VIENA, Áustria - O austríaco Josef Fritzl, que manteve sua filha presa em um porão durante 24 anos e teve sete filhos com ela, disse nesta quarta-feira que não é um monstro, em uma mensagem divulgada pelo seu advogado e publicada no jornal local "Osterreich".
Na mensagem, Fritzl diz que poderia ter matado todos, pois nada teria acontecido e ninguém ficaria sabendo. Ele também alega que graças a ele, sua filha e neta, de 19 anos, foi hospitalizada.
A menina, que é a filha mais velha de Elisabeth com o pai, foi internada em um hospital em estado crítico no último dia 19. Sua entrada ao centro médico deu início a uma investigação sobre o paradeiro de sua mãe, uma vez que a menina não tinha marcas de vacinas no braço e seu organismo era frágil.
Prisão De acordo com o diretor da prisão onde Fritzl está detido, o aposentado divide a cela com um outro criminoso. Ainda segundo o diretor, Fritzl se recusa a usar sua hora diária de caminhada a que tem direito dentro do presídio.
O advogado de defesa disse que vai defender a falta de responsabilidade penal de seu cliente, alegando que ele sofre de problemas psicológicos. Se condenado, Josef Fritzl pode pegar prisão perpétua se for provado que o falecimento de um de seus filhos foi provocado por negligência. Em caso contrário, ele enfrentaria a possibilidade de pegar uma pena de apenas 15 anos de prisão por estupro ou 10 anos por seqüestro. As condenações não são acumulativas.
Segundo a ministra, a adoção de crianças por parentes são menos fiscalizadas do que as demais. Em geral, os pais adotivos são exaustivamente checados e isso inclui a averiguação do prontuário criminal.
No caso de Fritzl, a imprensa e as entidades beneficentes questionam a autorização que ele teve para cuidar das crianças, uma vez que ele já havia sido condenado por estupro na década de 1960.
(FP)
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