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17 de janeiro de 2007

Ministro diz que socialismo de Chávez não será exportado

17 de Janeiro de 2007 O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nessa (16) que não acredita na “exportação” para a América do Sul do projeto de “Socialismo do Século 21” proposto pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Amorim contestou as avaliações de que as medidas anunciadas por Chávez estão orientadas para a construção de um modelo autárquico. Acentuou que o Mercosul terá de aprender a conviver com os diferentes sistemas de gestão da economia adotados por seus sócios e reiterou que o Brasil não aceitará a imposição de um modelo estatizante para sua economia. “É estranha essa autarquia (venezuelana), que levou o Brasil a elevar suas exportações anuais (para a Venezuela) de US$ 600 milhões para quase US$ 4 bilhões nos últimos quatro anos. Para nós, essa autarquia está funcionando bem”, ironizou Amorim, ao ser questionado se o modelo autárquico da Venezuela não seria incompatível com o dos sócios originais do Mercosul. “Desde que (a Venezuela de Chávez) não queira impor esse modelo para nós, cada um vai se desenvolver à sua maneira”, completou. Para Amorim, o projeto de “Socialismo do Século 21” é apenas um “slogan” da reforma social que o presidente Hugo Chávez pretende adotar. Essa linha de ação, defendeu ele, tem “matizes” semelhantes aos de iniciativas nessa área de outros governos sul-americanos, como o brasileiro. A nacionalização do setor de energia elétrica e a recusa à renovação da concessão para a rede de televisão oposicionista CANTV, anunciadas por Chávez, só poderão ser tachadas de autoritárias se implicarem descumprimento das leis do país. Amorim, entretanto, deixou claro que Chávez foi reeleito, em dezembro, em um pleito inquestionável e com 63% dos votos, o que lhe confere legitimidade. MERCOSUL - Para Amorim, as medidas de Chávez não devem “contaminar” o Mercosul, mas certamente estarão inseridas em uma rede de “influências recíprocas” entre os países do bloco. O Mercosul, ao contrário, terá impacto na economia venezuelana. De acordo com o chanceler, os efeitos da nacionalização na Venezuela sobre o comércio do Mercosul terão de ser observados na prática, e não na teoria. O bloco, afirmou ele, terá de aprender a conviver com as diferenças nos modelos econômicos, assim como ocorreu no processo de formação da União Européia. “Tenho confiança que estamos no caminho certo. Fonte: Agência Estado

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