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7 de mai. de 2008

Josef Fritzl diz que não é um mostro

VIENA, Áustria - O austríaco Josef Fritzl, que manteve sua filha presa em um porão durante 24 anos e teve sete filhos com ela, disse nesta quarta-feira que não é um monstro, em uma mensagem divulgada pelo seu advogado e publicada no jornal local "Osterreich".

Na mensagem, Fritzl diz que poderia ter matado todos, pois nada teria acontecido e ninguém ficaria sabendo. Ele também alega que graças a ele, sua filha e neta, de 19 anos, foi hospitalizada.

A menina, que é a filha mais velha de Elisabeth com o pai, foi internada em um hospital em estado crítico no último dia 19. Sua entrada ao centro médico deu início a uma investigação sobre o paradeiro de sua mãe, uma vez que a menina não tinha marcas de vacinas no braço e seu organismo era frágil.

Também nesta quarta-feira, Fritzl foi interrogado pela primeira vez pela promotoria de Sankt Poelten, na região Leste do país, onde está em prisão preventiva. O próximo interrogatório será dentro de duas semanas, quando os relatórios da polícia sobre a investigação estarão prontos.

A polícia prossegue com os trabalhos no porão, onde o aposentado manteve a filha trancada por 24 anos. Da relação incesta do casal, nasceram sete filhos.

Prisão De acordo com o diretor da prisão onde Fritzl está detido, o aposentado divide a cela com um outro criminoso. Ainda segundo o diretor, Fritzl se recusa a usar sua hora diária de caminhada a que tem direito dentro do presídio.

O advogado de defesa disse que vai defender a falta de responsabilidade penal de seu cliente, alegando que ele sofre de problemas psicológicos. Se condenado, Josef Fritzl pode pegar prisão perpétua se for provado que o falecimento de um de seus filhos foi provocado por negligência. Em caso contrário, ele enfrentaria a possibilidade de pegar uma pena de apenas 15 anos de prisão por estupro ou 10 anos por seqüestro. As condenações não são acumulativas.

Ministra A ministra austríaca da Justiça considera que as autoridades foram ingênuas em relação ao caso, principalmente quando se trata da questão em que Elisabeth teria desaparecido porque teria entrado para uma seita. Esta é a primeira vez que um membro do governo admite falhas na forma de lidar com o caso.

Em 1984, Elisabeth Fritzl então com 18 anos, teria sito atraída pelo pai para o porão da casa. No local, seu pai a teria dopado e a encarcerado, passando então a cometer abusos sexuais contra ela. Destas relações, Elisabeth teve sete filhos, sendo que três foram retirados do porão e passaram a ser criados pela avó, outros três ficaram com ela e um morreu após nascer.

Josef dizia a mulher Resemarie que a filha havia deixado as crianças na porta de casa junto com uma carta em que dizia não ser capaz de criá-los. Uma das crianças que vivia com o casal, foi legalmente adotada por Fritzl e as outras duas foram autorizadas a ficar com ele.

Segundo a ministra, a adoção de crianças por parentes são menos fiscalizadas do que as demais. Em geral, os pais adotivos são exaustivamente checados e isso inclui a averiguação do prontuário criminal.

No caso de Fritzl, a imprensa e as entidades beneficentes questionam a autorização que ele teve para cuidar das crianças, uma vez que ele já havia sido condenado por estupro na década de 1960.

Conforme o juiz responsável pelo processo de adoção, ele não viu necessidade de pedir o prontuário criminal do pai-avô das crianças.

(FP)

Com agências internacionais
www.otempo.com.br/emtempo/noticias/?IdNoticia=27939
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Longa disputa entre Obama e Hillary preocupa Partido Democrata

da France Presse

Os dirigentes democratas começam a se preocupar sobre a capacidade do partido para enfrentar o provável candidato republicano John McCain nas eleições presidenciais americanas, num momento em que Barack Obama se aproxima da indicação mas Hillary Clinton não dá sinais de desistência.

Existem temores de que a dura e longa disputa entre Obama e Hillary, com outras consultas pela frente, deixem o partido despreparado para as eleições.

O legislador Rahm Emanuel, um dos arquitetos da vitória que permitiu aos democratas tomar controle do Congresso em 2006, disse à National Public Radio que até o final de maio "vamos ter nosso candidato e vamos ter um partido unido".

Contudo, Emanuel, um dos quase 800 "superdelegados" com direito a escolher o candidato democrata, disse que irá depender muito de como o eventual derrotado assumirá sua derrota.

História

A história respalda o ponto de vista do legislador. Em 1976, o Ronald Reagan lutou na convenção republicana e deixou o presidente Gerald Ford demasiado fraco para a reeleição. Quatro anos depois, o senador Edward Kennedy fez o mesmo com o presidente Jimmy Carter, que logo foi derrotado por Reagan.

O perdedor da campanha das primárias deste ano "terá um papel essencial na união do partido e na preparação para a mais importante eleição dos últimos 50 anos", disse Emanuel.

Obama confia na vitória, após seu triunfo na Carolina do Norte e da apertada vitória de Hillary em Indiana.

Esse resultado deixou o senador por Illinois a apenas 183 delegados para os 2.025 necessários para obter a nomeação.

Persistência

Contudo, a ex-primeira-dama não dá sinais de que irá desistir.

"Continuo na disputa até que haja um candidato" designado, disse Hillary na Virgínia Ocidental, pequeno Estado rural dos Apalaches onde espera vencer as primárias da próxima terça-feira.

"Irei trabalhar o mais duro possível para ser a candidata", acrescentou.

George McGovern, uma respeitada personalidade democrata e candidato à presidência em 1972, que indicou seu apoio à Hillary em outubro, pediu que a senadora retire seu nome da corrida presidencial em prol da unidade do partido.

Por sua vez, o presidente do Partido Democrata, Howard Dean, criticou, na rede MSNBC, o rival republicano, John McCain.

"Veja, Jonh McCain é um desastre para o país. Ele é o terceiro mandato de Bush. Ele se equivocou no Iraque. Se equivocou nos seguros de saúde. Se equivocou na economia. Essas são as coisas que as pessoas realmente consideram nesta eleição", afirmou.

www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u399571.shtml

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6 de mai. de 2008

Pai sabia que Isabella estava viva ao arremessá-la, diz promotor

Confira os principais pontos da entrevista de Francisco Cembranelli. Discussão do casal, que desencadeou o crime, foi motivada por ciúme, diz o promotor.
Silvia Ribeiro e Luciana Bonadio Do G1, em São Paulo

O promotor Francisco Cembranelli denunciou nesta terça-feira (6) o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá por homicídio doloso triplamente qualificado (meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e para ocultar outro crime). Segundo ele, o casal sabia que Isabella estava com vida ao arremessá-la pela janela. "A intenção foi dar solução a um problema que já existia", disse ele.

Caso Isabella: cobertura completa

Logo após apresentar a denúncia à Justiça, Cembranelli justificou a decisão em uma longa entrevista coletiva à imprensa na sede do Ministério Público de São Paulo, no Centro da capital. Confira a seguir os principais pontos da entrevista.

Crime

Segundo a denúncia, Anna Carolina Jatobá esganou Isabella e Alexandre Nardoni arremessou a criança do 6º andar. “Ambos mataram”, disse o promotor. Antes do crime, afirmou Cembranelli, houve uma “discussão acalorada” do casal motivada por ciúme de Anna Jatobá. Neste momento, a criança foi ferida por um objeto contundente na testa. Depois, a madrasta apertou o pescoço da vítima com as mãos. Cembranelli diz que, sabendo que a criança estava viva, Nardoni jogou Isabella pela janela, incentivado pela esposa.

Indícios

O promotor preferiu não apontar uma prova ou um indício específico que prove que o casal matou a criança. Defendeu apenas que há “indícios suficientes da autoria do crime”. “O acervo de provas é bastante rico, obtido por meio de uma criteriosa investigação, com mais de 60 testemunhas e laudos de qualidade”, afirmou ele.

Sangue e vômito

A denúncia não faz referência ao sangue encontrado no carro de Alexandre Nardoni tampouco a uma possível mancha de vômito na camiseta do pai da menina, fatos que não-conclusivos nos laudos periciais. Para o promotor, o sangue é de Isabella e isso será provado no curso da instrução do processo. “Há provas de que o sangue é de Isabella, e não é só o DNA. É sangue recente, peritos estão sendo chamados para esclarecer isso.”

Terceiro suspeito

O promotor descartou a existência de um terceiro suspeito com base no trabalho da perícia, testemunhos de moradores e do porteiro do prédio e na ação de 30 policiais militares que fizeram uma varredura no prédio e em suas redondezas e nada encontraram. Cembranelli acrescentou que o apartamento do casal não foi invadido.

Motivação

Francisco Cembranelli diz que a discussão entre Alexandre Nardoni e Anna Jatobá, que teria antecedido a morte de Isabella, foi provocada pelo ciúme da madrasta. “No meio da discussão a menina foi agredida (o que provocou um ferimento leve).”

Cena do crime

Para o promotor, a cena do crime foi alterada pelo casal que também responderá por fraude processual. “Enquanto o indiciado Alexandre descia pelo elevador, sua esposa Anna Carolina permanecia no imóvel alterando o local do crime, como já havia feito pouco antes de a ofendida ser jogada, apagando marcas de sangue, mudando objetos de lugar e lavando peça de roupa.” Cembranelli ainda afirmou que alguém tentou apagar manchas de sangue no carro de Alexandre, captadas apenas com equipamentos da perícia.

Testemunhas

Dezesseis testemunhas foram arroladas na denúncia. Entre elas, a mãe de Isabella, Ana Carolina de Oliveira, a avó da criança, Rosa Maria Cunha de Oliveira, a delegada Renata Pontes, peritos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal e um policial que esteve no local no dia do crime. O funcionário de um bar da Zona Norte em que a irmã de Alexandre estava na noite do crime e que teria ouvido uma frase comprometedora de Cristiane Nardoni – o que ela nega – também deve ser ouvido.

Júri e Condenação

“Se dependesse da minha vontade, antes do final do ano a sociedade já teria uma resposta”, disse o promotor quanto a um possível julgamento do casal. Entretanto, ele nota que, se a prisão preventiva não for decretada, a defesa deve entrar com recursos para postergar o julgamento. “Faço uma previsão sombria de que demorará muito tempo para julgá-los.” Caso o casal vá à júri e for condenado, a pena mínima para homicídio doloso qualificado é de 12 anos de prisão. Segundo o promotor, Nardoni poderia ter uma pena maior se for considerada a agravante de crime contra descendente. Cembranelli sustenta que, se o julgamento fosse na semana que vem, provaria a culpa e condenaria o casal .

Prisão preventiva

Francisco Cembranelli deu parecer favorável ao pedido de prisão preventiva feito pela polícia contra o casal. Para ele, a prisão do pai e da madrasta trará “tranqüilidade ao processo”. “Eu descrevo o mau comportamento do casal, alterando a cena do crime, o que mostra que eles não estão comprometidos com o esclarecimento da verdade.” O promotor prevê que, caso eles fiquem soltos, o processo pode se estender por cinco ou seis anos.

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL455595-5605,00-PAI+SABIA+QUE+ISABELLA+ESTAVA+VIVA+AO+ARREMESSALA+DIZ+PROMOTOR.html

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Presidente do PSDB diz que decisão foi democrática

Executiva aprovou realização da reunião que indicou Alckmin. E comprometeu-se a acatar decisão do diretório municipal.
Roney Domingos Do G1, em São Paulo

O presidente do diretório municipal do PSDB, José Henrique Reis Lobo, disse que a escolha do nome do ex-governador Geraldo Alckmin como pré-candidato a prefeito de São Paulo obedeceu a um amplo processo de consulta ao partido e a uma resolução do diretório nacional do PSDB. "Fizemos cerca de 40 reuniões com as várias instâncias", afirmou.

Lobo contou que a Executiva do partido aprovou na semana passada (28) a reunião realizada nesta segunda-feira (5) em que foi anunciado o nome de Alckmin com o pré-candidato a prefeito.

Segundo ele, na votação realizada no dia 28 foi colocada a idéia de uma reunião do diretório municipal para indicar o nome do candidato do partido. A proposta obteve apoio de 15 dos 17 integrantes. Os vereadores Gilberto Natalini e Adolfo Quintas - defensores da aliança com o Democratas - se ausentaram. "Houve votação na executiva no sentido de que deveríamos convocar o diretório e a executiva apoiaria a decisão que nós tomássemos", disse Lobo.

Acusado por 11 vereadores e pelo secretário municipal Walter Feldman de ter tomado medida autoritária ao indicar o nome de Alckmin para a convenção, Reis Lobo recomendou aos que se opuseram ao resultado da reunião que leiam a resolução do diretório nacional do PSDB. Segundo ele, essa resolução diz expressamente que cabe à executiva do partido submeter à convenção o nome do candidato a prefeito.

Agora, Alckmin figura como pré-candidato do partido à Prefeitura de São Paulo. Seu nome terá de ser confirmado na convenção , em junho. Militantes do PSDB insatisfeitos com a candidatura Alckmin podem tentar apresentar nova tese para ser debatida e votada durante a convenção. Há possibilidade também do lançamento de uma nova candidatura, alternativa à de Alckmin.

Durante discurso emocionado, ao final do qual foi carregado no colo pelos militantes, Reis Lobo afirmou que não cedeu às pressões das alas do partido a favor e contra a candidatura própria, com Alckmin à frente.

"Eu sempre disse, embora alguns fingissem não entender, que esgotada a fase de conversação com o Democratas, o PSDB anunciaria a sua decisão a respeito da posição do partido relativamente à questão sucessória no âmbito municipal." O presidente do PSDB pregou a unificação do partido em torno da candidatura Alckmin e pediu "respeito à hierarquia."

Pouco antes de o presidente do diretório municipal do PSDB anunciar oficialmente a candidatura Alckmin , militantes pró e contra a candidatura própria se revezaram ao microfone. Boa parte da militância concentrada do 19º andar do antigo edifício Joelma, no centro da cidade, hostilizou os vereadores e o secretário de Esportes, Walter Feldman, que se colocaram contra a candidatura própria.

Cálculo político

Um dos últimos a falar foi deputado federal José Aníbal, pró-Alckmin. O deputado afirmou que a aliança com Kassab e a aceitação do acordo que colocaria Alckmin como candidato a governador em 2010 seria "excesso de cálculo político". E complementou: "Nós perdemos duas eleições por causa disso. O cálculo político fica com um olho aqui, outro em 2010 e outro em 2014 e não nos leva a lugar nenhum. Nós perdemos duas eleições por causa disso."

O encontro foi agitado. Em um dos momentos mais tensos, o presidente Lobo deslocou-se até o centro de uma roda de militantes pró-Alckmin que impedia o vereador Dalton Silvano de falar. "Quem falou de holerite aí?", perguntou Silvano, que defendia a aliança com o Democratas. Após a intervenção de Lobo, que pediu silêncio aos militantes, o vereador voltou a falar. "Tô feliz porque faz tempo que não vejo um debate caloroso desse", afirmou.

O vereador Tião Farias, único que posicionou-se a favor da candidatura própria, afirmou que a conversa com o Democratas ia bem até que o prefeito Gilberto Kassab fechou aliança com o PMDB do ex-governador Orestes Quércia. "Estávamos em um bom nível, mas colocaram o Quércia na sala. Estamos perdendo tempo", afirmou.

O secretário municipal Walter Feldman tentou convencer os militantes de que se o PSDB não tiver candidatura forte em 2010, com Alckmin para governador, não será possível alcançar projeção nacional. Mas foi vaiado ao dizer que a "unidade do PSDB se dá em torno da desistência da candidatura de Geraldo Alckmin."

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL454479-5601,00-PRESIDENTE+DO+PSDB+DIZ+QUE+DECISAO+FOI+DEMOCRATICA.html

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Pai e madrasta de Isabella serão denunciados hoje à Justiça

Promotor Francisco Cembranelli disse que iria entregar denúncia à Justiça nesta terça. Pedido de abertura de processo será enviado junto com pedido de prisão preventiva.
Do G1, em São Paulo

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella, deverão ser denunciados à Justiça nesta terça-feira (6) pelo promotor do Ministério Público de São Paulo, Francisco Cembranelli.

Caso Isabella: cobertura completa

O pedido de abertura de processo judicial será encaminhado ao juiz juntamente com o parecer do promotor sobre o pedido de prisão preventiva feito pela polícia no inquérito. Se a denúncia for aceita pela Justiça, Alexandre Anna Carolina se tornarão réus no processo. Após a entrega da denúncia, está programada uma entrevista coletiva com o promotor. Isabella morreu ao cair do 6º andar do prédio onde morava o casal, na Zona Norte de São Paulo. Desde o início da investigação, a polícia descartou a possibilidade de uma terceira pessoa ter invadido o apartamento da família e matado a menina. Essa é a tese levantada pela defesa, que, no entanto, admitiu não saber quem poderia ter cometido o crime. “Não temos um suspeito”, afirmou o advogado Marco Pólo Levorin.

Visita de conselheiros
Na tarde da segunda-feira (5), duas representantes do Conselho Tutelar de Guarulhos, unidade Centro, visitaram os filhos de Alexandre e Anna Carolina. Os meninos têm 1 e 3 anos. O casal e os filhos estão no apartamento do pai de Anna Carolina, em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo. De acordo com a conselheira Niusa Alves, o trabalho do conselho é garantir que os direitos das crianças sejam atendidos. Após aproximadamente duas horas de visita, as representantes do Conselho Tutelar deixaram o apartamento da família Jatobá e disseram que as crianças estavam bem, física e psicologicamente. Segundo as conselheiras, os meninos estão em um ambiente tranqüilo. Elas não quiseram dar mais detalhes da visita e afirmaram que devem voltar ao local outras vezes. Agentes do Conselho tentaram visitar os dois filhos do casal no dia 30 de abril, mas foram atendidos apenas pelo interfone por Alexandre. Ele disse que as crianças estavam bem e que não receberia a equipe. No dia 2, no entanto, a defesa de Alexandre e Anna Carolina autorizou a visita.
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL454163-5605,00-PAI+E+MADRASTA+DE+ISABELLA+SERAO+DENUNCIADOS+HOJE+A+JUSTICA.html Envie um e-mail para mim!

5 de mai. de 2008

Republicanos acompanham de perto as polêmicas de Obama

Colaboração para a Folha Online

Os republicanos estão comemorando as novas polêmicas que afetam a campanha do democrata Barack Obama. À frente da corrida democrata pela nomeação, ele é o mais provável candidato a enfrentar o candidato republicano, John McCain.

E com Obama sendo duramente atacado por sua rival, Hillary Clinton, ele entraria para a campanha para a eleição geral de 4 de novembro com sua figura política enfraquecida e com um histórico cheio de polêmicas, equívocos e frases controversas para serem exploradas por McCain --que, com a nomeação garantida, aproveita este tempo para fortalecer a sua plataforma eleitoral e municiar-se contra o rival.

"Ele está sendo o alvo de duras críticas. Os colegas do lado republicano do corredor estão felizes em deixar Hillary fazer isso? Absolutamente", afirma Reed Galen, republicano que trabalhou na campanha presidencial de Bush.

Entre os republicanos e independentes que tendem a votar nos democratas, o mau momento de Obama --com a derrota na Pensilvânia e a volta da polêmica em torno de Jeremiah Wright -- causa dúvidas sobre porque ele não consegue vencer Hillary depois de um período de primárias de 16 meses e se está preparado não apenas para enfrentar McCain pela Presidência, mas também para fazer frente às exigências da Casa Branca.

Com um democrata enfraquecido na batalha pelo novo governo norte-americano, fica mais fácil para o Partido se preparar para uma eleição que parecia certa para os democratas --após dois mandatos do cada vez mais impopular presidente dos EUA, George W. Bush. E a equipe de campanha de McCain já anota a série de vulnerabilidades de Obama que pode explorar num possível embate entre os dois.

Phil Musser, estrategista republicano que apoiava o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney disse sobre os recentes problemas de Obama: "Estas são feridas auto-infligidas e muito danosas e podem ser curadas com muitas conversas felizes na convenção democrata [que define oficialmente o candidato democrata], mas serão expostas novamente na campanha pelas eleições gerais".

Eles também esperam que os equívocos de perdas de Obama tenham afetado seu apelo diante de alguns eleitorados importantes nas eleições gerais, ou pelo menos tenham plantado impressões negativas que serão ainda mais acentuadas pela equipe de McCain.

"Toda vez que Hillary consegue uma vitória nestes Estados com trabalhadores industriais, isso mostra que Obama está realmente perdendo os democratas de Reagan [Ronald Reagan, presidente dos EUa entre 1981 e 1989]", afirma John Feehery, republicano que trabalhava na Casa Branca.

"Isso dá aos republicanos grande conforto e uma grande estratégia: ir atrás destes democratas de Reagan", completa.

Defesa

Os democratas reconhecem que a corrida prolongada pela nomeação pode ter efeitos nas chances do Partido para as eleições gerais, mas, ao menos oficialmente, negam qualquer afirmação de que o dano será duradouro. Eles dizem que seis meses --período entre o final do ciclo de primárias, em 3 de junho e a eleição, em 4 de novembro-- será tempo suficiente para que Obama se recupera dos intensos e contínuos ataques democratas e argumentam que é irreal imaginar Obama sairia completamente ileso de sua primeira grande campanha.

"Não foram grandes semanas, mas alguns destes problemas emergiriam de qualquer forma e é melhor que aconteça agora do que em novembro", afirma Mark Mellman, pesquisador democrata que trabalhou para a campanha de John Kerry.

Ele disse ainda que Obama passou por um período de aprendizado e que ele se beneficiará disso caso seja o nomeado democrata para a candidatura presidencial.

Para o assessor democrata Erik Smith, "Há vantagem em deixar tudo isso para trás e não ter ter nenhuma surpresa em outubro". Não há dúvidas de que a equipe de Obama acompanha ainda mais de perto seus deslizes e prepara fortes argumentos para defendê-lo de qualquer dano nas urnas.

Com Associated Press

www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u398582.shtml

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