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5 de janeiro de 2007

Três dirigentes do Hamas são atacados na Cisjordânia

05/01 - 10:51 - EFE Gaza, 5 jan (EFE).- Três alvos do Movimento Islâmico Hamas foram atacados hoje por milicianos, aparentemente do Fatah, após os sangrentos confrontos da noite de quinta-feira, que mataram um chefe superior da Segurança Preventiva. Fontes do Hamas informaram sobre o incêndio de três de seus escritórios na cidade cisjordaniana de Ramala e o ataque contra casas de dirigentes do movimento fundamentalista nos campos de refugiados de Nuseirat e Al-Bureij, no centro de Gaza. Entre as residências atacadas está a de um chefe do braço armado do Hamas, não identificado. A agressão aconteceu com granadas de mão, e não deixou vítimas entre os ocupantes, informaram as fontes. Estes ataques seriam como vingança por outro, perpetrado por milicianos do Hamas - uma "força auxiliar" dos organismos de segurança da Autoridade Nacional Palestina (ANP) - na noite de quinta-feira contra a residência do coronel Mohammed Ghaieb, chefe da Segurança Preventiva, que é ligada ao presidente Mahmoud Abbas. Os fundamentalistas atacaram a casa com lança-granadas, armas automáticas e granadas de mão; depois invadiram a residência e mataram o oficial e dois de seus subordinados, e não um de seus filhos, como informaram a princípio fontes do Fatah. Pelo menos outros 18 palestinos, entre milicianos e civis, ficaram feridos na quinta-feira em Gaza, que amanheceu hoje sob uma tensa calma depois que o primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, que se reuniu esta madrugada com o presidente Abbas, comprometeu-se em retirar as milícias das ruas. Apesar de um pedido de bom senso feito por Abbas e Haniyeh, fontes do Fatah ameaçaram, esta manhã, vingar a morte do coronel Ghaieb, o que pode causar uma nova escalada da violência e uma guerra civil, o grande temor dos dirigentes e da população. Os milicianos, que operam independentemente dos organismos de segurança e policiais da ANP, encontram-se de fato em uma "guerra de vinganças" que aumentou nas últimas duas semanas e reflete as profundas divergências políticas entre Abbas, líder do Fatah, e Haniyeh, do Hamas. Dirigentes da Organização para Libertação da Palestina (OLP), como Yasser Abed Rabbo, e do Fatah, através de seu porta-voz em Gaza, Taufik Abu Moussa, afirmaram hoje que Haniyeh precisa de influência sobre o movimento Hamas e seu braço armado, pois as decisões de seu Governo "são tomadas em outros países", em alusão ao líder dos islâmicos, Khaled Mashaal, que vive na Síria. Segundo Abed Rabbo, por este motivo Haniyeh não pode criar com o Fatah um Governo de união nacional, uma fórmula que poria fim à grave crise interna e ao boicote internacional contra o Governo do Hamas, há menos de dez meses no poder. Antes dos incidentes da quinta-feira em Gaza, e dos de hoje em Ramala e nos campos de refugiados de Nuseirat e Al-Bureij, o Fatah sofreu represálias na Cisjordânia pela morte, na terça-feira, de três de seus milicianos e de uma mulher do campo de Jabalia. Desconhecidos queimaram na quinta-feira na Cisjordânia, antes dos sangrentos choques em Gaza, o carro do ministro para Assuntos de Prisioneiros, Wasfi Kabha, do Hamas, e outros seqüestraram o vice-ministro da Saúde, Bashar al-Karmi, no distrito de Ramala. No mesmo dia, na aldeia rural de Yaba, pessoas encapuzadas dispararam contra o líder religioso e ativista do Hamas, Nasser al-Auna, sem conseqüências, quando saía da mesquita da localidade. Ainda na quinta-feira, em Gaza, outros desconhecidos atacaram Samir Jail, funcionário do Ministério do Interior, que perdeu um braço e uma perna na explosão de seu carro, provocada supostamente por integrantes do Fatah. Salvo casos especiais, nenhuma das milícias reivindica os ataques contra dirigentes e alvos da outra. EFE ez-sar ev/mh

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