execução de Saddam que a morte do ex-ditador iraquiano "faria com que a violência no Iraque explodisse e levaria a que se aprofundassem as diferenças sectárias e étnicas", segundo declarações de Mubarak publicadas em 10 de novembro pela imprensa egípcia.
Se ainda não bastasse, o famoso pregador muçulmano, Yusuf al Qardaui, que é seguido por milhões de pessoas, também criticou o modo como Saddam foi executado.
05 de janeiro de 2007 - 10:42
Posição da União Européia
A União Européia, presidida atualmente por alemães, relembrou que a entidade é contra a pena de morte, independentemente das condições do réu.
Em um comunicado apresentado em Berlim, A UE afirmou que a execução por pena de morte de qualquer prisioneiro de ambas as partes pode dificultar o diálogo em busca de reconciliação e paz.
Além disso, o comunicado ainda fez um apelo para que sejam feitos julgamentos mais justos sobre os envolvidos na guerra.
Tikiri e Bandar foram condenados à morte, assim como Saddam, por conta da execução de 148 iraquianos e por um suposto atentado genocida na aldeia de Duyail, ao norte de Bagdá.
Chirac diz que guerra no Iraque favoreceu terrorismo
EFE
PARIS - O presidente francês, Jacques Chirac, afirmou hoje que a guerra no Iraque deu ao terrorismo "um novo campo de expansão", ao lamentar as conseqüências dessa "aventura" lançada pelos Estados Unidos em 2003 e à qual se opôs.
"Como a França pressentia e temia, a guerra no Iraque precipitou transtornos cujos efeitos não terminaram de se manifestar", disse Chirac na tradicional cerimônia de felicitação de Ano Novo com o corpo diplomático no Palácio do Eliseu.
Em 2003, a França liderou na ONU a oposição internacional aos planos bélicos da Administração do presidente americano, George W. Bush, no Iraque.
"Esta aventura exacerbou as divisões entre comunidades e quebrou a integridade do Iraque", disse Chirac.
05 de janeiro de 2007 - 10:00
Também enfraqueceu a estabilidade da região, na qual "cada país está agora preocupado com sua segurança", e "ofereceu ao terrorismo um novo campo de expansão", afirmou.
"A prioridade, mais que nunca, é devolver aos iraquianos sua plena soberania", disse Chirac.
Menos de uma semana depois da execução do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein em Bagdá, Chirac lembrou que a França, que "antes de tudo acredita nos valores dos direitos humanos", milita pela abolição da pena de morte no mundo.
Em seu discurso junto ao corpo diplomático, a úlima de seu segundo mandato, o presidente francês traçou sua visão do mundo e os desafios que enfrenta, assim como o papel da França e da Europa.
4 de jan. de 2007
Cabral oficializa pedido de atuação das Forças Armadas
Da Agência Estado – Rio
O governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) enviou ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o ofício que pede formalmente a atuação das Forças Armadas no patrulhamento das áreas que ficam ao redor das unidades militares no Rio. No curto texto, o governador justificou o pedido alegando que "tal solicitação se faz necessária a fim de que as Forças Armadas possam colaborar com maior efetividade no combate à criminalidade no Estado do Rio de Janeiro". Cabral também fez o pedido formal de envio da Força Nacional para o Rio.
POLICIAIS
A Polícia Militar do Amazonas foi informada na tarde de anteontem de que parte do efetivo local poderá ser destacada para integrar a Força Nacional de Segurança Pública. As tropas federais foram requisitadas pelo governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho como resposta à onda de criminalidade que assola a região metropolitana do estado. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar há 280 policiais do Amazonas habilitados para fazer parte da Força Nacional.
TURISTAS
Um grupo de turistas alemães e croatas foi assaltado na madrugada de ontem na saída da Linha Vermelha, no Rio de Janeiro, segundo informações da rádio CBN. Os turistas tinham acabado de desembarcar no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro e seguiam para um hotel na zona sul. O carro em que eles estavam foi interceptado por pelo menos quatro homens fortemente armados. Os ladrões levaram dinheiro, documentos, máquinas fotográficas, jóias e outros objetos pessoais. O guia de turismo que os acompanhava e o motorista também foram assaltados. Os ladrões conseguiram fugir.
Dois dos seis turistas, um alemão e um austríaco, deram entrevista na saída da Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat), no Leblon (zona sul). Eles reclamaram da falta de policiamento na Linha Vermelha. "Esse problema já é conhecido, então deveriam colocar mais policiais no caminho do aeroporto", afirmou o austríaco, que não quis se identificar.
ONU apela ao Iraque para que não execute outros dois réus
LONDRES - O novo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, apoiou nesta quarta-feira o apelo feito pela alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Louise Arbour, para que o Iraque não execute os outros dois condenados à morte no mesmo julgamento de Saddam Hussein.
Arbour manifestou preocupação em relação à imparcialidade do julgamento que condenou à morte o ex-presidente iraquiano, o ex-chefe da Corte Revolucionária do Iraque Awad Hamed al-Bandar e o ex-chefe do Serviço de Inteligência iraquiano Barzan Ibrahim al-Tikriti, que é meio-irmão de Saddam.
Os três réus foram condenados à morte por um tribunal iraquiano no dia 5 de novembro, devido à participação no assassinato de 148 pessoas, a maioria xiitas, na cidade de Dujail, em 1982. Saddam foi executado por enforcamento no sábado, em Bagdá.
Há rumores de que os outros dois réus seriam enforcados nesta quinta-feira, quando termina o festival religioso muçulmano do Eid al-Adha.
No entanto, de acordo com a agência EFE, ambos serão executados no próximo domingo, em Bagdá, conforme informou nesta quinta-feira a televisão estatal Al-Iraquiya.
Barzan al-Tikriti, meio-irmão de Saddam Hussein, e o ex-responsável judicial Awad al-Bandar, condenados à morte junto a Saddam Hussein, serão executados no próximo domingo em um local de Bagdá, informou hoje a televisão estatal "Al-Iraquiya".
Posição da ONU
A manifestação de apoio do secretário-geral da ONU ocorreu um dia depois de ele ter dito que Saddam era responsável por atrocidades indescritíveis contra o povo iraquiano, mas que os países deveriam decidir individualmente como se posicionar sobre o assunto.
O fato de Ban não ter condenado nem defendido a execução de Saddam na terça-feira levou o porta-voz da ONU a negar que a organização tivesse mudado sua política, tradicionalmente contrária à pena de morte.
A alta comissária de Direitos Humanos disse que apelou diretamente ao presidente do Iraque, Jalal Talabani, para que as sentenças de morte contra dos dois réus não sejam cumpridas.
Arbour afirmou que, pela lei internacional, os homens devem ter a chance de buscar o perdão ou ter suas sentenças comutadas.
Inicialmente, a previsão era de que os dois seriam enforcados já no sábado, com Saddam.
Um funcionário do governo iraquiano, Sami al-Askari, negou nesta quarta-feira que a data da execução dos dois réus já tenha sido marcada.
Antes da execução de Saddam, Arbour já havia feito um apelo semelhante.
Controvérsia
O novo apelo ocorre em meio à crescente controvérsia em torno das circunstâncias em que Saddam foi executado.
Nesta quarta-feira, o governo iraquiano iniciou uma investigação sobre a troca de ofensas entre o ex-presidente e pessoas presentes ao local da execução e também sobre a origem de um vídeo não-oficial do enforcamento.
Autoridades iraquianas afirmaram que pelo menos um guarda presente à execução estava sendo interrogado sobre as imagens, aparentemente gravadas com um telefone celular.
O conselheiro de Segurança Nacional do Iraque, Mouwaffaq al-Rubaie, condenou a divulgação das imagens, consideradas por ele uma tentativa de aumentar a divisão sectária no país.
Ainda nesta quarta-feira, militares dos Estados Unidos no Iraque disseram que teriam realizado de forma diferente a execução de Saddam Hussein.
Segundo um porta-voz das forças militares americanas no Iraque, general William Caldwell, os americanos não tiveram nenhum envolvimento na execução, realizada por iraquianos.
BBC BRASIL.com - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC BRASIL.com.
Assinar:
Comentários (Atom)