Resultados de Pesquisa

.

14 de fev. de 2008

Líder do PT nega intenção do governo de "partidarizar" CPI dos Cartões

GABRIELA GUERREIRO

RENATA GIRALDI

da Folha Online, em Brasília

O líder do PT na Câmara, deputado Maurício Rands (PE), negou nesta quinta-feira que a escolha do deputado Luiz Sérgio para relator da CPI dos Cartões Corporativos tenha como objetivo "blindar" o governo federal nas investigações de irregularidades no uso dos cartões. Após anunciar o nome de Sérgio na relatoria, Rands disse que o duplo comando governista não partidariza a comissão.

"Como é uma comissão mista, um dos cargos é da maior bancada no Senado, outro da maior bancada na Câmara. Nós não tememos investigações, nem o presidente Lula. Queremos cada vez mais transparência nas contas do governo", afirmou.

Além do PT, o PMDB anunciou oficialmente nesta quinta-feira o senador Neuto de Conto (SC) para presidir a comissão. Com as indicações, o governo passa a ter o controle sobre o comando da CPI, o que levantou suspeitas do DEM e o PSDB.

Segundo Rands, a "chiadeira" da oposição para conquistar a relatoria ou a presidência da comissão não tem base na tradição do Congresso. "As regras para a distribuição de cargos na CPI são pela proporção das bancadas. Eu tenho comigo a relação das CPIs no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas em oito anos o PT nunca conquistou a presidência ou a relatoria", afirmou.

O líder petista desafiou a oposição a instalar uma CPI na Assembléia Legislativa de São Paulo para investigar irregularidades no uso do cartão do Estado, que é governado pelo tucano José Serra. "O governo não teme a CPI, a base aliada também não teme as investigações. Tanto que assinamos o requerimento de criação. Mas em São Paulo, a base aliada do Serra não está permitindo a instalação da CPI", criticou.

www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u372419.shtml

13 de fev. de 2008

Venezuela suspende fornecimento de petróleo para Exxon Mobil

Reuters/Brasil Online

CARACAS - A Venezuela suspendeu na terça-feira as exportações de petróleo para a Exxon Mobil, intensificando a briga do governo do país com a gigante petrolífera norte-americana, em torno da compensação para um projeto de petróleo pesado nacionalizado pelo presidente Hugo Chávez.

A petrolífera estatal venezuelana PDVSA informou que suspendeu as relações comerciais e cortou o fornecimento de petróleo e derivados para a empresa norte-americana.

"Diante da perturbação legal-econômica iniciada pela Exxon Mobil contra a PDVSA, e como ato de reciprocidade, a PDVSA decidiu suspender as relações comerciais", informou a empresa venezuelana em comunicado.

Em 2007 o governo de Chávez aumentou o controle estatal sobre vários projetos na região petrolífera de Orinoco e forçou a saída do país da Exxon Mobil e da ConocoPhilips.

Na semana passada, a Exxon Mobil anunciou que conseguiu na Justiça o congelamento temporário de até 12 bilhões de dólares de ativos petrolíferos da Venezuela no exterior.

No comunicado, a PDVSA afirma que respeitará os contratos vigentes que regem investimentos compartilhados entre o governo venezuelano e a Exxon, mas se reserva ao direito de romper contratos cujos termos permitam um rompimento.

A Exxon informou que não pode comentar a notícia imediatamente.

Mais cedo na terça-feira, a Exxon Mobil informou que estava interessada em manter conversações substanciais com a Venezuela, para negociar uma compensação justa pelo projeto de Orinoco.

http://oglobo.globo.com/economia/mat/2008/02/13/venezuela_suspende_fornecimento_de_petroleo

Dinamarquês é esfaqueado por ladrão em Copacabana

O Globo

RIO - Um turista dinamarquês foi esfaqueado no braço numa tentativa de assalto na manhã de terça, em Copacabana. O engenheiro Claes Christian Agerup, de 66 anos, se encaminhava a um quiosque para tomar água de coco - e depois fotografar a orla - quando foi atacado, por volta das 7h30m, por dois menores, na Avenida Atlântica, na altura da Rua Francisco Sá. Ele se feriu ao reagir à tentativa de assalto. Apesar do corte e de ter levado 22 pontos, Claes mostrou-se bem-humorado. Disse que adora o Brasil e que voltará ao país.

O caso foi registrado na Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat). Claes acredita que os assaltantes eram menores de idade. Ele chegou a tentar identificá-los no álbum da delegacia com suspeitos de ataques na orla da Zona Sul, mas não conseguiu reconhecer os agressores. De acordo com informações de testemunhas, ao perceber que seria assaltado, Claes teria dado um chute entre as pernas de um dos assaltantes, que o feriu com uma faca.

O turista foi socorrido no Hospital Miguel Couto e depois foi à Deat. Os assaltantes não conseguiram levar dinheiro ou objetos do dinamarquês, que está no Rio desde segunda-feira, acompanhado de um grupo de amigos e da mulher. Ele, que pela segunda vez visita o Brasil, deverá permanecer na cidade até sexta-feira.

Em 14 de agosto do ano passado, o turista português André Costa Ramos Bordalo, de 19 anos, foi morto com uma facada na Praia de Copacabana. O jovem, que estudava engenharia aeroespacial em Lisboa, estava com os pais quando, por volta das 8h30m, um homem roubou sua mochila. Ele gritou e foi esfaqueado. O ladrão, Claudeci Bezerra da Silva, de 23 anos, foi preso na Rua Constante

Assine O Globo e receba todo o conteúdo do jornal na sua casa http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/02/12/dinamarques_esfaqueado_por_ladrao_em_copacabana

Vale deve elevar oferta para comprar a Xstrata

Da FolhaNews

A Vale viu sua proposta de compra da mineradora anglo-suíça Xstrata ser rejeitada pelos principais acionistas da empresa porque o preço oferecido -US$ 76 bilhões- foi considerado insuficiente. Mas nem por isso desistiu da aquisição. Pelo contrário, a Vale deve apresentar nova proposta. Desta vez, melhorada.
A expectativa no mercado é que a mineradora brasileira possa pagar entre US$ 80 bilhões e US$ 90 bilhões pelo controle da Xstrata, um ativo estratégico para a Vale. Esses são os valores atribuídos por especialistas à companhia.
Analistas que acompanham a empresa e executivos do setor acreditam que a Vale não deve desistir tão facilmente e tende a melhorar sua oferta. Pela proposta inicial, rejeitada pelos acionistas da Xstrata, a Vale pagaria até US$ 50 bilhões em dinheiro e o restante em ações preferenciais da companhia. Primeiro, falou-se em US$ 40 bilhões em dinheiro.
Os recursos para a parte destinada ao pagamento em espécie seriam amealhados em um "pool" de bancos estrangeiros, entre os quais estariam o Citibank, o Santander e o HSBC. O financiamento poderia chegar a US$ 50 bilhões, dependendo da necessidade da Vale.
Mesmo que melhore sua oferta, a Vale terá de contornar um outro problema: o fato de parte da proposta ser em ações preferenciais, que não dão direito a voto no Conselho de Administração da companhia. Ou seja: caso seja aceita, exclui os atuais acionistas da Xstrata do controle da mineradora brasileira, compartilhado hoje por Previ, Bradesco, BNDES e a trading japonesa Mitsui.
As ações preferenciais são um instrumento exclusivo do Brasil e visto com desconfiança por investidores estrangeiros. A Vale, porém, não tem alternativa: o governo rejeita a possibilidade de desnacionalização da companhia ou aumento de participação do capital estrangeiro no controle da empresa e nas decisões estratégicas.
Juntos, BNDES e Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) têm a maior parte dos assentos do conselho da Vale e podem barrar qualquer decisão que passe pelo órgão, como aquisições. Sem saída, só resta à Vale elevar o valor da oferta em dinheiro vivo para tentar convencer os acionistas da Xstrata. E é isso o que ela deve fazer, dizem analistas.
A Vale tem até o dia 21 de março para apresentar uma nova proposta aos acionistas da Xstrata -o principal deles é a trading suíça Glencore. Se não apresentar nova oferta, fica sujeita a uma "quarentena" de seis meses. Só depois poderia dar um novo lance.
http://noticias.correioweb.com.br/materias.php?id=2732991&sub=Economia

"Tropa de Elite" gera mais ódios que amores em Berlim

SILVANA ARANTES

Enviada especial a Berlim, da Folha de S.Paulo

O concorrente brasileiro ao Urso de Ouro no Festival de Berlim, "Tropa de Elite", de José Padilha, exibido anteontem, teve uma recepção da crítica dividida entre amores e ódios. Mais ódios do que amores.

A revista norte-americana "Variety", que recentemente incluiu Padilha numa restrita lista de dez diretores em quem se deve prestar atenção, foi especialmente dura com o filme.

Em resenha assinada por Jay Weissberg, a "Variety" atribui a "Tropa de Elite" um "estilo Rambo" e sustenta que ele faz "uma monótona celebração da violência gratuita que funciona como um filme de recrutamento de seguidores fascistas".

Divulgação
Cena de "Tropa de Elite", com direção de José Padilha; filme recebeu críticas em Berlim
Cena de "Tropa de Elite", com direção de José Padilha; filme recebeu críticas em Berlim

Weissberg afirma ainda que, segundo o filme, "só o Bope pode salvar a cidade [do Rio], mas isso requer, antes, a remoção cirúrgica de qualquer coisa que se pareça com um coração".

Leitores brasileiros da versão online da revista escreveram no site mensagens de protesto e atacaram o autor da crítica.

A "Hollywood Reporter" publicou entrevista e reportagem sobre o filme, com destaque em sua capa da edição de ontem, mas chamou-o de "um filme constrangedor sobre policiais assassinos".

A crítica afirma que "o pressuposto básico do roteiro escrito por Padilha, Rodrigo Pimentel e Bráulio Mantovani é que todo mundo no Rio é corrupto, especialmente as autoridades".

A revista inglesa "Screen", por sua vez, deu ao filme a nota máxima --quatro estrelas, correspondente a "excelente"--, numa crítica farta de elogios.

"A montagem corajosa, a incansável câmera na mão e essa espécie de tom quente e realista conhecido desde "Cidade de Deus" e "Amores Brutos" produzem uma mistura que é mais funcional do que inovadora, embora seja eficiente".

A crítica do jornal francês "Le Monde", publicada no blog de cinema do diário, acusa o filme de fazer apologia da tortura: ""Tropa de Elite" é feito segundo a receita do neoconservadorismo hollywoodiano --montagem frenética, câmera epiléptica, narrativa que não deixa nenhum espaço à ambivalência. Não é preciso ser hipersensível para ver no filme uma apologia da tortura e das execuções extrajudiciais", afirma o crítico Thomas Sotinel.

A reação da imprensa alemã foi desigual. O jornal "Berliner Zeitung" avaliou o filme como "excitante e original", disse que ele apresenta "os diversos lados da questão" e o faz com bom "equilíbrio entre os aspectos ficcional e documental".]

Já o "Der Tagesspiegel" disse que, no retrato do "mundo pavoroso e sem lei" que o filme faz, "não há zonas brancas e negras; tudo é escuro". Os dois jornais, no entanto, ressaltaram que "Tropa de Elite" não é fascista. "E nisso [fascismo], como você sabe, somos especialistas", comentou o jornalista alemão.

Padilha acredita que os críticos estrangeiros que atribuíram ao filme um caráter fascista foram influenciados por colegas brasileiros que reprovam "Tropa de Elite" desde a sua estréia no Brasil.

Sobre as resenhas publicadas ontem, o diretor afirmou: "Uns nos acharam inteligentes, outros fascistas. Na verdade, não me preocupo com isso".

www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u371897.shtml

Astronauta doente chama a atenção para casos de 'enjôo espacial'

Dificuldade de adaptação do labirinto ao espaço é principal problema dos exploradores.
Utilização de quarentena normalmente evita transmissão de doenças infecciosas.
Luis Fernando Correia Especial para o G1

Poucas coisas podem ser mais deprimentes do que estar longe de casa e ficar doente. Imaginem isso acontecendo a 320 quilômetros acima da superfície da Terra, em pleno espaço sideral.

Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN; veja o site

O astronauta alemão Hans Schlegel está nessa situação. Ele é um dos membros da tripulação do Atlantis, que se acoplou à Estação Espacial Internacional na semana passada. Hans deveria ter participado de uma caminhada espacial no domingo, auxiliando a instalação do módulo de laboratório levado pela equipe no “bagageiro” da nave.

Embora a Nasa não tenha informado o problema de saúde que a fez adiar a instalação por 24 horas, e a substituição de Hans por um outro colega, oficialmente o quadro não é grave.

O problema mais comum entre os astronautas é a Síndrome de Adaptação ao Espaço, o equivalente à doença do movimento na Terra. Esse problema surge pela dificuldade do labirinto, órgão que regula o equilíbrio, em se adaptar à sensação de falta de peso, causando náuseas, vertigens e fraqueza.

A síndrome é mais comum do que se imagina. A estimativa dos médicos é de que 60% dos astronautas passam por essa dificuldade no primeiro vôo.

O primeiro caso registrado foi do russo German Titov, a bordo da Vostok 2, em 1961. Os sintomas cessam em cerca de dois dias com a adaptação do corpo à nova realidade.

Os casos médicos vêm se tornando mais freqüentes, pois os astronautas de hoje estão mais para “trabalhadores do espaço” do que para super-homens dos anos 1960.

Para evitar problemas infecciosos no espaço, os astronautas escalados para uma missão ficam em quarentena, isolados, por pelo menos três semanas, permitindo assim a passagem do período de incubação das principais infecções.

A Nasa deixa bem claro que, em caso de um problema grave, que ameace a segurança da tripulação, a missão é cancelada e os astronautas resgatados.

http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia