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12 de janeiro de 2007

EUA pressionam por envio rápido de missão de paz à Somália

Sexta-feira 12 de Janeiro, 2007 8:33 GMT Por Andrew Cawthorne NAIRÓBI (Reuters) - Os Estados Unidos pediram na sexta-feira que a mobilização de tropas de paz africanas para a Somália seja feita com rapidez, para evitar que haja um "vácuo de segurança", que poderia causar mais anarquia depois da expulsão dos militantes islâmicos de Mogadíscio. Os norte-americanos lançaram um ataque aéreo contra o território somali na segunda-feira, visando uma célula da Al Qaeda. Foi o primeiro envolvimento norte-americano na Somália desde a desastrosa missão de paz encerrada em 1994. Até dez aliados da Al Qaeda morreram no ataque aéreo, mas o alvo principal -- três suspeitos importantes -- escapou, disse o governo dos EUA. A Etiópia, aliada dos EUA e principal potência do Chifre da África, quer retirar seus soldados da Somália nas próximas semanas. As tropas etíopes ajudaram o governo interino da Somália a expulsar os islamitas, nos primeiros dias do ano. Mas diplomatas temem que isso deixe o governo do presidente Abdullahi Yusuf vulnerável demais a ataques guerrilheiros dos islamitas, a grupos rebeldes que querem retomar seus feudos e à guerra entre clãs. "Mobilizar uma força de estabilização africana para a Somália com rapidez tem importância vital", disse Michael Ranneberger, embaixador norte-americano para o Quênia e para a Somália, num artigo assinado de jornal. Ele fez um apelo aos países africanos para que cedam soldados para a missão de paz. "Isso vai permitir a retirada rápida das forças etíopes, sem criar um vácuo de segurança." A União Africana e Igad (Autoridade Intergovernamental para Desenvolvimento) já manifestaram disposição de enviar mais de 8.000 soldados à Somália. Uganda afirmou que vai mandar o primeiro batalhão, mas está temerosa de enviar seus soldados a um país dominado pelo caos desde 1991. Ainda não está claro nem quem financiará a missão, nem que países colaborarão com ela, nem o quão rápido ela pode ser acionada. Mas uma missão de paz africana não conseguiu conter a carnificina em Darfur, no Sudão, portanto muitos duvidam que operação semelhante seja capaz de acabar com a violência na Somália. Os EUA acreditam que a Somália, que teve parte do território nas mãos de islamitas por seis meses, transformou-se num refúgio para radicais estrangeiros. O ataque de segunda-feira recebeu críticas da ONU, de muitos países europeus e da Liga Árabe. Washington prometeu enviar 40 milhões de dólares em ajuda para a Somália, além de apoio para a missão de paz. (Reportagem adicional de Jack Kimball em Asmara)

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