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24 de jul. de 2007

Planalto vai usar Conac para intervir na Anac

O Planalto vai aprofundar o processo de intervenção na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) usando o Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac) como instrumento legal para isso. Como a Anac é uma agência reguladora, o governo não pode determinar o que deve fazer em casos como o da crise aérea, que dura dez meses e já fez 355 vítimas. Mas pode fazer com que o Conac ordene como a agência deve agir.

O Conac também será modificado e ganhará novos integrantes: os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Tarso Genro (Justiça). O Conselho passará a fazer pelo menos uma reunião semanal. E, em casos de agravamento da crise, duas por semana. As mudanças serão feitas por decreto. O Conselho de Aviação Civil é presidido pelo ministro da Defesa, Waldir Pires, e integrado pelos ministros da Casa Civil, da Fazenda, do Desenvolvimento, do Turismo e das Relações Exteriores, além dos presidentes da Anac e da Infraero. Agora, contará com mais dois conselheiros, ambos tidos como votos certos a favor do que decidir o presidente.

Na reunião de ontem da coordenação política do governo com Lula, a avaliação foi de que a Anac e a Infraero têm sido omissas em relação à crise aérea, fazendo com que o desgaste atinja o núcleo central do governo e o próprio presidente da República. E que uma das formas de mudar isso é fazer com que o Conselho passe a comandar as ações da agência e da Infraero. Alguns assessores de Lula defendem que não adianta agora fazer trocas pontuais e substituir apenas o ministro Waldir Pires (Defesa) e o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira. Para eles, o Planalto precisaria forçar uma negociação para arrancar da atual diretoria da Anac uma renúncia coletiva.

De acordo com um auxiliar do presidente Lula, Paulo Bernardo participará do Conselho porque as decisões futuras a respeito da questão aérea vão exigir reforços orçamentários e de planejamento. A inclusão de Tarso Genro ocorreu porque ele comanda a Polícia Federal, que atua nos aeroportos e investiga superfaturamento em obras. O Tribunal de Contas da União levantou suspeitas de que reformas feitas pela Infraero nos aeroportos foram superfaturadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

23 de jul. de 2007

Saldo da balança comercial acumula queda de 2% no ano

Folha Online

O saldo da balança comercial no acumulado do ano está menor do que o registrado no mesmo período do ano passado. Até a terceira semana de julho, o superávit (exportações menos as importações) está em US$ 23,488 bilhões, uma queda de 2% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 23,019 bilhões). Os dados foram divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento.

Apesar disso, o volume de compras e vendas está maior. No período, as exportações totalizam US$ 82,859 bilhões, valor 16,8% superior se comparado ao registrado entre janeiro e a terceira semana de julho no ano passado. Já as importações crescem em um ritmo mais forte ainda, 26%, e somam US$ 59,840 bilhões.

A previsão do mercado financeiro é que o saldo fique positivo em US$ 43,55 bilhões. A meta do ministério para este ano é exportar US$ 152 bilhões, mas esse valor deverá ser revisado em breve.

Em 2006, a balança comercial registrou recorde histórico de superávit, em US$ 46,077 bilhões.

Julho

Também hoje, o Ministério do Desenvolvimento divulgou o desempenho da balança comercial da terceira semana de julho (dias 16 a 22). O superávit foi de US$ 651 milhões, com exportações de US$ 3,322 bilhões e importações de US$ 2,671 bilhões.

Já no acumulado do mês, o saldo está positivo em US$ 2,357 bilhões. As vendas no período somam US$ 9,644 bilhões e as compras de produtos importados, US$ 7,287 bilhões.

A média diária das exportações em julho --média das negociações nos dias úteis-- está em US$ 642,9 milhões. A das importações está em US$ 485,8 milhões. Em relação ao mesmo mês do ano passado, essa movimentação apresentou, respectivamente, uma queda de 1,1% e uma elevação de 27,7%.

22 de jul. de 2007

IAS 2007: PFIZER APRESENTA NOVA CLASSE DA TERAPIA DO HIV EM SYDNEY

Os principais estudos sobre o novo remédio anti-retroviral, Maraviroc, da companhia Pfizer foram apresentados na tarde deste domingo, na 4 Conferência de Patogênese, Tratamento e Prevenção do HIV da Associação Internacional de Aids (IAS 2007), em Sydney, Austrália. O anti-retroviral previne a entrada do vírus HIV na célula, interceptando uma de suas ligações com o CCR5 (gene co-receptor das células CD4).

O fármaco, que deverá ser usado por via oral, se aprovado, servirá para pacientes que já estão em falha terapêutica. Mesmo assim, uma das limitações, é que alguns tipos de HIV podem se ligar a uma célula por outro co-receptor, o CXCR4.

A empresa Monogram Biosciences desenvolve um estudo para um kit que detecte qual tipo de vírus um paciente possui, ou seja, se o HIV se conecta por ambos co-receptores, ou apenas por um deles. Tropismo, como é conhecido o teste, poderá detectar qual o tratamento de inibidor de entrada mais útil ao paciente.

No entanto, estas variedades de HIV estão associadas com baixas contagens de células CD4, com desenvolvimento rápido da Aids. As variedades CXCR4 trópicas surgem à medida que as contagens de células CD4 caem, e os estudos sugerem que o CXCR4 se torna a população dominante de vírus em pessoas com a doença avançada (CD4 inferior a 200 células/mm3). Uma minoria de variedades pode usar tanto os correceptores CCR5 como CXCR4 para penetrar nas células CD4. O único problema é que o maraviroc poderia atuar de forma a selecionar células com o CXCR4 neste último caso.

O fármaco aguarda aprovação nos Estados Unidos e já foi liberado na Europa.Rodrigo Vasconcellos, de Sydney

A Agência de Notícias da Aids faz a cobertura da IAS 2007 com o apoio do Programa Nacional de DST e Aids e do laboratório Roche

Marie-Pierre Poirier

O Brasil possui uma das respostas mais efetivas ao HIV/aids do mundo. Entretanto, há ainda grandes desafios que devem ser enfrentados para que cada criança, adolescente e gestante tenha plenas condições de proteger-se do vírus. Esses desafios ampliam-se ainda mais quando voltamos nossos olhares para regiões como o Semi-árido brasileiro, que agrega quase 1,5 mil municípios nos nove estados do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo.

No Semi-árido, encontram-se alguns dos mais baixos indicadores sociais do País. Na região, 75% dos 13 milhões de crianças e adolescentes vivem em situação de pobreza nos 1,5 mil municípios da região, quando a média nacional é de 45%. Além disso, o acesso dos cidadãos aos serviços de saúde, à educação de qualidade e à assistência social é mais precário do que em outras regiões do País.

No País, a epidemia do HIV/aids amplia-se em três direções: avança para as cidades pequenas e desloca-se para o interior do País; cresce mais rapidamente entre as mulheres; aumenta entre as pessoas de baixa renda. Ainda sabe-se pouco sobre a epidemia do HIV/aids no Semi-árido, mas, diante dessas tendências nacionais, pode-se supor que a epidemia do HIV/aids avança entre as pessoas que vivem no Semi-árido brasileiro, principalmente entre as mulheres jovens dessa região.

Marie-Pierre Poirier é representante do UNICEF no Brasil

Esporte

Jogos Pan-americanos/Vôlei de praia

Marcelo Belpiede, enviado especial

Rio de Janeiro (RJ) - Como era esperado, o Brasil obteve sua segunda medalha de ouro no vôlei de praia dos Jogos Pan-americanos. Depois da conquista de Larissa e Juliana, foi a vez de Ricardo e Emanuel ganharem neste domingo a competição disputada nas areias de Copacabana. Na final, os brasileiros bateram os norte-americanos Ty Loomis e Hans Stolfus por 2 sets a 0, parciais de 21/19 e 21/13.

O resultado fecha o ciclo de conquistas da dupla brasileira. Anteriormente, Ricardo e Emanuel haviam vencido por várias vezes o Circuito Nacional e Mundial, além do Campeonato Mundial em 2003 e os Jogos Olímpicos de Atenas em 2004.

Ricardo e Emanuel fecham o Pan com seis vitórias e 100% de aproveitamento. Como Larissa e Juliana, demonstraram ampla superioridade sobre os adversários e não perderam sequer um set na competição.

O calor foi um grande obstáculo para os atletas na final deste domingo. Mesmo assim, o jogo apresentou um ritmo forte em seu início. Azarões, Loomis e Stolfus vibravam muito a cada ponto conquistado e chegaram a liderar o marcador do primeiro set por 12 a 8.

Após um tempo pedido, os brasileiros passaram a forçar mais o saque e reagiram. No bloqueio de Emanuel, a partida ficou empatada (14 a 14). O equilíbrio foi quebrado apenas no final, em um lance polêmico.

Após bela defesa, Emanuel completou o contra-ataque e deixou os brasileiros na frente. Contudo, os norte-americanos foram para cima da arbitragem alegando que a bola tinha caído antes da intervenção do brasileiro. Mas o árbitro confirmou ponto para os donos da casa, que, na seqüência, fecharam a parcial em 21 a 19.

No segundo set, Emanuel começou a se destacar no trabalho de defesa. Apoiados pela torcida, os brasileiros superaram o início parelho e abriram 16 a 8, depois de uma seqüência de pontos de saque de Ricardo. Concentrados, o campeões olímpicos continuaram com o mesmo ritmo até o final e fecharam a partida: 21 a 13.

Ata do Copom é destaque da economia na semana

Agencia Estado

A semana reserva um conjunto de novidades interessante para o mercado financeiro. Para o período, que conta com tradicionais anúncios de indicadores parciais de inflação, além da taxa de desemprego, o principal destaque é a divulgação, na quinta-feira, da ata da reunião de julho do Comitê de Política Monetária (Copom). Após a diretoria do Banco Central reduzir, na última quarta-feira, novamente a taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual, para 11,50% ao ano, os economistas das instituições do mercado estão ávidos pela ata. A decisão veio em linha com o que estava sendo aguardado, mas trouxe um placar mais apertado do que o observado no encontro de junho.

Na avaliação da maior parte do mercado, a mudança no placar, de cinco votos a dois para quatro votos a três, pela manutenção de uma redução um pouco menos conservadora contra um corte de 0,25 ponto, indicou que o próximo encontro do Copom, agendado para setembro, contará com mais diretores a favor da diminuição no ritmo de corte da Selic. O conteúdo da ata, portanto, poderia ser um complemento do que sugere o dissenso do Copom, com indicação de que o BC voltaria a ser mais conservador em suas decisões, já com os olhos voltados para a meta de inflação de 2008. Tudo isso, sem descuidar da monitoração do já bastante claro crescimento da atividade econômica e do sempre lembrado mecanismo de transmissão da política monetária, após seguidas reduções na taxa Selic.

Além do tão esperado documento do BC, a semana conta, logo na segunda-feira, com a divulgação da nota do setor externo de junho do BC. O horário e a própria data ainda devem ser confirmados, já que, devido à greve dos funcionários da autoridade monetária, entre os dias 3 de maio e 14 de junho, o cronograma original de divulgação dos levantamentos do BC sofreu modificações. Em maio, a nota trouxe um resultado de US$ 501 milhões em Investimento Estrangeiro Direto (IED) e um superávit de US$ 100 milhões em transações correntes. Para junho, grande parte do mercado espera números maiores, por conta da sazonalidade que tradicionalmente afeta o mês de maio.

Ainda no mesmo dia, há a divulgação semanal da balança comercial em julho, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, além da pesquisa Focus, na qual o BC informa as expectativas do mercado financeiro para os diversos indicadores macroeconômicos. Por fim, a segunda-feira terá também o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da terceira quadrissemana de julho. O indicador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) subiu 0,39% na segunda medição do mês. Entre os fatores, os destaques foram a menor elevação do grupo Alimentação, a passagem do grupo Habitação para o terreno negativo, por conta da queda da tarifa de energia elétrica, e a manutenção do declínio do grupo Transportes.

Na quarta-feira, outra divulgação importante da semana será feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período da manhã, anunciará o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de julho. Em junho, o IPCA-15 subiu 0,29%, com efeito da alta dos alimentos. Para o mês seguinte, ainda deve ser notada uma pressão significativa de itens, como leite, por exemplo. Este índice contará com uma atenção especial do mercado porque será uma prévia do IPCA fechado do mês, o primeiro do segundo semestre de 2007.

Mais um resultado de inflação será anunciado na quinta-feira, pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da terceira quadrissemana de julho deverá mostrar novamente desaceleração na cidade de São Paulo, depois que os preços dos alimentos começaram a perder força logo no início do mês. No mesmo dia da Fipe, o IBGE anunciará a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de junho. A grande expectativa dos analistas é saber se a taxa média de desemprego do País deixará a casa dos 10% que vem sendo observada há três meses. De acordo com o IBGE, as taxas de março, abril e maio mostraram que o desemprego atingiu 10,10% da População Economicamente Ativa (PEA).

EUA e Europa

O destaque da semana nos Estados Unidos será a divulgação do "livro bege", o sumário sobre as condições da economia dos EUA que servirá de base para as decisões de política monetária a serem tomadas na próxima reunião do Comitê de Federal de Mercado Aberto (Fomc), do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), em 9 de agosto.

Na Europa, a próxima semana poderá não ser rica em indicadores econômicos importantes, mas haverá uma agenda de eventos cheia, com as reuniões dos bancos centrais de Hungria, Polônia e República Checa, a eleição parlamentar na Turquia e reuniões da Organização Mundial do Comércio (OMC).

França: 26 mortos em acidente com autocarro de peregrinos

Pelo menos 26 pessoas morreram e 24 ficaram feridas esta manhã num acidente com um autocarro que transportava 50 peregrinos polacos. A viatura caiu num rio entre Grenoble e La Mure (sudeste da França), informaram os bombeiros. Um balanço anterior indicava a morte de 20 pessoas.

O veículo, que circulava por uma estrada com grande inclinação que liga Grenoble a Gap, nos Alpes franceses, teve uma avaria nos travões, segundo as mesmas fontes.

O autocarro, que entrou em velocidade excessiva e ficou incontrolável, embateu contra uma vedação da estrada que não resistiu ao embate e despenhou-se por uma ravina, indo imobilizar-se a uma dezena e meia de metros mais abaixo.

Os peregrinos regressavam do santuário de Notre Dame de la Salette, nos Alpes, segundo informações da polícia francesa.

«Segundo um novo balanço, temos 26 mortos, 14 gravemente feridos e 10 ligeiramente feridos. Mas o número certamente aumentará», afirmou o capitão Stephane Estachy, do Centro Operacional de Incêndios e Socorro (CODIS), acrescentando que um acidente semelhante aconteceu no mesmo local há 25 anos.