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4 de abr. de 2008
Inpe registra avanço do desmatamento na Amazônia em fevereiro
Mais quatro Estados decretam fim da greve dos Correios
3 de abr. de 2008
Missão humanitária para resgate de Ingrid chega à Colômbia
Emissora francesa afirma que equipe desembarcou nesta quinta; Cruz Vermelha diz estar pronta para operação
Efe
Lula: 'País só intervém no caso se Colômbia pedir'
Filho de Ingrid diz que morte 'é questão
de horas'
Conheça a trajetória de Ingrid Betancourt
Histórico dos conflitos armados na região
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Um porta-voz do Palácio do Eliseu se negou a comentar a notícia da chegada do avião à Colômbia, e reiterou que a operação seria mantida sob máximo sigilo. O avião Falcon 50, que saiu de uma base militar nos arredores de Paris na tarde de quarta-feira, fez escala na ilha francesa da Martinica durante a noite, antes de seguir viagem à Colômbia. Fontes próximas ao caso confirmaram à Agência Efe que, até o momento, as Farc não disseram se receberiam a missão
humanitária.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse que Ingrid está em "perigo de morte iminente". A missão conta com o apoio de Espanha e Suíça, que formam com a França o grupo de países "facilitadores" que há vários anos tentam mediar a favor de uma troca humanitária entre os reféns políticos das Farc e guerrilheiros presos. As autoridades colombianas, que prometeram suspender as operações militares na zona onde operará a missão, informaram que receberam um pedido da França para aterrissar no aeroporto de San José del Guaviare, no sudeste da Colômbia.
A equipe inclui um médico e dois diplomatas, um dos quais é o ex-cônsul francês em Bogotá Noel Saez, que foi o emissário francês nos contatos com as Farc nos últimos anos. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) afirmou na quarta-feira que está pronto para participar da missão humanitária. De acordo com o CICV, os contatos com o governo francês são constantes, mas o grupo reitera que, até agora, a guerrilha não deu um sinal verde para a missão.
"Estamos em contato confidencial com as Farc, em todos os seus níveis hierárquicos, por vários canais. Até agora, porém, não temos nenhum pedido por parte da guerrilha para realizarmos uma missão humanitária para libertá-la", afirmou Yves Heller, porta-voz do CICV para a Colômbia, que garantiu que os contatos continuarão. Segundo Heller, o CICV está recebendo constantemente informações a respeito da missão humanitária que o presidente francês decidiu enviar à Colômbia para tentar libertar Ingrid. "Estamos preparados. Temos experiência nisso. Só este ano participamos da liberação de 14 reféns, além de outros 24 em 2007", afirmou.
O porta-voz da Cruz Vermelha disse que está "muito preocupado" com a situação da refém. De acordo com ele, o CICV está "profundamente incomodado" e considera a situação "extremamente grave". "Este ano, nós pedimos às Farc acesso aos reféns, mas não tivemos resposta", disse. Ele conta que há muito tempo o CICV não tem acesso aos reféns na Colômbia e diz que prefere não especular sobre o estado de saúde de Ingrid. "Nossa avaliação é de que toda a informação sobre Ingrid deve ser tratada com muita cautela. Não temos nada de concreto sobre seu estado de saúde."
(Com Jamil Chade, de O Estado de S. Paulo)
www.estadao.com.br/internacional/not_int150503,0.htm
Polícia aguarda que pai de Isabella se entregue nesta quinta
SÃO PAULO - Alexandre Nardoni, 29, e sua atual mulher, Anna Carolina Trota Peixoto Jatobá, 24, devem se entregar nesta quinta-feira. Na noite desta quarta, o juiz Mauricio Fossen, da 2ª Vara do Júri do Fórum de Santana decretou a prisão temporária do casal .
Alexandre Nardoni é pai de Isabella de Oliveira Nardoni, 5, que, segundo a polícia, foi jogada pela janela do sexto andar do apartamento dele na noite de sábado. O casal, suspeito do crime, ficará preso por 30 dias, que podem ser prorrogáveis por mais 30. O juiz determinou ainda o sigilo do inquérito policial. Isso significa que a polícia não deverá divulgar mais informações sobre o andamento das investigações.
O pedido de prisão foi feito pelo delegado Calixto Calil Filho, do 9º Distrito Policial, que preside o inquérito policial, após parecer favorável do Ministério Público. O delegado descartou a possibilidade de queda acidental da menina e afirmou que ela foi atirada pela janela.
Nardoni afirmou à polícia que alguém entrou no apartamento e jogou sua filha. Ele afirmou que seria um assaltante. A um policial que atendeu a ocorrência no sábado, Nardoni disse ter visto o suposto agressor . Mas, segundo o PM, ele não soube descrever as características físicas do criminoso e afirmou tê-lo visto de costas. Um vizinho contou como foi a reação do pai e da mulher dele após a morte da menina.
- Que a Justiça seja feita agora - disse ela ao deixar a delegacia, sem dar detalhes do depoimento à polícia
Segundo investigadores, Ana Carolina tentava obter aumento no valor da pensão paga por Nardoni à Isabella. Seu relacionamento com Anna Carolina Jatobá também não seria bom.
Foram feitos ainda cálculos para determinar a trajetória que o corpo teria feito, a partir do momento que foi lançado da janela até o chão. Com uma boneca de pano, os peritos fizeram novo teste no térreo, para saber se a trajetória conferia. Os PMs Jonaldo e Josenilson, que encontraram o corpo, ajudaram na simulação. Josenilson saiu chorando.
- A intenção é procurar indícios de ordem material para completar o laudo - afirmou o perito José Antonio de Moraes, acrescentando que as luzes fluorescentes podem identificar rastros que não seriam perceptíveis a olho nu.
De acordo com peritos, a tela de proteção de um dos quartos foi rasgada com objeto cortante, descartando a hipótese de queda acidental.
Na terça-feira, o advogado de Alexandre Nardoni afirmou que a mulher dele, Anna Carolina Trota Jatobá, teria perdido as chaves do imóvel e, além disso, chaves dos apartamentos ficavam na portaria do prédio.
O delegado Calil Filho reafirmou que duas testemunhas ouviram uma criança gritar: "Pára, pai. Pára, pai", no horário em que ocorreu o crime.
- Era um pedido de socorro. Pára, pai, pára, pai, é porque o pai estava fazendo alguma coisa de errado com ela - comenta o delegado.
Advogados de Nardoni reinterpretaram a frase e disseram que a menina poderia estar pedindo socorro ao pai.
Uma moradora de um prédio em frente teria ouvido uma calorosa discussão, vinda do apartamento de Nardoni, naquele horário. Vizinhos teriam comentado que Nardoni e sua atual mulher brigavam com freqüência. Foram ouvidos moradores do Edifício London e um casal que morava no antigo prédio onde a família residia até janeiro passado. Um dos policiais militares que atendeu a ocorrência no dia do crime também prestou depoimento. Até agora, 11 pessoas foram ouvidas.
Investigadores apuraram também que a atual mulher e a mãe de Isabella também já haviam se desentendido.
http://oglobo.globo.com/sp/mat/2008/04/03/policia_aguarda_que
_pai_de_isabella_se_entregue_nesta_quinta-426665999.asp
2 de abr. de 2008
Base e oposição igualam 3º mandato é golpe de Estado
Cúpula da Otan começa hoje em clima de Guerra Fria
MARCELO NINIO da Folha de S. Paulo
As divergências sobre o ritmo e a profundidade com que a Otan deve se ampliar para o leste dominam a cúpula anual da aliança militar ocidental, revivendo tensões da Guerra Fria. Entre os líderes presentes à reunião, que começa hoje em Bucareste, estarão o americano George W. Bush e o russo Vladimir Putin --ambos em sua última participação no encontro como presidentes.
A Rússia não integra a Otan, mas participa de um conselho paralelo à aliança e de suas cúpulas desde o fim da União Soviética, em 1991.
Diplomatas dos 26 países-membros buscavam ontem uma fórmula que acomodasse as posições divergentes: de um lado, os Estados Unidos defendem conceder à Ucrânia e à Geórgia o status de pré-candidatas; de outro, países europeus como Alemanha e França consideram o passo prematuro, enquanto a Rússia ameaça retaliar à chegada da organização atlântica a suas fronteiras.
Alegando não ser "o momento certo", a Alemanha já sinalizou que não apoiará o desejo americano de convidar as duas ex-repúblicas soviéticas para o plano de adesão (MAP, na sigla em inglês), um estágio preparatório para a entrada na aliança. Como as decisões na Otan são tomadas por consenso, a oposição alemã representa um veto. Ontem, a França indicou que está do lado dos alemães.
A Alemanha alega que falta estabilidade política na Geórgia, com conflitos separatistas e repressão do Estado à oposição. No caso da Ucrânia, o que falta é apoio popular à Otan. Em uma pesquisa recente, menos de 20% dos ucranianos se disseram a favor da entrada do país na aliança.
A sombra de Moscou, entretanto, é visível na postura alemã. Entre os membros mais importantes da União Européia, a Alemanha foi o país que mais demonstrou, nos últimos anos, disposição de levar em consideração as preocupações de segurança da Rússia. Berlim teme que a aproximação prematura de Ucrânia e Geórgia feche as portas do Kremlin à colaboração em assuntos delicados, como desarmamento, e as torneiras do gás que consome -a maior parte dele, russo.
Afeganistão
Não faltarão temas controversos na agenda da cúpula. Criada em 1949 para fazer frente ao bloco socialista, a aliança militar se reúne hoje em um país que já fez parte da esfera de influência soviética para discutir uma nova ampliação rumo ao leste. Outro assunto que ocupará o topo da agenda é o Afeganistão, onde a Otan tem cerca de 45 mil soldados. O número é insuficiente, segundo os EUA, que pressionam os aliados para enviar mais tropas.
Ontem o premiê da França, François Fillon, disse que o país poderá enviar "algumas centenas" de soldados a mais, para se juntarem aos 1.500 que já tem no Afeganistão. EUA, Canadá e Reino Unido têm enfatizado aos aliados a importância de reforçar o contingente para conter o ressurgimento do Taleban, mas a maioria dos países esbarra na resistência da opinião pública e da oposição.
Durante a cúpula de Bucareste, a Otan deverá formalizar o convite a mais três países, Croácia, Albânia e Macedônia.
Embora a adesão à Otan de países do Leste Europeu seja sempre acompanhada de tensões com a Rússia, um convite à Ucrânia é visto por Moscou como um desafio explícito a seu espaço de influência e uma ameaça ao equilíbrio de forças na Europa. Alheio às advertências do Kremlin, Bush evitou meias palavras ontem na escala que fez na Ucrânia, antes de desembarcar em Bucareste.
"Ajudar a Ucrânia a se mover rumo à adesão à Otan é do interesse de todo membro da aliança e ajudará a segurança e a liberdade na região", disse o presidente americano em Kiev, ao lado do presidente ucraniano, Viktor Yushchenko. "Conversei com os líderes, e eles me garantiram que a Rússia não teria veto nisso. Espero que eles mantenham a palavra."
O vice-chanceler da Rússia, Grigory Karasin, reagiu ao encontro em Kiev afirmando que a entrada da Ucrânia na Otan gerará "uma profunda crise" entre os dois países. Ele não quis especificar as ações que Moscou tomaria, mas parlamentares russos sugeriram que a Rússia pode cancelar o Tratado de Amizade, documento que demarcou a fronteira com a Ucrânia após a dissolução da União Soviética, em 1991.
O secretário-geral da Otan sugeriu ontem que a saída para o dilema é uma fórmula que permita a americanos e alemães cantarem vitória sem dar a impressão de que o veto russo funcionou. Apesar de dizer que a adesão de Ucrânia e Geórgia é uma "questão de tempo", Jaap de Hoop Scheffer não descartou um adiamento. Mesmo com o processo "congelado", disse, os dois países continuariam sendo vistos como candidatos potenciais.
www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u388087.shtml