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17 de janeiro de 2007
Morre a mulher considerada mais velha do mundo, aos 131 anos
Moscou, 17 jan (EFE).- A daguestanesa Sarhad Rashidova, considerada a mulher mais velha do mundo, morreu aos 131 anos de idade, informaram hoje as autoridades do Daguestão, república russa do norte do Cáucaso, vizinha à Chechênia.
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Rashidova, que nasceu em 1875, nunca adoeceu, não se queixava de dores e nem tomava remédios, segundo seus familiares. A idosa, que não falava russo e era órfã desde jovem, comia apenas frango, ovos e leite, e não consumia bebidas alcoólicas.
Pouco antes de morrer, seu estado de saúde era "satisfatório", segundo seu enfermeiro, embora sua visão tinha piorado.
A idosa trabalhou até alguns anos atrás em um "kolkhoz" (cooperativa agrícola) e na semana passada as autoridades locais manifestaram a intenção de solicitar sua inclusão no Guinness, o Livro dos Recordes.
Dos cinco filhos que teve de seu casamento com um viúvo, só um deles, Gadzhifetdin, de 86 anos, ainda é vivo.
Rashidova morou por quase toda a vida na remota localidade de Zidian, situada entre as montanhas do Cáucaso e o Mar Cáspio, o que garante um clima saudável durante todo o ano.
Segundo autoridades locais, a idosa tem o direito de ser considerada a mais velha do mundo, já que o passaporte que lhe foi expedido recentemente indica seu ano de nascimento como sendo 1875.
A idosa acompanhou ao longo da vida eventos históricos como a morte em um atentado terrorista do czar Alexandre II, em 1881; a ascensão de Alexandre III e o assassinato do último imperador da dinastia Romanov, Nicolau II, em 1918.
Foi ainda testemunha da Revolução Bolchevique, da primeira e segunda Guerras Mundiais - durante a qual ajudou a cavar trincheiras antitanque para conter o avanço nazista - e a desintegração da União Soviética (1991).
Oficialmente, a pessoa mais velha do mundo é o porto-riquenho Emiliano Mercado del Toro, de 115 anos, e a mulher mais idosa é a canadense Winnefred Bertrand, nascida um mês depois.
As montanhas do Cáucaso são o lar de algumas das pessoas mais velhas do planeta, devido ao seu isolamento geográfico e aos seus costumes milenares, perfeitos antídotos contra a ansiedade e o estresse, segundo alguns especialistas. EFE io ev/dgr
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