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18 de janeiro de 2007
Líder iraquiano cobra armas dos EUA
18 de Janeiro de 2007
O primeiro-ministro do Iraque, Nouri Maliki, disse que a permanência de tropas americanas no país pode ser reduzida entre três a seis meses se os EUA fornecerem mais armas às forças de segurança iraquianas.
Em entrevista ao jornal britânico The Times, Maliki disse que a recusa americana de fornecer armas e equipamento para as forças de segurança do país custou vidas e prolongou a insurreição.
"Se nós tivermos sucesso na implementação do acordo entre nós para apressar o equipamento e fornecimento de armas a nossas forças militares, eu acho que dentro de três a seis meses nossa necessidade de armas será drasticamente reduzida", disse Maliki ao The Times.
O líder iraquiano pediu aos Estados Unidos que honrem um acordo para dar às forças iraquianas mais equipamento.
O governo Bush disse que está trabalhando para preparar as forças de segurança iraquianas, mas correspondentes afirmam que há preocupação de que mais equipamento militar possa acabar nas mãos de milicianos e insurgentes.
No mais recente ato de violência no país, um carro-bomba explodiu no centro da capital iraquiana, Bagdá, matando pelo menos quatro pessoas e deixando dez feridas.
Pela nova estratégia anunciada na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, planeja enviar um contingente adicional de 20 mil soldados ao Iraque, a maioria deles para Bagdá, em uma tentativa de melhorar a segurança e acabar com choques sectários.
Mas Maliki disse que o necessário é especialmente equipamento.
"Moral"
As declarações de Maliki são feitas em um momento em que a segurança iraquiana tem causado muita polêmica para a Casa Branca.
Três senadores americanos preparam uma resolução que se opõe aos planos de um envio de tropas ao Iraque. A eventual aprovação da resolução pelo Congresso, entretanto, não obrigaria o presidente a alterar seus planos.
Na entrevista ao Times, Maliki criticou a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, que alertou ao governo iraquiano que seu tempo "estava acabando".
Comentários como esse, disse Maliki, estariam dando "incentivo moral" aos insurgentes.
Maliki admitiu que houve erros na execução do ex-presidente do Iraque, Saddam Hussein, mas que não foi um ato de vingança.
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