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3 de ago. de 2007

EADS confirma acordo para venda de mísseis à Líbia

PARIS (Reuters) - O grupo aeroespacial e de defesa europeu EADS confirmou nesta sexta-feira que o consórcio do qual faz parte finalizou um acordo de venda de mísseis antitanque com a Líbia e também disse que estaria em conversas avançadas para fornecer rádios a Trípoli.

Em nota, a EADS disse que mísseis antitanque Milan serão entregues pela MBDA, uma joint venture com a BAE Systems e a Finmeccanica .

"Este contrato está esperando pela assinatura do cliente líbio", disse a EADS.

Uma fonte líbia disse mais cedo que contratos no valor de 296 milhões de euros (402 milhões de dólares) foram assinados. Um acordo de 168 milhões de euros refere-se a mísseis antitanque e outros de 128 milhões de euros a sistemas de comunicação, segundo a fonte.

1 de ago. de 2007

Israel e EUA dizem que não se pode perder oportunidade para paz

Atualizada com conteúdo da reunião entre Olmert-Rice) Jerusalém, 1 ago (EFE).- A ministra de Assuntos Exteriores de Israel, Tzipi Livni, e a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, concordaram hoje em que atualmente existe uma "oportunidade para a paz" no Oriente Médio que "não deve ser perdida".

A afirmação foi feita em entrevista coletiva conjunta após a reunião entre Livni e Rice em um hotel de Jerusalém, como parte da viagem que a secretária americana faz pela região para promover a realização de uma Conferência de Paz até o fim do ano.

"Disseram que é importante manter o Hamas à margem de qualquer processo e falaram da vontade de Israel de restabelecer a cooperação com os palestinos e dos passos que o Governo (israelense) deu desde que o Hamas tomou o controle de Gaza", disse à agência Efe David Baker, porta-voz do primeiro-ministro israelense, depois da reunião.

Israel mostrou durante o encontro a determinação em fazer mais concessões ao Governo palestino, chefiado pelo laico moderado Salam Fayyad. No entanto, o país teme que o Hamas ressurja em algum momento na cena política palestina - por eleições ou num novo Governo de união nacional-, e o processo entre em colapso.

Baker confirmou à Efe que Olmert e Rice falaram da conferência de paz, mas se referiram a ela como um "encontro", do qual Israel espera que os países árabes moderados participem.

"Há um Governo na Autoridade Nacional Palestina (ANP) baseado nos princípios internacionais e fundamentais para a paz. Esta é uma oportunidade que não deve ser perdida", afirmou Rice.

Perguntada sobre a situação em Gaza, controlada pelo Hamas desde 14 de junho, ela respondeu: "No final, o povo palestino terá que escolher em que tipo de mundo quer viver.

Está muito claro que o que aconteceu em Gaza foi contra a legitimidade palestina. Não vamos abandonar o povo de Gaza nas mãos do Hamas".

Livni destacou que o Governo nomeado pelo presidente da ANP, Mahmoud Abbas, "cumpre os requisitos da comunidade internacional, acredita na solução de dois Estados e tomou a decisão de mudar a situação, por isso Israel não deixará esta oportunidade passar".

"É um momento crucial, uma oportunidade para que o mundo árabe apóie os moderados", ressaltou.

A chanceler considerou "encorajador" o anúncio do ministro das Relações Exteriores saudita, o príncipe Saud al-Faisal, de que o país deseja participar da Conferência de Paz para o Oriente Médio convocada pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.

A conferência, da qual ainda não se sabe o lugar nem a data em que será realizada, é o principal objetivo da viagem da secretária de Estado americana.

O Escritório do Primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, com quem Rice se reuniu na terça-feira à noite em Jerusalém, também aprovou a decisão da Arábia Saudita de participar da conferência de paz.

"Esperamos que muitos Estados árabes participem, inclusive a Arábia Saudita", afirmou o porta-voz do Governo, David Baker, ao comentar o anúncio do príncipe Saud al-Faisal.

O encontro "teria que servir como cobertura para as negociações bilaterais de paz entre Israel e os palestinos", acrescentou o porta-voz israelense.

Por enquanto, não se sabe se a reunião, prevista para outubro ou novembro, será realizada no Oriente Médio, em Washington ou sob o apoio da ONU em Nova York.

As reservas sauditas em relação à iniciativa de Bush incluem o medo de que os verdadeiros problemas não sejam discutidos: a criação de um Estado palestino, a definição de fronteiras definitivas, a questão do retorno dos refugiados e a partilha de Jerusalém.

Israel continua defendendo que as partes devem negociar os assuntos menos complicados agora e deixar os temas mais espinhosos do conflito para o futuro.

Este ponto de vista foi lembrado por Livni na entrevista coletiva com Rice, em pergunta sobre a questão dos refugiados e o status de Jerusalém num eventual acordo de paz entre israelenses e palestinos.

Para ela, é melhor alcançar inicialmente um "máximo denominador comum, porque às vezes não é sábio abordar primeiro os temas mais delicados".

Rice também se reuniu hoje com o ministro da Defesa, o trabalhista Ehud Barak, e com o presidente israelense, Shimon Peres.

Barak defendeu a "construção de um horizonte político com os palestinos para tornar sua vida mais fácil", mas disse que a "principal prioridade" de Israel é a "segurança" de seus cidadãos.

Já Peres destacou que toda vez que Rice chega à região leva "esperança e desafios"."Acho que a secretária de Estado conduziu uma política que nos aproxima do capítulo principal nas negociações com os palestinos", afirmou o presidente israelense.

Ele defendeu uma ação conjunta em escala regional, nos planos diplomático e econômico, para instaurar a paz no Oriente Médio.

Rice encerrará hoje sua agenda em Israel com um jantar de trabalho com Olmert.

Na quinta-feira, a secretária viajará para Ramala, na Cisjordânia, sede da ANP, para se reunir com o primeiro-ministro, Salam Fayyad, e com o presidente, Mahmoud Abbas. EFE elb jfc/dgr rg/pa

Caixa-preta indica que manete estava em posição errada, diz jornal

Segundo a 'Folha de São Paulo', as posições dos manetes estavam incorretas. Problema poderia ter resultado de falha técnica ou erro do piloto.

Do G1, em São Paulo

De acordo com o jornal "Folha de São Paulo", a caixa-preta de dados do Airbus A-320 da TAM indica que os manetes (alavancas de controle) estavam na posição errada no momento do pouso em Congonhas, em São Paulo, no dia 17 do mês passado. O jornal teve acesso a uma parte das informações analisadas pelos peritos, as mesmas que chegaram na terça-feira (31) ao Congresso em um CD-ROM com cerca de 60 arquivos, inclusive de áudio.

Veja a cobertura completa do acidente

Segundo a reportagem, o manete direito estava em posição de aceleração, quando deveria estar em "ponto morto", como o esquerdo. A aceleração indevida teria feito com que os sistemas eletrônicos interpretassem que o piloto queria acelerar, e as turbinas teriam passado a acelerar automaticamente. O texto afirma ainda que os freios aerodinâmicos não foram acionados e que o freio automático dos pneus não funcionou.

Problema no controle

O piloto teria posicionado apenas o manete esquerdo na posição de reverso, diz o jornal. Como o reversor da turbina direita (mecanismo que ajuda o jato a frear) havia sido desativado quatro dias antes do acidente por causa de um problema hidráulico, o procedimento correto teria sido colocar ambos os manetes em reverso. No entanto, segundo a publicação, o direito teria permanecido acelerado.

Ainda de acordo com o jornal, o piloto, ao perceber que havia perdido o controle do avião, teria tentado diversas maneiras de parar a aeronave. Uma delas, segundo o jornal, teria sido pressionar os dois pedais a sua frente, freando os pneus do trem de pouso. No entanto, as tentativas teriam sido em vão e as turbinas continuaram a acelerar.

O jornal levanta três hipóteses: erro do piloto, falha no computador ou defeito no manete. Diálogos

Segundo a reportagem, uma voz da cabine afirmaria: "reverso um apenas", o que indicaria que piloto e co-piloto sabiam que apenas um reversor estava funcionando. Num outro trecho, seria ouvido: "spoiler nada...", que poderia indicar que os spoilers (os freios aerodinâmicos na parte de cima das asas), que abrem automaticamente no pouso, não teriam funcionado na aterrissagem.

Análise dos dados

A Comissão Parlamentar de Inquérito do apagão aéreo da Câmara marcou para as 9h desta quarta-feira uma sessão secreta para analisar os dados das duas caixas-pretas do Airbus da TAM. A CPI recebeu por volta das 14h da terça-feira (31) os dados das duas caixas-pretas.

A sessão contará com a presença do chefe do Cenipa e do coronel Fernando Camargo, responsável pela investigação.

Procon aplica multa de R$ 672 mil à Gol

Do Diário OnLine

A Fundação Procon multou a empresa aérea Gol em R$ R$ 672 mil por omissão em relação ao direito à informação e à garantia de assistência adequada ao consumidor. Os prazos legais para defesa foram encerrados e, portanto, não cabe mais recurso.

A multa refere-se aos transtornos causados aos clientes com embarques marcados entre outubro e novembro de 2006. Segundo o Procon, os passageiros foram submetidos a um regime de espera excessiva nos aeroportos e, quando ocorreram cancelamentos de vôos, não receberam a devida orientação por parte da companhia aérea.

A fundação informa que a aplicação do Código de Defesa do Consumidor é válida sempre quando os serviços prestados destinam-se a consumidores. Outras empresas – O Procon instaurou na segunda-feira um processo administrativo contra empresas aéreas que não estão promovendo o imediato reembolso dos valores pagos pelas passagens em casos de vôos cancelados. Também moveu uma ação administrativa referente à prática de sobrevenda de passagens (overbooking).

Inovação brasileira em alta

Número de empresas inovadoras cresceu 8,4% em dois anos e passou de 30 mil, de acordo com Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica (Pintec), divulgada nesta terça-feira (31/7) pelo IBGE

Por Fábio de Castro

Agência FAPESP – O número de empresas que fizeram inovação tecnológica no Brasil aumentou 8,4% em dois anos, passando de 28.036, em 2003, para 30.377, em 2005, de acordo com a Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica (Pintec) 2005, divulgada nesta terça-feira (31/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No período, a participação das companhias inovadoras no total das empresas industriais se manteve constante em relação às pesquisas anteriores: a taxa de inovação foi de 33,4% no triênio 2003-2005, contra 33,3% no triênio 2001-2003 e 31,3% no triênio 1998-2000. De acordo com a coordenadora da Pintec, Andréa Salvador, o grande destaque da terceira edição da pesquisa foi o crescimento no número absoluto de empresas inovadoras.

“A taxa de inovação também aumentou, mas ela é um índice delicado, porque mascara o crescimento do número absoluto de empresas inovadoras. No Brasil, mais de 80% das empresas são pequenas e médias, exatamente as que menos inovam. Como há uma alta correlação entre inovação e tamanho da empresa, o número absoluto é mais sólido”, disse a técnica do IBGE à Agência FAPESP.

Segundo a pesquisa, as taxas de inovação geral foram de 28,9% para as empresas pequenas com 10 a 49 empregados e de 79,2% para as grandes empresas (500 pessoas ou mais). “É preciso observar que, em 2002 e 2003, o universo de indústrias era de cerca de 84 mil empresas e esse número saltou para algo em torno de 91 mil em 2005. O grosso desse universo não faz muita inovação. Por isso, pode-se concluir que o aumento nas médias e grandes foi muito expressivo”, afirmou.

As empresas industriais de médio porte (de 100 a 499 empregados) foram as que tiveram os aumentos mais significativos nas taxas de inovação entre os dois últimos triênios analisados (2001-2003 e 2003-2005).

Uma das novidades da pesquisa do IBGE, realizada em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), é a inclusão de empresas de serviços de alta intensidade tecnológica, como telecomunicações, informática e pesquisa e desenvolvimento (P&D). Somando-se as industriais às 2.418 empresas de serviços inovadoras, o Brasil teve, em 2005, 32,8 mil empresas que fizeram inovação tecnológica em produto ou processo.

“A partir de agora, o IBGE irá considerar as empresas de serviços em todas as edições da Pintec. Identificamos que esses setores têm grau muito alto de inovação. Nas telecomunicações, 45,9% das empresas inovaram. Em informática, o percentual foi de 57,6%”, disse Andréa. São Paulo investe mais

A correlação entre tamanho e taxa de inovação, elevada nas empresas industriais, mostrou-se ligeiramente inferior nas de telecomunicações e informática, não sendo observada nas de P&D. O esforço inovativo é medido pela participação dos gastos com inovação na receita. Os serviços de pesquisa e desenvolvimento, com nível de 68,9%, de informática (5,9%) e de telecomunicações (3,3%), realizaram esforços inovativos mais intensos do que a indústria (2,8%) em 2005.

Na informática, as atividades internas de P&D (2,33%), a aquisição de máquinas e equipamentos (1,27%) e o treinamento (0,69%) respondem pelas três maiores parcelas dos gastos com inovação no total da receita líquida de vendas. No setor de telecomunicações, os maiores percentuais de gasto no total do faturamento são com aquisição de software (0,9%), de máquinas e equipamentos (0,76%) e propaganda de lançamento das inovações no mercado (0,72%).

Segundo a Pintec, o estado de São Paulo reúne 35,3% das empresas industriais inovadoras. Do total do gasto industrial em inovação em todo o país, mais da metade (55,6%) foi efetuada pelas empresas paulistas.

“A indústria paulista é bastante heterogênea. Todos os setores estão representados ali, em um cenário bastante pulverizado. Mesmo assim, o estado concentra mais de um terço das indústrias inovadoras. Mas, quando olhamos o valor dos gastos, temos a verdadeira dimensão da representatividade da indústria paulista: mais da metade dos investimentos do país”, disse Andréa. Profissionais de P&D

Das 33 atividades industriais observadas nos períodos 2001-2003 e 2003-2005, 21 obtiveram aumento nas taxas de inovação. A parcela do faturamento das empresas industriais gasta com inovações também aumentou de 2,5% em 2003 para 2,8% em 2005.

Segundo a Pintec 2005, os principais obstáculos para inovação apontados pelos empresários são elevados custos, riscos econômicos excessivos e escassez de fontes de financiamento.

“Independentemente de ter efetivamente inovado ou não, pudemos detectar problemas que as empresas tiveram no meio do caminho. Procuramos saber as dificuldades e formamos um ranking de obstáculos. Os destaques são elevado custo da inovação e risco econômico excessivo”, destacou Andréa.

Como inovação sempre envolve riscos, expectativas mais favoráveis sobre o crescimento da economia doméstica e internacional influenciam positivamente as estratégias inovativas e, portanto, os investimentos em atividades desenvolvidas para inovar.

“As empresas industriais gastaram uma parcela maior de sua receita líquida com inovações em 2005 (2,8%). Em 2003, ela era equivalente a 2,5%. Houve também crescimento generalizado da participação dos gastos com atividades inovativas no total da receita”, disse a coordenadora da pesquisa.

Houve ainda um aumento significativo do número de graduados e pós-graduados nas indústrias. “O montante foi 12,5% maior que o de 2003. Esse foi um dos aspectos mais interessantes da pesquisa. O fenômeno esteve ligado à ampliação do emprego nos setores de informática e telecomunicações”, disse Andréa.

A Pintec contabilizou profissionais ocupados em atividades internas de P&D: cerca de 3,7 mil nas empresas de telecomunicações; 14,7 mil nas empresas de informática; 23,5 mil nas instituições de pesquisa e desenvolvimento; e 58,4 mil pessoas nas empresas industriais.

No recorte por nível de qualificação, a pesquisa mostra que os setores de informática (77,8%) e de telecomunicações (74,7%) empregaram as maiores cotas de profissionais com nível superior. Na indústria, em 2003, os pós-graduados e graduados somavam 21,8 mil, em um total de 38,5 mil pessoas em equivalência à dedicação plena. Em 2005, das 47,6 mil pessoas ocupadas em P&D, cerca de 27,6 mil eram de nível superior.

Mais informações: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/pintec/2005/default.shtm

Fogos ainda por controlar nas Canárias

Carlos Fernandez / EPASituação estabilizou nas Canárias, em Tenerife cenário é negro

Gran Canaria e Tenerife

O incêndio que assola desde o passado fim-de-semana a ilha de Gran Canaria, no arquipélago espanhol das Canárias, continua por controlar, embora o perímetro do incêndios esteja estabilizado, revelou, esta quarta-feira, o Centro Coordenador de Emergências e Segurança das Ilhas.

A situação na Gran Canaria melhorou durante a noite de ontem, fruto das condições meteorológicas que ajudaram os bombeiros a controlar as várias frentes do incêndio. Muitos dos 5.200 habitantes deslocados puderam já regressar às suas casas.

Contudo, na ilha de Tenerife, a situação piorou com as chamas a avançarem para o norte da ilha, onde foram já destruídos cerca de 14.500 hectares de floresta e mato. Cerca de 9.000 pessoas tiveram de abandonar as suas habitações por se encontraram muito perto das chamas.