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26 de abr. de 2007

SP: temporal deixa cidade em estado de atenção

A forte chuva que atinge São Paulo no fim da tarde desta quinta-feira deixou toda a cidade em estado de atenção. Apesar do temporal, o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) informa que há apenas um ponto de alagamento, na praça d. Francisco de Souza, em Santo Amaro. A tempestade obrigou a Infraero a fechar o aeroporto de Congonhas das 16h40 às 17h22. Às 18h30, dez vôos estavam atrasados.
Decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determina que a pista principal do aeroporto seja fechada sempre que houver mais de 3 mm de água para evitar o risco de derrapagem de aeronaves.
A chuva afetou diretamente o trânsito na capital paulista. A Companhia de Engenharia de Tráfego registra 141 km, contra média de 102 km, às 18h. A Marginal Pinheiros tem o ponto de maior lentidão da cidade com 15,3 km, sentido Interlagos, entre as pontes Transamérica e Jaguaré.
A Marginal Tietê tem 7,6 km de lentidão, no sentido Ayrton Senna, entre a rua Azurita e a ponte da Freguesia do Ó.
Redação Terra
{Costa}

Na rua, condenados usarão pulseira

Da Agência Estado
A exemplo de países como Estados Unidos, França e Austrália, o Brasil deverá adotar o monitoramento eletrônico para vigiar condenados em regime semi-aberto ou nos casos de livramento condicional ou saída temporária da prisão. A medida consta do substitutivo do relator Demóstenes Torres (DEM-GO), aprovado ontem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, em regime terminativo - não há necessidade de votação em plenário.
Demóstenes usou parte das propostas do governador José Serra e dos senadores Aloizio Mercadante (PT-SP) e Magno Malta (PR-ES). A vigilância será feita com o uso, pelo preso, de pulseira ou tornozeleira que permita detectar e controlar movimentos a distância. O monitoramento será obrigatório em casos de condenação por tortura, genocídio, tráfico de drogas, terrorismo ligação com o crime organizado e nos crimes de extorsão com seqüestro ou morte. Nos demais casos, caberá ao juiz decidir sobre o uso da vigilância. O condenado que se recusar a usá-la não poderá ficar fora da prisão.
Pacote A proposta integra um pacote de oito medidas de combate à violência aprovadas ontem. Como todas são de iniciativa de senadores, serão encaminhadas à Câmara dos Deputados. Isso dificulta qualquer previsão quanto ao período em que estarão em vigor. Os membros da CCJ também aprovaram o projeto de lei do senador Demóstenes Torres que determina o afastamento e a suspensão do pagamento do salário dos funcionários públicos alvos de indícios “consistentes” de crimes ligados à atividade que exercem.
Caso sejam inocentes, voltarão ao cargo e receberão os salários do período de afastamento. Ficarão de fora juízes e membros do Ministério Público, cujas carreiras têm leis próprias. A CCJ debate hoje a proposta de redução da maioridade penal para 16 anos, com exceção dos condenados por crimes hediondos.
{Costa}

Professores promovem dia nacional de mobilização

Ana Cristina Oliveira, da SUCURSAL DE ITABUNA,A Tarde
Dentro da mobilização da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), a Associação dos Professores Licenciados da Bahia (APLB-Sindicato) promoveu uma paralisação nas escolas da rede pública estadual e municipal ontem e realizou manifestação na Praça da Piedade, em Salvador. Os militantes gritaram slogans em defesa da instituição de um piso nacional para os professores e levaram faixas apoiando a eleição direta para diretores das escolas públicas no Estado. A APLB também está mobilizada no processo de luta por melhorias salariais e de condições de trabalho na Mesa Permanente de Negociação instituída pelo governo baiano.
Também houve mobilização em Itabuna, onde cerca de 40 mil alunos ficaram sem aula, com a paralisação de professores. Pais de alunos também participaram do protesto, segurando faixas de críticas ao governo federal, que enviou projeto ao Congresso Nacional fixando o piso salarial nacional de R$ 850. “Nós elegemos governos populares em nível nacional e na Bahia para avançarmos nas questões de educação, valorizar a carreira e recuperar a dignidade do professor, mas o projeto do governo é um retrocesso”, disseram os professores.
Quem enfrenta a sala-de-aula no dia- a-dia, em área urbana e, principalmente, na zona rural País afora sabe quais são as dificuldades do professor para sobreviver, segundo os manifestantes. Com um piso de R$ 425 por 20 horas / aula, que passará a vigorar, é impossível pagar aluguel, se alimentar, vestir, estudar e comprar livros para melhorar o nível profissional como exige o governo, destacou João Rodrigues dos Santos, presidente da APLB-Itabuna. A proposta da CNTE é de um piso de R$ 1.050 para quem tem o ensino médio e R$ 1.570 para os que têm graduação.
{Costa}

TV é o principal canal de informações sobre C&T

A mídia é a principal fonte de informação das pessoas para assuntos relacionados à ciência, especialmente a televisão. É o que revela uma pesquisa feita com cerca de duas mil pessoas no País. Entre os entrevistados, 15% assistem com freqüência programas na televisão que tratam do tema e 47% vêem de vez em quando.
Em segundo lugar, aparecem os jornais e as revistas, com 12% da preferência. Em relação ao rádio, apenas 5% disseram que escutam com freqüência programass sobre o assunto. O estudo, intitulado Percepção Pública da Ciência e Tecnologia, foi divulgado ontem (25) pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.
Entre os entrevistados que assistem televisão, 58% disseram estar satisfeitos com a forma de divulgação sobre ciência e tecnologia nesse meio. Para 87%, as reportagens são de boa qualidade; para 84%, as matérias podem ser compreendidas; e para 69%, o número de reportagens veiculadas sobre o assunto é suficiente.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, concorda com a idéia de que a mídia tem um papel importante na divulgação da ciência e tecnologia, mas considera baixo o volume de conteúdo sobre o assunto veiculado em jornais e televisão.
“Naturalmente, a imprensa e a mídia, têm um papel muito importante nisso. Os jornais costumam ter uma pequena seção de ciência e tecnologia, mas ainda é pequena. Mas a televisão tem muito pouco. Ela tem alguns programas mostrados em horários muito longe da hora de pico. Espero que com a TV pública que vai ser criada seja uma saída”.
A pesquisa também mostrou que a população confia em médicos e jornalistas quando deseja obter informações sobre algum assunto que considera importante. Dos entrevistados, 43% disseram confiar nos médicos, 42% nos jornalistas e 30% nos cientistas que trabalham nas universidades. As fontes com menor credibilidade, segundo o estudo, são os políticos (84%), os militares (44%) e os religiosos (18%).
Em relação aos cientistas, a pesquisa constatou que 60% dos entrevistados considera-os como pessoas inteligentes, que têm um trabalho útil para a humanidade. Ainda assim, 86% respondeu que não conhece nenhum cientista brasileiro importante.
Sobre a participação do Brasil no campo das pesquisas científicas e tecnológicas, 45% dos entrevistados disseram que o país ocupa posição intermediária nesse quesito; 33% acha que o país está atrasado; e 18, que está avançado.
Interesse em ciência e tecnologia
Menos da metade dos brasileiros entrevistados por uma pesquisa recente têm interesse em temas relacionados à ciência e tecnologia. A pesquisa nacional Percepção Pública da Ciência e Tecnologia, promovida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) em parceria com a Academia Brasileira de Ciências, mostra que 41% das cerca de 2 mil pessoas ouvidas têm muito interesse no tema, 35% têm pouco interesse e 23% não têm nenhum interesse no assunto.
Segundo o MCT, o estudo teve como objetivo levantar informações sobre o interesse, o grau de informação, as atitudes e visões e o conhecimento que os brasileiros têm da ciência e tecnologia. Essa é a segundo vez que uma pesquisa desse tipo é realizada pelo Brasil. A primeira foi feita em 1987, pelo Instituto Gallup de Opinião, dos Estados Unidos.
Entre os temas que provocam maior interesse da população estão medicina e saúde (60%); meio ambiente (2º) e religião (3º). O tema ciência e tecnologia aparece em sexto lugar na lista das preferências.
Além do interesse, a pesquisa também perguntou quais são os temas sobre os quais a população mais se informa. Em primeiro lugar, aparece religião (49%), seguido por esportes (40%) e economia (38%). Ciência e tecnologia aparece quarto lugar, com 27% das preferências.
No lançamento da pesquisa, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, afirmou que um dos motivos pelos quais a ciência ainda é pouco difundida no Brasil é o pouco tempo de existência das instituições de pesquisa brasileiras. Para o ministro, a ciência ainda é muito nova no país.
"Minha percepção é de que é preciso avançar muito, mas eu interpreto isso de maneira natural. O Brasil começou a formar seus pesquisadores na década de 60, portanto, apenas há 40 anos. Nos Estados Unidos, o primeiro físico americano, Benjamin Franklin, foi atuante em 1750. A Universidade de Harvard foi fundada em 1636. A Universidade de São Paulo, que é a mais referenciada aqui, foi fundada em 1934. Então, a ciência é muito nova entre nós".
A pesquisa foi feita com homens e mulheres com idade acima de 16 anos, em 16 estados brasileiros. As entrevistas foram feitas entre os dias 25 de novembro e 9 de dezembro do ano passado. Em média, os entrevistados têm 36 anos e renda de 952,29 reais. A maior parte tem o primário completo (28%), tem 50 anos ou mais (24%) e é católica (30%). A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Fonte: Agência Brasil
{Costa}

Ministério lança novo índice de desenvolvimento

São também as pequenas cidades que trazem os piores resultados
Lígia Formenti - Agência Estado
São Paulo, 25 (AE) - Nas cidades do interior, encontra-se o que há de melhor e pior da educação brasileira. São municípios pequenos que figuram no topo da lista do País no novo indicador criado pelo Ministério da Educação (MEC), o Índice de Desenvolvimento Básico (Ideb), cujos números são, oficialmente, divulgados hoje. São também as pequenas cidades que trazem os piores resultados.
"Cidades pequenas têm vantagens, quando bem aproveitadas em relação a grandes centros", afirma o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes. "A violência não é tão acentuada, o acesso a escolas é mais fácil", observou. Fernandes não estranha também o fato de os municípios pequenos estarem entre os piores no ranking, seja de 1.ª a 4.ª séries (reunidos no Ideb como fase 1), seja entre 5.ª e 8.ª séries (que formam a fase 2). "Muitas das cidades que tiveram notas baixas dispõem de poucos recursos e, pior, não sabem que têm direito de se beneficiar por linhas de incentivo, criadas pelo MEC", resumiu.
As diferenças estampadas no Ideb são grandes. Nas escolas estaduais da capital paulista, alunos de 1.ª a 4.ª séries alcançaram a média de 4,6 numa escala que vai até 10. Estudantes de Torrinha, no interior do Estado, alcançaram a média 6,7. Quando se compara o desempenho de alunos paulistanos da rede estadual entre 5.ª e 8.ª séries com os do interior, o fenômeno repete-se. Estudantes de Limeira (SP) alcançaram média 6,4; enquanto paulistanos, 3,8.
Feito a partir de dados de desempenho do aluno em exames como Prova Brasil e Sistema Nacional de Avaliação Básica (Saeb) e de informações sobre rendimento escolar, como aprovação e tempo médio de permanência, o Ideb será a ferramenta principal para o MEC pôr em prática as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado ontem (24) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Pacto - Os resultados do Ideb nortearão, por exemplo, o envio de equipes de consultores do MEC para cidades interessadas em firmar com governo federal o pacto da educação: uma espécie de contrato, por meio do qual são estipuladas metas a serem cumpridas pelas prefeituras em determinado período de tempo. Os últimos lugares no ranking serão os primeiros a receber a visita dos consultores. A expectativa é de que, até o fim deste semestre, os consultores iniciem as visitas.
Ao todo, serão 80 profissionais, divididos em grupos de dois, que deverão fazer uma visita de dois dias em cada município. A partir do diagnóstico de campo e dos dados de cada cidade, a equipe fará recomendações e, em conjunto com gestores municipais, deverão estabelecer metas a serem cumpridas ao longo dos anos.
A meta é que alunos da 1.ª a 4.ª séries de todo o Brasil alcancem média 6, até 2021. Será um salto e tanto: hoje, a média brasileira é de 3,8, numa escala que vai até 10. Pelo plano, a média brasileira de estudantes da 5.ª a 8.ª séries terá de saltar dos atuais 3,5 para 5,5. No ensino médio, a expectativa é um pouco menor: sair da média 3,4, alcançada no ano passado, para 5,2.
A diferença de metas é explicada por Fernandes: "Alunos que estão no início da vida escolar respondem com muito mais facilidade às mudanças no padrão de ensino do que os demais", afirmou. "Quanto mais velho o aluno, maior o esforço para reparar deficiências de ensino, acumuladas ao longo dos anos", completou. Os índices divulgados são divididos em fase de estudo e também por gestão das escolas: estaduais, municipais, federais As escolas federais são as que apresentam melhor desempenho. As médias apresentadas pelas escolas supera a meta estabelecida pelo MEC para 2021. Na fase 1, por exemplo, alunos de escolas federais alcançam a média 6,4. Na fase 2, 6,3. Também no ensino médio, as notas estão bem a cima da média total: 5,6, enquanto a média brasileira é de 3,4.
Quando comparados os três níveis de ensino, vê-se que, quanto mais o tempo passa, pior a média dos alunos. Na fase 1, a média brasileira foi de 3,8. Na fase 2, 3,5. No ensino médio, a nota geral foi 3,4. "Um ponto a mais ou a menos representa quatro anos de conhecimento", observa Fernandes.
Nenhuma das capitais teve uma posição de muito destaque. Nas escolas estaduais, Curitiba alcançou média 4,7 entre alunos da fase 1 e média 3,6 na fase 2. De todos os Estados, apenas dez tiveram média igual ou superior ao Ideb geral para a fase 1 na rede pública. Entre eles, Roraima, o único da Região Norte, além de Goiás e Distrito Federal.
{Costa}

Governo decide até maio se segue adiante com complexo do Madeira

A primeira usina do complexo do Madeira estava prevista para entrar em operação em janeiro de 2011, e a segunda para janeiro de 2012
Da Redação
Brasília - O governo tem até maio para definir se levará adiante o projeto de construção do complexo hidrelétrico do Rio Madeira ou se investirá em empreendimentos térmicos a carvão ou nucleares para garantir o abastecimento de energia.
"Certamente não será eólica, certamente não será solar", disse hoje o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, ao comentar que a solução para garantir o abastecimento de energia com uma eventual ausência do projeto do Madeira (cerca de 6 mil MW) não virá dessas fontes alternativas de energia.
"Pode ser nuclear, ou qualquer outra térmica", disse, diante da dificuldade do governo diante do impasse envolvendo o licenciamento prévio ambiental dos projetos, a cargo do Ibama.
"Se até maio nós não tivermos isso [uma solução para o impasse em relação ao licenciamento prévio das usinas do Madeira], certamente nós estaremos discutindo uma fonte térmica para substituir a melhor fonte que nós temos, que é a hidráulica, que entendemos do ponto de vista econômico, ambiental, e que garante a segurança energética no país.
"A primeira usina do complexo do Madeira estava prevista para entrar em operação em janeiro de 2011, e a segunda para janeiro de 2012, de acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica, divulgado em março do ano passado.
Recentemente, o ministro apontou as usinas a carvão (que é poluente) e nuclear (com a qual o Ministério do Meio Ambiente não concorda) como alternativas mais competitivas do ponto de vista econômico, depois das hidrelétricas.
"Madeira é um bom projeto. [A hidráulica] É a melhor fonte do ponto de vista econômico, combinado com a questão ambiental", disse o ministro, ao comentar que o esforço do governo neste momento é de "trocar a questão do não pode, e encontrar a forma de como nós vamos poder enfrentar esse desafio e realizar o projeto do Madeira".
Rondeau disse ainda que não vê como a possível divisão do Ibama possa ajudar no projeto do complexo hidrelétrico. "Não vejo como. O que pode ser feito é isso: enfrentarmos a questão e encontrarmos uma resposta para os questionamentos que estão sendo feitos no tempo em que possa fazer a licitação o mais rápido possível", completou.
No entendimento do Ministério de Minas e Energia, que encaminhou ao Ibama estudos financiados com recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o projeto é viável do ponto de vista ambiental.
"Todos os requisitos, mesmo os do ponto de vista ambientais, foram atendidos nos estudos", disse Rondeau, referindo-se não só aos estudos enviados pelo Ministério quanto aqueles elaborados pelo consórcio envolvido no projeto, formado pelas empresas Furnas e Odebrecht.
As informações são da Folha Online.
{Costa}