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1 de maio de 2008

Juiz e promotor do caso Isabella analisam inquérito neste feriado

da Folha Online

O juiz Maurício Fossen e o promotor Francisco José Taddei Cembranelli, do 2º Tribunal do Júri do Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo, analisam neste feriado prolongado do Dia do Trabalho as 1.200 páginas do inquérito produzido pela Polícia Civil a respeito da morte de Isabella Nardoni, 5. O inquérito foi entregue ontem (30).

Nas próximas segunda-feira ou terça, Cembranelli deve oferecer denúncia contra o casal, e Fossen será o responsável pela análise do documento. O promotor sinaliza que concordará com as conclusões da Polícia Civil e acusará o pai de Isabella, Alexandre Nardoni, 29, e a mulher dele e madrasta da menina, Anna Carolina Jatobá, 24, de homicídio qualificado.

Se a ação penal tiver início, o casal passará de suspeito e indiciado a acusado. Caso isso ocorra, Nardoni e sua mulher passarão a ser réus.

O procedimento de abertura do processo deve ocorrer paralelo à análise do pedido de prisão preventiva do casal entregue pela Polícia Civil à Justiça, com o inquérito. No pedido de prisão, a Polícia Civil afirmou temer que, livres, Nardoni e Jatobá fujam de São Paulo ou alterem as provas que constam do inquérito.

Na última segunda-feira (28), investigadores do 9º DP (Carandiru), que elaborou o inquérito sobre a morte de Isabella, informaram à Justiça que receberam informações sobre um plano de Nardoni e Jatobá de deixar o país. Os dois, conforme a denúncia, iriam para Portugal. Os advogados e familiares do casal negam a acusação.

Caso a prisão preventiva seja concedida, Nardoni e Jatobá podem permanecer isolados até o eventual julgamento do processo. Em abril, os dois passaram oito dias presos em delegacias de São Paulo, por força de um mandado de prisão temporária expedido por ordem do mesmo juiz, Fossen. O casal acabou solto por um habeas corpus concedido pelo desembargador Caio Eduardo Canguçu de Almeida, do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo.

Ontem (30), a mãe de Isabella, Ana Carolina Cunha de Oliveira, participou de uma missa para marcar o primeiro mês da morte da menina, no cemitério Parque dos Pinheiros, no Jaçanã (zona norte de São Paulo). Depois da cerimônia, Oliveira levou flores e deixou uma boneca no túmulo da filha.

Prisão

Em entrevista, o advogado Marco Polo Levorin, um dos responsáveis pela defesa do pai e da madrasta de Isabella, afirmou ontem que não acredita que a Justiça irá decretar a prisão preventiva dos dois e, por isso, nem pensa em pedir um habeas corpus preventivo.

Levorin reafirmou ontem que a Polícia Civil cometeu irregularidades na condução do inquérito e nunca investigou a hipótese defendida pelo casal, ou seja, a de que uma terceira pessoa foi ao apartamento em que os dois moravam, agrediu, asfixiou e jogou Isabella pela janela. Para os dois, essa pessoa pode ter sido um ladrão ou um desafeto.

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