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11 de agosto de 2008

Putin acusa os EUA de perturbar a operação militar russa na Geórgia

O presidente Dmitri Medvedev (E) e o premier Vladimir Putin (D) participam de reunião do comando central russo, em Moscou

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MOSCOU (AFP) — Os Estados Unidos estão tentando perturbar as operações mililtares russas na Geórgia usando seus aviões para transportar as tropas georgianas do Iraque para as zonas em conflito, denunciou nesta segunda-feira o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin.

"É uma lástima que alguns de nossos aliados não nos ajudem e tentem, inclusive, nos perturbar, e com isso me refiro principalmente ao deslocamento do contingente militar da Geórgia no Iraque para a zona de conflito (oseta) pelos Estados Unidos e seus aviões de transporte militar", declarou Putin.

O premier russo fez estas declarações durante uma reunião do governo difundida pela televisão.

As operações militares russas na Ossétia do Sul terminaram "em grande parte" após a tomada de Tskhinvali, capital da região separatista georgiana, declarou mais cedo o presidente russo Dimitri Medvedev, citado pela agência Interfax.

"Grande parte das operações para impor a paz no lado georgiano, às autoridades georgianas, terminou", disse o mandatário russo.

"Tskhinvali se encontra sob controle do contingente reforçado das forças russas de manutenção da paz", acrescentou durante um encontro com o ministro da Defesa Anatoli Serdiukov.

O presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, advertiu os países ocidentais que abandonar a Geórgia debilitaria a democracia em todo o antigo bloco soviético, em artigo de opinião publicado na edição européia desta segunda-feira do Wall Street Journal.

"Se a Geórgia cair, isto significará também a queda do Ocidente em toda a antiga União Soviética e mais além", afirma Saakashvili.

"As autoridades dos Estados vizinhos - sejam Ucrânia ou outros países do Cáucaso e da Ásia central - deverão decidir se o preço da liberdade e da independência é muito importante", acrescentou.

As tropas russas prosseguiram no domingo com a ofensiva na Ossétia do Sul, apesar da Geórgia ter solicitado à Rússia o início de negociações para acabar com as hostilidades.

Segundo o governo georgiano, a Rússia enviou 6.000 homens adicionais à Ossétia do Sul e 4.000 soldados russos desembarcaram de navios de guerra na Abkhazia, duas regiões separatistas georgianas pró-russas.

"A Rússia se transformou em uma parte ativa do conflito e atualmente atua como um agressor", denunciou o presidente georgiano.

http://afp.google.com/article/ALeqM5gmmeO9vOSA1hZNyf-5yYC8yUiGQg

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