Por Alistair Lyon
BEIRUTE (Reuters) - O líder sunita libanês Saad al-Hariri prometeu na terça-feira que não haveria nenhuma rendição política ao que descreveu como uma tentativa do Hezbollah e dos aliados sírios e iranianos do grupo de impor sua vontade ao país por meio da força.
Em combates responsáveis por empurrarem o Líbano para a beira de uma nova guerra civil, o Hezbollah, um grupo xiita, e seus aliados da oposição expulsaram de Beirute e das montanhas a leste da capital os simpatizantes do governo libanês, liderado pelos sunitas.
"Eles estão exigindo simplesmente que nos rendamos. Eles querem que Beirute hasteie a bandeira branca. Isso é impossível", afirmou Hariri em uma entrevista coletiva, aparecendo em público pela primeira vez desde que o Hezbollah, na semana passada, tomou conta de áreas da capital libanesa dominadas pelos sunitas.
"Eles não conseguirão obter a assinatura de Saad al-Hariri em um documento de rendição aos regimes iraniano e sírio."
Na terça-feira, o Líbano viveu seu dia mais calmo desde o início dos conflitos, no dia 7 de maio, quando o premiê Fouad Siniora, aliado dos EUA, decretou como ilegal a rede de telecomunicações do Hezbollah e demitiu o chefe da segurança do aeroporto de Beirute, uma figura próxima do grupo xiita.
O Hezbollah disse que as medidas representavam uma declaração de guerra e rapidamente tomou conta de grande parte de Beirute, esmagando os milicianos ligados ao governo sunita. Depois, o grupo entregou as áreas conquistadas ao Exército libanês.
O canal Future TV, de Hariri, obrigado a interromper suas transmissões durante os conflitos, voltou ao ar pouco antes da entrevista coletiva dele.
Hariri, filho do ex-primeiro-ministro libanês assassinado Rafik al-Hariri, disse que as duas medidas, transformadas agora em letra morta, não significavam nenhum tipo de ameaça ao Hezbollah.
http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRB5159420080513
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