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18 de ago. de 2008

Santa Cruz rejeita interferência de Morales

O prefeito (governador) do departamento (Estado) de Santa Cruz, na Bolívia, Rubén Costas, afirmou que não aceitará que o governo central do país assuma o comando da polícia local depois da renúncia do comandante, Wilge Obleas, no domingo.

Obleas pediu o afastamento do cargo depois de um violento confronto, no qual foi inclusive agredido, entre policiais deficientes e membros da oposição ao governo do presidente Evo Morales em Santa Cruz.

Com sua renúncia, o governo central tem a atribuição constitucional de indicaro comandante policial de cada departamento.

No entanto, Costas argumenta que os eleitores de Santa Cruz votaram, em maio passado, pela autonomia do governo central - fato que não é reconhecido porMorales.

"Não aceitarei uma escolha do governo central. O novo comandante será definido com a minha decisão e aprovação", disse Costas num discurso, segundo a imprensa boliviana.

Confronto

O confronto de domingo em Santa Cruz deixou pelo menos 21 pessoas feridas.Os deficientes têm realizado protestos para cobrar do governo o pagamento de uma bonificação anual de três mil pesos bolivianos (cerca de US$ 420).

Costas responsabiliza o presidente pela violência.

"Vamos dizer ao senhor presidente assassino dos bolivianos, o senhor é o responsável, um verdadeiro criminoso. Não respeita mulheres e nem deficientes", afirmou o prefeito.

A atitude de Rubén Costas, líder do departamento mais rico da Bolívia, levou o ministro de governo, Alfredo Rada, a criticá-lo, neste domingo, de acordo com a agência de notícias oficial ABI.

"Quem não respeita as leis e as autoridades não respeita a democracia", disse Rada.

O ministro afirmou ainda que a segurança já foi reforçada nos prédios públicos do Estado nacional em Santa Cruz.

Para ele, os "mesmos grupos radicais" que atuaram na sexta-feira vão pretender "atacar as instituições públicas" nesta semana.

Em contrapartida, Costas pediu aos moradores que fiquem de "vigília" para evitar "ações" do governo central.

Oposição

O novo capítulo da disputa entre oposição e governo ocorre próximo da greve geral anunciada para esta terça-feira em cinco dos nove departamentos (equivalentes a Estados) do país.

Governados pela oposição, Santa Cruz, Tarija, Beni, Pando e Chuquisaca exigem que o governo central volte atrás na decisão de diminuir os repasses das verbas obtidas com a exploração de recursos naturais, inclusive do setor petroleiro.

O governo central diz que diminuiu os repasses aos departamentos para pagar um bônus mensal aos idosos do país.

Juntos, os cinco departamentos representam mais de 50% do PIB (Produto Interno Bruto) da Bolívia.

Além disso, o conflito acontece poucos dias depois do referendo revogatório, realizado no dia 10 de agosto, quando a maioria (67,41%) dos eleitores votou pela continuidade de Morales no cargo - em 2005, ele tinha sido com 53,7% dos votos.

No referendo, os principais opositores ao líder boliviano, como os prefeitos da chamada "meia lua", também foram ratificados. Foram eles, junto com a prefeita de Chuquisaca, Savina Cuellar, que anunciaram a greve desta terça-feira.

Cuellar já foi aliada do governo Morales e hoje forma parte da oposição. Um dia depois do referendo, diferentes analistas ouvidos pela BBCBrasil observaram que aquela votação não resolveria os problemas do país.

Na semana passada, Morales e os prefeitos (governadores) dos cinco departamentos dominados pela oposição fracassaram na tentativa de chegar a um acordo para acabar com os protestos, na primeira tentativa de diálogo entre eles desde a realização do plebiscito.

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/08/18/santa_cruz_rejeita_interferencia_de_morales-547799905.asp

17 de ago. de 2008

Ex-diretor da Petrobras critica idéia de criar nova estatal para o setor

Ex-diretor da Petrobras critica idéia de criar nova estatal para o setor
São Paulo - O professor titular da Universidade de São Paulo e ex-diretor da Petrobras Ildo Luís Sauer é contra a proposta do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, de criar uma estatal específica para administrar a exploração de petróleo na camada pré-sal, onde ocorreram as maiores descobertas recentes de petróleo.

“A proposta que o governo tem veiculado até agora tem pouquíssima chance de funcionar. A idéia de vilipendiar a Petrobras, dizer que a Petrobras, que tudo isso permitiu, não é mais do povo brasileiro, que é preciso criar outra empresa, isso é uma vilania que não pode prosperar”, disse à TV Brasil.

Para o professor, a criação de uma nova estatal neste momento não seria eficiente. “No regime jurídico atual, não é necessário e é perigoso criar uma empresa. Porque nenhuma empresa criada às pressas terá condições de cumprir a tarefa de coordenar a produção desta riqueza em escala e ritmo adequado”.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse no último dia 25 que a proposta de criação de uma estatal específica para administrar o pré-sal não é definitiva. “Eu não desejo que aquilo que eu propus seja uma imposição. Não é. É apenas um ponto de partida”.

Lobão disse que existem outras sugestões, inclusive apresentadas pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. E acrescentou que a comissão interministerial, constituída pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está incumbida de encontrar o melhor caminho.

Fonte: Bruno Bocchini Agência Brasil
http://midiacon.com.br/materia.asp?id_canal=3&id=12507

16 de ago. de 2008

Crise no Zimbábue é principal assunto em cúpula africana

da Efe, em Johanesburgo

A 26ª cúpula de chefes de Estado e de Governo da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) começou neste sábado em Johanesburgo sob o lema de "Crescimento, Desenvolvimento e Criação de Riquezas" mas, como era previsto, predominaram as discussões sobre a crise no Zimbábue.

"A SADC é um importante catalisador para a integração regional, a harmonização de políticas e uma plataforma central que continuará respaldando o renascimento africano", disse em discurso inaugural o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, que ocupa a Presidência rotativa da organização.

Após resumir os objetivos da cúpula, Mbeki destacou que o final das negociações entre o governo e a oposição do Zimbábue "não está longe".

"Esta cúpula nos permitirá atender às partes zimbabuanas para finalizar suas negociações de modo que, juntas, possam trabalhar pela reconciliação nacional", disse Mbeki.

A governamental União Nacional africana do Zimbábue-Frente Patriótica (Zanu-PF) e o opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC), retomaram nesta sexta-feira suas conversas e o organismo para Assuntos de Segurança da SADC anunciou ontem mesmo que um acordo para resolver a crise pode ser assinado durante a cúpula.

Mbeki foi designado pela SADC para mediar as negociações no Zimbábue, imerso em uma profunda crise após a reeleição do presidente Robert Mugabe em eleições rejeitadas pela comunidade internacional.

O governante sul-africano explicou que a cúpula se concentrará em fazer frente à pobreza, aprofundar a democracia em seus Estados-membros e fortalecer a estabilidade da região.

"Como líderes e povos da África Meridional é importante que estejamos conscientes o tempo todo de que, qualquer coisa que façamos ou deixemos de fazer nos levará a levantar vôo ou a afundarmos juntos", declarou o chefe de Estado sul-africano.

www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u434307.shtml

14 de ago. de 2008

EUA enviam ajuda para Geórgia e pressionam Rússia

Avião com mantimento chegou à ex-república soviética; Rice deve discutir hoje crise com Sarkozy
Reuters
WASHINGTON - O exército dos Estados Unidos começou a enviar ajuda humanitária para a Geórgia na madrugada desta quinta-feira,14. A secretária de Estado, Condoleezza Rice, está a caminho da ex-república soviética e deve discutir o conflito no Cáucaso com o presidente francês, Nicolas Sarkozy. Ontem, a Rússia rompeu o cessar fogo estabelecido na véspera com uma operação militar na cidade de Gori, na Geórgia.
O presidente americano, George W. Bush, exigiu que Moscou coloque um ponto final na crise. "Os EUA apóiam o governo democrático da Geórgia. Insistimos que a integridade territorial e a soberania do país devem ser respeitados", disse Bush em entrevista na Casa Branca.
O conflito entre Rússia e Geórgia começou há uma semana, quando tropas russas invadiram a ex-república soviética em defesa da província separatista da Ossétia do Sul. Um acordo de paz foi costurado na quarta-feira por Sarkozy, mas ontem a Geórgia acusou a Rússia de violar a trégua.
Ainda na quarta, o governo da Rússia reconheceu que soldados do país desmontaram e destruíram equipamentos militares encontrados em uma base da Geórgia perto da cidade de Gori, que fica a cerca de 25 quilômetros da região separatista da Ossétia do Sul. Um comunicado divulgado pelas Forças Armadas russas diz que a medida foi tomada para desmilitarizar a região.
Um comboio de cerca de 60 veículos militares russos foi visto também nesta quarta-feira numa estrada ao sul de Gori que leva à capital georgiana, Tbilisi - mas Moscou negou a alegação de que suas forças estivessem avançando rumo à capital. Testemunhas que abandonaram Gori disseram que a cidade tem sido palco de saques e ataques a tiros supostamente realizados por separatistas ossetianos.
Um avião militar americano chegou a Tbilisi com mantimentos e uma segunda carga é esperada para esta quinta-feira. Bush espera que a Rússia permita a entrada de ajuda humanitária na Geórgia e pediu que as linhas de comunicação e transportes do país O conflito na região, vital para o transporte de petróleo e gás do Mar Cáspio para a Europa, irritou os EUA, a União Européia e deixou investidores nervosos.
A Rússia diz que 1,6 mil civis foram mortos na Ossétia do Sul durante o ataque georgiano e que 74 soldados foram mortos, mas não há fontes independentes que confirmem este número. Segundo o governo de Tbilisi, há 175 vítimas civis, sem contar os mortos na província rebelde.
A Human Rights Watch, uma ONG de direitos humanos baseada nos Estados Unidos com escritório na Geórgia, afirmou que seus funcionários testemunharam saques em vilas georgianas na Ossétia do Sul - cuja maioria da população é russa.
3Em Moscou, o chanceler russo, Sergei Lavrov, criticou estas ações. "Disse desde o começo que se estes fatos forem comprovados reagiremos seriamente. A população civil deve ser protegida. Vamos investigar".

13 de ago. de 2008

Dantas depõe à CPI nesta quarta com habeas corpus para ficar calado

Justiça concedeu direito de o banqueiro não responder a perguntas. CPI dos Grampos abordará prisão de Daniel Dantas em ação da PF.

Do G1, em Brasília e em São Paulo

José Luís da Conceição/Ag. Estado/AE

Daniel Dantas ao chegar para depor da Justiça Federal em razão da Operação Satiagraha, da PF (Foto: José Luís da Conceição / Agência Estado)

O banqueiro Daniel Dantas, sócio-fundador do Opportunity, presta depoimento na tarde desta quarta-feira (13) à CPI dos Grampos amparado por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que o autoriza a não responder a todas as perguntas dos membros da CPI dos Grampos. O habeas corpus foi concedido na noite de terça (12) pelo ministro Joaquim Barbosa, que destacou, em sua decisão, que o banqueiro terá direito de ser assistido por um advogado e ficar em silêncio se preferir. Se o pedido tivesse sido negado, ele teria de responder a todas as perguntas feitas pelos deputados membros da CPI dos Grampos, sob o risco de ser preso em caso de recusa.

Não será a primeira vez que Daniel Dantas falará em uma CPI. Em 2005, ele prestou depoimento à CPI dos Correios em razão das denúncias de que empresas do grupo Opportunity teriam dado dinheiro para o publicitário Marcos Valério, acusado de ser o operador do mensalão. O dinheiro seria repassado por deputados da base aliada para que votassem a favor do governo.

Desta vez, Daniel Dantas foi convocado pela CPI para falar sobre a contratação da Kroll, empresa suspeita de ter realizado interceptações telefônicas ilegais a mando do banqueiro. Dantas responde a processo na Justiça Federal de São Paulo em razão da acusação.

Os deputados da comissão parlamentar de inquérito, no entanto, devem abordar no depoimento a prisão de Dantas na Operação Satiagraha, da Polícia Federal, que o acusa dos crimes de gestão fraudulenta, tráfico de influência, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha. Além disso, ele também é réu em um processo que o acusa de corrupção por suposta tentativa de suborno a um delegado da PF para que seu nome fosse retirado da investigação. Na Operação Satiagraha também foram presos o investidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta.

Juiz

Na (13) terça, em depoimento à CPI, o juiz da 6ª Vara Criminal de São Paulo, Fausto Martin De Sanctis, disse que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, teria entendido a segunda prisão do banqueiro Daniel Dantas como um “ato pessoal”.

Um dia após o presidente do STF conceder habeas corpus ao banqueiro, o juiz determinou novamente a presião de Daniel Dantas. O caso provocou uma disputa entre o STF e juízes federais. Mendes chegou a dizer que o novo pedido de prisão de Dantas era uma "via oblíqua de desrespeitar decisão do STF". http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL722022-5601,00-DANTAS+DEPOE+A+CPI+DOS+GRAMPOS+NESTA+QUARTA+COM+HABEAS+CORPUS+PARA+FICAR+CA.html

11 de ago. de 2008

Putin acusa os EUA de perturbar a operação militar russa na Geórgia

O presidente Dmitri Medvedev (E) e o premier Vladimir Putin (D) participam de reunião do comando central russo, em Moscou

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MOSCOU (AFP) — Os Estados Unidos estão tentando perturbar as operações mililtares russas na Geórgia usando seus aviões para transportar as tropas georgianas do Iraque para as zonas em conflito, denunciou nesta segunda-feira o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin.

"É uma lástima que alguns de nossos aliados não nos ajudem e tentem, inclusive, nos perturbar, e com isso me refiro principalmente ao deslocamento do contingente militar da Geórgia no Iraque para a zona de conflito (oseta) pelos Estados Unidos e seus aviões de transporte militar", declarou Putin.

O premier russo fez estas declarações durante uma reunião do governo difundida pela televisão.

As operações militares russas na Ossétia do Sul terminaram "em grande parte" após a tomada de Tskhinvali, capital da região separatista georgiana, declarou mais cedo o presidente russo Dimitri Medvedev, citado pela agência Interfax.

"Grande parte das operações para impor a paz no lado georgiano, às autoridades georgianas, terminou", disse o mandatário russo.

"Tskhinvali se encontra sob controle do contingente reforçado das forças russas de manutenção da paz", acrescentou durante um encontro com o ministro da Defesa Anatoli Serdiukov.

O presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, advertiu os países ocidentais que abandonar a Geórgia debilitaria a democracia em todo o antigo bloco soviético, em artigo de opinião publicado na edição européia desta segunda-feira do Wall Street Journal.

"Se a Geórgia cair, isto significará também a queda do Ocidente em toda a antiga União Soviética e mais além", afirma Saakashvili.

"As autoridades dos Estados vizinhos - sejam Ucrânia ou outros países do Cáucaso e da Ásia central - deverão decidir se o preço da liberdade e da independência é muito importante", acrescentou.

As tropas russas prosseguiram no domingo com a ofensiva na Ossétia do Sul, apesar da Geórgia ter solicitado à Rússia o início de negociações para acabar com as hostilidades.

Segundo o governo georgiano, a Rússia enviou 6.000 homens adicionais à Ossétia do Sul e 4.000 soldados russos desembarcaram de navios de guerra na Abkhazia, duas regiões separatistas georgianas pró-russas.

"A Rússia se transformou em uma parte ativa do conflito e atualmente atua como um agressor", denunciou o presidente georgiano.

http://afp.google.com/article/ALeqM5gmmeO9vOSA1hZNyf-5yYC8yUiGQg